Considerações iniciais: Por conseqüência, sem a quebra do tabu de nunca ter vencido o Santos na Vila Belmiro.
De razoável atuação. No entanto, a esta altura como nada mais tem a perder, jogar fechado sem grande ousadia não acrescenta muita coisa na trajetória do presente campeonato, a não ser que o objetivo seja somar alguns pontinhos mais para afastar de vez o fantasma daquela que não é nossa especialidade e sim a deles.
Não adianta manter a maior posse de bola, controle da maior parte do jogo, sem quase criar lá na frente, que os gols não acontecem. E, dadas as circunstâncias finais da partida, em que o adversário perdeu várias chances, o empate até pode ser considerado justo.
1º Tempo: A rigor não foi um bom jogo. Embora a movimentação inicial, o INTER preocupou-se em não tomar gol e neste aspecto o fez bem, controlando o meio de campo e o ataque adversário. O Santos procurou suas investidas mais pelo lado esquerdo de nossa defesa. E somente levou perigo em duas oportunidades, aos 4’ com Montillo e aos 41’ através de Alisson, encontrando boas defesas de Muriel, que esteve bem no jogo. O setor defensivo da mesma forma. Com destaque para a atuação de Jackson, acompanhada da categoria do Juan. Os laterais também de razoável participação.c Kleber, com a bola nos pés é bastante carinhoso, mas na velocidade do inimigo é preocupante. Gabriel na marcação é envolvido com freqüência. Na proteção da intermediária, a boa surpresa do volante João Afonso que não deixou saudades de nenhum volante que temos, mas Willians continua errando demais os passes. O ataque tentando suas investidas com excessivos toques e sem velocidade. A óbvia conseqüência de quando chegavam lá na frente, encontravam a defesa santista já bem posicionada. Na armação, Alex ainda deixando a desejar. Enquanto que D’Alessandro e Jorge Henrique razoáveis, mas aquém da expectativa e pouco criatividade na noite de ontem. E mais uma vez, o filme se repete. Damião teve a bola do jogo aos 28’, e quando partia livre para fazer o gol, atrapalha-se, apanhando da bola mais uma vez. Tem sido assim, a não ser quando chega atrasado como o fizera logo após, num cruzamento de Willians, mas o goleiro Aranha foi mais ágil.
Perdoem os fãs do ex-famigerado Damigol, mas o INTER está precisando de um novo centroavante. Minha sugestão: contratem o Damião de 2011, que fazia gol até pela sombra, pois o que aí está encontra-se abaixo da crítica. Que má fase interminável essa hein? Pois é, na estatística o pior centroavante do Brasileirão, eis que, em 29 jogos, somente fez 4 (quatro) gols feitos. Para mim, mais devido a deficiência técnica do que outra coisa.
O intrigante é que num campo chuvoso e bola molhada, ninguém desse time chutava a gol, salvo em somente duas oportunidades: Aos 3’ pelo próprio Damião, encontrando grande defesa de Aranha e uma falta cobrada por Alex aos 24’, escorregando na hora, em que Damião ainda tentou tocar, mas como tem sistematicamente acontecido, erra e perde o gol.
Juan ainda deu uma cabeçada perigosa em escanteio no início do jogo.
Antes de terminar o 1º tempo, Juan (38’) sem tocar no adversário comete falta que só o auxiliar viu e ainda o árbitro lhe dá o amarelo.
2º Tempo: Como 1º tempo o INTER, ao menos até a falta de energia aos 20’ tinha o controle da partida. A falta de luz manteve-se por 17’ e esta parece ter sido a motivadora do esfriamento da equipe, que voltou sem ímpeto. A partir daí foi o Santos que cresceu.
A rigor, o INTER não criou chances de gols no 2º tempo e as três únicas oportunidades foram chutes à distância, salvo um cruzado de Gabriel de dentro da área aos 5’ em falha da defesa santista, tendo boa defesa de Aranha. Uma aos 16’, falta cobrada por Scocco, que pouco antes entrara no lugar de Alex. Bola por cima. E aos 27’ João Afonso em belo chute de fora da área raspando o gol adversário.
Alex foi substituído porque ainda não justificou a que veio, mas Scocco em seu lugar quase nada acrescentou. D’Ale e os demais na armação e frente pouco apareceram.
As grandes chances nesta etapa foram do Santos. Logo aos 2’ Muriel fez grande defesa no chute de Emerson, que dribla facilmente Gabriel. Aliás, este é um dos problemas de nosso lateral, mas teve o mérito de salvar pelo menos dois gols do adversário, numa Muriel já batido.
Nesse compasso, o jogo encaminhava-se para o final, desenhando o zero a zero, mas aí, meus amigos, tivemos mais sorte que juízo. Pelo menos três oportunidades claras de gol foram desperdiçadas pelo adversário. Aos 36’ em falha gritante de Willians e o Santos perde gol feito por Montillo e depois Everton Costa, salvo por Gabriel, comentado antes. Aos 41’ Montillo com gol a mercê chuta em cima de Jackson. Aos 43’ Cícero sozinho, na cara de Muriel, cabeceia por cima.
E, assim, terminou o sufoco final.
Aos 44’ Nathan entrou no lugar de Damião, em mais uma infeliz jornada. Para não dizer que não participou no 2º tempo, aos 36’ parecia que iria fazer boa jogada, como de costume, sozinho atrapalhou-se e a bola lhe fugiu por entre pernas. Não precisa dizer mais.
Nos minutos final o INTER demonstrou contentamento com o resultado, procurando gastar tempo. O empate lhe satisfez.
O lado positivo no comando de Clemer tem sido o lançamento de jovens e promissores jogadores. Jackson parece ser o companheiro ideal de Juan, embora o Alan também seja uma promessa. A surpresa mais agradável foi do garoto João Afonso, um dos destaques, senão o maior do INTER de ontem. Recebeu o amarelo por uma falta logo no reinício após o apagão, mas se não a faz o jogador entraria sozinho.
Campeonato terminado para nós. Resta fazer uma meia dúzia de pontinhos para afastar qualquer possibilidade negativa.
Ah sim, ganhar o Grenal de domingo. É o que ainda nos resta neste Brasileiro.
A esperança maior é a Copa do Brasil. Difícil está, mas a estrela de Clemer talvez venha a brilhar. Se tal acontecer, bem, aí então meus amigos, inicio um movimento para uma estátua sua no novo, imponente e majestoso BEIRA-RIO que está ressurgindo.
Saudações Coloradas
Heleno Costi
Em Tempo: O volante é o João Afonso
Luis,
Do elenco citado, penso que começa a surgir um novo e promissor volante no Beira-Rio. O problema que, logo, logo, o garoto desponta e vendem… Assim foi com o Fred e Moledo. Também penso que na zaga direita dá para apostar num dos garotos da base. Afinal, na zaga: Alan, Jackson já começam a apresentar qualidades.
E se o Damião continuar jogando essa bolinha, deveríamos, quem sabe, investir também num centroavante da base (Maurídes e outros). O Gilberto que está empilhando gols a torto e direito, está emprestado. Não esqueça que o Alecssandro era esquartejado pela torcida por menos, com uma diferença, errava muito, mas fazia gols. Não me lembro na história do INTER em ter tido um centroavante com somente 4 (quatro) gols em 29 jogos. É o caso de Damião. Haja paciência!
SC
Heleno, este time e grupo do INTER desde o ano passado só empilha maus resultados: eliminado nas Oitavas da Libertadores, Décimo no Brasileiro. Agora neste Brasileiro, total de 28 jogos, míseras 10 vitórias. É no máximo um bom time, para ser coadjuvante. Não temos goleiro, zagueiro pela direita, lateral esquerdo e volantes. Para 2014, acho, tem que priorizar a contratação de grandes jogadores nestas funções. E vender, emprestar os jogadores: Muriel, Agenor, Ronaldo Alves, Cléber, Fabrício, Bolatti, Airton, Forlán (não disse a que veio e o INTER paga um monte para ele jogar na Seleção Uruguaia), Rafael Moura. A Direçao é absolutamente neófita, perdedora. Primeira contratação, acho, deve ser um excelente goleiro. Chega de o INTER negligenciar esta posição tão importante em um time de futebol!!! Segunda: um excelente zagueiro pela direita. E assim por diante.
Melo,
Acho que no meu subconsciente, declinei de teu convite em assistir o jogo na tua casa, lembrando de quando fomos no Estádio do Vale e perdemos para o mesmo Santos. É isso mesmo, pelos dois jogos que vi e se o garoto João Afonso continuar com esse futebol, o problema de volante e guarnição da defesa parece, senão resolvido, ao menos bem encaminhado. E quase que ele faz um golaço, como a mostrar para os mais velhos: é isso que tem que fazer. O campo e bola molhada pediam para chutar a gol e o time, costumeiramente, quase não faz.
SC
Pauperio,
Ao que parece, esse teu mal estar antes do jogo chama-se ansiedade. Comigo tem acontecido o que não ocorria antes, de ficar nervoso, talvez já prevendo uma má jornada. E, depois, para dormir tem sido uma dificuldade a toda prova. Veja o que o INTER está fazendo com a gente.
Concordo contigo. Era jogo para ganhar, pois esse time do Santos não é mais o bicho. Mas, como escrevi, faltou ousadia. O time só não queria tomar gols. Coisa de time sem ambição.
É mesmo, alguns medalhões estão assegurando a escalação somente no nome. É o caso do próprio Damião e alguns citados por ti.
E aí a pergunta: Por que os garotos Caio e Valdívia não entraram?
Quanto à insegurança de Jackson é até justificável. Mas tem futebol e vai chegar lá.
SC
Uma ótima abordagem do jogo, Heleno! Mesmo tendo uma TV bem grande, nos tempos de Dunga apareciam apenas 1 ou 2 atletas colorados no monitor, durante a transmissão, tal era o afastamento, o espaço existente entre os jogadores. Pois ontem o monitor ficou qualhado de colorados, principalmente no meio-campo e na defesa. Deu gosto de ver a aproximação, a compactação, pois isso proporcionou ao INTER inclusive muitas sobras de bola, coisa que não víamos há muito tempo (tem gente que ainda tem saudades do Dunga?). O que faltou mesmo foi fazer os gols que nos dariam a vitória, Damião que o diga! E a cara do Montillo, hein? O guri JOÃO AFONSO não deixou o argentino respirar durante quase todo o jogo. Só depois do apagão (para mim muito suspeito, porque o INTER era muito superior naquele momento) é que o Santos foi mais perigoso. Penso na escalação para o greNAL. Acho que irá o mesmo time que iniciou o jogo, com exceção de Alex, ainda sem ritmo de jogo, talvez até lesionado. Deverá entrar o Otávio em seu lugar, sendo Fabrício uma opção para o meio no segundo tempo ou mesmo para substituir o J. Hemrique, vamos ver. SC
Alô você Heleno!
Foi isso mesmo. Faltou o futebol coletivo que por vezes durante o próprio jogo parece que vai engrenar e daqui a pouco degringola. Tens razão quanto a atuação do nosso jovem volante João Afonso (porque que joão nunca pode vir sozinho? Tem que ser João Antonio, João Luis… Não poderia ser somente João? O garoto é promissor e tem personalidade. Durante o jogo eu o vi “cobrando” dos veteranos com veemência. Atuação segura. Outro gol do Clemer.
SC
Heleno, bom comentário, foi o mesmo jogo que acompanhei pela televisão, mas não consigo entender mais nada… Ontem, a noite, passados alguns minutos após o início da partida, a cerveja começou a descer “arranhando” a garganta e os salsichões ficaram meio sem gosto, não sei se frustrado com a “preparação” para o jogo, se foi de raiva ou a amarga surpresa com a escalação, com a falta de visão de jogo, com a não identificação da hora certa para substituir e/ou com a falta de acerto nas substituições, efetuadas pelo novo “comandante técnico”. Ao meu modo de ver, nosso Internacional, mais uma vez, deixou de ganhar uma partida relativamente fácil e acabar com um tabu ridículo, para um clube do porte do clube Colorado. Fico sem entender por que todas as outras equipes tiram proveito da lentidão da defesa Colorada e atual “comandante técnico” parece também não “enxergar” e aproveitar essa deficiência nos adversários. Ontem a noite, não sei o que alguns jogadores foram fazer dentro do campo, pois suas atuações foram muito aquém do esperado. Sinceramente tem alguns que não tem lugar nem no time de veteranos em nossas “peladas” aos sábados. Jorge Henrique (é para ser reserva e olhe lá) e Damião estavam “pedindo” para sair. Damião,infelizmente, está “apanhando” da bola. Uma pena, pois é bom jogador. Não entendo porque o Scocco não entra em seu lugar ou será que essa substituição não pode ser feita? Se os laterais não sabem cruzar uma bola para cabeceio, Damião fica sem função, a não ser ajudar a defesa, tanto Colorada, como a adversária. Willians, no costumeiro “toma e entrega”. Essa defesa com Gabriel, Jackson (muito inseguro), Juan e Kleber não dá segurança “lá atrás” . Kleber, no costumeiro mastiga para cá, mastiga para lá, mas futebol que é bom, nada. Era jogo para o Caio e/ou para o Valdívia, pois a defesa do Santos “pedia” atacantes e jogadas em velocidade. Ao meu modo de ver, Alex esteve bem melhor ontem e como foi substituído, deve ter sido por deficiência física, pois estava correndo bem. Mesmo que alguns não gostem, Muriel esteve em noite inspirada e de grande goleiro e se sua atuação não tivesse sido tão boa, o resultado poderia ter sido bem pior. Reconhecendo o merecimento da oportunidade e de sua capacidade técnica, também consciente da pouca experiência do atual “comandante técnico”, principalmente em lidar com jogadores do time principal, até compreendo alguns equívocos, mas “vamos com calma” no aproveitamento de jogadores promissores, aproveitados das categorias de base, principalmente nessa fase final do Campeonato Brasileiro, pois corre o risco de “queimá-los” precocemente. A manutenção de um diálogo saudável com os “medalhões” do elenco é excelente, mas não pode interferir na sua forma de trabalhar e na intenção de arrumar o que não está bom. Penso que também não é hora de experiências e apostas, pois o momento é crítico e muita coisa importante está em jogo. Tudo deve ser colocado em seu devido lugar, mas com precaução e dando tempo ao tempo…