Que bom se tivéssemos o poder de apagar da história, fatos que não fossem do nosso agrado. Tivesse eu esse poder, com certeza na minha ordem de prioridades estaria muito bem cotado o jogo desse domingo. Quando PR afirmou que poderia enlouquecer e mudar tudo no domingo, produzi um exercício mental tentando adivinhar o que poderia vir. Errei em todas as minhas projeções.
O jogo
O Inter veio com Alex em lugar de Zé Roberto e Ricardo Goulart na vaga de Oscar. A meu ver, PR tentou deixar o Inter mais rápido e com maior poder de arremates. As condições até que foram criadas, mas faltou qualidade nos arremates e o aproveitamento foi nulo. A compactação tão elogiada nos últimos jogos, mesmo com derrotas, não aconteceu. Notei que as instruções para que insistissem em chutes foram cumpridas, mas faltou acabamento, elaboração.
Os arremates, sem dúvidas, aconteceram em maior número do que em jogos anteriores, mas saíam sem acabamento. Sabíamos que a falta do Zé Roberto e especialmente de Oscar reduziria sensivelmente nossas possibilidades. Perdemos em articulação onde D’Ale não entrou em sintonia com os “meiúcas” e esses com eles mesmos.
Na segunda etapa PR fez entrar Elton e Fabrício. O time ganhou mais consistência, mas tudo insuficiente para reparar os erros do primeiro tempo. O Problema mais grave não estava aí. Lá atrás o tempo fechou. No primeiro gol houve uma falta de atenção imperdoável. Estamos acostumados a ver o volante Casemiro do São Paulo fazer vários gols de cabeça atuando pelo Tricolor paulista ou até mesmo pela seleção sub 20, é o forte dele. Aí tem uma bola parada e nossa defesa não se preocupa com ele. Aliás, nossos zagueiros nem pularam sequer para atrapalhar a ação ofensiva. Quem tentou interceptar a bola antes do volante são paulino é, pasmem Damião. Vi e revi o lance os zagueiros não saem do chão.
No segundo gol, bola lançada do lado do Bolívar para apostar corrida com o Fernandinho, o desfecho foi o que se viu. E quando se pensava que terminaríamos com implacáveis 0x2 eis que Nei proporciona um lance grotesco e 0x3. Na noite em que a compactação não funcionou, os erros defensivos tornaram a aparecer. Alô, alô direção, de onde virá o zagueiro? É urgente!
As Individualidades
Muriel, sem culpa nos gols, segue em alta. Nei, a sorte já estava selada, mas o seu erro foi qualquer coisa de absurdo. Bolívar, não pulou no 1º gol e não interceptou no segundo, após algumas atuações em que não comprometeu voltou a jogar mal, se erros foram decisivos. Índio também não “compareceu” no primeiro gol do São Paulo. Kleber, muito apático, poderia ter ajudado na articulação, não apareceu.
Guina muito aplicado como sempre, até tentou um arremate de fora da área. Bollati parecia perdido sem embocadura, não disse presente ás coberturas, foi substituído com vantagem por Elton, mais posicionado e com senso de cobertura muito ativo. Ricardo Goulart não se achou. Contribuiu negativamente para o domínio do meio campo por parte do São Paulo, foi substituído com vantagem por Fabrício que deu maior solidez ao setor. D’Ale outra vez não atuou bem, conseguiu alguns arremates a gol, mas sem maior expressão.
Alex, pouco produtivo foi substituído tardiamente pelo Gilberto que atuou durante 25 min. e pouco acrescentou. Damião está sacrificado pelo baixo rendimento da retaguarda quando consegue arrematar, normalmente é resultante de jogada individual. Está faltando abastecimento, jogadas de fundo para que ele possa mostrar seu potencial.
PR, não foi bem. Sua estratégia de jogo não funcionou. Escolheu mal os homens para cumprir as tarefas, substituiu corretamente, mas não logrou êxito. Ganhar deve ser objetivo único, mas do Avaí na quinta virou obrigação.
Paulo Melo – Porto Alegre/RIO GRANDE DO SULColorado, CAMPEÃO DE TUDO
O Nei foi ridículo, como todo o time contra o São Paulo. Ele errou em todos os ultimos três jogos. O Alysson não disse a que veio e esse Sandro (mediano) Silva joga na lateral também…
Pois é Mello, dançou o Falcão, dançou o Siegmann, que eu conheci pessoalmente no sábado, véspera do jogo contra o São Paulo. Estavamos hospedados no mesmo hotel que fica o nosso glorioso colorado. CARA DE BOA CONVERSA, SUPER GENTE FINA. Mas vamos esperar que o Luigi acerte dessa vez, senã é de mandar buscar o FERNANDO CARVALHO logo, antes que entre agua no nosso barco.Não temos ninguem para o lugar dele, então que ele volte e já.
abbraço
Alô você Puchi!
Acho que as soluções passam por aí mesmo. Lamento a saída do PR. Acho que ele foi na carona. O alvo não era ele. Mas futebol também é isso.
SC
Grande colorado Paulo, essa derrota me fez lembrar de nossos primeiros contatos. Penso que não adianta, enquanto determinadas peças que já foram importantes em determinados momentos do Internacional não forem substituídas, não há solução para um bom futebol. Temos no time titular ex grandes jogadores, que hoje, seus desempenhos, são muito aquém do esperado para o nosso Internacional. Volto a perguntar, qual é o Internacional que essa diretoria quer ou que pretende iniciar a montar? Esse Internacional, é o que queremos? Não é possível que de um momento para outro, um ótimo plantel, reconhecido por tantos no Brasil inteiro, não apresente um melhor desempenho e justifique sua qualidade em resultados. O que está errado? É o comandante que não consegue passar e ver realizado o que deseja? Os jogadores não conseguem entender o que lhes é passado, não conseguem realizar ou desaprenderam de jogar? Não querem esse treinador ou continuar no Internacional? Desculpe, mas tem horas que vejo um time com comportamento de veteranos na várzea, com uma grande diferença, os veteranos na várzea, não gostam de perder, não ficam apáticos e descompromissados nas derrotas. Penso que o comportamento do Internacional do jogo do meio da semana estava no caminho certo, mas esse de ontem, sinceramente, é muito aquém para o amor que sinto pelo nosso Colorado.
Melo e amigos(as), as mudanças imediatas preconizadas passam por contratações e até, por que não, na mudança do comando técnico. Eu sei que seria uma decisão difícil e penosa, trata-se de um lider, de um ícone, enfim, mas não podemos arriscar tudo também se não houver outra possibilidade. Começaria pelas contratações que já passaram da hora, zagueiro, lateral direito (já que não querem testar o Alison e talvez não seja mesmo solução), meia de criação (para não ficarmos dependentes do Oscar apenas), atacante de qualidade e velocidade para juntar-se ao Damião (que não sei se fica)…Quem sabe seria mais justo com o PRF oferecer-lhe estas alternativas para chegar e jogar, pois apostas já temos e já fizemos. Estamos com o sinal de alerta mais do que acionado.
Paulo:
Infelizmente a noite não era nossa. Brilhante foi o seu texto, pois resumiu muito bem o péssimo jogo que fizemos, aonde tivemos problemas em todos os setores começando pelas laterais, passando pelo miolo da zaga, meio fraco e um ataque inoperante. Agora também não se pode cobrar tudo do Falcão, pois com a falta de elenco e com muitos jogadores da base entrando na fogueira em um jogo contra o time do São Paulo é díficil conseguir um resultado muito melhor que este.
Uma pequena observação o jogador que pula com o Casemiro no primeiro gol foi o Bolatti, que foi atrapalhado por um jogador do São Paulo que estava caido no chão, e não o Damião. Queria também fazer um adendo: faz tempo que o Bolívar não cabeceia na nossa zaga e nem no ataque, por isso que o Nei vive tirando bola de cabeça na nossa área, que não seria função de um lateral. Entendo que o futebol é um esporte coletivo e todos tem que se doar, mas quem não está bem deveria sair. Mas, o que vemos, o mundo pode desabar, mas alguns tem cadeira cativa e são protegidos, portanto, não saiem do time de jeito nenhum.
Saudações Coloradas.
Cláudio R. Vidal