Tenho certeza que vou esquecer alguns nomes do Reinado do Futebol, mas conto com a colaboração dos leitores para agregar este texto. Ontem, perdemos um Rei do Futebol Português, Eusébio, jogador que tivemos o privilégio de assistir suas jogadas na inauguração do Gigante da Beira Rio. Achei que seria importante essa homenagem póstuma. Mas o nosso Inter destacou vários jogadores que desfilaram nos gramados do Eucaliptos e do Gigante da Beira Rio, sabemos que cada um reinou na sua época.
Tesourinha e Bodinho nos tempos do Rolo Compressor
Falcão e Figueroa nos anos 70
Fernandão e Gabiru foram a constelação do Mundial
E Dalessandro, a raça, vontade e determinação na atualidade do futebol.
Pergunto ao grupo: o que faz um jogador se tornar o rei dos gramados?
Tesourinha, que teve o apelido tirado de um bloco carnavalesco no qual participava chamados, Os Tesouras.
Ponta-direita, onde teve exitosa carreira no Rolo Compressor, hexacampeã gaúcho, o “imbatível”.
Em 1944, foi convocado para a Seleção Brasileira, sendo eleito o melhor atleta da competição. Em 1949, particpou de nova edição do Sul-Americano de Seleções, desta vez sendo campeão e novamente escolhido como melhor atleta. Tesourinha marcou 7 gols neste campeonato.
Na seleção, foi titular absoluto por cinco anos seguidos.
Bodinho, seu apelido vem da força da sua cabeceada, na maioria das vezes indefensáveis para os goleiros adversários. Atacante, chega ao Internacional, em 1958, conquistou cinco Campeonatos Gaúchos, sendo que em 1955 conseguiu a maior média de gols por partida do Campeonato: marcou 25 gols em 18 jogos (média de 1,4 gols por partida). Ao lado de Larry, formou uma das maiores duplas de atacantes do futebol gaúcho. Bodinho, ainda, teve exitosa passagem pela Seleção Brasileira, onde conquistou o Campeonato Pan-Americano de 1956, na Cidade do México. Marcou três gols em cinco partidas.
Figueroa dispenso, comentários, o jogador iluminado, que nos consagrou no Campeonato Brasileiro. Difícil vermos reis na posição de zagueiros, mas nós colorados tivemos esse privilégio.
Em 1971, Figueroa chegou ao Internacional de Porto Alegre, onde conseguiu obter uma trajetória fantástica. Em sua passagem pelo colorado, Figueroa jogou 336 partidas, marcando 26 gols, conquistou, ainda, o pentacampeonato Gaúcho (1971/72/73/74/75/76) e o Bicampeonato Brasileiro (1975/76). Na final do Campeonato Brasileiro de 1975, Figueroa fez o gol do titulo contra o Cruzeiro no Gigante da Beira-Rio, levando o Colorado ao Titulo inédito na vitória por 1 a 0, gol ILUMINADO.
Fernandão, devido ao seu futebol de grande técnica e seus cabeceios certeiros, seu melhor momento no futebol, em seu jogo de estréia, marcou o milésimo gol da história do Clássico Grenal
Vestiu a camisa da Seleção Brasileira em um amistoso contra a Seleção da Guatemala.
Em 2006, nos deu os dois maiores títulos: a Copa Libertadores da América e o Mundial de Clubes FIFA. Ele foi decisivo, marcando um gol e dando passe para o outro na grande final da Libertadores com o São Paulo, partida na qual foi eleito pela patrocinadora do torneio melhor jogador em campo.
Na conquista da Copa Dubai de 2008 foi fundamental, fazendo um gol de fora da área contra a Inter de Milão.
Em 2013, iniciou sua carreira com executivo do futebol e após como técnico do nosso glorioso Inter.
Gabiru, em 2006, foi contratado para uma importante temporada, da Copa Libertadores da América. Durante a temporada, Adriano foi muito contestado pela torcida, que chegou a vaiá-lo em várias oportunidades, pedindo ao então treinador, Abel Braga, que o tirasse de campo, ou mesmo que o desligasse do grupo.No entanto, com grande profissionalismo ele deu a volta por cima e demonstrou toda sua garra, e respondeu à sua torcida com um gol inesquecível. Foi o autor do gol que deu o título mundial entrou em campo aos 31 minutos do segundo tempo, com a responsabilidade de substituir o capitão do Colorado, Fernandão, que saiu lesionado. Apenas 5 minutos após, recebeu um passe do atacante Iarley, entrou na área e desviou do goleiro Valdés, marcando o único gol da partida que deu o título mundial.
E todos estão se perguntando e o Falcão? Não esqueci não, apenas deixei por último, pois me perdoem os estudiosos do Futebol Colorado, mas Paulo Roberto Falcão é o Master de todos os Reis, ou melhor, o único, chegando a ser coroado o 8º Rei de Roma.
Muitos estão questionando, mas pensem: o Inter até 74 não havia se consagrado no futebol brasileiro e este jogador fez parte do time que nunca perdeu em 79, feito jamais realizado por outro clube. Também, menciono que ao perguntar aos estudiosos do futebol, estes citam a escalação de 1975 como um dos melhores times do futebol brasileiro.
O maior volante de todos os tempos, tinha visão de todo o campo ao lançar suas bolas, seus passes e jogadas ensaiadas lhe redeu a bola de ouro e de prata pela Revista Placar. Na copa de 1982 fez o gol mais bonito de todos os tempos. E não posso deixar de citar o seu coloradismo, lembrando a famosa foto do jogador carregando tijolos para a construção do Gigante da Beira Rio. Infelizmente, não teve tempo suficiente para se consagrar como técnico no nosso Glorioso Inter, mas tenho a certeza que, em breve, retornará para a casamata onde será coroado, novamente, no Gigante da Beira Rio!
Reitero todos os nomes já mencionados e acrescento Jair, o “Príncipe Jajá” e Clemer, este especialmente pelo ano de 2006. SC
Alô você Claudinha!
Muito boa a idéia de publicar a realeza. Entendi que tua intenção foi fazer um misto de homenagens individuais e materializar em alguns nossos “feitos relevantes”. Nesse aspecto a meu juízo fostes muito bem. A ressalva que faço talvez seja a mesma do Pauperio, talvez tenha faltado (como tu mesmo antecipastes) a figura de Iarley que foi fundamental para o nosso título maior (ninguém jogou mais do que ele naquela decisão), demais são tantos os integrantes de nossa monarquia que talvez alguns dias de postagens seguidas não fossem suficientes. Parabéns!
SC
Cláudia, só um reparo, na minha opinião, apesar do golo importantíssimo na final do Mundial de Cubes FIFA e sem discutir suas quaidades técnicas e úteis ao nosso Internacional, naquela memorável conquista, Iarley foi o grande jogador. No meu modo de ver o futebol, Gabiru não faz parte do elenco de majestades que vestiram o manto sagrado e não tem nem mesmo a mesma inportância de outros grandes jogadores da posição, como Larry, Claudiomiro, Dario, Flávio, Damião e outros. Quanto aos demais, em especial ao Falcão (o “cabelos de anjo”, “rei de Roma”), fecho contigo, pois sou um dos previlegiados que assisti jogos inesquecíveis da maioria dessas verdadeiras “feras do futebol”, como Bodinho, Larry, Chinesinho, Dorinho, Manga, Bráulio (o “garoto de ouro”), Sergio (o “galocha”), Sergio Lopes, Marinho, Lula, Scala, Valdomiro, Figueroa, Falcão, Carpegiane, Fernandão, Dario e outros grandes jogadores. Agora, no momento, a categoria e as qualidades do futebol do D´Alessandro são insuperáveis no futebol brasileiro e insubstituíveis em nosso Internacional. Outro dia ainda fiquei lembrando de um jogador da base que deslumbrava com seu futebol e acabou levado pela vida, o Chorinho.