Estamos na obrigada

É se serve de consolo, o dia foi das mães.  Depois de um primeiro tempo prá lá de razoável em sua primeira meia hora, o Inter não teve solução para os seus problemas. Tivemos situações de contra ataques, em no mínimo três situações de gol, inclusive uma com Andrézinho na cara do gol ,  pecando naquilo que é o seu  fundamento de destaque, o arremate.

derrota em grenal põe Inter na obrigção
Gol de Andrezinho, não foi suficiente (Imagem: Site Terra)

As soluções ofensivas não estão sendo vistas. Estamos vendo uma repetição de fatos, com centroavante isolado, jogadas faltando contundências, sem verticalidade, sem jogadas de flanco, sem arremates de média distância, sem cobrança de faltas ensaiadas. Lá atrás sinalizadores pouco animadores mostraram. Outra vez tomamos um gol na saída de bola (39 seg). Mas não se falou nisso, durante a semana? Outra vez? Aí é duro amigo.

Antes disso, ainda no primeiro tempo em duas situações a providencial intervenção do Renan impediu a queda precoce. De repente uma bola alçada para área uma indecisão de Renan e uma ausência de marcação, gol deles. Onde estavam os zagueiros? Seu Alvarino, lá em Viamão, na hora de distribuir as camisas antes do jogo, fazia alguns lembretes: “A defesa não pode deixar os caras fazê golo” e completava apontando para o central, “o centroavante é teu. O cara não pode tocar na bola sozinho, entendeu?“. E repetia isso várias vezes, até o cara se irritar e dizer “já entendi seu Alvarino, já entendi“. Ah, bom ele finalizava. Ah,  se o seu Alvarino treinasse o Inter! Ele iria orientar o nosso zagueiro central que o que ele precisa fazer é não permitir que o centroavante deles fique em condições de marcar gols. Viram onde andava  nosso central nos dois gols do centroavante deles, e qual sua reação? Não é para ser simplista, mas isso é fundamental, meu Deus.

Não foi um acidente, não, isso vem se repetindo. O episódio foi reprisado várias vezes, nesse jogo e foi uma repetição de outras jornadas. Aquele primeiro momento da chegada do PR passou e as coisas voltaram a ser como antes. Sabemos que o tempo decorrido foi muito curto, mas é isso que está acontecendo. De outra forma não falemos de estratégias, táticas ou coisas que o valha, falemos de estado anímico, gana, alma, vontade, MOVIMENTAÇÃO, PARTICIPAÇÃO, TESÃO. É duro ver o time tendo dificuldades no jogo e  alguns jogadores trotando, indo a não chegar, e tal. Só a semana poderá compor as coisa em seus lugares. Temos que sair de uma partida com a certeza de que o time foi no seu máximo e não deu. Não podemos sair do estádio com a sensação de que poderia ter sido diferente se esse ou aquele tivesse se doado um pouco mais.

Domingo tem mais, esse é definitivo. Estamos na obrigada, vamos lá Inter, mostra a tua cara! Eu credito!!!

PS: Palpite/desejo:  Um jovem zagueiro deverá entrar no time, já!

Paulo Melo – Porto Alegre/RIO GRANDE DO SUL
Colorado, CAMPEÃO DE TUDO

 

11 thoughts on “Estamos na obrigada

  1. Apesar de ser um democarta nato, gostaria de me posicionar sobre um assunto importante, pois não apóio vaias ao INTERNACIONAL ou aos jogadores, assim como não apóio querer culpar um ou outro jogador em cada insucesso. Quem não teve seu dia ruím? Fazemos parte integrante de um clube vencedor, que nos enche de alegrias e que merece, antes de mais nada, o nosso respeito. Ao meu modo de ver, o nosso INTERNACIONAL perdeu muito tempo com a mediocridade na gestão do futebol e agora paga por isso. O maior exemplo disso é o de que ultimamente perdemos muito tempo em início de temporadas, pois não lembro de um bom treinador na pré temporada, na escolha de novos jogadores e na preparação adequada do plantel. Precisamos de um projeto com objetivos mais ousados e de alguém que garanta o começo, meio e fim. Sempre sonhei, inclusive já coloquei em comentário anterior, em um Internacional internacional, cada vez maior, mais pujante, que nos encha ainda mais de orgulho e longe dessas amarras regionais. Longe dessa pequenez da influência malígna de torcedores de pequenos clubes que só aprenderam a torcer pelo insucesso de outros e que se vangloriam de vitórias que não significam nada. Vamos continuar unidos, acreditando nessa qualificada equipe de excelentes jogadores. Uma vez identificadas as carências, promovam-se as trocas necessárias, sem esquecer de preservar o valor dos atletas, tanto na importância de suas participações exitosas, assim como do seu valor econômico para o clube. Não podemos jogar dinheiro fora. Essa tática utilizada é velha, desmerecer, para depois comprar barato… Não podemos entrar nessa de destruir, de somente desfazer, porque é muito fácil, pois difícil foi chegar até aqui. Ofereçam esses jogadores a qualquer clube e vamos ver quem não os contrata. Não se iludam com essa mediocridade esbravejada pelos imortais da inveja. Não esqueçam de quem vai jogar a Recopa? O torneio entre os maiores clubes do mundo na Alemanha? Quem é o sexto clube no mundo? Vamos começar um Campeonato Brasileiro que aparenta mais difícil e essa “venda da descrença” só interessa aos eternos adversários e tem como objetivo desacreditar ou criar incertezas. O negócio é arrumar o que não está correto, o que não está trazendo os resultados esperados, mas não destriuir o que temos de melhor, nossa crença, nossa união, a qualidade de nosso plantel e de nosso treinador Falcão, pois, principalmente, atrás ou na frente disso tudo, estão os nossos sonhos e o nosso INTERNACIONAL!

    1. Alô você, Antônio!
      Nos seres humanos, de um modo geral, temos lamentavelmente está tatuado o imediatismo, o absolutismo e a generalização. Não, nem tudo está errado como nunca esteve tudo certo. O equilíbrio e, sobretudo o planejamento, são peças fundamentais para o sucesso de qualquer intenção. Alterações, mudanças de rumos, reavaliações, equívocos fazem parte do pacote. Não há necessidade de implodir nada, como não há o imediatismo de construir tudo novo. Racionalizar é preciso. Estou na tua linha de pensamentos.

      SC
      Melo

  2. Oi Débora e Melo,
    E o Moledo? Às vezes que vi o cara jogar gostei muito. É bom nas bolas altas e quando vai lá na frente em escanteios, também faz gols.
    Entendo que hoje supriria uma de nossas carências. Bolas altas na área.
    Até hoje não entendi porque esse zagueiro não teve chances no time principal.

    1. É outra pedida Heleno… acho que esse pessoal que está subindo e chegando se não os colorarem para jogar, nunca saberemos se darão certo ou não. Contratamos tantas pessoas e não aproveitamos depois, está na hora de mudar essa política!

      Abraço

    2. Alô você Heleno!
      Minha aposta é no Romário. Técnico, rápido e raro por usar a perna esquerda como preferencial, coisa que estamos em falta, mas o Moledo seria uma opção interessante também. As atuações que vi não deixaram reparos relevantes. Quem sabe ali na frente os dois?

  3. Como confio muito na opinião do experiente amigo Colorado, acho que podem pensar em dar uma chance ao jovem zagueiro Romário, ou até mesmo ao Juan, mas aí é como zagueiro, não como lateral. O dois atletas foram campeões na seleção e se não entrarem um dia no Inter, não terão a experiência necessária que hoje alguns dizerm que eles não têm para vestirem a camisa do Colorado.

  4. Melo e demais colorados,
    O Kenny Braga na sua manchete do Jornal o Sul sintetizou tudo o que está acontecendo em 4 palavras: FALTOU AMOR À CAMISETA.
    e o Pedro Ernesto Denardim em 3: UM INTER SONOLENTO.
    Precisa dizer mais?
    Que venha a cirurgia, que deveria ter sido feita ainda em dezembro após o Mundial, dando prioridade no REJUVENESCIMENTO de peças do plantel, pois, o INTER tem o grupo mais velho (média de idade) dos times brasileiros da série A.

  5. Eu acredito, mas se não houver pelo menos uma mudança de postura… vai ser difícil.
    Será que o time não gostou que o ídolo está na casa mata e não no campo ???

  6. Melo e amigos(as)…Impressionante a falta de coordenação dentro de campo do time do INTERNACIONAL. Desde a conquista da Libertadores de 2010 parece-me que esse grupo de jogadores está com aquela sensação de “bom…já fizemos a nossa parte…estamos na história do Internacional…o que vier agora é lucro…” Ou seja, não vejo mais aquela gana pela vitória, observo as reações após tomarmos um, dois ou três gols e não percebo uma atitude de “o que é isso pessoal, esses caras fazendo isso na nossa casa, em frente à nossa torcida, vamos lá” Não vejo reação, vejo o apagar das luzes de jogadores que já foram muito úteis ao nosso Clube, como Bolivar, Sóbis, o próprio Tinga e até, na minha opinião, o Guinazu. Não vejo como manter para mais uma temporada ou semestre o Renan e o Andrezinho. Temos que também nos desfazer rapidamente do Nei, enfim, vocês podem perceber que com a eliminação precoce na Libertadores e a iminente derrota no Gauchão é preciso sim uma cirurgia das grandes e urgentes no time. Talvez isso nos custe caro nesse ano, mas é preciso começar a mudar logo. Quero como vocês o BRASILEIRÃO, mas do jeito que está infelizmente acho que não vai dar. Então, se uma mudança radical é arriscada, prefiro correr os riscos e torcer para dar certo. Ah, sobre o Gauchão, falei como realista e pretenso entendedor de futebol, pois como torcedor estarei torcendo até os últimos instantes do clássico de domingo, pois a nossa história nos credencia, mas o nosso momento não nos permite nos enganarmos.

  7. Caro Paulo Melo!
    Agora é hora de juntar forças, ganhar o grenal,ganhar o título, e depois fazer uma reestruturação (limpa) e arrumar a casa para o brasileirão e voltar à libertadores.

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