Uma vez quando eu era menino, fiquei ansiosopara ver um jogo de futebol. As finanças não andavam bem lá em casa, então economizei duas passagens de ônibus do centro de Porto Alegre até próximo do aeroporto (8 ou 10 km talvez-Farrapos linha 5). Fiz o percurso de ida e volta a pé da Av Sertório, 1006 (curso Fulgêncio) até o Gigante da Beira-Rio. Com isso consegui o dinheiro suficiente para comprar um ingresso para assistir ao jogo ali da Coréia. Que espetáculo! Vi o Santos de Pelé. No mundo não havia nada melhor já havia sido Bi-Campeão da Libertadores e intercontinental também. Se fizermos a conta hoje, arrendondando seriam exatos R$ 6,00 (seis reais) tres reais de ida e tres de volta por passagem. Pois é, essa importancia valia um ingresso ou duas passagens. Qualquer um pode fazer isso hoje, basta que repita a operação dez vezes e obterá recursos da ordem de R$ 60,00 (sessenta) suficientes para ver seu time. Mas faça logo, pois daqui a pouco vai precisar repetir mais vezes essa operação pois os ingressos serão majorados. Os preços dos ingressos são cada vez maiores. Isso porque pagando 300, 400 mil reais por mês para jogadores digamos nem tão talentosos assim, só assim mesmo. Mas agora o absurdo passou das camadas inferiores. Haverá um dia em que eu não terei mais condições de ver futebol e talvez você que esteja lendo também não. O
repórter da RSB Sérgio Boaz afirmou que o camarote para o jogo da Seleção Brasileira contra a França (A M I S T O S O), custará R$ 25.000,00 (VINTE E CINCO MIL REAIS) e pasmem senhores, o dono do camarote terá somente a prioridade para locar. Projeto essa corrida para o futuro e consigo ver estádios com somente dezoito camarotes, os atuais são muito grandes e barulhentos e inclusive habitado por gente que sequer frequentou, por exemplo, o palácio de Buckingham ou tampouco passou pelas universidades de California Institute of Technology, Harvard University, Stanford University, ou mesmo no mínimo University of Oxford. Definitivamente muito grandes e muito populares não há necessidade disso. Um dia eles terão somente 18 camarotes ao preço de U$200.000,00 cada e para lá irão, por exemplo, Antonio Ermirio de Moraes, Joseph Safra, Eike Batista, Dorothea
Steinbruch, Jorge Paulo Lemann, Eliezer Steinbruch, Aloysio de Andrade Faria, Moise Safra, Marcel Herrmann Telles, Carlos Alberto Sicupira, Elie Horn, Abilio dos Santos, Liu Ming Chung, Julio Bozano, Jayme Garfinkel, Guilherme Peirao Leal, Antonio Luiz SEABRA e Rubens Ometto Silveira Mello, as maiores fortunas do Brasil. Porque 18? É que talvez consiga convencer o décimo oitavo, de que nosso sobrenome não é uma simples coincidência, é parentesco, é real aí quem sabe eu possa voltar a ver futebol em um estádio. Enquanto isso não acontece vou indo a Caxias torcer pelo meu Inter.
Meu neto, o HEITOR, nasceu dia 31 de maio e o legado é fundamental. Pelo Inter ele já torce, agora quero que ele goste de futebol, vai ser dura a tarefa. Oremos !
Tenho dito.
Valeu Melo! So hoje tirei um tempo para fazer uma uma visita ao BLog. Pequenos problemas e muitas preocupações. Antes de mais nada Parabens pela chegada do Neto Heitor. Juro que nao sabia. Saude e muito sucesso ao rebento. Tambem espero que ele consiga assistir ao Inter e sem cair para segunda. Estou deveras preocupado com estes primeios jogos apesar que como a gente acompanha estava previsto. Esta horrivel e como falastes “nestes valores”. Grande abraço extensivo a todos da familia.
Meu marido, depois de ler este post, lembrou que o primeiro jogo do Inter que ele viu foi pelo gauchão em Novo Hamburgo, Inter 2×0 em 1982. Bah, eu nem lembro do meu, mas o importante é que esse negócio de ser colorado é contagioso. Não temos filhos, mas nossos sobrinhos são todos Inter: já nasceram campeões mundiais. Ê coisa boa…
Alô você cristiane!
Ah, obrigado o Heitor está muito bem. Lindão e COLORADO.
SC
Alô você Cristiane!
O pior que estou vendo isso há algum tempo. Os muito pobres deixaram de ir faz muito. Os pobres deixaram há menos tempo. Os mais ou menos estão em turbulência, uns já deixaram outros relutam (meu caso). daqui há pouco chega a vez daqueles que tem um pouco mais até que sobrem aqueles 18.
SC
Alô você Aquidaban!
Pois é quem normalmente chia nessas oportunidades é a impresnsa. Ocorre que o pessoal da imprensa não paga e convenhamos assiste e um lugar privilegiado (alguns vão trabalhar). Quando se aposentam ou deixam as lides futebolísticas estão com tamanha overdose de futebol que não vão mais a estádios, então… Top,top!
SC
Opa! Esqueci de parabenizá-los pelo nascimento do Heitor!!! Muitas alegrias e muita saúde ao pequenos e aos familiares!
Que realidade assustadora, Melo querido! Mas real… é um absurdo tal elitização do futebol, mas ao que parece, cresce a passos largos. E logo será a nossa vez, e como mencionei no meu post, os meus receios aumentam… Mas o negócio é aproveitar enquanto isso não acontece, o Centenário nos espera para começar a festa!
Grande Melo! Há uma necessidade de elevar os preços dos ingressos no país para permitir que ocorra um certo rodízio de torcedores. Veja, os estádios estão sempre lotados em qualquer competição e é preciso dar oportunidade àqueles que desejam ir de vez em quando aos estádios deste país. Além do mais, é a velha lei da oferta e da procura: se todo mundo quer ir ao jogo e não tem lugar para todos, o preço sobe… Francamente, eu até gostaria que a realidade fosse essa. Mas os estádios estão cada vez mais vazios! Até no Gauchão os preços praticados eram bem pesados, na média. Imagina no Brasileirão. Imagina na Copa! SC