CENTROAVANTES DA ERA BEIRA-RIO

Amarildo
Amarildo a maior média dentre todos os “9” do Beira Rio publicou em seu FACE: “Orgulho de ser Colorado”

         Tenho manifestado minha indignação com o desempenho do atual centroavante titular. E para mostrar que não é somente cisma de minha parte, apresento abaixo o resultado de levantamento feito dos ocupantes da camisa 9, num total de 31, ao longo de todo o período da era Beira-Rio, que chegou aos 45 anos.

        Para um comparativo da eficiência entre os centroavantes, entendemos que o mais apropriado seja o cálculo do nº de gols assinalados pelo nº de partidas jogadas, representado pela média. Quanto maior, mais eficiente.

        Poderá ser constatado, que alguns nomes, até consagrados quando chegaram no INTER, não estão relacionados, ante o fato de quase não terem atuado com a camisa titular ou aqui pouco permanecido, a exemplo de Jô, Oseias, Whashington, Souza, Assis e Gustavo Papa. No caso específico de Leandrão, embora seu longo vínculo com o Clube (2001/ 02 e 2005/ 2010), muito pouco participou em jogos pelo colorado, ficando em quase todo período emprestado para equipes asiáticas.

        Entende-se que, pelo menos, o jogador para uma adequada avaliação, deva ter apresentado um nº razoável de partidas jogadas, mostrando suas qualidades técnicas e adaptação ao Clube. Estabeleceu-se, para tanto, um mínimo de 20 (vinte) jogos.

        A seguir, apresentamos o quadro, pela ordem da maior para a menor média de gols por partida, conforme referimos acima:

NOME PERÍODO Nº DE   GOLS MÉDIA OBS
    JOGOS FEITOS    
1 AMARILDO 1986/88              86 51      0,59  
2 LEANDRO MACHADO 1994/96 e 2001            105 61      0,58  
3 CHRISTIAN 1996/99 e 2007            174 99      0,57  
4 LIMA 1991              36 19      0,53
5 GERALDÃO 1982/84              94 49      0,52
6 RODRIGÃO 2000            33 17      0,52
7 FERNANDO BAIANO 2002              28 14      0,50
8 CLAUDIOMIRO 1969/74            316 157      0,50 (1)
9 NILMAR 2002/04 e 2007/09            131 65      0,50
10 LEANDRO DAMIÃO 2010/13           181 89      0,49
11 LUIZ CLÁUDIO 2001              57 28      0,49 (2)
12 RAMON 1976              31 15      0,48
13 BIRA 1979/82            108 52      0,48
14 GERSON 1992/93              73 35      0,48
15 BILL 1978              40 19      0,48
16 ALECSANDRO 2010/11            118 56      0,47
17 NILSON 1988/89              56 26      0,46  
18 DARIO 1976/77              76 35      0,46
19 FLÁVIO MINUANO 75/76              58 26      0,45 (3)
20 ALEXANDRE PATO 2006/07              27 12      0,44
21 KITA 1984/85              79 35      0,44
22 PAULINHO MAC LAREN 1993/94              50 21      0,42 (4)
23 LEONARDO MANZI 2000              32 13      0,41
24 FERNANDÃO 2004/08            190 77      0,41
25 MARCELO VITA 1985/90              84 34      0,40 (5)
26 ADILSON 1978/80              75 30      0,40
27 MARCIANO 1971/72              38 15      0,39 (6)
28 WELLINGTON PAULISTA 2014              27 10      0,37
29 TADEU (BAURU) 1975/76              59 21      0,36 (7)
30 NANDO 1992/95              84 26      0,31
31 RAFAEL MOURA 2012/14              74 21      0,28
OBS.:
  • CLAUDIOMIRO – se for considerado todo o período de jogador do INTER, desde 1966- tem registrados 210 gols em 424 jogos – permanecendo a média de 0,50
  • LUIZ CLÁUDIO – Há sites que o consideram simplesmente atacante, outros o citam como centroavante.
  • FLÁVIO MINUANO – Em sua passagem anterior 1961/64 constam 52 gols em 67 jogos, cuja média é 0,78.
  • PAULINHO MAC LAREN – Em sites consta como atacante mas também, centroavante.
  • MARCELO VITA – Embora mantido o vínculo de 5 anos com o Clube, permaneceu muito tempo lesionado e fora da equipe.
  • MARCIANO – Atuou como atacante, também é citado como centroavante.
  • TADEU BAURU – Em sites consta como atacante, mas outros (Terceiro Tempo – Milton Neves) é denominado de centroavante matador.

 É importante esclarecer que, antes do ano 2000, os dados de jogadores ou detalhamento dos jogos não eram tanto difundidos. Com a evolução da internet, existem sites bastante esclarecedores, a exemplo da Wikipédia, futebol80, ogol, Terceiro Tempo e o próprio Google.

Nestas condições, os períodos mais antigos, nem sempre trazem as informações precisas, especialmente no tocante às escalações, o que facilitaria a busca da participação do atleta nos jogos. Diante dessa dificuldade, poderá ocorrer pequenas divergências de números que, no geral, acreditamos não venham a prejudicar a análise feita.

Em suma, tem-se em mãos dados indicativos de centroavantes que vestiram a gloriosa camisa 9 colorada. Alguns, verdadeiros artistas no gol adversário. Outros, tão pouco aquinhoados, necessitando praticamente 4 (quatro) jogos, em média, para fazer um gol. Basta olhar o quadro acima e comparar.

Por fim, o levantamento limitou-se ao camisa 9, não fazendo parte outros atacantes, mas que foram tão bons ou até mais goleadores daqueles centroavantes característicos. Citamos o exemplo de Valdomiro (179 gols), Jair (111 gols), Escurinho (103 gols), Falcão (72 gols), Rubén Paz (72 gols) e D’Alessandro (acima de 70 gols).

 Saudações Coloradas

Heleno Costi

 

 

10 thoughts on “CENTROAVANTES DA ERA BEIRA-RIO

  1. Evandro,
    Só concordaria com a tua tese, depois de devidamente avaliados, o Aylon, o Maurides e o Cassiano, que está de volta. Todos são da função.

  2. Melo,
    Depois verificando teu comentário para o Maurício, também sou da época dos cruzamentos pelas pontas. Citaste o exemplo do Amarildo, que era servido pelo meio pelo Fernando Rosa Flores e Hélder. Eu lembro do tempo do Valdomiro que, além de empilhar gols, muito contribuiu para que o Claudiomiro fizesse o maior número de todos, servindo ainda o Jair, Escurinho e outros.. Há tantos exemplos como do Christian servido pelo Uf Fabiano e assim vai.
    Agora, o esquema de isolamento não justifica tudo para o Rafael Moura, senão o Alecsandro, num esquema similar, não teria tido o dobro de aproveitamento. E mesmo assim foi crucificado pela torcida.
    Conforme manifestei ao Maurício, apesar de tudo, o He – Man, pelas suas características, deixa muito a desejar e por isso tem apresentado um baixíssimo rendimento de gols.
    É uma pena que os ponteiros tenham desaparecido e quase tudo se espera, em termos de cruzamento, dos laterais ou alas.

  3. Melo,
    Mesmo questionamento que faço. Se o Abel tivesse uma estatística de aproveitamento, apesar de sua teimosia, será que teria insistido tanto com o Rafael Moura, ou, quem sabe, mudado o esquema para benificiá-lo mais?

    1. Heleno, é ex-boleiro defendendo boleiro, pois como já esteve lá, ele sabe do esforço do cara, que é um pai de família e que queimando ele, vai força-lo a ir embora ou ficar eternamente no banco (mamando), mas o que a torcida quer são GOLS, o que o INTER precisa são GOLS, o que o clube precisa é de GOLEADOR, então, todo o resto não interessa, mas convenhamos, com o que tem de reserva para ele, conclui-se que “não existe centroavante no Beira-Rio”.

  4. Maurício,
    É verdade, o esquema de isolamento do Rafael Moura também o prejudica. Mas, convenhamos, quando recebe a bola, se não comete falta ou está impedido, faz a parede e normalmente recua para um companheiro. Parece que tem receio de arriscar. Raramente, faz o papel daquele centroavante característico, de partir para cima da defesa e tentar superá-la, objetivando o gol. Além do que, muito pouco chuta a gol, condição imprescindível para um centroavante.

  5. Alô você Heleno!
    Mais um brilhante trabalho. Até nisso nossos “diretores” pecam. Será que eles tem um levantamento desses para identificar o porquê de termos em determinadas épocas centro avantes goleadores, mesmo que não fossem tecnicamente nenhuma joia preciosa? Se for pra apostar, aposto que não. Mais uma vez parabéns Heleno.
    Cooradamente,
    Melo

  6. Pessoal,
    Conforme referido, os dados são concernentes a partir da inauguração do Beira-Rio, em 1969. Caso fosse considerado período anterior de um mesmo jogador ter atuado, ninguém superaria a média de FLAVIO MINUANO (ou Bicudo), cujo valor atingiria a 0,62. Informações extraoficiais, até do próprio jogar, indicam que, em toda a carreira, também superou a marca dos 1000 gols.
    Segundo foi visto, em números absolutos, ninguém foi maior do que CLAUDIOMIRO, o Bigorna, no INTER, se considerado todo o período, inclusive antes do Beira-Rio, chegando a 210 (vide obs.). Já na era Beira-Rio, está ao seu lado o ponteiro direito VALDOMIRO, em torno de 160 gols, já descontados os feitos ainda nos Eucaliptos. É por isso que, no comentário supra, constam 179 gols. Números de causar inveja a qualquer atacante nos dias de hoje.
    Nos jogadores que deixaram de constar, diante do pequeno nº de atuações na titularidade ou pouco permanecido no INTER, foram citados exemplos, mas há outros como: Benê, Nilson Dias e recentemente Gilberto.
    SC

  7. Parabéns pelo tema, com detalhes inquestionáveis.
    No que tange Moura, não sei onde começa e termina o fio. Apesar dele não ser um jogador diferenciado, a tática empregada piora ainda mais sua ação.

    1. Alô você Zanini!
      Defendo a tese.R.Moura, não é nenhum primor, mas a sistemática de jogo (sic) não lhe sendo favorável, sua produção só pode ser baixa ou nenhuma , em muitos casos. Veja no brilhante trabalho do Heleno que na relação aparecem muitos centroavantes que não tem superioridade técnica sobre o He-man, ocorre que tinham à epoca jogadas de flanco com meias que lhes serviam em condições de finalizar como caso de Amarildo que tem a melhor média e que era servido por Luis Fernando Rosa Flores pelo meio e pela ponta Heider um velocista que cruzava em velocidade e muito bem se nos referirmos a média. Já o segundo e o terceiro colocados eram servidos por Maurício, também velocista e de muito boa técnica. No Inter de hoje quem cuza em velocidade e com qualidade?
      OBS: Não acho o Cruzeiro um time extraordinário. Só é um time racional que utiliza muito o fundo de campo. Aproximadamente 80% de seus gols saem do fundo. Parec simples não?
      Coloradamente,
      Melo

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