O Atlético-PR entrou em campo com um resultado invejável de dez (10) vitórias e cinco (5) empates nos últimos dezesseis (16) jogos e com o técnico Vagner Mancini prometendo uma postura ofensiva, em busca de uma vitória ou, pelo menos, empate com gols. Já o INTER, que está atravessando um momento de turbulência, devido principalmente aos últimos resultados, duas (2) derrotas consecutivas e as vaias no revés para Portuguesa, entrou disposto a jogar um bom futebol e espantar a majestosa crise alardeada por parte da imprensa esportiva, regional e nacional. Na realidade, a salientar, apenas a partida de ida da Copa do Brasil e nada mais do que um jogo entre o quinto (5º) colocado e o terceiro (3º) colocado no Campeonato Brasileiro de 2013. Desde os primeiros minutos do jogo deu para perceber a mudança de postura e a união dos jogadores do INTER que entraram em campo vislumbrando uma excelente oportunidade de melhorar seus desempenhos frente à torcida Colorada.
1º Tempo
Devido à formação colocada em campo, a torcida do INTER esperava um bom resultado, pois o que de melhor se apresenta no momento estava jogando. A questionar, para alguns, somente Jorge Henrique e não Otávio, mas o “pé direito” que faltava no meio de campo e a coragem de manter Alex e Scocco no banco e, em má fase, e não Scocco.
Engano total, quem foi “para cima!” foi o Atlético PR e aos 57 minutos do 1º tempo o INTER sofria um gol relâmpago, originado pela cobrança de uma falta, pelo veterano Paulo Baier, de fora da grande área, bater ou roçar na cabeça de Damião, que estava na barreira, e enganar totalmente o goleiro Muriel. Gol que o Atlético PR esperava e que lhe dá uma preciosa vantagem no jogo de volta, dia 23 de Outubro, na Copa do Brasil.
O Atlético PR durante todo o primeiro tempo mostrou maior organização tática, maior empenho, mais qualidade e maior entrosamento em campo, evidenciando a desorganização do time do Internacional.
Com o Atlético PR recuado, aguardando somente oportunidades, para seus atacantes velozes e bem organizados contra-ataques, conforme sua estratégia de jogo, o Internacional, em desvantagem no marcador, aparentava superioridade em campo, mas quem continuava ameaçando marcar era o adversário.
A má fase do Damião e a ansiedade de “querer acertar” e resolver, prejudicada com a sua insistência na execução de alguns lances “bonitos”, mas sem sucesso algum, quando era muito mais fácil jogar o “feijão com arroz”, principalmente durante essa fase de pressão, não ameaçava realmente a meta do Atlético PR. Atrás a lentidão do Gabriel, a má colocação da defesa e dos jogadores de contenção, os erros constantes do Willians e a má jornada do Josimar deixavam o Internacional impressionantemente vulnerável.
Quem realmente ameaçou foi novamente o Atlético PR quando, aos 29 minutos, Ederson foi lançado entre o Gabriel e o Índio, ficou “cara a cara” com o Muriel e chutou para fora, rente o poste. É um lance para ser explorado na conversa do Dunga com os jogadores, pois evidencia no lance a lentidão, principalmente do Gabriel. O time do Internacional saiu de campo mais uma vez abaixo de vaias da torcida Colorada.
2º Tempo
No intervalo, Dunga não perdeu tempo e efetuou duas modificações importantes e necessárias. Colocou Otávio no lugar do Josimar e Scocco no lugar de Damião. Feitas as modificações acertadas, o Internacional era outro time em campo e, logo no primeiro minuto, já ocorria uma cabeçada do Otávio no travessão, seguido de um chute do Scocco, mas defendido pelo goleiro do Atlético PR.
O INTER lutava de forma desorganizada em busca do empate, com raça, sem enfeites desnecessários, mas ainda sem a qualidade necessária. Aos 18 minutos Juan cabeceou e o goleiro Weverton defendeu jogando para escanteio. Aos 31 minutos, Caio avançou rápido pelo meio da zaga paranaense e chutou para fora, na saída do goleiro, raspando o poste e perdendo a chance mais clara de gol do Internacional. Aos 33 minutos mais uma confusão da zaga e Marcelo quase marcou o segundo gol do Atlético PR. Aos 43 minutos, o zagueiro Manoel rebateu uma bola nos pés de Otávio, que, de sem-pulo, acertou o gol.
Como o momento do Internacional não é definitivamente de sorte, aos 44 minutos D’Alessandro desferiu um chute potente que poderia entrar no gol de Weverton, mas a bola bateu em Caio. O time do Internacional saiu de campo dessa vez abaixo de palmas da torcida Colorada.
Conclusão:
Fica difícil entender que mesmo depois de tanto tempo, com o plantel que tem, apesar das dificuldades e deficiências que todos conhecem, o Internacional não apresente um sistema de jogo consolidado, uma equipe entrosada, de forte presença em campo, uma equipe que apresente jogadas ensaiadas e que continua com esses passes laterais, muitas vezes frente à área, criando situações de real perigo, essa má colocação da defesa, esses cruzamentos sem resultado prático algum, essas irritantes jogadas de efeitos que prejudicam a continuidade das jogadas e essa perda insuportável de chances de gol.
Antônio Paupério
Salvador – BA
Público: 6.780 pessoas.
Renda: R$ 123.590,00.
Professor
Eu assisti o jogo….eu não entendo porque sempre com o mando do campo , o Internacional se diminui contra o adversário, sem tesão e vontade de jogar…o Damião está me surpreendendo, parece que faz os erros por gosto, e se a gente não tem uma referência na frente não tem como fazer gol….Espero que o dunga tenha notado a mesma coisa…..Vamos meu Inter só tu pode fazer essa torcida vibrar…… Abração
Pois é, amigo Paupério! Muita raça no segundo tempo, muita disposição, mas sem nenhuma organização tática. Nosso gol saiu pela rateada do Manoel, do contrário teríamos perdido o jogo. Concordo com o Evandro: não tá morto quem peleia! Mas ou o Dunga começa a treinar o time ou dê lugar para outro mais competente. SC
Alô você Pauperio!
Desta vez sofri à distância. Não sei o que é pior. Tu descrição e narrativa do jogo foi muito feliz, fiel. Deve novo sobrou vontade e faltou organização, talento, sorte e especialmente confiança.Pô, vamos combinar que a bola poderia bater na cabeça do Damiáo e ir pra fora, né? O time ganharia confiança e poderia se organizar, é também fase. Agora, vou amenizar um pouco comendo um camarãozinho ali na praia do Futuro.
Fuuuuuiiiiiii!
Oi Paupério, eu estava lá e confesso que nos últimos jogos, tenho verdadeiro pânico quando atrasam a bola para o Índio e ele não tem para quem passar lateralmente, então a única saída dele é entregar uma bola enforcada para o goleiro. Contra a Portuguesa ele quase deu uns 2 gols para o adversário. O Josimar na pior fase, ainda é melhor do que o Willians proporcionador de contra-ataques. Ontem o que erram e furam de bola no primeiro tempo foi um absurdo. O Damião precisa ser vendido, senão ele vai continuar tento chance, porque já jogou na seleção, e vamos continuar jogando com 10 em campo. Pelo menos ontem, o Dunga não esperou para mudar o time e já no intervalo fez as trocas, que resultaram num time muito mais ofensivo, mesmo continuando com os pânicos na zaga. No primeiro tempo, só salvou-se o DAlessandro e o Josimar, já no segundo tempo, o Forlán que não existiu no primeiro, cresceu muito e parou de furar em bola. Eu teria mantido ele e no lugar do Scocco, teria posto o Caio. Precisamos juventude e renovação no time. O Alex que me perdou por tudo que representou no INTER, mas hoje não tem vaga naquele meio. Precisamos urgente de 2 zagueiros jovens.
Tenho escutado muito a torcida pegar no pé do Muriel porque só dá balão para frente, mas se a zaga não se posiciona para receber, dá as costas para o goleiro, o adversário marca a saída por pressão, o Muriel ou qualquer outro goleiro não tem o que fazer, a não ser chutar a bola para a frente. Hoje, na minha opinião, não existem goleiros fantásticos a disposição, assim acho que o Muriel e o Alisson, cumprem bem o seu papel. Não podemos jogar neles a responsabilidade de uma zaga velha e lenta.
Com todos os problemas, nada está perdido, pois “não tá morto quem peleia”.
Grande abraço.
Evandro, descreves com perfeição o jogo que acompanhei pela televisão. Quanto a substituição do Forlan, pelo que foi falado, foi por cansaço e não por deficiência técnica. Posso estar enganado, mas enquanto o Damião não superar esse “baita azar” da lesão e o corte da seleção, assim como o “sonho” dos milhões de euros, não vai melhorar seu desempenho. É bom jogador e não pode ter esquecido o jogo. Só uma colocação, a deficiência não está só na zaga, as atuações do Gabriel e do Kleber também estão muito abaixo do necessário e esperado. Não entendo o Ygor no banco. Quanto ao Muriel e o Alisson, estou contigo e fico imaginando a insegurança que devem ficar com a quantidade de “amigos” em sua frente. Uma coisa que eu gostaria de entender é por que os jogadores de defesa e de contenção fazem essa troca de passes laterais até “prender” o companheiro junto a linha de lado do campo e a marcação dos adversários.