Em tempos de final de turno de campeonato Gaúcho faço uma reflexão em torno das “fantásticas criações acomodativas”, se não vejamos: Rubens Hofmeister foi presidente da federação Gaúcha de futebol de 1970 até 1982, sucedendo ao General Mareu Ferreira e tendo como sucessor o Dr João Giuliani Filho. Na sequência dirigiram a federação o Dr Antonio Pinheiro Machado Neto que teve como seu sucessor Emídio Perondi (Que foi o presidente de maior permanência no cargo, quase treze anos) o qual por sua vez foi sucedido pelo atual presidente Francisco Noveleto. Ocorre que durante esse tempo todo o Gauchão sofreu (literalmente ) mudanças, invencionices e outras mumunhas . Eu por vezes cheguei a pensar que o dito cujo era concebido, a partir de extraordinárias experiências em de tubos de ensaio, em laboratórios sem muita credibilidade tamanha era a trabalheira que se tinha para decifrar a fórmula. Chegou ao ponto máximo quando em um determinado ano uma determinada equipe (eles) teve que perder o jogo para se classificar para a fase seguinte. Não me perguntem como, pois eu não sei explicar, hoje. Naquela época quase fui internado, pois tentei entender e quase surtei. Mas sabem para que tudo isso? É que lá na origem, sob a batuta do “Rúbis”, que era como o saudoso Carlos Nobre o chamava, o campeonato tinha a pretensão de ser conduzido para que tivesse como campeão um clube do interior. Várias fracassadas fórmulas depois, como premio consolação foi criado o absurdo de ser declarado o campeão do Interior o time de melhor campanha depois da dupla greNAL. Assim vários foram os laureados: Caxias, Esportivo, Brasil de Pelotas, só para citar alguns se transformaram em veículos que possibilitaram colocar no currículo de diversos profissionais de futebol o “pomposo título” de campeão do interior.
Aí é que a porca torceu o rabo. Muito tempo depois a dupla caxiense, ganhou de fato e de direito o título de campeão gaúcho. Aí vem a pergunta: Na contra-mão não outorgaram o título de campeão da capital, por quê? Que coisinha mais ridícula. Para o mundo que eu quero descer, diria o bom e saudoso Raul.
Paulo Melo – Porto Alegre/RIO GRANDE DO SUL
Vamo, Vamo INTER
Grande Melo, penso que o campeonato regional, com a presença da dupla, serve somente para “colaborar financeiramente” com os demais clubes. Não consigo ver mérito em ser campeão com planteis qualificados por uma folha gigantesca, comparada com a situação desses outros clubes. Sinceramente não consigo me empolgar com o campemato gaúcho e penso que da forma como é disputado, serve somente para prejudicar o desempenho da dupla em torneios de maior expressão, principalmente a Libertadores da América. Não esquecer que ainda tem o prejuízo de contratar grandes jogadores e perdê-los para as seleções de seus países, muitas vezes em que suas presenças no clube são indispensáveis. Acredito que a Federação poderia estudar formas de disputa praticadas em outros países e ver o que poderia ser modificado de forma a preservar a possibilidade de acesso aos demais clubes, mas, principalmente, a integridade dos jogadores, devido ao alto desgaste físico pela atuação em várias competições, o que deveria ser encarado como um mérito do clube, permitindo uma adequação melhor das condições financeiras desses clubes, principalmente pelos altos custos de contratação e depois na manutenção dos mesmos. A idéia que tenho, cada vez mais clara, é que o objetivo de todos os envolvidos é somente o lucro, “fazer dinheiro”, “aparecer de qualquer forma”, independente dos reais objetivos de federações, dirigentes e clubes, comprometendo a qualidade dos resultados. Por essa e outras razões é que o futebol braileiro está na situação que está…
Alô você Heleno!
É verdade, nos anos sessenta havia o campeonato citadino com e aí era declarado de fato o campeão da capital e o do interior, mas aí era outra coisa porque haviam os campeonatos que desde a era Hoffmeister não existem mais.
Olá Melo,
Lembraste bem daquele episódio em que o time da Azenha precisava perder para se classificar (parece que foi para o Juventude). Os formulismos foram tantos até chegar a tamanho absurdo.
Ainda lembro do tempo em que havia o Campeão da Capital, com participação da dupla Grenal, S.José, Cruzeiro, Força e Luz recheada pelos adjacentes da grande POA: Floriano (N.Hamburgo) e Aimoré (S.Leopoldo). Parece que depois entrou a dupla de Caxias: Juventude e Flamengo.
O Campeão da Capital jogava com o Campeão do Interior e o vencedor era decretado o Campeão Gaúcho. Pelo menos nessa época havia o campeão da Capital.
Depois, com a reivindicação dos clubes querendo renda, passaram a exigir a presença da dupla Grenal e a coisa foi se modificando até esses formulismos que vimos presenciando.
Hoje, com a presença dos grandes na Libertadores, Copa do Brasil no 1º semestre a fórmula deveria ser revisada.
Era isso