Fumaça vermelha no Beira Rio

O Capitão

Fumaça vermelha no Beira-rio, anuncia: Habemus Comandante (Imagem: Site Google)

Capitão, é assim que o PP o denomina, e não é que ele encarna mesmo o personagem? Mas não aquela ficção cinematográfica que estereotipou o posto, é de verdade. Ele é estrategista. Poucos perceberam que Dunga em sua ação naquele jogo contra o Esportivo foi estratégico. Ele sabia que se marcasse uma coletiva e explicasse o que estava acontecendo à repercussão seria quase nenhuma. Assim, do seu jeito deu uma publicidade extraordinária, abortando uma manobra que vinha sendo articulada, segundo depoimento seu dado ao Guerrinha muito antes do acontecido. No campo do futebol (tudo faz parte, tem que ser do ramo para saber) vejam só que o time tomou 5 gols na primeira fase em 08 jogos, média de 0,62 por jogo. Nos últimos 3 jogos a defesa foi vazada uma só vez com média de 0,33 por partida. No geral foram 6 gols em 11 jogos o que da uma média de 0,54, ou seja, um gol sofrido a cada duas partidas. Isso quer dizer que está valendo uma das verdades do futebol: primeiro cuidamos da nossa casinha, depois tentamos invadir a praia deles. Alguns poderão contrapor que os adversários são fracos. Afirmativo, mas é assim que se procede quando o adversário tem qualidade inferior, toma-se o mínimo de gols possível de preferência nenhum e vamos ao ataque. Ainda tem muito chão, mas que o pano de amostra é da melhor qualidade não tenho dúvidas.  Fumaça vermelha na Pe Cacique: Habemus comandante!

O  jeito de ser  Paixão

Lidar com pessoas e delas tirar o melhor, esse é o PP (Imagem: Site Yahoo)

Uma vez estava assistindo ao treino no velho campo suplementar do Beira-Rio, quando bolas eram jogadas por cima das telas de proteção, denunciando a falta de pontaria dos chutadores. Não havia gandula que chegasse, uma após outra alçavam voo e ao cair eram levadas por alguns “torcedores” ou simplesmente ignoradas pelos assistentes e onde caiam ficavam. Mais alguns instantes e não haveria bolas suficientes para treinar.  Foi quando PP se aproximou da tela e com seu jeito especial de ser foi solicitando para um, fazendo gestos para outro e de repente estavam alguns torcedores ajudando a recolocar as bolas pra o treinamento. A todos indistintamente ele agradecia com um aceno, um sorriso sempre acompanhado de um  muito obrigado ou Valeu! Em instantes todas as bolas (exceto às furtadas) estavam de volta ao campo de treinamento. Paulo Paixão é assim consegue seus objetivos, tratando a todos com extrema educação, mas com firmeza. Especificamente na sua área de atuação ele também é assim e dessa maneira consegue tirar de cada um, 110%.  Aliás, 101% das pessoas que o conhecem e convivem com ele sabem disso, e quem não convive pode observar o resultado de seu trabalho nesse pouco tempo de retorno a um lugar de onde não deveria ter saído ou retornado a muito mais tempo. Gabriel, Forlan, Juan, R Moura, por exemplo, todos recuperados após a “era Paixão” poderiam testemunhar a meu favor.

Josimar e o seu Alvarino

Se der mole, ele não larga mais (imagem:Site Yhaoo)

Quando vejo o Josimar em campo lembro-me do seu Alvarino, meu treinador dos tempos de menino lá em Viamão, lá na década de 60. Seu Alvarino chegava ao campo para onde havia sido tratado o jogo com o saco de camisetas às costas, bola número 5 “Cauduro” e o apito e sem esquecer seu costumeiro cigarrinho no canto da boca. Ia escalando o time de acordo com os que estavam ali, isso é evidente. Tinha gente que se escalava para levar o saco das camisetas. À medida que ia definindo,  ia distribuindo as camisetas até que poucos sobravam. Aí começava o seu desespero ele precisava de um ponteiro, mas aqueles meninos que tinham sobrado, digamos que “não estavam prontos”. Então ele coçava a cabeça, como a que procurar uma solução ante aos olhares esbugalhados dos “sobrantes”. De repente ele pegava uma camisa e atirava na direção de uns dois ou três, aquele que pegasse estava escalado para pelo menos entrar em campo até que chegasse um melhor para entrar em seu lugar. Às vezes, raras é verdade o menino bom de bola chegava com o jogo em andamento, mas o desempenho do sobrante era tão satisfatório que o Seu Alvarino olhava com desdém o “craque” recém-chegado e lhe dizia agora espera descansa um pouco que tu dever ter vindo correndo lá da tua casa e estas cansado, certamente, depois tu entras. Várias vezes se viu o nosso treinador permitir a entrada do “craque atrasado” só para não desagradar uma vez que estava plenamente satisfeito com o desempenho do sobrante. Atenção Willian, Airton e Cia, o lugar é de vocês, mas por via das dúvidas, não se atrasem!

TENHO DITO!

9 thoughts on “Fumaça vermelha no Beira Rio

  1. Alô você afilhado!
    Já estás nomeado embaixador do BAC em Mal Rondon. Não sei se vamos ganhar alguma coisa, mas que vamos lutar muito, disso eu não tenho dúvidas. É a cara do Dunga.
    SC

  2. Alô voce padinho ,. Com o Capitao do penta em açâo , volantaso daqueles que chutava bola adversário e tudo mais que vinha pela frente o nosso colorado voltou a ter fome de bola vontade e raça para consequir as vitorias . E isso ai meu capitão e vamo que vamo.

  3. Melo, não existem dúvidas, estamos bem servidos ou pelo menos percebemos gente trabalhando com vontade e com capacidade para levar nosso Internacional ao caminho que nunca deveria ter saído. Nós, simples torcedores, ficamos na torcida que essa empreitada tenha o maior sucesso possível, pois pelo que estamos vendo, fica evidente a vontade de acertar, com seriedade, com muito trabalho, sem alarde, como se dizia antigamente, na surdina. É excelente perceber que o trabalho é feito em equipe e sem estrelismos. Muita coisa mudou em relação a um passado recente…

  4. Caro mestre Melo! Hoje, realmente, é absolutamente irrefutável a capacidade técnica e profissional do Capitão Dunga como treinador do nosso Colorado e se levarmos em consideração o acompanhamento do melhor preparador físico do Brasil, o calejado, inteligente, carismático e competente Paulo Paixão, bem! aí senhoras e senhores, tudo fica mais claro ou seria mais vermelho, e em tempos de “papado novo” eis que no Beira-Rio o “Habemus Comandante” com uma fumaça vermelha, na verdade, fica tudo mais vermelho e bem adequado para os novos tempos para o nosso “Campeão de Tudo”! SC

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