Escrevi este post após o empate sem gols, do INTER com o Atlético-GO em pleno Beira-Rio. Vai ser publicado na terça (2/8), então talvez neste dia já tenha mudado o cenário, mas não acredito, então comento.
Um time da grandeza e ambições que tem o INTERNACIONAL, não pode contentar-se em ter no comando técnico um Auxiliar, sim um profissional que tem 15 anos de Beira-Rio e não implacou, e que agora recebe um time de profissionais para treinar. Lembro que em grupos profissionais, o Osmar Loss já teve insucessos no Juventude e Fluminense e então porque daria certo com o grupo principal do INTER ???
Passada a paixão e o orgulho de ver o INTER na Copa Audi, pois a visibilidade do Clube era o maior benefício, devemos racionar mais friamente. O Osmar Loss não colocou toda a gurizada para jogar na Audi Cup porque foi um estrategista, mas sim porque foi uma decisão de antes da viagem : “quem viajar, vai jogar” , o que concordo totalmente, pois seria um absurdo submeter os jogadores a uma viagem deste tamanho, para um torneio amistoso e não colocar para jogar.
A vantagem de todos jogaram é óbvia, pois deu para analisar os novos entrantes e os novos talentos, como o João Paulo e outros, porém acho que ninguém é tão ingênuo a ponto de não saber que os times do Barcelona e Milan não deram tudo o que podiam, visto o primeiro tempo do jogo contra o Barcelona, onde eu nunca havia visto o INTER tomar tamanho banho de bola. Como era um amistoso, o nome já diz “é um jogo amigável que não faz parte de uma competição”, então os jogadores não se empenham como em um jogo valendo pontos. Mesmo porque o Barcelona não tinha sua estrela maior, o Messi e no segundo tempo mudou todo o time literalmente.
Sim, houve destaques, mas soma-se ao destaques e as atuações de alguns jogadores, a sabida visibilidade que o torneio dá na Europa e a emoção de estar no Allianz Arena enfrentando os melhores times do mundo, aí, alguns tiraram um pouco mais de vontade da cartola (Nei). Achei que o INTER traria lições de futebol do torneio, como o toque ofensivo, as maravilhosas jogas ensaidas, tanto de bola parada como de bola andando. Lembra do primeiro gol do Barcelona??? Mas não, nada parece ter sido aprendido, nem os talentos que apareceram aproveitados corretamente.
Vimos contra o Atlético-GO o Muriel dando balão para frente, pois não tem saída de bola rolando, o Kleber igualmente lançando da intermediária, o João Paulo (melhor contra o Milan) entrar as 43 min do segundo tempo, enquanto que o Tinga perdia gols debaixo do gol, o Wilson Matias realizava algumas jogadas mediocres, o nosso craque D’Alessandro numa tarde lemantável, o Nei não acertando um passe e o coitado do Delatorre lançado num jogo deste, pois contra um time totalmente retrancado, o sr Osmar Loss entra com 3 volantes e deixa o centroavante sozinho.
No intervalo entrou o Jô, mas nitidamente sem ritmo e desentrosado. Era um jogo fácil, no dia em que todos os outros grandes perderam pontos, o INTER mais uma vez, patinou em casa. Sim, o Damião fez falta, o Oscar fez falta, o Zé Roberto fez falta, mas o INTER tem que ter plantel e não ficar dependente de poucos jogaroes.
Mas voltando ao técnico, a imprensa é unanime em dizer que o grupo está aceitando o Osmar Loss, porém somente enquanto ele não bater de frente com nenhum jogador mais experiente, senão, é boicotado na mesmo hora. Eu também penso assim. Ouvi algumas pessoas dizendo : “O Osmar é um estudioso do Futebol”. OK, mas se estudar ganhasse jogo, o jogo seria realizado numa biblioteca. Um técnico experiente não se deixa intimidar pelo grupo, coloca suas idéias e táticas em prática para que o grupo execute e os resultados aparacem nos jogos. Coloca os melhores para jogar, independente do tamanho do salário que recebe.
Tem gente dizendo, “mas ele conhece a gurizada da base” então pode dar certo. Mas gente, as primeiras palavras do Fernandão foram “Quero conhecer todos os jogadores acima de 13 anos, para identificar novos talentos e auxiliar com informações os treinadores”, entendo que com o que o Fernandão disse, qualquer treinador que vier, mesmo que não conheça a gurizada, vai ter o suporte do Fernandão.
Enfim, “EU QUERO É TÉCNICO” , mas…. menos o Cuca, ou a Direção vai ficar fazendo experiências com o Osmar Loss e deixar escapar o Bi da Recopa??? Já são 4 jogos com o Loss e apenas uma vitória e 3 empates. Pena o Falcão ter saído antes da chegada do Fernandão.
Técnico caro, faz time bom, time bom faz jogos bons, jogos bons levam torcida para o campo, jogos bons e torcida no campo, levam à Titulos. EU QUERO É TÉCNICO.
Evandro Milani – Porto Alegre – RIO GRANDE DO SUL
INTER, nada vai nos separar!
Débora,
O problema do Leão é que onde passa briga sempre com os melhores jogadores. Parece que tem um lema na cabeça: “A estrela maior sou eu”.
Lembrei também do Aguirre do Peñarol, que foi a final da Libertadores e está no País Campeão da América.
Ele jogou no INTER e apresentou uma coisa muito importante no time do Peñarol: Garra e obstinação, que são dois componentes há tempos ausentes no nosso INTER.
Evandro,
Trabalhei muitos anos em RH e o ingrediente fundamental na Avaliação de Desempenho do empregado, além do conhecimento, chama-se EXPERIÊNCIA.
O Loss é esforçado e angariou bom conhecimento nas categorias de base, mas falta-lhe a Experiência à beira do gramado e do próprio vestiário especialmente com jogadores rodados. Talvez ele pudesse suprir isto com a mão do Fernandão.
Examinando os melhores técnicos e mais tarimbados, todos estão empregados e ganhando muito. Hoje quase é quase impossível trazer um Muricy, Abel, Mano Menezes ou Felipão.No caso do Dorival Júnior teria que arcar com uma multa pesada e o Atlético Mineiro sabe disso e não o libera. O Dunga não quer agora.
Existem os desempregados: Cuca, Leão e Antônio Lopes. Os dois primeiros não servem, mas o último poderia servir. Já foi Campeão Brasileiro pelo Vasco e Corinthians. E com a gente fez aquele excelente trabalho que nos levou à Conquista da Copa Brasil. Só não sei se o mesmo não parou no tempo. E o Mário Sérgio até o final do ano não seria uma solução? Geninho quem sabe. E até mesmo o Cláudio Duarte, que está fora dos gramados há algum tempo, mas tem uma experiência de vestiário e fala a linguagem dos boleiros como poucos.
Cavando aqui e ali ainda dá para encontrar um treinador. Mas tem que ser já, senão vamos somente disputar a sulamericana no ano que vem. E olhe lá.
Boas lembranças Heleno. Não curto nem de pensar o Cuca, com aquele esperíto de derrotado, só me serve para os lados da Azenha. Claudião, para mim já passou a hora dele… há quanto tempo não trabalha e nunca deslanchou de vez, acho que é um Loss melhorado para o Inter. Antônio Lopes fez história no Beira-Rio, mas como diseste, será que não parou no tempo? Leão nos livrou da série B, junto com o Dunga, já ouvi falar muito bem dele, para minha surpresa, mas não sei como anda. Não foi ele que teve problema com os jovens do Santos?
Só sei de duas coisas, não podemos mais ficar sem um técnico experiente para arrumar o time. Depois disso, não podemos prejudicar as finanças do Clube com mais um técnico caro que depois vai deixar as contas para pagarmos. Infelizmente no Brasil os técnicos precisam de resultados imediatistas e isso prejudica o desenvolvimento de um trabalho a longo prazo, nosso cultura é completamente ao contrário da Europa. Será que Guardiola seria o que é hoje se tivesse sido mandado embora depois dos primeiros tropeços do Barça?
É, precisamos da solução certa para o nosso Colorado, sem direito a erros (de novo)!
Abraço
Bom vou começar pela parte pior, a tendência é de jogarmos contra o Fluminense que não é nenhuma maravilha com apenas um atacante. É o velho e fracassado esquema do Roth. Parece que ele (Roth) foi mas suas convicções fazem a cabeça de muitos no Beira-Rio. Quanto ao técnico, está bem claro que o atual interino é apenas isso, um interino, esforçado, trabalhador, com suas idéias, enfim, mas apenas um interino. Não dá para admitir que um Clube que ambicionava o título esteja novamente recomeçando o trabalho em Julho e Agosto. Olha, vislumbro pelo menos o título da RECOPA se entrarmos para valer e com MAIS de um atacante. O Brasileirão já me parece uma incógnita, queremos o título, com esse desempenho vamos torcer para ficar no G4 e não quero nem pensar em coisa pior. Só as decisões da Direção é que vão dar o rumo que hoje é incerto.
É Evandro, a gente sempre tenta tirar algo de bom para se convencer de que tudo vai melhorar, mas tem horas que não dá mais para “tapar o sol com a peneira”. O Inter precisa sim de técnico, a base não está pronta para ser jogada na fogueira, tem que ser ao poucos. Não quero ver meu Inter despencando na tabela por falta de elenco, de planejamento, lutando para sair da zona da degola. No mínimo, quero ver meu Inter lutando por vaga de Libertadores, pois já me serve de consolo, pois como não acredito em milagres, acho que mais um brasileiro se foi pro Colorado.
Eu já quero mais um zagueiro de confiança e um avante de velocidade pelos lados…
Evandro:
Assino em baixo, pois não dá para entender o time jogar contra um time ruim como Atlético Goianense com cinco jogadores no meio campo e, principalmente, três que eu considero lentos: Wilson Mathias (que só sabe fazer faltas e dar passes errados) , Andrézinho (que só muda a partida quando entra no segundo tempo) e Tinga (perdido sem função em campo) e com um só atacante em campo, quando substitui não soube alterar o jogo, pois no intervalo se fosse audacioso escalaria o João Paulo no lugar do Mathias e colocaria o Jô no lugar do Andrezinho. Na minha avaliação só ganhou uma partida, pois contou com a sorte, porque o técnico adversário (Sr. Gallo) errou nas substituições facilitando a nossa virada. Não entendeu o empate contra o Barcelona, pois após apostar em João Paulo e Lucas no lugar do André e do D’Ale é que o Inter conseguiu criar as chances de empate e uma possível virada (salvo pelo Abidal em cima da linha), ou seja, se ele soubesse que empatariamos não sacaria os nossos camisas 10 e 17.
E além disso, concordo contigo, o Osmar Loss terá coragem de substituir ou barrar algum jogador que tenha experiência e força dentro do vestiário. A demonstração foi no próprio jogo de domingo o único que ele teve coragem de substituir foi o Tinga aos 43 do segundo tempo.
Se o Inter e nós colorados quisermos algo além do Gauchão, ou seja, no mínimo vaga na Libertadores e quem sabe buscar a Recopa, precisamos de um técnico de verdade. Também, novamente vou concordar contigo, que não seja um meia boca, ou seja, que não inventem Cucas, Nelsinhos Batistas e Adilsons Batistas, pois estes prefiro vê-los só como adversários.
Saudações Coloradas.
Cláudio R. Vidal