Está esquentando, isso é normal e bom sinal

FAQBRÍCIO
Fabrício e Willians se desentendem no treino. (imagem Clic RBS)

Alguns jogadores podem até pensar que são bons demais para sofrer críticas e, nessa cegueira absurda, acabam fora do time e no ostracismo. A falta de humildade acaba com a carreira e a vida de muitas pessoas. Os jogadores não fogem a regra.

Não sei o que aconteceu no treino, a não ser o publicado, mas se um jogador brigador em campo como o Willians diz ao companheiro Fabrício que não deveria dar um “chutão” para frente e sim procurar outro jogador para passar a bola, é facilmente entendível e compreensível, para quem quer melhorar e não se considera um Pelé. Até Pelé sofreu críticas de companheiros e nunca se tomou conhecimento de que não as recebeu, com respeito, gratidão e com a devida humildade. No meu entendimento, Willians merecia um pedido de desculpas e Fabrício, por favor, não joga essa bola que pensa que joga, pois não é só em, também é em jogos.

Véspera de jogo decisivo é isso mesmo. Os nervos a flor da pele das “cabeças quentes” (precisam de uma atenção maior nesses momentos), pois não estão ainda acostumados aos grandes desafios, e tranquilidade e concentração para os mais experientes. Essa decisão não é para “meninos nervosos” e sim para um grupo coeso de homens equilibrados, cientes das dificuldades, conhecedores de suas qualidades individuais e como parte de um grupo e completamente motivados para o sucesso. Não é hora de buscar divisões internas, demonstrações de vaidades pessoais, pois os adversários estão do outro lado.

O que não pode ser aceito é que discussões em campo de treino ou jogo acabem em desavenças pessoais e desunião no plantel, muito menos gerar agressões físicas. Cabe a direção do nosso Internacional e à Comissão Técnica (principalmente ao técnico Abel) avaliar, administrar esses momentos e adotar as medidas cabíveis, se necessárias.

A única preocupação que tenho é com a arbitragem nesse jogo decisivo, pois pelo histórico recente, pela maneira de pensamento e da mentalidade do adversário, as provocações, as pequenas agressões nos calcanhares dos jogadores mais qualificados, a violência costumeira de alguns atletas e a “venda” de querer “ganhar na marra” ou “de qualquer maneira”, devem ser preocupações constantes e merecedoras da atenção e de ações enérgicas.

No meu caso, já providenciei para o domingo as bandeiras na cobertura, a reunião com os filhos e netos, a costela, a picanha, os salsichões, o queijo coalho, a salada de tomate e cebolas, a maionese de batatas, a caipirinha, as cervejas e os refrigerantes. Dificilmente terminarei meu domingo triste, pois confio nesse grupo e, tenho certeza, que não decepcionarão a torcida Colorada.

Pena o jogo não ser no nosso Beira Rio, mas penso ser uma temeridade se o jogo fosse lá, pois se “eles” brigam até entre “eles”, na Arena “deles” (vamos pensar que é), imaginem o que poderia acontecer perdendo o campeonato em nosso estádio majestoso.

Bom domingo e na torcida pelo Tetra, aqui na Bahia, mas junto com todos vocês.

3 thoughts on “Está esquentando, isso é normal e bom sinal

  1. Até onde sei não foi por ter rifado a bola, mas por ter chutado o companheiro que Fabricio levou a dura do companheiro Willians. Ok foi uma jogada dura porque todos estão motivados e querem se esforçar ao maximo no treino.Mas não gostei do fato. a repercussão pode ser bem ruim se ficar alguma coisa pra dentro de campo.Fabricio não pode prejudicar o Inter nesta partida decisiva….

  2. Alô você Pauperio!
    Não dá pra fazer desse episódio um filme: só tem bandido, não há mocinhos. Tenho informações de fonte fidedigna que o Willians não é lá um exemplo de correção quando o assunto é companheirismo. O Fabrício por sua parte já deu demonstrações de que em determinados momentos, lhe falta equilíbrio emocional. É só aproximar os polos e a encrenca está formada. Como escrevestes o motivo é relevante: VONTADE DE ACERTAR, isso releva tudo. A administração por parte do Abelão foi exemplar, disse ele: Estou acostumado com isso conheço, são sempre os mesmos, já estão rindo um pro outro lá. Até tapa eu permito, não pode é soco. Com essas declarações jogou uma “Itaipú” sobre uma fogueirinha. Aí vale a experiência e a vivência. D’Ale como capitão também tomou partido, de maneira equivocada a meu juízo, mas não se omitiu. Isso tudo dá saldo pra lá de positivo, pelo que concordo com o relator.
    Coloradamente,
    Melo

    1. Melo, prefiro esse tipo de posicionamento de cobrança e de discussões do que a apatia e aceitação de maus resultados. Vendo os jogos, sinto esse lateral esquerdo, muitas vezes, “desligado” do comprometimento na conquista a vtória. Penso que umas “broncas” e uns conselhos “ao pé do ouvido”, de vez em quando, possam ajudar a melhorar seu desempenho individual e no conjunto. Olhe no que vou afirmar, não acredito que algum atleta pense exclusivamente no pensamento do Barão (“o importante é competir”), pois quem treina, se esforça, se dedica, quem joga, quer ganhar. Graças a Deus, em nosso Rio Grande do Sul, segundo é último e que alguns jogadores de nosso Internacional aderiram o desejo da vitória e não a passividade frente os resultados adversos. É fácil ver que a postura do time, hoje, é outra. Obrigado, Abel.

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