OS GRANDES PAPÕES DE SEUS ESTADOS

As disputas estaduais já foram de grande relevância para os clubes. Com o advento dos certames em caráter nacional – Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil – perderam o valor que era tido antes. Mesmo assim, não deixaram de manter certo charme e continuam sendo computadas nos feitos e rankings de disputas, mormente em comparações, tanto que, nos históricos de cada clube, estão registradas em suas façanhas. Alguns fingem não valorizá-las, mas se ressentem e até sofrem quando o rival é o vencedor. Que o digam os daqui!

Para não manter uma relação tão extensa e ao mesmo tempo delinear os grandes e maiores vencedores, fixou-se como critério, uma medida uniforme de grandeza para todos os clubes, adotando-se a efetiva participação em Campeonatos Brasileiros da Série A.

Estabeleceu-se um mínimo de 25% de participações, nas 44 (quarenta e quatro) edições até o momento (1971 a 2014), que vem a corresponder o nº 11.

De igual sorte, estabeleceu-se um mínimo de conquistas estaduais, adotando-se o valor de 10 (dez). Para surpresa, aparecem somente 32 (trinta e dois) clubes contendo os dois quesitos formulados, o que não resulta expressivo, tendo em vista que o Campeonato Brasileiro compreende 20 (vinte) clubes e um rodízio de 4 (quatro), que caem e outros tantos que passam a fazer parte da 1ª divisão do futebol nacional a cada ano.

É bem verdade, que existem clubes com freqüente participação na Série A, ao longo do tempo, a exemplo da Portuguesa, Ponte Preta, Paraná e Guarani, tendo este último até um título Brasileiro da Série A, mas que no âmbito estadual, pouco ou nada ganharam.

De outra parte, existem clubes que superaram a marca dos 10 (dez) títulos estaduais, a exemplo do Avaí e do Atlético Goianiense, mas tiveram reduzida participação em disputas nacionais. Em ambas as situações apontadas, os clubes deixaram de ser inclusos por não preencherem um dos requisitos básicos estabelecidos.

A seguir, a relação:

CLUBES TÍTULOS POSIÇÃO  % PARTICIPAÇÃO   
  ESTADUAIS    CAMP.BRASILEIRO
BAHIA 45 79,55
PAYSANDU 45 45,45
INTERNACIONAL 43 100,00
CEARÁ 43 38,64
ATLÉT. MINEIRO  42 97,73
REMO 42 31,82
SPORT RECIFE 40 75,00
FORTALEZA 39 34,09
CRUZEIRO 37 100,00
CORITIBA 37 75,00
CSA (Alagoas) 37 27,27
GRÊMIO 36 95,45
AMÉRICA (RN) 34 31,82
FLAMENGO 33 100,00
FLUMINENSE 31 10º 95,45
CORINTHIANS 27 11º 95,45
VITÓRIA 27 11º 77,27
SANTA CRUZ 27 11º 45,45
GOIÁS 24 12º 84,09
NACIONAL (AM) 23 13º 31,82
ATLET. PARANAENSE 22 14º 79,55
VASCO DA GAMA 22 14º 95,45
PALMEIRAS 22 14º 93,18
SÃO PAULO 21 15º 97,73
NÁUTICO 21 15º 61,36
SANTOS 20 16º 97,73
BOTAFOGO 20 16º 97,73
DESPORTIVA (ES) 17 17º 27,27
FIGUEIRENSE 16 18º 34,09
AMÉRICA MINEIRO 15 19º 31,82
JOINVILE 12 20º 25,00
CRICIÚMA 10 21º 29,55

 

Conforme é visto, o nosso INTER somente é superado pelo Bahia em conquistas estaduais, entre os grandes clubes do cenário nacional. Este é acompanhado pelo Paysandu que, embora não esteja entre os maiores do País, tem tido freqüente participação nos campeonatos brasileiros.

É notório que os estados com históricos de praticamente dois aspirantes a títulos, como RS, MG, CE, tendem a levar vantagem em relação a outros, como Rio e S. Paulo, que diluem as disputas em maior número de participantes candidatos.

Observa-se que, além do INTER, o Cruzeiro e Flamengo participaram de todas as 44 edições (100%). Já o São Paulo e Santos, embora nunca tenham sido rebaixados, não estiveram presentes no campeonato de 1979.

Eram essas as considerações.

Saudações Coloradas

Heleno Costi

4 thoughts on “OS GRANDES PAPÕES DE SEUS ESTADOS

  1. Alô você Heleno!
    Mais um show. Tu és demaaais como diria o PED. E ter só dois companheiros na casa dos 100% é muito bom, mas tem um deles dando a pinta de que este ano pode quebrar a escrita.
    Coloradamente,
    Melo

  2. Pois é Evandro, a supremacia colorada é astronômica, se levarmos em consideração a rivalidade local e o tempo que já persiste. Dale Inter! E pena que os campeonatos estaduais perderam em muito a importância, na medida em que, não classificam para coisa alguma, o que, por si só, é um motivo meio que desestimulador, mas é claro que nunca vai perder o seu aspecto histórico. Já registrei por aqui mesmo, em outras oportunidades, uma idéia de regionalização da disputa, com a participação dos 4, 5 ou 6 melhores de cada estado, do RS, SC e PR, um tipo de “Copa Sul” como é a Copa do Nordeste, acho que o nível da disputa e dos próprios jogos seria bem mais alto, contribuindo assim, para a preparação dos clubes para o Brasileiro e Copa do Brasil. Os clubes do interior ficariam competindo entre si, num estadual buscando classificação para o regional e quem sabe Copa do Brasil também! É só uma idéia, mas como não dirijo nada, fica só o registro! Saudações Coloradas rumo ao tetra, embora os problemas apresentados nesta primeira amostragem, eu ainda acredito!

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