PALAVRAS, ANAGRAMAS, NÚMEROS e SIMBOLISMOS

Você acredita na força desses elementos?

De minha parte, confesso que não acreditava até o surgimento de um episódio que me deixou com “a pulga atrás da orelha”.

RevPlacar-Centenário-HelenoEstávamos nos idos dos anos 90 e um desses videntes, que aparecem no início de cada ano, entrevistado na TV, num canal de parabólica do interior de São Paulo, após ser perguntado se com a morte de Airton Senna, o Rubens Barrichello seria o brasileiro sucessor em títulos mundiais da fórmula 1. Prontamente o entrevistado afirmou que não e depois de questionado o motivo, justificou que a conjugação dos astros e outros elementos relacionados ao nome do piloto não eram favoráveis.

A alegação principal era de que, naquele período, o componente energético para os brasileiros estava contido em nomes com a terminação em ON. Aí verifiquei que, de fato, todos os brasileiros campeões mundiais tinham tal indicação, senão vejamos: Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet e o próprio Ayrton Senna. E perguntado por quanto tempo essa tendência permaneceria, o personagem aduziu que um dia seria quebrada, mas levaria décadas para que tal acontecesse. Até então não teríamos outro piloto brasileiro campeão mundial.

Vejam que já vamos para duas décadas da morte de Senna e o prognóstico do tal vidente está se confirmando.

Coincidência? Talvez!

RevPlacar-Centenário2-Heleno
A turma dos “F” (imagem; Placar)

Sim ou não, o fato é que essas crenças existem em várias situações de nosso quotidiano. Há casos até de pessoas famosas que alteram o nome, diante da conjugação de letras ou números, vislumbrando energia mais benéfica com a medida. São exemplos os cantores Jorge Bem, que acrescentou o Jor e Sandra Sá, que inseriu o de entre os nomes.

Aí me pus a pensar se no caso do INTER, haveria algo a respeito e, coincidentemente, comprovei a forte presença da letra F no início do nome ou sobrenome de ídolos colorados de maior destaque ao longo da história.

A começar pelos grandes nomes das últimas décadas: Falcão, Figueroa e Fernandão. Ainda poderíamos acrescentar o nome de Valdomiro Vaz Franco, embora o mesmo não detivesse tanta técnica, é considerado entre os mais eficientes que vestiram o manto vermelho, pois, participou de todos os títulos do OCTA Gaúcho e TRI Campeonato Brasileiro. Em décadas anteriores ao Beira-Rio, o jogador Tesourinha, que já não está nosso meio, foi considerado o maior ídolo da história colorada, sendo seu nome Osmar Fortes Barcellos.

Esses dados apresentados, não são propriamente opinião pessoal, mas estão fundamentados na edição especial da Revista Placar do Centenário do INTER, fruto de pesquisa entre dezenas de jornalistas e milhares de torcedores, oportunidade em que o exemplar apresentou em seu corpo os 100 melhores jogadores ao longo da história colorada, estampando na capa a imagem dos 5 (cinco) maiores, que foram justamente os referidos, conforme cópias anexas.

 A rigor, a mesma centena não contém muitos jogadores com o F no inicial do nome, mas os que aparecem foram de muito peso na história do INTER.

Na mesma edição, é apresentado o INTER dos sonhos (seleção idealizada de todos os tempos) e, por obviedade, os 5 (cinco) supra-referidos fazem parte do escrete formado.

A mesma Revista, nos anos 80, já havia apresentado igual cenário (INTER dos sonhos). Naquela oportunidade, ainda não havia surgido o ídolo Fernandão. Também Valdomiro não fizera parte daquela seleção que, depois, na edição do Centenário, houve justiça na correção da omissão anterior.

Por outro lado, além dos outros 3 (três) referidos (Falcão, Figueroa e Osmar Fortes, o Tesourinha), fez parte daquele elenco, o centroavante Larry Pinto de Faria.

Ainda falando em seleção dos sonhos, na sala consular do INTER existe um quadro caricaturado, no qual está incluso o nome de Claudiomiro Estrais Ferreira, para muitos, o maior centroavante colorado de todos os tempos.

Essas observações podem ser vistas com mais detalhes em postagem anterior, sob o título: INTER DOS SONHOS, bastando acessar: https://arquibancadacolorada.com.br/2011/09/03/inter-dos-sonhos/

A par de tudo o que foi comentado, coincidências ou não, a força da letra F não pára por aí. Se perguntado ao torcedor colorado: Qual o maior Presidente da história do Clube; obterá quase por unanimidade, o nome de Fernando Carvalho, o grande timoneiro da 1ª LIBERTADORES e MUNDIAL FIFA.  E, antes do mesmo, para os mais antigos, sobressai o nome de Frederico Arnaldo Ballvé.

Se ainda perguntarem aos mais antigos, qual o maior treinador colorado antes da era Beira-Rio, apostaria que um dos mais lembrados seria Teté, sendo o seu nome: José Francisco Duarte Júnior. Como jogador, também seria lembrado o zagueiro Florindo, que mandou para a reserva um dos maiores ídolos da história deles, Airton Ferreira da Silva, o Pavilhão, durante o Pan-Americano no México, em 1956, quando o Brasil, com base no time do INTER, conquistou o campeonato.

Seguindo essa linha de indagações, certamente iremos encontrar outros ídolos iniciados com a letra F. Pena que o Uh Fabiano pintou, mas não chegou a se consagrar entre os maiores. E o uruguaio Forlán, ao que parece, ficou só na esperança.

Em suma, procuramos limitar a abordagem em ídolos mais conhecidos.

É certo que existem outros. Entretanto, pensamos que dificilmente, encontram-se no nível de consagração daqueles cinco destacados no início.

            Neste diapasão, como enunciado para os pilotos brasileiros, a conjugação de letras, números, símbolos ou outros ingredientes acaba mudando com o tempo. E hoje desponta o nome de D’Alessandro que, por sinal, não contém a letra F em todo seu nome. É possível e provável, que ainda não esteja colocado no mesmo patamar dos maiores citados pela Revista Placar. A continuar com o futebol que vem apresentando e sua identificação com o INTER e torcida, não temos dúvidas que, mais dia menos dia, tal acabará acontecendo. Além do mais, como os antes referidos, ele contém oestigma dos maiores ídolos, que é a de grandes conquistas com a camisa colorada.

            Como podem ver, as colocações foram apresentadas mais a título de curiosidade ou mesmo coincidências e não propriamente em termos de crenças ou identificação com os elementos citados na titulação do presente post.

            Entrementes, não custa lembrar o famoso ditado castelhano, traduzido para o português: Eu não creio em bruxas, mas que elas existem, existem.

Agora, deixo a cargo de cada um o seu juízo a respeito.

Saudações Coloradas

Heleno Costi

7 thoughts on “PALAVRAS, ANAGRAMAS, NÚMEROS e SIMBOLISMOS

  1. Aquidaban,
    Se observares minhas postagens, vais constatar que procuro fugir à linha crítica que referiste. Essa ideia nasceu ha uns dois anos atrás quando um amigo, que não pertence ao BAC, mas acessa o Blog com freqüência, fez-me uma observação: – Puxa, o Blog de vocês parece “o muro das lamentações”, muito choro e críticas e aí sugeriu que fossem abordados outros assuntos, como culturais e históricos relacionados ao INTER, para torná-lo mais diversificado e interessante aos que acessam o Blog.
    Quanto ao nome Francisco, seguindo a tendência F, talvez venham a surgir, já que parece estar na moda, se bem que já passaram alguns de mais intimidade, como Chico Spina, Chico Fraga.
    SC

  2. Parabéns pelo assunto abordado, Heleno! Assim a gente foge um pouco daquela vontade de criticar tudo, como referiu o Evandro em post do dia 06/11. Acredito que após a escolha do Papa argentino que se autodenominou FRANCISCO, muitos meninos venham a ser batizados com esse nome. Já estou torcendo para que muitos desses FRANCISCOS sejam craques da bola e venham jogar no nosso amado INTER! SC

  3. PUXA, LENDO ESSE POST ME DEU SAUDADES DESSES JOGADORES E TÉCNICOS QUE TINHAM ANTES DE MAIS NADA VERGONHA, INDIGNAÇÃO. PRECISAMOS DE ALGO ASSIM, MAS ANTES TEMOS QUE ARRUMAR UM DIRIGENTE DE FUTEBOL, PORQUE O PROBLEMA MAIOR É ESSE.

  4. Melo,
    Sempre se falava em RUBENS MINELLI, sem referência ao nome intermediário, confesso que eu nem me dei conta. O FRANCISCO veio corroborar que também aí o F esteve presente, naquele que foi o grande comandante a projetar o nome do INTER além do Mampituba, quando venceu os dois primeiros títulos Brasileiros.
    Muito bem lembrado.
    SC

  5. Alô você Heleno!
    Interessantíssimo o assunto do Post, não havia me apercebido dessas “coincidências”.
    Minha contribuição: o estrategista que ensinou o RS a cruzar o Mampituba é Rubens FRANCISCO Minelli.
    Parabéns Heleno

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.