Minha intenção nessa postagem é buscar uma reflexão sobre as causas que mais uma vez provoca o afastamento, demissão ou troca de um treinador em nosso Internacional. É um despropósito imaginar que todas essas contratações e demissões foram por falta de conhecimento, deficiência técnica, complôs, problemas de comunicação ou de relacionamento.
Sempre aprendi que nunca delegamos a responsabilidade, mas sim delegamos a execução de uma atividade, mas sempre mantemos a responsabilidade sobre quem e o que será executado. Antes de qualquer delegação temos o dever e a obrigação de verificar o conhecimento, a habilidade e a capacidade de quem vai executá-la, sendo responsáveis caso ocorra imperícia, imprudência e negligência na sua execução, assim como participantes diretos no sucesso ou insucesso do resultado encontrado.
Depois de colocar as observações acima, fico espantado quando vejo algumas pessoas se “fazerem de morto” e “tirando o corpo fora”, como se nada tivessem a ver com esse triste momento (que já duram três anos), quando o nosso Internacional não é nem sombra daquele que a torcida Colorada quer e merece ter. É de dar nojo esse tipo de comportamento, pois evidencia a falta de comprometimento com os objetivos de vitórias e conquistas dos grupos (sem dúvida alguma profissionais qualificados e respeitados) escolhidos por essas mesmas pessoas, mas que infelizmente não obtiveram os resultados esperados. Não se pode negar que houve muita dedicação, esforço e trabalho desses grupos e, mesmo que não tivesse havido, onde estavam os responsáveis pela delegação? Não é lógico, carece de coerência, aceitar que somente todos esses profissionais deixaram a desejar e que somente alguns poucos estão sempre certos, mesmo que seus desempenhos e resultados são questionáveis e estejam sempre muito abaixo do possível e esperado. Fico indignado com o comportamento dessa direção com grandes ídolos Colorados, como Falcão, Fernandão e, agora, Dunga, assim como com um profissional da categoria de um Paulo Paixão, promovendo saídas cheias de mágoas. Fica evidente que a prioridade é o interesse pessoal, o eu e não a equipe, menos ainda o nosso Internacional. O importante é “jogar a culpa” do insucesso nos outros e “tirar o corpo fora”. Ridículo, sob todos os pontos de vista.
A verdadeira solução em um clube como o nosso Internacional não é só demitir, trocar “seis por meia dúzia”, desmerecer quem saiu ou, principalmente, expor os atletas a uma repugnante humilhação, promovendo insuportável discriminação (seja pela idade, pela qualidade ou outra razão qualquer), pois eles não se contratam, não se escalam, pelo contrário, são contratados e são escalados. É por essas e outras razões que esses atletas quando saem do nosso Internacional e depois voltam a jogar contra nosso clube, se esforçam tanto e demonstram tanta raiva. Caso o “resto” continuar do mesmo jeito que está, nada mudará e estaremos ainda mais frustrados, mais decepcionados e ainda mais tristes. Sendo mais direto e mais objetivo, em uma empresa quando são identificadas carências, como essas que hoje estamos sentindo, vendo e “sofrendo na pele e no coração” em nosso Internacional, existem duas saídas, ou as deficiências dessas pessoas são solucionadas, ou são necessárias mudanças dessas pessoas.
Para encerrar, mudar mais uma vez somente o comando técnico, será “empurrar o problema com a barriga”, sem ter a coragem de buscar as causas desses sucessivos insucessos, ficando sempre dúvidas e suspeitas, evitando mais uma vez enfrentar o problema (membros da direção, comando técnico, qualidade dos atletas, problemas de vestiário ou outro qualquer) e buscar uma solução definitiva, mas para que isso aconteça temos que “olhar para dentro” e, sendo necessário, “cortar a própria carne”. Chega de passividade, chega de omissão, chega de “pensar pequeno”, chega de “conversa fiada”, “chega de desculpas esfarrapadas”, chega de querer “aparecer” mais que o clube, pois precisamos retornar às vitórias e às conquistas.
Venha quem vier, temos certeza absoluta de que nossa magnífica e incomparável torcida sabe reconhecer e valorizar esforços e que nunca deixará de apoiar, àqueles que realmente se dedicam verdadeiramente ao nosso Internacional. A torcida Colorada, sem “entregar os pontos” no Campeonato Brasileiro e sem deixar de almejar o título da Copa do Brasil, merece começar a sonhar com um magnífico 2014, com a volta para nossa querida casa (Beira Rio) e com nosso Internacional voltando a ser o protagonista que sempre foi.
Antônio Pauperio – Salvador – BA
Alô você Pauperio!
Também entre outras coisas, não entendo a demissão do Paulo Paixão. Que convicção é essa? Quem explica?
SC
Professor Paupério
Minha indignação também é grande, colocastes bem as palavras quando questionou que a direção não deposita confiança e brinca com a seriedade do Falcão, Fernandão e agora o Dunga, pessoas maravilhosas que deram ao Inter o q ele tem hoje, “titulos”, sem me referir no Paixão exímio preparador físico. Agora quanto aos jogadores dispensados isso nem se fala. Acontece com toda a pessoa que não é valorizada em qualquer trabalho, quando vem contra quase todos eles fazem o possível para mostrar que mesmo saindo do Inter eles são valorizados por alguém (…Yarlei, Sobis e companhia ) Mesmo assim ainda tenho confiança que o Clemer permaneça e faça um bom trabalho para o Inter. “Hu omí é bom profí) Abraço
Moacyr, é isso mesmo, ninguém gosta de ser “enxotado” de lugar algum, quando mais que, por mais que não queiram, são partes importantes de uma história de vitórias e conquistas no nosso Internacional. Tem gente que só pensa em poder e acredita que isso é tudo, mas o que realmente fica em um clube, são os exemplos de honestidade, de profissionalismo, de dedicação, de amor ao clube, de trabalho honesto e, invariavelmente, de sucesso. O resto é “conversa fiada para boi dormir” e, com certeza absoluta, a torcida Colorada não é burra, não é cega e sabe valorizar e também criticar o que acredita ser ou estar certo ou errado. Quanto ao Clemer fico somente temeroso, apesar de ser uma solução ao menos até o final de 2013, pois é bom profissional, sério, honesto, trabalhador, mas penso que o “furo” é mais embaixo.