O amigo Colorado Antônio Carlos Pauperio compartilhou conosco seu sentimento alvirrubro. Morando loge de Porto Alegre, pouco consegue acompanhar o Internacional ao vivo no Beira-Rio, mas jamais deixou de acompanhar o time por onde ele passasse.
A paixão vem de berço, o amor jamais acaba. Confira:
Não poderia deixar de postar no meu blog alguma mensagem sobre o meu Internacional, Campeão do Mundo FIFA e Bicampeão da Libertadores da América.
Foi meu querido pai Fredy, hoje falecido, quem levava a mim e meu irmão Fernando, também já no Céu, aos domingos a tarde, aos jogos do Internacional. Fui criado agarrado nos alambrados do Estádio dos Eucaliptos, onde aprendi muitas lições de vida de um bom pai e de um bom homem. Orgulho-me de não ter decepcionado a ele, pois sem pressão alguma, respeitando as individualidades, consegui manter viva a tradição de criar muitos felizes colorados na família e também fora dela. Graças a Deus, sem a ocorrência de nenhuma degeneração.
Como colorado, de coração e alma, depois de 64 anos torcendo com amor e carinho, me orgulho de ter sido jogador de basquete do Internacional, desde os tempos dos Eucaliptos. Grandes recordações de meus companheiros de equipe (não poderia citar todas, pois são inúmeros amigos inesquecíveis), do nosso amigo e treinador Heron, do Espingarda, nosso fiel escudeiro, do chumico (óleo sagrado das grandes vitórias), de nossos títulos, vitórias, viagens e de tantas outras coisas maravilhosas que pude compartilhar.
Vivenciei ativamente a construção e vibrei muito com a inauguração do Gigante da Beira Rio (inclusive participei do desfile), nosso sonho, a “bóia cativa” para a inveja dos eternos secadores. Sonhei, levei tijolos para a construção, levei meus filhos para ver nascer e crescer o Beira Rio. Tive a honra de participar e jogar no torneio de basquete na inauguração do Gigantinho e tenho a alegria de ter vivido (e ainda vivendo) os melhores momentos de minha vida, vendo o nosso Internacional, com o prestígio que sempre pretendíamos que tivesse.
Hoje tenho o imenso prazer de ver sendo realizados todos os meus (nossos) anseios em relação ao nosso colorado. Pior é que sempre, como colorados que somos, queremos mais. Fomos acostumados a pelear e vencer. Queremos e temos a pretensão de ser os melhores em qualquer disputa. Coisa de gaúcho… Coisa de colorado… Dizem que até o “Patrão lá de cima” é gaúcho e colorado…
Estou residindo em Salvador, na Bahia, e já se passaram vinte (20) anos. Sempre que posso, vou a Porto Alegre, “sentir o calor e cheiro” da nossa terra e da nossa gente, mas mesmo longe do nosso “mar vermelho” e do Beira Rio, nunca deixei de sentir o mesmo pelo nosso Internacional. A cada jogo, meu amor ao clube do meu coração, é maior, minha mente se enche de boas e inesquecíveis lembranças das tardes vividas com meus companheiros do portão oito (8), das alegrias vividas em minhas cadeiras cativas, onde assisti memoráveis jogos com meus três filhos, Alexandre, Guilherme e Leonardo. Sinto forte no peito a alegria do “ritual sagrado” do “mar vermelho” em um dia de jogo do nosso colorado (a caminhada no Parque Marinha, as bandeiras coloradas, a cerveja gelada me esperando, os refrigerantes, os cachorros quentes, a pipoca, os amendoins e a alegria imensa de ver o nosso Internacional jogando bem).
Como viajo muito, levo o nosso Internacional, Brasil e mundo a fora. Sou casado, hoje tenho sete (7) filhos (as), nove (9) netos (as), noras, genros, todos morando aqui em Salvador, e, ainda tenho, minha querida mãe Ida, com 91 anos (no dia da final da Libertadores 2010, conversamos felizes, depois do jogo, as 01h30min da madrugada) e também minhas irmãs, cunhados e sobrinhos no Brasil (Porto Alegre, São Paulo, Mato Grosso do Sul) e até mesmo nos EUA, Uruguai e na Argentina. Posso afirmar somos uma extensão consolidada, crescente, feliz e fiel ao nosso Internacional.
Não poderia deixar de encerrar essa postagem sem lamentar e sentir pena daqueles que infelizmente não tiveram alguém com a lucidez suficiente para torná-los colorados e felizes para sempre.
A todos os amigos que queiram mandar seus relatos, suas emoções, escreva para nós, mande seu texto que estaremos abrindo um espaço para todos. O próximo texto, pode ser seu!
ARQUIBANCADA COLORADA
Apoio ao Inter sempre e em todos os momento – “Eu não vaio o meu time”
Aí, COLORADO de corpo e alma
Senti um orgulho enorme ao ler tuas lindas experiências vividas com o Timão! É isso mesmo, uma vez que o sentimento Colorado começa a vibrar em nosso sangue não existe mais chance de perder tamanhas oportunidades de (re)viver intensamente um sentimento e um clube de massa, que é do povo.
Parabéns!
Um bj da mana Ângela, tua fã e eternamente Colorada.
Obs: Nosso netinho Anthony (8 meses) já veste a camiseta do Inter em San Diego/Califórnia.
Esse é o meu pai!
Meu velho, como tua sabes, falo para os meus amigos e para todos os que ficam sabendo que sou colorado que te ligo todos os dias para agradecer por ter me “incentivado” a ser colorado. Dizem que hoje em dia é mais fácil, pois somos um clube estruturado, com títulos importantes recentes e temos vários exemplos para outras agremiações. Mas vou te confessar que sempre vi esse Inter gigante, mesmo quando nosso time ficou com possibilidades de ganhar apenas Gauchão, sem equipes competitivas, sem contratações, sem revelações boas da base. Para mim, sempre fomos o maior. Mesmo quando perdemos os títulos para o Nacional (1980, minha primeira final de Libertadores no Beira Rio), para o Flamengo (1987 – Copa União), para o Bahia (1988/1989), para o Olímpia (dia que não esuqeço), sempre ficou na minha cabeça que o Inter é o time. As vitórias me emocionam ainda, foram tantas, desde um jogo simples de gauchão ganhado nos últimos minutos, até a conquita do mundo. Valeu pai, obrigado por me fazer colorado. Meus três filhos também são, desde que nasceram e também sigo pelo mundo mostrando o valor do Inter para sermos ainda maiores. Papai é o maior!
Emocionante o seu relato. É lindo ver o amor pelo Clube passodo entre gerações. Parabéns a família Pauperio!
Que bom lembrar estes momentos tão felizes do nosso INTER. Bate uma nostalgia realmente recompensadora. Parabens pelo texto Antonio Carlos!
Caramba, Antonio Carlos! Que maravilhoso sentimento de deliciosa nostalgia o teu texto despertou em mim. Com 66 anos, também vivi quase todos os momentos que descreveste e eles – todos! – me voltaram, como se eu (re)vivesse agora aqueles incríveis momentos. Muito obrigado por isso e, por favor, volta a postar tuas memórias no AC.
Recomendo que também mande suas lembras Zé Carpes… vamos trocar experiência vividas entre aqueles que viveram uma época mais antiga e enriquecer de conhecimento o mais jovens. Fica a dica!
Abraço
Caro amigo colorado Zé Carpes,
Pela nossa proximidade de idades 64 (65 em 16/06) e 66 anos acredito que “cruzamos” várias vezes nas arquibancadas dos Eucaliptos (que saudades da Rua Silveiro) e do Beira Rio. Tenho certeza que sempre acreditamos em nosso INTER e que, tenho a certeza, faz parte de grandes momentos de nossas vidas. Sinceramente, se eu fosse relatar todos, acredito que usaria muito tempo pra tentar descreve-los. Obrigado pelas tuas palavras, mas você poderia também relatar tuas experiências em alguns grandes momentos ou de algumas grandes vitórias (como a da inauguração do Beira Rio ou a do coroamento do único campeão brasileiro invicto ou outras tantas mais, como aquela contra o Fluminense, no Maracanã ou contra o Santos de Pelé, quando o Sergio teve a camiseta rasgada). Um forte abraço colorado e amigo.
Alô você, Antonio Carlos!
O texto emociona. quando lembramos que o coração aperta mais na medida exata em qu a distância aumenta, se ode entender o sentimento de quem não esta de corpo presente conosco. Mas teu fechanmento foi fantástico. O lamento é sobre a linha de ação dos infelizes já valeria o expaço.
Parabéns e,Saudações Coloradas,
Melo
O Inter confirmou hj sua participação na Copa Audi. Pelo menos vai enfrentar um grande em qualquer hipótese ( Barcelona ou Milan) ou até os dois. Será realmente empolgante. Mas espero que este torneio (EMBORA IMPORTANTE) não nos prejudique no Brasileirão, um título tão querido quanto o Tri da Libertadores…já que nossos dirigentes não são muito bons neste tipo de planejamento…