Talvez o maior clássico do Futebol Mundial. Talvez atrás do clássico, Boca e River. Mas certamente o maior clássico do futebol brasileiro.

Um clássico com muitas histórias para contar. Tanto boas, quanto ruins.

Um jogo sempre muito aguerrido, dificilmente os Gre-Nais são sem sal. Normalmente é poeira pra todo lado, carrinho pra lá, carrinho cá, mesmo com o futebol moderno dos dias de hoje, o Gre-Nal ainda tem um tempero do futebol de verdade, aquele futebol antigo, aquele futebol com amor a camisa, que se deixava o sangue em campo.

O Gre-Nal não começa no apito inicial do juiz. E muitos menos se acaba no apito final do juiz. O que abrange o Gre-Nal é uma coisa muito grande – A torcida. A mística. O histórico.

O Gre-Nal começa semana antes. Começa com a corneta, as especulações, começam a lembrar dos Gre-Nais anteriores, com quem tem mais vitórias, tudo aquilo que deixa o Gre-Nal mais disputado, mais bonito, mais interessante ainda

Não importa em qual campeonato, em qual fase, em qual rodada, a importância para todos é sempre a mesma: vencer um Gre-Nal é quase como conquistar um campeonato. Ganhar um Gre-Nal para muitos torcedores é mais importante que ganhar até um título. Enfim, o Gre-Nal é um espetáculo onde os artistas principais são os jogadores, e a torcida vira um espetáculo à parte.

A superioridade do colorado em vitórias, é sem igual. Mas o primeiro Gre-Nal o tricolor conseguiu o tento, mas ainda o Inter era um time amador, não era o verdadeiro Internacional, mas desde ali já se criava uma rivalidade gigante.

O Inter e o seu povo, e o Grêmio com sua raça. Cada requinte que da um valor especial ao Gre-Nal.

E neste Gre-Nal, Inter e Grêmio tem seus pontos adicionais, que temperaram mais ainda o clássico, são eles Felipão, o novo Beira-Rio, e por fim o Aranguiz.

Aranguiz – Um grande jogador, que está voltando de lesão, um jogador que deu uma cara nova ao vermelho.

Felipão – O velho Felipão, dos grandes títulos do Grêmio, dos grandes títulos de sua carreira pelo Grêmio, o técnico mais amado pela torcida, porém tem o grande Abel Braga para lhe combater.

O novo Beira-Rio – O gigante reformado. O estádio com muitas histórias com o clássico. O colorado quer vencer o primeiro clássico do novo Beira-Rio, mas se o tricolor vencer vai ficar marcado na história dos clássicos, apenas mais uma história para contar.

Todos torcedores só pensam no Gre-Nal desde o último jogo dos dois times. A ansiedade, e nervosismo toma conta de todos, torcedores, e principalmente dos jogadores, como deve ser jogar um clássico Gre-Nal? Imagina pensar em ser mais um marco na história do mesmo? É chega logo, Gre-Nal…

O momento é do Inter. E a imprensa, e os jogadores do time azul logo apontam o colorado como favorito.  Jogando toda responsabilidade ao mesmo. A mas a velha história de que Gre-Nal não tem favorito? Todos esquecem disso.

O Inter vive verdadeiramente um momento mais favorável, três vitórias seguidas, isolado no G-4, e o Grêmio a dois jogos sem vencer, mas com a estreia do Felipão faz as coisas se igualarem, e o  Grêmio não vence um Gre-Nal a dois anos. Porém está última vitória foi no velho Gigante da Beira-Rio…

A alguns meses atrás tivemos três Gre-Nais, dois deles na Arena do Grêmio, onde o Inter nunca perdeu. E um no centenário, onde o colorado nunca perdeu um Gre-Nal, e ainda por cima goleou o seu rival.

Enfim. A semana é Gre-Nal, às coisas são diferente, o clima é diferente, mas a paixão é a mesma.

Todos temos que torcer para ser um clássico bem disputado, e que deixe mais alguns legados para história dos clássicos, paz nas arquibancadas, e festas lindas.

E que a paternidade colorada só aumente mais um pouco, abraços filhos, um abração aqui do seu pai eterno.