Tenho o privilégio de morar em frente a nossa casa. Quero dizer em frente ao Gigante da Beira Rio. Um privilégio planejado, calculado, é verdade. Mas é um prazer. Ainda mais agora, vendo-o crescer, encorpar. O Gigante está lindo.Sempre foi. Mas agora parece que reviveu…
Acompanhando cada mudança de estrutura, cada retirada de tijolo e colocação de outros mais modernos, o estica daqui e dali das tais membranas e películas da cobertura, os refletores… parece que ele está a acordar.
É mágico.
Este estádio viveu momentos gloriosos, de vitórias e consagrações e de fúria com derrotas e mau resultados também. E ele rugia.
Neste último ano, adoeceu, entristeceu-se com a reforma e a cada dia parecia espiar, depois animar-se, espreguiçando-se em máquinas e homens que trabalham como formigas que reconstroem a casa após uma temporada de chuva e agora está quase explodindo em uma primavera de novidades. É possível sentir esta energia querendo ganhar os contornos e definitivamente mexer com os colorados.
O Gigante tem as nossas emoções talhadas em cada grão de areia alí colocada, em cada metro de grama tratada. Cada cadeira são centenas de nós mesmos. Ele tem
a missão de nos receber e de mostrar ao visitante nossa pujança, nossa força.
Me encanta ve-lo abraçar o guaíba a cada por do sol e despertar a cidade com nossa bandeira a tremular seja qual for a brisa que por alí passa.
O Gigante hoje ganha vida, tem vida, nos dará vida.
Estou anciosa. Não vou ve-lo nos jogos testes. Fico a contemplar todos os dias, este pedaço do nosso caminho guerreiro. Vou levar esta agonia ao limite. E no dia 05 de abril, quando a festa acontecer, vou estar lá, chorando baixinho e gritando pra quem quiser ouvir, que o GIGANTE é nosso, é meu, é do meu avô que ja se foi faz tempo, do pai, que não pode mais visita-lo, é desta nação fantástica que vai fazer estas cores ganharem o Brasil e o mundo novamente, com o orgulho de ser colorado!. O Gigante vai rugir outra vez e este ano será o próximo de mais uma etapa da nossa história recente e vitoriosa!
Adriana, sorte tua que mora frente ao majestoso… Imagine eu que fico “devorando” notícias e fotos a “matar” a saudade”. Quanto ao estádio e a expectativa dessa maravilhiosa torcida, está tudo bem encaminhado, mas a grande questão, está faltando um detalhe importante, um time respeitado, competitivo e vencedor que possa nos dar orgulho e muitas alegrias.
Completando o comentário, remexendo minha papelada que guardo com tanto carinho, encontrei a edição especial da Revista Colorado, publicada nos 80 anos do clube e, como não poderia deixar de ser, não consegui conter as lágrimas que teimaram em correr sem controle. Na revista além da história real das conquistas e das grandes equipes Coloradas, constam também várias fotos da construção do nosso Gigante da Beira-Rio, desde 1962 (do local onde seria erguido) até 1969 (inauguração, naquele domingo de Páscoa, do intenso foguetório desde as primeiras horas do dia, do início da nova era do esporte no Rio Grande do Sul), Na página 41 está publicada uma galeria de fotos com todos os “homens de ouro” do nosso Internacional (pena, sem citar os nomes, mas todos conhecidos pelos “mais rodados”) naqueles 80 anos de pura emoção e que tenho certeza absoluta estarão vivendo da mais intensa felicidade, onde estiverem.Tenho certeza que todos terão muito orgulho do nosso novo Beira-Rio.
Um detalhe importante, na Revista Colorado, existe uma citação muito importante para o passo seguinte do nosso Internacional: “Sem esquecer do futebol, sua meta prioritária e sua razão de ser, o Sport Club Internacional cumpre a missão de formar uma geração sadia, culta e digna”. Com a inauguração do Gigantinho, em 1973, com a coordenação da vice-presidência de Esportes Amadores, houve um crescimento do desenvolvimento do esporte amador do Clube, já consagrado no passado pelo atletismo e basquete, com os departamentos de ginática rítmica desportiva, atletismo, judô, xadrez, futebol de salão e ginástica estética. Por favor, depois de encerrar as obras do Gigante da Beira-Rio (Estádio José Pinheiro Borda), não esqueçam do Gigantinho.
Não dá para esquecer e não citar que o grande craque português Euzébio, a pérola negra, que infelizmente subiu “um degrau” recentemente, nos deu a honra de participar do jogo de inauguração, inclusive fazendo o gol do Benfica, na vitória de nosso Internacional por 2 x 1 (Claudiomiro e Gilson Porto).
Adriana,
Já que o Melo trouxe o nome oficial do estádio: José Pinheiro Borda em homenagem a seu idealizador, um baixinho, calvo, gordinho e simpático português, que conheci pessoalmente, vendo-o com frequência lá no Ed. Comendador Azevedo na rua Uruguai, onde eu trabalhava. Gozavam do velhinho, perguntando se a “Boia Cativa” ainda não tinha afundado e o mesmo sem perder a graça e elegância retrucava: De lá onde está, vê-se o mais belo por do sol do mundo e vocês não tem este privilégio.
Infelizmente, partiu para outra dimensão antes da inauguração do estádio,mas, com certeza, lá do alto está vibrando com a remodelação que está sendo feita. Para mim, poderia manter o nome oficial de José Pinheiro Borda e, de fantasia, GIGANTE PARA SEMPRE.
SC
Pois é, Adriana! Já estamos no ano da Copa do Mundo, e o GIGANTE quase pronto nos deixa cada vez mais ansiosos para vê-lo por completo, em seus detalhes e para gritar o nome do nosso INTER novamente dentro de Casa! Nos dias 5 e 6 de abril a torcida colorada terá o privilégio de, outra vez, viver grandes emoções no BEIRA-RIO. Também estarei lá, matando a imensa saudade. SC
Alô você Adri!
É como dizem sabiamente os colorados: “ESSE ESTÁDIO TEM ALMA”. Só faço uma observção. Não se fala mais no nome do estádio, eu acho que era hora de retomar isso dar ciência para quem não sabe que o nosso estádio leva o nome do engenheiro que iniciou sua construção; JOSÉ PINHEIRO BORDA.
SC