Caminhos tortos

Cada vez mais me convenço de que o INTERNACIONAL jamais terá um caminho de conquistas fáceis. Sempre foi assim. Ou as decisões são contra times grandiosos, ou as condições para o jogo são terríveis, ou resolvemos atravessar crises na hora H. Nunca será fácil, mas estamos acostumados. Colorado precisa lutar mesmo.
 
Esta afirmação vem do fato de sermos identificados como ‘O CLUBE DO  POVO’, sempre ressaltando que temos uma torcida originária de uma classe social menos favorecida, se comparada com outras. E isso, mesmo que alguém conteste, pode até explicar, mas não pode ser introjetada nem pela torcida, nem pelo time.
 
As vezes penso que o INTERNACIONAL cria para ele mesmo essas arapucas psicológicas. Além de tudo tem a mídia. O Real Madrid resolveu fazer uma proposta para o Damião bem na tarde anterior ao jogo mais provável de sucesso e que mais “medo”coloca nos Colorados. Isso porque se fosse time grande a gente jogava a valer, dizem uns. Mas que diabos faz isso acontecer. Porque qualquer jogador pode, numa ótima fase receber proposta de qualquer outro clube, e sim a qualquer momento. Mas a notícia em si é que questiono…Outras vezes isso já aconteceu!
 
Mas tudo bem. Nada disso deve nos desviar do foco a ser discutido, porque a crise quem permite somos nós, dentro do vestiário ou nas arquibancadas. Dentro do vestiário ela é bem pior e deve ser banida. Independente do nome que tem. Porque o INTER demora a tomar decisões? Porque o INTER ignora o que a torcida reclama? Essas são as verdadeiras indagações e penso que as respostas são as verdadeiras justificativas para que estejamos hoje na situação que estamos. Esqueçam terremotos senhores. Porque do contrário, nossa casa é que vai ruir.
 
O fato do Roth ter ido a imprensa dizer que D’Alessandro e Oscar precisavam marcar mais, se aplicar mais, me sinalizou que algo aconteceria. Imediatamente D’Alessandro reagiu e eu registrei num comentário de um post anterior. Temos aí um impasse. O velho Roth que não sabe lidar com jovens talentos, que é negativo e desmotiva vestiários, retranqueiro na forma tática de montar os times, ou a personalidade forte do craque que derruba técnicos e desalinha equipes?

Seja o que for, precisamos de um pulso firme, terminar a “engronha” e partir para definitivamente jogar futebol. Faz horas que estamos reclamando isso. Faz horas que a torcida pede mais ânimo e garra em campo. Perdemos título importante em dezembro. Em fevereiro e março deixamos claro que abriríamos mão do Gauchão. E agora em abril e maio vamos querer nos ver livre da Libertadores?? Não temos mais objetivos senhores???
 
Esta decisão não pode ser adiada. Se o INTER tem como regra não queimar técnicos e resistir com eles até que tenhamos tempo para que o time se adapte e possa incluir o novo comandante, saibam que não temos mais este tempo. Chega de frescuras de poupar jogadores e refletir sobre a situação. Ela é uma só. Está na hora de decidir e por ordem na casa, 2007 não pode se repetir.
 
Estou angustiada com estes próximos dias, mas na arquibancada, como sempre, vão me ver gritando e incentivando o time. Aqui sim. Aqui posso e devo fazer como meu coração manda: trabalhar pelo INTERNACIONAL, e por mais ninguém, para que este clube esteja sempre onde é o seu lugar… Nos mais altos degraus do futebol!
 
Quero mudanças já!
 
Saudações Coloradas!

Adriana Paranhos/Porto Alegre – RIO GRANDE DO SUL
Conselheira do Sport Club Internacional e Fundadora da FFC (1º Torcida Organizada Feminina)

INTER, minha paixão verdadeira!

11 thoughts on “Caminhos tortos

  1. O Roth sempre estava indignado com todos porque ninguem o entendia. O problema é que as explicações do Roth eram descabidas…o mais interessante é que Roth pode ser substituido por um volante (rsrsrsrs)

  2. Quatro meses foi o tempo perdido com as teimosias e convicções frustradas de Celso Juarez Roth…Além do título mundial que nem chegamos a disputar a chance de sermos novamente campeões numa final e da participação desleixada no Brasileirão 2010, desperdiçamos nossa pré-temporada e os primeiros jogos da Libertadores e do Gauchão com esse técnico que não conseguiu agregar padrão de jogo, efetividade ofensiva, segurança defensiva e, principalmente, espírito vencedor e aguerrimento ao time dentro do campo. Não vou nem elogiar a mudança, já que TODOS sabíamos que não daria certo a insistência em manter o ROTH. Só espero agora que o novo técnico e os dirigentes iniciem realmente um novo tempo, mesmo que sem uma preparação adequada. Temos que classificar em primeiro em nosso grupo da Libertadores e enfrentar as próximas fases como o LEGÍTIMO CAMPEÃO DA AMÉRICA.

  3. Será que realmente a mudança começou hoje? Alguém leu teu post Adri, hehehe! 😉

    Vamos torcer para que o Colorado possa acertar na escolha e rumar de vez em busca do BI.

    Abraço

    1. Debora e demais,
      Não. Certamente não fui eu mas a torcida colorada quem mudou alguma coisa.Vamos ver o resultado disso. Ja provamos mais de uma vez que o que a torcida quer, nem sempre é o melhor. Mas não havia como deixar de querer mudanças. Vejamos se esta e os encaminhamentos a partir dela, será a melhor.

  4. Falcão não seria o meu escolhido mas no momento que for anunciado tem meu total apoio. Vamos lá rumo ao tri. Motivação total.

  5. Alô você, Adri!
    A imprensa dá conta de que mudou alguma coisa. Um reporter da rádio Bandeirantes, afirma ter no aeroporto de São Paulo, ouvido de G Luigi para o C.Juarez, o seguinte: “espero que entendas, a decisão é do Vice de futebol, o Dr Siegmann”. Daí, ele deduziu que C.Juarez não era mais o treinador do Inter e a notícia se espalhou. A Rádio gaúcha, no sala de redação, afirma aque PR.Falcão é o novo treinador do Inter.
    SC

    1. Espero que o Falcão possa por em prática o que defende em seus comentários, um time compacto, atacando e defendendo em bloco, estilo holandês.

  6. Vamos ver Adriana…Já estamos a no mínimo QUATRO MESES atrasados…Faltou bagagem ao Presidente e ao VP que não souberam pensar e agir com suas próprias convicções…O Fernando Carvalho de eterno reconhecimento resolveu ir contra toda a lógica e impôs seu pensamento desta vez contrário aos interesses do INTER e os dirigente atuais não souberam ou não quiseram contrariá-lo. Pois bem, agora o FC desaparece do cenário e ficamos com essa situação toda de crise. PERDEMOS toda a pré-temporada e o entrosamento dos jogos até aqui. DE QUEM É A CULPA?????

  7. Adriana. Tudo passa pela SOBERBA da tão festejada “gestão vitoriosa”. Não falo da pessoa do Luigi, mas sim do grupo que DOMINA o Beira-Rio atualmente. Tu conheces todos e sabes o que eu estou falando. Numa análise de risco dizemos que nunca podemos aprovar crédito olhando só o passado. É a mesma coisa do que dirigir um automóvel olhando só pelo retrovisor. O passado nos dá dicas, sugestões, etc….mas é passado. Esta gestão está desgastada, dividida, montada de acordo com interesses de um movimento. Tínhamos as informações de que o Roth chegaria de Abu Dhabi demitido. Ninguém sequer se aproximava dele nos Emirados Árabes depois do FIASCO contra os africanos. Pois o “deus Colorado” BANCOU a permanência dele, inclusive aumentando o seu salário (quem é o agente do Roth mesmo?). Veio a estratégia do INTER B que, se não fosse um “paraíso dos agentes”, apoiado, novamente, pelo “deus Colorado”, até que poderia dar certo. Mas falhou. “HOMENS CORAJOSOS”, internéticos, neo-democratas, fizeram terra-arrasada neste projeto, ofendendo sobremaneira o “deus colorado” que, incomodado, “abandonou o barco”, indo para praia, camarotes na Sapucaí, etc, etc, etc. Nem se deu o trabalho de descer do “OLIMPO” para ajudar os “seus” na difícil decisão sobre as obras do nosso estádio. E olha que ele havia sido HOMENAGEADO com o nome da chapa situacionista nas últimas eleições. Pois é isto, Adriana, que me revolta. Este espírito DOMINADOR que existe no Beira-Rio que me entristece e me fez ir para a OPOSIÇÃO, como tu também foste. Em nome do INTERNACIONAL, temos que trabalhar para mudar esta surrada e ultrapassada política clubística. Esta política de bastidores que, agora, crucificará o Roth (na minha opinião tardiamente) e “mostrará a sua cabeça para o povo”, numa tentativa de se reaproximarem dos anseios populares. ISTO NÃO É O SUFICIENTE PARA MIM. Quero um INTER forte, dentro e fora do campo. Quero transparência verdadeira, não através de modismos internéticos. Quero gente abraçando novas idéias, independentemente se vierem de outros movimentos. Que vençamos o EMELEC e avancemos na LIBERTADORES. Não vejo que só nós enfrentamos dificuldades. Acho, até, que muitas vezes “nós” mesmos criamos as dificuldades. Dá-lhe INTERNACIONAL.

    1. É Nolci, dificil o poder não subir à cabeça de quem o detem. Se isso acontece em movimentos muito pequenos, imagina num clube conhecido mundialmente e com orçamento maior do que vários municípios que conhecemos.
      Mas parece que enfim eles puderam ouvir a torcida.Méritos para esta maravilhosa nação, que acompanha este clube praticamente o carregando no colo, e fazendo dele o que ele é. Sempre a favor do clube, e quase nunca com a personalização. Quando beiramos isso, sempre tivemos problemas. A torcida colorada não é deslumbrada, é admiradora do bom futebol.Isso é o que importa.
      Tenho visto a politica do clube evoluir. Com democracia a disposição de quem queira entende-la e usa-la. Tenho visto o INTER evoluir dentro de um ritmo, antes acelerado, e agora, quase batendo no teto, de forma mais lenta, mas evoluindo. Todos colorados querem mais, cada um com um ponto de vista. Tenho dito e repito que a política pode terminar com um clube. E a oposição por oposição, ou situação radicalizada é o que de pior podemos ter. A diplomacia existe para que os extremos entre situação e oposição desapareçam em questões pontuais, transformando-as em acordos e protegendo o objetivo maior. Assim é que deve ser. Não é criar um monopólio, mas a defesa dos diferentes num conjunto de ações. Eu consigo enxergar isso de forma clara em vários episódios recentes. E assim poderemos seguir.

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