Por se tratar, a meu ver, de um ponto muito importante a ser debatido e de forma a enriquecer o texto, começo minha postagem colocando algumas definições encontradas em pesquisa sobre o assunto na Internet.
Fanatismo (do francês “fanatisme”) é o estado psicológico de fervor excessivo, irracional e persistente por qualquer coisa ou tema, historicamente associado a motivações de natureza religiosa ou política.
Em Psicologia, os fanáticos são descritos como indivíduos dotados das seguintes características:
1. Agressividade excessiva;
2. Preconceitos váriados;
3. Estreiteza mental;
4. Extrema credulidade quanto a um determinado “sistema”
5. Ódio;
6. Sistema subjetivo de valores;
7. Intenso individualismo;
8. Demora excessivamente prolongada em determinada situação/circunstância.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Fanatismo
Embora as pessoas associem geralmente o fanatismo a causas políticas ou religiosas, este comportamento é muito mais amplo do que se imagina.
De acordo com o Dicionário Aurélio, o fanático é o ser que segue de forma cega uma doutrina ou um partido, mas outros dicionários apresentam significados mais extensos, como o “culto excessivo de alguém ou de alguma coisa; zelo religioso excessivo; paixão política; intolerância; sectarismo; exaltação exagerada; faccionismo; dedicação excessiva.”
Assim sendo, o fanatismo envolve não só disputas maiores e globais, que envolvem o próprio destino do Planeta, mas também atos cotidianos, como o amor obsessivo por alguém, a devoção a um time de futebol, o apego excessivo a um objeto, entre outros. Estas paixões podem levar a pessoa a cometer ações insensatas, muitas vezes criminosas. Elas são normalmente marginalizadas, pois se comportam de maneira distinta dos que são mais moderados em suas atitudes, embora qualquer um esteja sujeito a desenvolver sentimentos desta natureza.
Nem todo fanático, porém, aparenta ser o que é, pois as características acima descritas referem-se a momentos de radicalidade e extremismo.
Fonte: http://www.infoescola.com/comportamento/fanatismo
Em poucas palavras, são pessoas que acreditam cegamente em alguma coisa e não admitem contestação.
Por favor, onde está o mérito de um clube de futebol ter uma considerável parcela de sua torcida, em um país civilizado, de Estado democrático de direito, destinado a assegurar o exercício dos direitos, a liberdade, o bem-estar, a justiça e a dignidade da pessoa humana como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e solidária, em pleno século 21, ter um grupo de fanáticos? Sinceramente, fico triste em tomar conhecimento em uma pesquisa divulgada na Internet que nosso Internacional também padece desse mal. É motivo de tristeza e não de orgulho. É para lamentar, não exaltar… A única razão que vejo para uma pessoa se definir fanática é o sua total desinformação do significado do que está pensando ser.
Vejo parte daquelas pessoas que tem a responsabilidade de informar e de formar opinião, se deixando levar por suas próprias e infelizes escolhas clubísticas e frustrações de muitos anos sem conseguir alcançar um título, exaltando grupos radicais que só sabem destilar suas frustrações e ódio sobre pessoas pacíficas, indefesas e de bem. Onde está o mérito de apedrejar ônibus com homens e mulheres (de todas as idades) e crianças? Onde está o mérito de promover badernas, agressões, danos ao patrimônio privado e público? Será que é mérito ajudar a semear o medo e afastar a grande maioria do convívio sadio com outras pessoas? Não acredito, não posso acreditar…
Se nada for feito agora, fico imaginando o futuro e percebo que essa gente deve ficar ainda mais rancorosa, mais frustrada, mais possessa ainda, pois em uma comparação direta, em nosso querido e amado rincão gaúcho, infelizmente por muito tempo vai ter que amargar a triste comparação entre sua Arena e o majestoso Beira Rio. Se hoje isso já uma é frustração insuperável, imaginem depois de reinauguração.
Temo muito pelo futuro em nosso futebol, pois se as direções de nossos grandes clubes, não só no nosso Rio Grande do Sul, como em todo o Brasil, continuarem passivamente aceitando o que está acontecendo com esse grupo de verdadeiros bárbaros e selvagens, ou infiltrados nas torcidas de seus clubes, ou assumindo ações criminosas como torcedores desses clubes, não assumindo a responsabilidade que possuem com suas torcidas, essa deplorável situação só tenderá a se agravar. Aos mais próximos a minha idade, lá pela década de 70, tivemos um acirramento de ânimos entre as duas maiores torcidas de nosso rincão e, nessa época, as direções de ambos os clubes, com coragem, inteligência e responsabilidade, colaboraram com o esforço da força militar, responsável pela segurança nos estádios, conseguiram mudar seus próprios comportamentos, a frente de seus clubes, distendendo as tensões e amenizando a convivência das torcidas tradicionalmente adversárias. Claro que não se pode “arrumar” tudo de uma vez, principalmente em se tratando de comportamento humano, mas já é um importante passo em direção à pacificação e à garantia da integridade da grande maioria das pessoas que são amantes do futebol. É que se espera hoje!
Torcedores fervorosos, “malucos” pelos seus clubes, sim, violência, ódio, apedrejamento, agressões, não! Temos que preservar e não deixar “arranhar” as maiores características invejável do Povo Gaúcho, principalmente da maravilhosa torcida Colorada, de amor ao nosso Internacional, luta pela paz, pela ordem e pela convivência pacífica, assim como a nossa generosidade e a hospitalidade incomparáveis.
Antônio Pauperio
Salvador – Bahia
Grande Paupério! Amor ao INTER acima de tudo. SC
Alô você Pauperio!
Assunto polêmico e ao mesmo tempo fascinante. No caso específico do Internacional de um modo geral o fanatismo é político. Não vejo grupos (político) de colorados , excetuando-se os ditos de situação, declararem que estão mobilizados para fazer frente as necessidades do nosso Clube. Falo com alguns que me afirmam que determinadas coisas não podem ser ditas em favor da ética política, aí digo eu: “às favas a política, e o Inter”. Isso pra mim é fanatismo político. Como as verdades na maioria das vezes não é dita isso cria um sentimento um estado de coisas que vai se alastrando. No afã de justificar isso ou aquilo “nossos representantes” vão escondendo a verdade ou criando mentiras e com isso contribuindo decisivamente para a criação desses monstros que vemos hoje. Por sua parte a impresnsa sabe de quase tudo isso e também se compromete não divulgando e colaborando também para fornir essas coisas que se tornaram gigantescas. Nós, pobres mortais se não raciocinarmos embarcamos nessa nau e nos perdemos juntos.
SC
Melo, como escrevi em meu blog, é o tempo da demagogia e da hipocrisia, de fazer de conta que não é conosco ou que não sabemos de nada. Triste, de dar nojo, de revoltar quem tem um pingo de sangue nas veias, mas uma realidade, não só no futebol. Fico sempre só muito apreensivo, inconformado e contidamente revoltado, pois a torcida Colorada merece muito mais que isso que estamos vivendo.