Até parece piada, mas, efetivamente, o fato aconteceu.
Quando guri, ouvi meu pai contar que o INTER fizera 11 x 0 num GRE-NAL para valerem só 6 (seis) gols. Os colorados diziam que o juiz, de nome Álvaro Silveira, era torcedor fanático pelo time azul e, ao não aceitar a tremenda façanha colorada, somente validou pouco mais da metade dos gols assinalados, ficando o marcador em 6 x 0.
Pela passagem do 104º aniversário do INTER, o fato é comentado no site oficial do Clube. Anteriormente, também constara na Agenda 2007, que o INTER presenteou aos seus associados.
Em busca histórica pelos jornais da época, mais precisamente: Diário de Notícias e Correio do Povo é constatado que o fato citado efetivamente aconteceu.
Era uma tarde de terça-feira, 01.11.1938, no Estádio da Timbaúva. Aquela seria a maior goleada em GRE-NAIS, chegando aos 11 x 0, caso o árbitro tivesse validado todos os gols feitos pela esquadra colorada. Para anulá-los, alegou off-side (impedimento) ou mão na bola de atacantes rubros.
Segundo diziam os colorados da época, o juiz manobrara o resultado e apresentou como justificativa ao então Presidente do INTER, Engº Ildo Meneghetti, que “11 x 0 era resultado demasiado para GRENAL”. Pelas suas palavras, reconheceu tacitamente a alteração do placar. Por assim dizer, como se fora réu confesso.
Conforme atestam os jornais de então, cujas reproduções constam anexas, houve realmente a anulação de 5 (cinco) gols. Entrementes, nem todos considerados legais, embora o destaque dado à fraca atuação do árbitro. Pelo visto, já naquela época também havia torcedores da imprensa que não escondiam suas preferências clubísticas, ao time de lá.
Ainda a destacar a manchete provocativa do jornal do dia seguinte ao do jogo, 2 de novembro de 1938, como sendo de finados aos azuis – 6 x 0.
E para finalizar este comentário, considerando que o próprio juiz reconheceu a manobra, o INTER, mesmo não tendo sido oficializado o escore na Federação, deveria não apenas comentar o fato, como o fizera agora no site por ocasião do 104º aniversário, mas registrar em seu histórico o placar de 11×0, com uma simples observação: o árbitro colocou na súmula somente 6 (seis) gols.
Saudações Coloradas
Heleno Costi
Felipe,
Mesmo depois de bastante tempo da postagem, é uma satisfação ver a manifestação do amigo. Então, o goleiro Júlio é seu avô? Pelo visto, ele era bom, porque não levou nenhum gol naquele Grenal, que fizemos 11 neles. E, segundo disseste, foi a prova testemunhal do fato acontecido, qual seja, do Grenal dos 5 (cinco) gols sonegados descaradamente pelo juiz.
Saudações Coloradas
Assim como o título de 2005 …
Meu avô participou desse jogo como goleiro do Inter. Ele me contou essa história também. Era o início do Rolo.
Em 2007 eu era sócio e não recebi agenda nenhuma. Que agenda é essa?
Apoio a sugestão. Placar real, 11 x 0; placar manipulado: 6 x 0. E mesmo assim não dá para deixar de dizer: “Foi um chocolate!” SC
Pauperio,
Eu lembro do nome Maçarico. Se não me falha a memória era uma figura meio folclórica e divertida dentro do basquete.
E pelo que ele dizia, segundo citaste, não teria graça se não existissem os tradicionais adversários. Eles são a alegria do nosso viver. E deixa que pensem ser “imortais”, embora morram a todo momento.
Carlos,
Seja bem vindo no Blog.
Pode falar e mostrar a vontade, que o fato documentado, embora tentem, será impossível negá-lo.
Foi, sim, a maior goleada ocorrida DENTRO DO CAMPO, num GRE-NAL.
Melo,
Certos fatos contados parecem fantasia. Por isso, procuro sempre documentá-los para não deixarem dúvidas quanto a veracidade do ocorrido. Senão, meu amigo, eles negam sempre.
SC
SEMPRE OUVIA FALAR DE UMA HISTÓRIA DE MAIOR GOLEADA E COISA E TAL. AGORA GRAÇAS A VOCES SEI DE UMA OUTRA HISTÓRIA. COMIGO NÃO VÃO FOLGAR MAIS. MUITO OBRIGADO
Heleno, lendo tua postagem, lembrei-me de um velho querido amigo massagista do basquete do nosso Internacional, o Maçarico (aquele do famoso óleo Xumico), que quando ouvia dizer que os tradicionais adversários deveriam desaparecer, repetia, não, não mesmo, eles são a fonte de nossa segunda maior alegria. Não adianta distorcer, secar, torcer contra, colocar “chifre em cabeça de cavalo”, fazer comparações e citações “sem pé, sem cabeça”, pois o nosso Internacional é único e só uma torcida como a nossa merece esse grande clube.
Alô você Heleno!
Mais um brilhante trabalho de pesquisa.És um especialista nessa arte. é uma coisa que contada seria difícil de se acreditar, mas documentada não tem jeito. “Eles” metemm a mão no Inter a muito tempo. Concordo contigo o Inter deveria valorizar mais essa passagem.
SC