Humildade e persistência
O que será que passa na cabeça de um menino quando começa a jogar futebol? E na cabeça daqueles que saem de casa e encaram os alojamentos como moradia, longe de pais, amigos e família?
Os pais certamente ficam de coração apertado, imaginando cada momento, o que seus ‘pequenos’ estão fazendo, se estão se alimentando, se comportando, como estão sendo tratados, se é a profissão certa a seguir…
Mas voltando aos meninos, fico imaginando suas primeiras reações ao ser aprovado para pertencer ao time, ao entrar no gramado todo fardado… Imagina então se o time ao qual está entrando é o seu time do coração!
Qual será a reação frente ao primeiro salário? Sabe-se de jogadores colorados que ao receber o primeiro salário foram ao posto de combustíveis ao lado do Beira Rio e torraram todo seu valioso salário!
Imagina a alegria ao ser reconhecido pelos primeiros fãs! Bom, acredito que aí começam os ‘problemas’ maiores… Torna-se necessário um cuidado todo especial para que as raízes e valores deste menino não se percam, para que sua essência continue a mesma. Especialmente, devem ser trabalhados para que nunca esqueçam que o futebol os trouxe até onde estão agora!
O jogador que tem seu futuro profissional garantido é aquele que nunca esquece como tudo começou, de onde veio, de quem o ajudou, de tudo o que passou para chegar até o profissionalismo, com humildade, garra e persistência.
Bom, os motivos que me levam a escrever sobre esse assunto hoje, é que ontem, um dos maiores jogadores que vi atuar no Inter, completou 10 anos de profissionalismo e certamente é um jogador que nunca esqueceu das suas raízes e nem de cada pessoa que o tenha ajudado durante este tempo todo.
Teve coragem para enfrentar as graves lesões sofridas e força para recomeçar sempre que necessário. Humildade para manter amigos e simplicidade suficiente para atender a todos aqueles que o admiram!
Começou no nosso Inter e já saiu duas vezes, já participou de jogos importantes tendo a petulância de fazer gol de bicicleta contra time grande da Europa, teve a persistência de tentar o gol até nos garantir o título que nenhum brasileiro havia ganho! E tenho certeza de que teremos mais um retorno seu, para reconquistarmos títulos importantes e vibrarmos muito com seus belos gols!
Tendo este ‘Menino do Beira Rio’ como exemplo, tenho certeza de que tudo o que a gurizada precisa é ter humildade, coragem, determinação, dedicação e certeza da profissão a seguir firme em seus corações e que o reconhecimento pelo seu trabalho deve ser tratado como combustível para continuar fazendo seu melhor, com consciência e respeito aos colegas de profissão, adversários e todos que o rodeiam!
Quero registrar aqui os parabéns por tudo que este guri, o Nilmaravilha, fez e conquistou até aqui, e tenho certeza de que virá muito mais pela frente! Todo sucesso do mundo, sempre com muita saúde! E, quem sabe, que venham mais 10 anos pela frente! E obrigada por teres feito parte do nosso Inter e seu seleto grupo de ídolos!
Cristiane, excelente lembrança e comentário. Tem muitos jogadores que deixaram marcas indestrutíveis nos corações colorados e que ainda povoam o pensamento de alguns, como eu, um pouco mais rodados. Seu comentário “me jogou” em um passado, mais recente ou não, e “saltaram” aos meus olhos as imagens de grandes guerreiros colorados. De gente que vestiu, honrou e ainda honra a camisa colorada. Não gosto de citar nomes, pois cometemos injustiças, mesmo não querendo, mas como esquecer de alguns grandes jogadores que se destacaram pela qualidade do futebol que jogavam e pela dedicação ao nosso Internacional. Só para remomorar, sobre o nosso Nilmar, lembro de jogos que presenciei um no Mineirão e outro na Fonte Nova (por sinal, o único que fui até hoje a esse estádio e que só estou esperando o nosso Internacional vir a Bahia para ir ao jogo), em que ganhamos com golos dele. Falando em estádios, só os mais importantes, como ficaram maravilhosos o Mineirão, o Castelão e a Fonte Nova. Verdadeiras obras de arte, coisas de primeiro mundo.
Esse guri deixou saudade sim Cris! Boa lembrança! Saudações Coloradas!
Que saudade do Nilmar. Sim, tem que ter respeito e amor à camisa, por mais profissional que seja. Jogadores como Adrianos, Sheiks, Jobson, Vampeta e outros são boleiros que não servem na concepção atual de futebol…
10 anos….Pareci que foi ontem que você comemorou seu primeiro Gol, a primeira Vitória não só contra seus adversários, mas, de você mesmo. Teu sorriso que não parava de iluminar todos que confiavam em você. É tantas pessoas, tantos amigos e times, troféus e gramados, torcedores e fãs que te deram apoio, que em meio as dificuldades estiveram ao seu lado te respeitando. Tristeza jamais esquecida e Alegrias jamais apagadas.
Uma coisa é garantida que durante esses 10 anos eu pudi esta torcendo por você e cada lágrima que escorre no meu olhar me faz ficar mais próxima de você, me faz acreditar que não existe impossível e que aonde você estiver, eu estarei aqui sempre acreditando no dom, no talento que Deus lhe deu e que você o uso com muito amor e carinho.
Parabéns Nilmar pela conquista de mais um ano que se tornou 10 anos de Carreira, de Alegria de mostrar o que você tem de melhor a oferecer aqueles olhos que brilham ao ver tua chegada.
Alô você Cris!
Grande sacada, relevante o assunto. Queira Deus que algum dia os dirigentes façam um trabalho ralmente a longo prazo para preservar esses meninos. Quantos meninos a exemplo de Nilmar nao se perderam no percurso? Falando que eles são meninos facilmente se entende a razão do erro em função de uma série de coisas, mas a fundamental é a orientação e o exemplo. De há muito, falo que os exemplos que devem ser mostrados são os ruins pois os bons são muito visiveis e em alguns casos prejudicam ao inves de ajudar.
SC