A POLITICA QUE QUASE DERRUBOU O INTER

Alguns dos homens politicamente fortes do Inter (imagem: yahoo)
Alguns dos homens politicamente fortes do Inter (imagem: yahoo)

   Quem me conhece sabe que esse é meu discurso desde há muito. Essa política nefasta que arremeda as coisas de Brasília é a única responsável pela descida ribanceira abaixo do nosso INTERNACIONAL. Conheço o Giovani  Luigi pessoalmente. A meu juízo trata-se de um cidadão acima de qualquer suspeita. Suas idéias a respeito de futebol e de relacionamento com quadro social são extraordinárias, são top. Porque então não foram colocadas em prática? Vamos então para o país da imaginação. Imagine que um grande torcedor Colorado sonhasse em um dia ser presidente do seu amado Clube, direito absolutamente líquido e certo. Para tornar seu sonho em realidade, primeiro teria se aproximado de outros colorados de igual quilate. Esses  por sua vez integravam um grupo que almejava e por fim concluiu sua intenção de chegar ao poder (urgh!!!) pela via direta,  integrando um “grande” grupo,  tudo como manda o figurino, tudo certo. Imagine que dentro desse grupo houvesse um cidadão que naturalmente tivesse se tornado o lider por  sua justa competência. Esse lider teria conduzido o Inter  as suas maiores conquistas e teria seus méritos reconhecidos por todos. Sua ideias deveriam se perpetuar, portanto. Assim, criou-se uma linha sucessória para sentar na cadeira do primeiro mandatárioe seguir-se esa linha. Muitos colaboradores foram ficando pelo caminho por terem sido preteridos na escolha dessa tal linha.  Em determinado momento esse grupo(ou seu mentor) teria enxergado que caso não se juntasse a outro grupo estariam correndo sério risco de perder o tal “poder” (urgh-2).  Para que isso não acontecesse prometeram a esse novo grupo que juntando-se a esse que já era “grande” que o cargo máximo  seria deles, obedecido evidentemente o plano sucessório. O tal grupo entendeu e concordou. Nesse momento “alguns” começaram um DESCARADO movimento migratório de acordo com suas conveniências e objetivos, pessoais. Ocorre que o mentor já havia feito a linha sucessória dentro do grupo matriz sem contar com a entrada dessa outra parcela. Deu-se o primeiro (?) impasse.

A "máquina" elegeu Luigi com 13 mil votos. (Imagem:yahoo)
A “máquina” elegeu Luigi com 13 mil votos. (Imagem:yahoo)

Duas promessas para o mesmo cargo. Como resolver isso? Conversaram com aquele torcedor Colorado, afinal era sua vez, e o convenceram a ceder  sua vez para que a harmonia entre os grupos não fosse quebrada. Chegou um momento em que esse torcedor não mais aceitou ser prorrogada sua vez. Então o mentor resolveu cumprir sua palavra e foi para o embate político sustentando a candidatura daquele torcedor. Alguns colaboradores de peso se colocaram contra e o “grande” grupo começou a rachar. Se formaram outros grupos e exatamente aí começa a se introduzir a política nojenta. Vários se lançaram candidatos. Acordos, conchavos, promessas, tudo muito igual a corte suprema do país, tudo em nome do…poder (urgh-3).  Imagine que até fantásticos orçamentos de campanhas  antes inimagináveis foram implantados. Escritórios, QGs, tudo igualzinho a Brasília, e tudo para a… conquista do poder (urgh-4). Mais rachas, mais grupos sendo formados, mais postulantes ao cargo máximo e a sua volta outros tantos postulantes a cargos do primeiro , segundo e terceiro escalões. Mesmo assim aquele torcedor venceu. Grande parte de seu grande grupo já não estavam mais com ele, pois perderam os cargos postulados. Aquele torcedor colorado ficou refém de quem o colocou ou de quem não o abandonou e misturou tudo. Tudo não, misturou competência com gratidão. E foi colocando no cargo gente fiel, responsável, tão colorados quanto todos nós mas muitos sem competência para as funções. O resultado estamos vendo em diversos segmentos de nosso clube. O primeiro mandatário deixou de ser ele mesmo em muitas oportunidades e perdeu o rumo daquilo que é sem sombra de dúvidas o xodó dos torcedores: O FUTEBOL A convicção não durava mais do que algumas semanas. Declarações absolutamente infelizes, comentários absurdos. tudo em nome da inexperiência ou digmos da falta de competência de quem postulou e foi colocado em um carga para o qual não tinha a menor aptidão. Eis o resultado.  Um pedido e um conselho: Senhor presidente agradeça a quem apostou na sua candidatura, agradeça a todos que estiveram ao seu lado (estiveram?). O Sr que já deu a eles 3 anos de seu mandato como agradecimento, de agora um ano para si e para o INTER somente. Passe a decidir por sua cabeça, demita quem tiver e demitir, contrate quem tiver e contratar , mas não seja refém. Execute o seu planejamento de conversar com os sócios. Onde está ele presidente? Faça esse clube voltar a ser do povo, reconduza o clube a seus grandes momentos. Salve seu mandato. Dirija para o INTERNACIONAL  e não para grupos. Olhe em outros grupos políticos e solicite apoio a quem for competente para tocar esse seu último ano. Seja humilde,  pense mais no Inter e menos no seu grupo político. Tem muita gente de outros grupos competentes e disposta a trabalhar pelo INTERNACIONAL. Chame-os abertamente, de-lhes autonomia e especialmente o crédito. AFASTE-SE DESSA POLÍTICA QUE QUASE NOS LEVOU PARA  2ª DIVISÃO.

TENHO DITO

Assina:

Paulo Melo

Um colorado que não postula nada, não tem nenhuma vinculação política, e que ao contrário de muitos, só tem um grupo, SPORT CLUB INTERNACIONAL.

Eu só sou COLORADO!

22 thoughts on “A POLITICA QUE QUASE DERRUBOU O INTER

  1. Perfeito Melo.
    Me atrevo a garantir que gratidão na política não existe. Quando acontece os erro se acumulam. Eu acredito no GL como administrador e como amante do INTERNACIONAL. Mas reconheço que a oposição, travestida de apoiadores foi seu pior caminho. Comentei no face e repito aqui, depois que GL fez o convite para alguns senhores: QUEM DIZ NÃO AO INTER NÃO MERECE O INTER. Quem diz não ao INTER tendo competencia pra ajudar é pior do que aquele que precisa aprender mas se entrega ao clube. Só que nesta guerra quem sofre somos nós, os torcedores que acompanhamos o time realmente.

    1. Alô você Adri!
      Tua frase define bem isso tudo que estamos falando. Muitos colocam interesses de ordem pessoal ou mesmo de seus grupos a frente das necessidades do INTER. Alguns continuam pertencendo ao mesmo grupo político mas não arredam uma palha e continuam aguardando a hora de se lançarem. Mais uma vez o benefício próprio. MALDITA POLÍTICA. Eles não merecem MESMO!
      SC

  2. Me assusta a possibilidade do GL administrar “por sua cabeça”. A última vez que ele fez isso (vice de futebol) contratou o glorioso Alexandre Gallo, após uma conversa na qual ficou (segundo ele mesmo) impressionado com o conhecimento sobre futebol do técnico

    1. Alô você Bruno!
      Como escrevi, conheço o que o GL pensa sem ser “filtrado” pela cabeça dos “companheiros”. Me assusto sim com o processo de abafamento que fizeram em suas idéias. É por conhecer suas idéias que eu estou pedindo para que ele seja ele mesmo pelo menos nesse último ano e se for necessário que rompa com o seu “partido” que lhe deixou na mão.
      PS: Também entendo que o Galo foi um equívoco, mas as de convir que tem pessoas que tem o poder do convencimento. Veja por exemplo onde anda o Galo hoje: é treinador da Seleção brasileira de base. Não foi só o GL, mais gente entrou na dele.
      SC

  3. Alô você Jaldemir!
    É duro amigo. Isso tudo é sabido, mas a maioria finge que não sabe. As benesses são colocadas acima de tudo. Doação é muito raro. Nos resta a palavra.
    SC

  4. Amado amigo Paulo, é muito difícil para quem não vive nos bastidores da política esportiva firmar argumento, mas para quem é amante incondicional de amor não correspondido pode e deve se sentir muito ferido. Amarmos um clube que nos debruçamos em sua defesa perante gigantes da informação conduzida, pouco ou quase nada nos resta quando dentro do nosso próprio reduto o caos se alojou. Nos resta lutar e lutar de forma a não permitir que a mediocridade de uma segunda divisão macule uma história digna de um verdadeiro Campeão de Tudo. Abraço e estamos contigo no grito de alerta nas frentes de luta pela preservação do Inter na Primeira Divisão.

    1. Alô você Simone!
      Não resta dúvida. Em uma palestra cujo titular foi o Felipe Ximenes, esse aspecto (vaidade) foi exaustivamente abordado. Tens razão!
      SC

  5. Melo, Parabéns exatamente o que percebo, inclusive na última eleição fui levado a presença de um desses líderes, para expor meu pensamento e porque não concordava com estas idéias, fechadas sem um único e principal objetivo que é nosso INTER.

    Um forte abraço e esperança em um despertar do Presidente neste final de mandato.

  6. Alô você Fábio!
    Pois é, aí temos que nos curvar aos grandes da história tipo William Shakespeare:
    “Há mais mistérios entre o céu e a terra, do que toda a nossa vã filosofia”
    Aquele colorado era um expert na matéria, sabia o que estava falando. Eu há muito tempo tenho visto coisas escancaradamente erradas aqui e ali, mas sempre julguei que seria de bom alvitre dar tempo ao presidente para que ele colocasse em prática tudo o que dele ouvimos. O tempo decorrido entendo ter sido suficiente para que implantasse suas idéias, entretanto…

  7. Mais uma vez perfeito Professor!

    Me lembro, no fatídico dia da derrota para o Mazembe, quando voltando no ônibus que nos conduziu do estádio ao estacionamento do nosso ônibus para Dubai, de um senhor, não somente triste, mas quase que arrependido, chateado, dizendo: “Tava na cara que isso ia acontecer!” Todos ao seu redor olharam perplexos. Ele nos olhou e disse: “Vocês não sabem o que acontece lá dentro. E vai piorar!”.

    Saudações meu amigo, um abraço forte e um final-de-ano abençoado!

  8. Melo! Resumo tua brilhante explanação com um (maldito) vocábulo: GOVERNABILIDADE! Tenho sérias dúvidas quanto à capacidade e subjetividade de Luiggi quando o assunto é futebol… “Ovelha não é pra mato!”.

    1. Alô você Niko!
      Perfeito. A meu juízo um mandatário,não necessita ser PHD em todos os assuntos atinentes ao seu mandato/gestão. é preciso que ele saiba de tudo a grosso modo e que saiba escolher para cada pasta o mais capaz de desenvolve-la a contento. Ao que transparece GL não escolheu todos . Alguns entraram porque trabalharam na campanha outros foram impostos pelo “partido” e assim…
      SC

  9. Melo,
    Efetivamente, o que deixou o INTER a esse triste estado de coisas não foi a POLíTICA, como ciência ou arte, na condução dos negócios de uma organização. Foi, sim, a “politicagem”, que o falecido ex-Presidente Jânio Quadros chamava de “politicalha”, cuja definição no dicionário Houaiss, assim é descrita: “1.política de interesses pessoais, de troca de favores, ou de realizações insignificantes; 2.conjunto dos políticos que se dedicam a essa espécie de política”.
    Pois bem, pela busca do poder, meu amigo, alguns fazem qualquer negócio ou politicalha, utilizando-se da teoria maquiavélica: “Os fins não justificam os meios”.
    E assim, para ser eleito o Presidente Luigi teve que “engolir sapos” e aceitar a indicação de neófitos e pessoas com interesses puramente pessoais, inábeis para a gestão do futebol. A consequência aí está. Fomos quase pro fundo do poço.
    Entretanto, o Sr. Luigi disse dias atrás que o regime é Presidencialista e, portanto, cabe ao mandatário maior as decisões finais do Clube. E, como bem disseste, deu 3 (três) anos para grupos ou grupelhos a oportunidade de fazerem o trabalho selado em acordo. E agora, na condição de Presidente eleito, que faça valer suas idéias e nomeie pessoas capazes e de sua inteira confiança.
    É o que nos torcedores esperamos neste seu último ano de gestão.
    SC

    1. Alô você Heleno!
      Eu fui um dos 13.000 colorados que ajudou a eleger o GL. Conversei com ele , olhei no olho e vi que havia ali um candidato que o Clube precisava. Obstinado, determinado, sensato.Continuo afirmando que ele é na minha opinião um homem com muitas qualidades, mas o “meio” o engoliu. o GL sumiu, ressurge de vez em quando nas questões diplomáticas e aí podemos ver o que de melhor ele tem, mas definitivamente o “sistema” o engoliu.
      SC

  10. Estimado PRMelo, colocação perfeita sobre os rumos tomados pelos responsáveis por nosso Inter. Como em qualquer atividade humana que não previlegie o mérito, a certeza é apenas uma: o fracasso. Em gestão por resultados existe uma coisa chamada “o homem certo no lugar certo”, e nisso a amizada tem valor zero. Nosso clube do coração precisa, com urgência, profissionalizar a gestão, não há outra saída. Saudações coloradas!
    Pazzini

    1. Alô você Pazzini!
      Perfeita tua colocação. Como orbito nas cercanias do Beira-Rio, passei a conhecer mais profundamente algumas pessoas que prestam serviços e outras que gostariam de prestar. Tu certamente imaginas o número de Colorados com habilitação e competência para trabalhar em diversas áreas e não são guindados as posições por força da falta de filiação ao Movimento que está a testa. Tudo igualzinho a Brasília. Primeiro os companheiros de “partido” mesmo que lhes falte competência. Urge que apareça um radical e coloque esse bando de sangue sugas à correr de lá. No CD tem 340 que poderiam ser tranquilamente 50, pois esse deve ser o numero que efetivamente trabalha pelo Inter, o “resto” quer a carteirinha e mordomias. Tudo Igual ao DF
      OREMOS!
      SC

  11. A política de formar grupos e uniões é valida qdo o propósito em questão é o bem maior do clube, o Internacional. Qdo os objetivos são o poder, a vaidade pessoal, ou cargos no clube então perdemos o rumo. Não temos um líder qualificado para unir e guiar o clube no caminho certo. 250 milhões de orçamento gerenciado por amadores. Fracassado como gerente de futebol, fracassado como presidente. Só não fez o fiasco maior pq Dilma interpelou. Enfim, acho q as vitórias cegaram estes grupos políticos que controlam o Inter hj, não admitindo/aceitando críticas, não aceitando corrigir erros visíveis à torcedores ou imprensa. Donos da verdade fracassam pela soberba.

    1. Alô você Mauren!
      Acompanhando aqui de perto, é algo que da ânsia de vômito. Não falei antes para me engajar em uma coisa maior que era o desempenho do INTER do brasileirão. Agora tudo acabado vou fazer a minha parte. O movimento migratório atrás de uma “boquinha” é vergonhoso. O cara que diz que não gosta da RBS quando soube que esa tinha comprado (ou por outras vias se aproximado) dos direitos da reabertura do BEIRA RIO, agora só vive pendurados nos caras. Vegonhoso! Um outro grupo quando percebeu que o grupo do Luigi tinha abandonado a barca, se aproximou (alguns de seus integrantes) pois enxergou o momento exato de se arrumar.E o Inter? Esse como diria uma certa ministra, é apenas um detalhe.
      TEMOS QUE GRITAR ALTO.
      SC

  12. Melo ao que se conclui das informações pós-Brasileirão, Luigi se complica e está enrolado na própria rede de alianças costurada para lhe garantir a reeleição SEM o voto direto dos associados. O ano de 2014 se mostra muito propenso a rupturas políticas e isolamento do Presidente. A ânsia pelo poder a qualquer preço está cobrando agora a sua parte. O Presidente e seu grupo majoritário de apoio não tem muitas opções que não seja tentar trabalhar forte no futebol, pois a pressão vai ser forte de vários lados. Não foi falta de aviso. E os avisos continuam. Quem quiser entender que entenda. E tome as atitudes necessárias deixando de lado esse tipo de política, pois muitos desses “aliados” não hesitarão em deixar o barco quando não houver mais chance de salvação.

    1. Alô você Luciano!
      É exatamente o que escrevi. O GL se perdeu entre gratidão e competência. Só estou pedindo que em seu último ano ele seja ele mesmo e não faça essa maldita política de grupo que quase levou o Inter ao fundo do Poço.
      SC

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