O Blog ARQUIBANCADA COLORADA se coloca solidário ao mais puro e genuíno sentimento, o amor de mãe, a DONA LUIZA. Julgamos fazer uma homenagen também a ele pucblicando a matéria hoje num dia que certamente ele estaria conosco e certamente está. Neto do lendário Nelson Silva, “Autor do Hino do INTER“ , Marlon merecia mesmo um texto derramado em amores desde gerações anteriores até chegar aos nossos dias. A muito pouco tempo, ele estava conosco no Evento em homenagem a seu avô e quis o destino que hoje estivesse ao lado dele, lá em cima, bem no alto a olhar por todos nós e gestionar junto ao Criador pelo seu INTERNACIONAL.
SAUDADES
Este dia até alguns tempos atrás, era pra mim, um dia de alegria, de festa, pois é o dia de aniversário de meu filho mais velho, Marlon. Falo ainda como se ele estivesse aqui conosco, vivo, mas há sete meses, ele nos deixou. Deixou toda uma família que lutou por ele e com ele durante seus trinta anos de vida.
Marlon, nasceu com uma doença crônica, chamada Anemia falciforme e há cinco anos atrás, adquiriu outra doença (oportunista!) chamada Hipertensão Pulmonar, e foi por causa dela, que ele internou com crise de falta de ar e não voltou mais pra casa.
Marlon, desde criança sempre foi um guri amado e querido pela família, porque ele era o neto da família da minha mãe, que nascia depois de algum tempo de outros já terem nascido e da família do pai dele, o primeiro neto.
Nasceu já na luta pela vida, fazendo da sua jornada muitas idas e vindas do hospital com as crises de dores que ele tinha por causa da doença, mas ele nunca deixou de ser um guri querido e amado por todos. Era cativante com sua carinha de bebê e sempre aparentava menos idade da que realmente tinha. Era um guerreiro.
Nasceu numa família de colorados. Do lado da mãe, só eu tive esta sorte, de ser colorada. Do lado do pai, todos eram coloradíssimos, todos de veias vermelhas e pulsantes pelo INTER, além dele também ser neto do autor do melhor Hino de time do Brasil, quiçá do mundo.
Seu avô, Nelson Silva, teve o prazer de ficar com o neto, durante três meses de sua vida, vindo a falecer em seguida e Marlon, não teve o privilégio de conviver mais tempo com seu avô, que era carioca, torcia pelo Flamengo e quando veio para o sul, apaixonou-se por sua namorada, Ieda Silva (avó de Marlon) e pelo nosso INTER. Daí então, desta mistura de paixões, nasceu o grande “Celeiro de Ases”.
Lembro que desde pequenino, com minhas irmãs torcendo pelo co-irmão, tentaram várias vezes fazer com que ele trocasse de time, inclusive uma delas, dinda dele, prometeu uma bicicleta, caso ele trocasse de time. Mas ele sempre soube o que queria, até porque, na família Silva, o INTER, era o ar que todos respiravam, não dava pra viver sem ele. Marlon jamais titubeou ou ficou na dúvida com as propostas “indecentes” das minhas irmãs e a resposta era sempre a mesma: “Dinda, eu sou do Inter e nada vai mudar isso”.
A decisão e a paixão pelo INTER fizeram dele um colorado fanático, tanto que minhas irmãs, apesar de serem do co-irmão, quando tinha jogo do INTER, elas torciam pra que ele ganhasse, por causa do Marlon. Ou seja, o amor dele pelo time, era contagiante, era incondicional, era uma louca paixão.
Hoje, resolvi escrever este texto em homenagem ao meu filho, que partiu cedo demais e sei que ele gostaria de estar fazendo o mesmo aqui neste blog, escrevendo sobre nosso time, pois dias antes de falecer, ele esteve em um evento do INTER, onde foi convidado a escrever no blog. E ele gostava disto, tanto quanto eu.
Hoje, no dia da corrida e da caminhada, tenho certeza de que se estivesse aqui conosco, estaria prestigiando este evento, com uma de suas várias camisetas do INTER, com seu chapeuzinho vermelho e branco, com sua bandeira na janela e se exibindo pra vizinhança. Ele tinha verdadeira adoração por este time, pelos jogos, pelas partidas sofridas e decisivas que o INTER enfrentava. Lembro que na final da Libertadores, ele foi com seu tio Turiassu, comemorar a vitória na Goethe e em momento de muita emoção, ele quase desmaiou pela conquista do título. E ele dizia: “um dia vou morrer do coração por este time no Beira Rio”. Não foi o coração que o levou, pois o coração tornou-se forte demais a cada partida de futebol e a cada emocionante jogo que ele assistia.
Hoje pra mim, digo novamente, não é um dia de alegria, é um dia de saudades e infelizmente de muita tristeza por ele não estar mais aqui conosco fazendo parte das nossas vidas, mas também, tenho certeza absoluta, que ele deve estar num lugar maravilhoso e em paz.
Hoje, neste dia de comemoração, de vida, de alegria, de saúde, dedico a ele, ao meu filho amado, Marlon Dutra Silva, que pra mim, vai estar vivo no meu coração, pra sempre.
Luisa Dutra
Olá Luísa!!!
Parabéns pelo texto, e infelizmente o Marlon não vai poder estar de corpo presente nas comemorações do Inter, mas de onde ele está, estará olhando por todos, como colorado fanático que era e guri de ótimo coração…
Obrigada a todos. Com certeza ele está ao lado do avô sim e torcendo sempre pelo nosso Inter, pois jamais conheci um colorado mais fanático que ele, que sofria pelo tanto de alegria nas vitórias como de tristezas quando o Inter perdia. A saudade é imensa, tanta, que nem cabe no peito. Mais uma vez, obrigada!
Olá Luiza!
Seu filho amado, Marlon, está lá em cima em paz, junto com seu avô, torcendo para o nosso time mais uma vez! Para você, desejo muita força! Grande abraço colorado!
Cada vez que penso que o Inter já me deu tudo que podia dar, quebro a cara. Estou agora aprendendo como um clube de futebol pode nos trazer histórias bonitas, emocionantes e nos ensinar um pouco de vida para a nossa, tantas vezes perturbada por tão pouco.Obrigada Luisa! Parabéns pela tua passagem Marlon! Interceda sempre pelo Inter!
Dona Luisa, há um sentimento denominado amor, que não morre nunca. O amor da mãe para com seu filho e do filho em relação à mãe não morrerão jamais. E posso acrescentar que o amor que a torcida colorada sente pelo INTER é também um sentimento eterno. Parabéns por toda a dedicação e por todo o amor dado ao Marlon durante sua passagem pela Terra. Que sejamos fortes para superar e compreender que as perdas que sofremos fazem parte do imenso mistério da vida. Que um dia seja possível reencontrar os que se foram, como Marlon, em um lugar sereno, de muita alegria e paz.
Luiza,
Lembro bem do Marlon em nossa festa do BAC. Daqueles olhinhos brilhantes de felicidade de ser e por estar entre colorados.
Hoje, com certeza, estará novamente presente, agora no plano espiritual, em nossa festa.
Saudações Coloradas
Alô você Luiza!
Lembramos todos nós a alegria estampada nos olhos do |Marlon quando nós o convidamos a escrever no BAC. Temos absoluta convicção que ele deve ler diariamente os post do BLOG e como escreveu o Evandro acima, deve estar ao lado de seu avô torcendo muito pelo nosso Inter e providenciando muita luz aos nossos dirigentes. Tenhas certeza que sua postagem nos comoveu. Saudações Coloradas
Bela homenagem, muita paz espiritual ao Marlon e aos seus queridos familiares que aqui ficaram na esperança do reencontro futuro. Força!
Olá Luisa, com certeza hoje, o MARLON estará presente na nossa festa do BAC, claro, de alma e coração. Nada, mas nada mesmo, vai substituir a falta que ele deve te fazer, mas no mínimo te dá um pouco de Paz no Coração, saber que ele te amava, assim como amava o INTER. Com base nas tuas palavras, passas a convicção, que mesmo com todos os problemas de saúde que ele enfrentou, sempre foi muito alegre e amanda por toda sua família.
Que lá de cima, junto com seu avô, iluminem a cabeça dos nosso dirigentes e deem um rumo melhor ao nosso time.
Grande abraço Colorado.