Chegamos hoje a um mês da tragédia de Santa Maria. Algo sem precedentes, sem possibilidade de calcularmos o tamanho da tristeza, das consequências nas vidas das pessoas.
Não poderia deixar de registrar a passagem dos trinta dias do fato que resultou na morte de 279 jovens e que deixou outros tantos hospitalizados, alguns até agora lutando pela vida.
O assunto serve para introduzir uma reflexão sobre as muitas obras inacabadas e mal feitas que temos pelo estado e país. Arenas e estádios estão nesta lista.
Eu espero que tudo sirva de exemplo e de motivação para um trabalho seguro, tranquilo e principalmente coerente com as regras do estatuto do torcedor e a expedição de alvarás públicos de segurança, no Beira Rio, que está se transformando no Gigante para sempre.
Da janela do meu quarto acompanho cada metro que vai se modificando com o esforço dos homens fortes da AG, aqueles dos macacões vermelhos com listas amarelas que doem nos olhos. As vezes dói ver os buracos e as frestas abertas nas paredes do estádio onde tantas vezes comemorei muito as vitórias do nosso time. Mas na maioria das vezes a dor passa rapidamente quando percebo a obra se movimentando e dando conforto e modernidade ao que já era o melhor estádio particular do sul do país. Tenho notícias, de fonte segura, que dão conta de que o Beira Rio não perdia para muitos dos badalados estádios europeus. Agora, então, será arrebatador.
Torço apenas para que uma vez que chegamos até aqui tenhamos paciência. A pressa tem se mostrado mais do que inimiga da perfeição.Ela é a própria face da morte, da vergonha, do cinismo e oportunismo que nos ronda. Não quero nem pensar que alguma destas chagas possam atingir a nossa casa. Não vão. Não vamos deixar.
Que nos ouçam os dirigentes e responsáveis pelo marketing do Internacional. Festa para comemorar mais esta nova etapa sim. Palhaçadas e irresponsabilidades não!
Tenho orgulho da seriedade com que o clube sempre tratou estas questões. Vamos em frente, vamos receber o Gigante Para Sempre com alegria, paixão, com a explosão do nosso futebol. Mas vamos preservar a maior torcida do Rio Grande do Sul, campeã de tudo, de qualquer fiasco que possa nos comparar a menores.
Adriana Paranhos – Porto Alegre – RS
Adriana, a tristeza desses pais, irmãos, avós e demais parentes que perderam parte de suas famílias, tragicamente em um local que era para ser só de alegria, jamais será esquecida. É nossa esperança que não só no novo Beira Rio, mas também no Beira Rio, e em todos os locais reservados para atividades com aglomerações de pessoas nesse Brasil, sejam garantidas todas as condições indispensáveis de segurança. É inadmissível que tragédias como essas de Santa Maria, na Argenina e na China voltem a acontecer.
Alô você Adri!
Santa Maria, ficou na nossa triste lembrança como exemplo a não ser seguido. Nos resta dirigir para lá orações e pensamnetos de conforto.
a propósito de teu comentário a ZH de hoje em na coluna do ZINI PIRES, sob o título “corpo a corpo”, diz que o Inter acompanha de lupa os erros ocorridos na Arena Portoalegrense para que sirvam de aprendizado. Louvemos e…Oremos!
SC