O preço nas arenas

O BLOG ARQUIBANCADA COLORADA REPRODUZ AQUI MATÉRIA ATUALÍSSIMA REFERENTE AOS ATUAIS PREÇOS, ACOMODAÇÕES E OCUPAÇÕES NOS ESTÁDIOS.

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Mineirão modernizado., beleza. E o público? (imagem: Yahoo)
Mineirão modernizado., beleza. E o público? (imagem: Yahoo)

CAMISA 12

por André Kfouri em 16.ago.2013 às 7:27h

(publicada ontem, no Lance!)

#OCUPA

Apesar do cheiro de medida desesperada, a nova política de ingressos do São Paulo é um passo na direção certa. A tabela de preços tem como principal objetivo facilitar a ocupação do Morumbi, o que deve ajudar o time a melhorar sua classificação. De hoje até o final do Campeonato Brasileiro, os ingressos vão de dez a trinta reais. Sócios-torcedores desembolsam apenas dois reais por uma arquibancada.

Dois reais. Ou dez, não importa. A distância para o que se cobra por um jogo de futebol no Brasil, especialmente nas chamadas “novas arenas”, faz parecer que o estádio são-paulino fica no meio do nada. Como se ir ao Morumbi fosse um sacrifício, um favor, uma caridade. De fato, e aí está a crueldade do equívoco que se comete com os preços pornográficos, é o contrário. Quando o ingresso é vendido com caráter promocional, as pessoas se sentem convidadas a comprar. Fica claro que quem administra o estádio quer vê-lo ocupado.

O público do último Fla-Flu gerou um debate pertinente. Quase quarenta mil pessoas estiveram no novo Maracanã, contingente que proporciona uma imagem que desvaloriza um jogo institucional do futebol brasileiro. O quadro fica mais feio com o número de cadeiras vazias na faixa central do campo, notadamente os melhores lugares do estádio. Logo, fala-se com nostalgia dos tempos em que Flamengo e Fluminense levavam “mais de cem mil pessoas ao Maracanã”, como se esse fosse o número a ser perseguido. Não é.

Em seu blog no site da Espn, Paulo Vinicius Coelho revelou que, dos 393 Fla-Flus já realizados, apenas trinta e dois (8%) tiveram mais de cem mil torcedores presentes. A conclusão correta não é que “Fla-Flu com cem mil é lenda urbana”, e nem que o clássico tem obrigação de levar tal número de torcedores ao estádio. Fla-Flu tem, sim, que encher o Maracanã. Por isso o público do último domingo foi insuficiente.

O objetivo tem de ser ocupação máxima, seja qual for a capacidade do estádio.

2 thoughts on “O preço nas arenas

  1. Alô você Pauperio!
    Também isso que comentas tem efeito mas jogaram a Europa pra dentro do Brasil só não nos pagam em euros. Conheço muita gente qe deixou de ir ao estádio por força das despesas que se tornaram impraticaveis.
    SC

  2. Penso um pouco diferente, o que está “matando” a presença das torcidas nos estádios ou arenas, é a baderna que se instalou no futebol brasileiro, quando em plena competição da maior importância, o Campeonato Brasileiro, a entidade maior permite a viagem de clubes para buscar uns míseros dólares e evidencia a falta de comprometimento com a importância dessa competição. Se alguém tiver dúvidas, é só pensar um pouco em nosso Internacional. Não vou voltar ao tempo, mas jogadores que jogam domingo, quinta-feira, domingo e quarta-feira, em lugares distantes em nosso País, com desgastes de viagens, hotéis, deslocamentos, má alimentação, sem o descanso necessário, por favor, não são respeitados. Ao mesmo tempo, a descrença na realizações de sonhos, devido a venda abominável dos melhores jogadores, em meio as competições e, principalmente a passividade, falta de coragem e de posicionamento, mostrando claramente a falta de objetivo das atuais direções dos maiores clubes do futebol brasileiro, contribui para que essa descrença nos sonhos e a debandada geral . Hoje qualquer “clube zé ninguém”, que tenha dinheiro, de qualquer lugar do mundo, “mata” o sonho de qualquer torcedor e de qualquer torcida, e isso se reflete no esvaziamento dessas praças esportivas. Quando os responsáveis pelo futebol brasileiro entenderem que possuem o dever e a responsabilidade de respeitar o futebol, as competições, os clubes, os profissionais que lidam com o futebol, os jogadores e as torcidas, com certeza, esse panorama triste mudará, mas enquanto o futebol só representar oportunidade de negócios, ganhar dinheiro fácil, atender interesses que não sejam dos clubes, simplesmente negócios, não há saída.

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