Inter x Cruzeiro, um jogo nostálgico

Domingo apenas mais um jogo do Campeonato Brasileiro, eis que este INTER de agora não entusiasma mais, tampouco o Cruzeiro, que não anda lá essas coisas.

A julgar que o confronto foi considerado o maior clássico brasileiro da década de 70. Como dava gosto vê-los jogar. Nosso INTER recheado de craques: Falcão, Figueroa, Carpeggiani, Manga, Flávio e Lula. O Cruzeiro de Raul, Piazza, Nelinho, Dirceu Lopes e Palhinha. Era um encontro de gigantes.

Decidiram aquele Campeonato Brasileiro de 75, em que fomos campeões, com o “gol iluminado” de Figueroa. No ano seguinte o espetacular jogo pela Taça Libertadores. Embora perdêssemos por 5 x 4 foi um jogo memorável. E já se antevia, que o time que passasse adiante seria o campeão, como efetivamente aconteceu com o título obtido pelo Cruzeiro.

Antes, já vira outros inesquecíveis jogos entre ambos, a exemplo dos 3 x 2 de virada no ano de 1972. Que jogo!

Nas décadas seguintes, embora menos que antes, o clássico continuou empolgante. Aquele 1 x 0 lá no Mineirão que nos levou à final da Copa União contra o Flamengo também foi inesquecível.

Domingo ambos voltam a se enfrentar no Beira-Rio. Agora já sem aquele encanto de outrora. A esta altura apenas para cumprir tabela, uma vez que ambos já não tem lá possibilidades na competição. Uma lástima, para quem chegou a presenciar, como eu, um verdadeiro clássico de futebol bonito e bem jogado. E para domingo o encontro se reveste tão-somente em mais um jogo de nosso colorado, talvez numa leve esperança que se transforme no que era e significava antes. Pura nostalgia.

Apesar de tudo e dos dias atuais não muito promissores de nosso lado, mesmo não estando muito empolgado deverei ir ao jogo, no fundo, no fundo, esperançoso de fazermos uma grande partida e quem sabe proporcionarmos a arrancada de dias melhores, nunca esquecendo que foi o próprio Cruzeiro que nos oportunizou o feito e grandeza para passarmos além das fronteiras gaúchas ao vencê-lo e conquistarmos o Brasil (1º título brasileiro). Depois viriam a América e o Mundo, culminando com o “Campeão de Tudo”.

Bons tempos, bons tempos aqueles e quanta nostalgia!

Heleno Costi – Porto Alegre/RIO GRANDE DO SUL
Colorado é a minha paixão!