Os dois últimos jogos disputados pelo Brasileirão, contra Vasco e Corinthians fora de casa, demonstraram que é preciso mais do que uma boa produção burocrática para meter a bola na rede dos adversários. Penso que atribuir a falta de gols nesses últimos dois jogos ao fato de chutar pouco é simplificar demais. Contra o Vasco, por exemplo, lembro de um momento em que o atacante Gilberto, em uma posição central do campo, chutou uma bola de meia distância, sem nenhuma direção. Estaria cumprindo as ordens do técnico! Mas naquele momento vários jogadores estavam mais avançados, tanto pela direita quanto pela esquerda, em condições de receber o passe e arrematar, ou até devolver para dentro da área em forma de cruzamento. Sobrou afobação e faltou um pouco mais de calma.
Talvez falte confiança para acertar o passe, aquele passe com objetividade, pois os passes laterais, que geram um irritante toque-toque, somente ajudam o time adversário a se organizar defensivamente, pois se vê uma enorme lentidão quando o INTER se movimenta em campo dessa forma.
Tenho percebido muitas saídas de Leandro Damião das proximidades da área adversária, e em várias oportunidades, quando alguém avança por um dos lados do campo, Damião não está na área a esperar um cruzamento. Aí entra em cena o passa para trás, e depois o lateral, e a marcação já está muito próxima, e já não espaço para o chute!
No momento em que encontramos um goleiro que dá mais segurança ao time, passamos a ter dificuldades do meio para a frente. Está na hora de voltarmos a ter eficiência no ataque, com maior movimentação de nossos meias e de nossos laterais, mas com objetividade. O passe para trás deve ser utilizado apenas como último recurso; o número de passes laterais deve ser reduzido e, para isso, nossas linhas devem avançar mais um pouco. E a disputa pela posse de bola deve se transformar em obsessão, desde o início do jogo até o apito final do árbitro.
Penso também que um jogador como o Nei, que tem comprometido muito a equipe nos últimos jogos, deve ser substituído, pelo menos temporariamente. Por aquele lado do campo os adversários têm realizado a maioria das jogadas que resultam em gol. E no apoio ao nosso ataque, embora se esforce, Nei tem errado demais, pois quase sempre perde a bola ao tentar mais um drible. Sem falar nos erros de passe!
A coisa está muito feia! Já estou sonhando com a volta do Tinga e do Andrezinho, como possíveis soluções para o nosso meio de campo, já que o Oscar ficará a serviço da Sub-20 por um bom tempo. Tomara que o Zé Roberto volte bem no próximo jogo e que nosso Treinador não se faça de muito criativo.
De todo modo, sejam quais forem os atletas escalados contra o Avaí, quero ver em campo o inconformismo, a vontade de vencer, a luta para ganhar todas as bolas divididas, e a movimentação constante de nossos jogadores mesmo sem a bola, pois creio que só assim nosso INTER voltará a ser um grande vencedor, com garra e muita determinação.
Aquidaban Flores Machado – Ijuí/RIO GRANDE DO SUL
INTER: VERMELHA PAIXÃO!
Realmente Simone! Como será que está a recuperação do Sorondo? É um zagueiro que sempre imôs respeito atuando no INTER, mas parece ser alvo de lesões graves, não é mesmo? SC
Bom para o Sorondo…
Débora, Luciano e demais colorados que acompanham este Blog: É muito bom quando as esperanças se renovam. A troca do Diretor de Futebol e do Treinador foi estrategicamente correta, pois realizada no momento adequado. Se tudo irá melhorar, não sei, mas a esperança de um INTER lutador, que não se entrega nunca, já começou a se tornar realidade com a volta de Fernandão. Coincidência ou não, Fernandos têm feito bem ao INTER. E a Copa Audi dará à Diretoria o tempo necessário para melhor decidir a respeito do novo Treinador Colorado! SC
Muito bom Aquidaban, é isso mesmo que precisamos depois desse Tsunami que passou pelo Beira-Rio… garra de vencedor. Pelo menos temos agora um dirigente com esse espírito, justamente aquele que esteve presente nas maiores glórias do Clube e ergueu as taças mais valiosas como capitão. Força Inter, sorte e competência F9.
Abraço
Aquidaban e amigos, também acho que o INTERNACIONAL vivia um ambiente turbulento não só com o Falcão, mas também com o início de temporada pouco animador com o Roth depois do fiasco no Mundial. A direção atual demorou para assumir as rédeas do Clube. Até na questão das obras do Beira-Rio eles não se entenderam. Agora, como o Siegmann e o Falcão também não havia entendimento com a presidência nas contratações. Falcão chegou a dizer que o grupo era insuficiente para a conquista do título, depois voltou atrás, enfim, um somatório de desencontros. O que passou já ficou pra trás, obviamente, tivemos a conquista do Gauchão que da forma que foi trouxe um pouco de alento, por ser na casa do rival e afundando “eles” em sua impáfia e pseudo imortalidade. O Fernandão é a minha melhor referência de vitória, superação, garra e objetividade. Vamos torcer para que ele ajude ao novo treinador na missão de recolocar o time na briga pelo título. A RECOPA anda meio esquecida, mas é um título que está ao nosso alcance. Vamos ver, vamos ajudar, vamos torcer como sempre fazemos. SC a todos(as).
Prezado Heleno: realmente não basta “fazer certo as coisas” sem que haja RESULTADOS! A meu ver, o INTER de Falcão navegava em um mar de falta de objetividade. E futebol é bola na rede! A história registra vários exemplos de grandes equipes, que realizavam verdadeiras exibições artísticas e ao final dos campeonatos não conquistavam o título. A própria seleção brasileira na qual jogava Falcão é sempre citada como um desses exemplos. Então, o que dá alegria ao torcedor e coloca taças no armário é mesmo a eficácia que mencionastes muito bem. Não adianta ter em determinado jogo cerca de 60 por cento de posse de bola, e perder o jogo em um contra-ataque! A atenção, a vontade, a garra de vencedor tem que ser permanente durante 90 minutos de um jogo! Espero que tudo comece a melhorar a partir da liderança de Fernandão e da atuação do Diretor Anápio e do novo treinador . SC
Olá Arquiban,
O teu comentário fez-me lembrar alguns anos atrás quando a Reforma Admistrativa nas empresas era o grande foco. Dois termos estavam muito em voga na ocasião: EFICIÊNCIA E EFICÁCIA.
Nos fundamentos da reforma, minha empresa conseguiu definir de forma singela a diferença entre as duas expressões.
EFICIÊNCIA –> Fazer certo as coisas.
EFICÁCIA –> Fazer as coisas certas.
Parece sutil, mas é grande a diferença, não é?
Pois bem, em vários jogos do INTER houve muita eficiência, a exemplo contra o Vasco e Corinthians, mas nenhuma eficácia. O time jogava direitinho, bom desempenho, posse de bola, em muitos momentos dominava o adversário, mas sem chegar ao objetivo final, qual seja, o gol e o resultado.
E para completar este comentário, nunca esqueço as palavras de um professor de Administração, em meus tempos de estudante, o qual recomendava: “Nunca esqueçam jovens, além de eficientes, sejam sobretudo eficazes”.
Era isso.
Grande Melo,
Oremos.
Já te deste conta que a estreia do novo treinador provavelmente será contra o maior time do mundo: BARCELONA.
Para concluir, estou bastante triste pela forma como foi despedido o “Maior ídolo da história do Clube”. Substituir é do jogo e prerrogativa de uma Direção, mas não da forma como foi feita. Faltou consideração e respeito àquele que se tornou um símbolo de grandes conquistas e vitórias na década de 70.
Abraço a todos e não esqueçam de orar, pelo nosso futuro
Heleno
Grande Paulo! Agradeço tua participação, sempre muita destacada. Pois fui surpreendido ontem pela notícia da demissão de Falcão, apesar de nunca ter me convencido de que sua permanência seria boa para o INTER. Talvez com mais tempo desse certo, mas o tempo para os técnicos que trabalham no Brasil tem menor duração, se escoa muito mais rapidamente. Mas presto meu apoio incondicional ao Presidente Luigi pela demissão do Diretor de Futebol Roberto Siegmann. O INTER é um dos maiores Clubes de Futebol do Mundo, e não se presta a discussões comuns em canchas de bocha, ou clubes de várzea, protagonizadas pelo ex-diretor. Infelizmente, a principal característica desse senhor era a criação de polêmicas desnecessárias. Apenas uma vez apoiei uma atitude sua, quando reagiu à indicação da goleira onde estava a torcida adversária, em uma decisão por pênaltis no greNAL realizado no Beira-Rio. Apoiei porque alguém tinha que manifestar o sentimento de descontentamento generalizado da torcida presente ao estádio. Que seja escolhido um Diretor de Futebol à altura da grandeza do INTER, que respeite os outros e se faça respeitar. E quanto ao treinador? Quem deverá ser o novo técnico? Creio que o nome não importe tanto, mas seja fundamental a postura no vestiário, a demonstração de conhecimento sobre técnicas de treinamento e sistemas táticos a serem utilizados pelo INTER. Alguém que devolva ao INTER a garra de vencedor que nos garantiu o título de maior vencedor em mata-matas na América do Sul. Ainda a respeito da saída do Falcão, fiquei muito ao observar que nosso ídolo, tido como um “gentleman”, comportou-se de modo tão deselegante em seus pronunciamentos ao deixar o Clube. SC!
Alô você Aquidaban!
As vezes a gente cuta a acreditar que reflexos externos ecoem dentro do vestiário. Não resta nenhuma dúvida com os últimos acontecimentos. Precisávamos de uma providência. Particularmente acho a saída uma falta de convicção, de planejamento e até um certo receio de encarar de frente o problema real que a distância julgo não ser ele. Percebia-se um certo desconforto entre o nosso dirigente máximo com o homen do futebol. Falcão estava na linha de tiro e embarcou nessa também. O pior é que perdemos mais uma oportunidade de fazer algo com planejamento real. Agora é juntaar os cacos do vaso quebrado, as penas do travesseiro, jogadas do 45º andar de um edifício qualquer clntra um vento de 120Km horários. Onde estão as lideranças? Oremos.