Por que alguns times recheados de craques não conseguem encontrar o caminho da vitória e times medianos a abraçam com maior eficiência?
Além de planejamento, direção qualificada e foco parte dessa vitória se dá também pela força da sua torcida, demonstrando seu carinho em treinos e jogos. O Beira-Rio cheio de vozes gritando pelo time não tem o poder de marcar um gol, mas faz com que o time não fique trocando passes sem vontade.
No último jogo a torcida literalmente empurrava os jogadores rumo a pequena área na base do grito! Um gol aos 49 minutos do segundo tempo, em um jogo que não tinha mais ordem; era bola para frente e chute no gol, é o desenho da paixão colorada enviada para dentro do gramado.
Os jogadores são profissionais acostumados com a pressão, e muitas vezes se ouve que não sentem diferença pelas coisas ditas das arquibancadas. Que conversa!
Tempos atrás Rafael Moura levou o dedo à boca após um gol, indicando que aquele marcado era para calar a boca da torcida que há muito tempo em seu pé pegava (e ainda pega) pela ineficiência no ataque. Alguém acredita que ele não sentia fortemente as críticas vindas da arquibancada, que aquilo não incomodava ele? Claro que sim!
Da mesma forma, o estádio lotado, cantando e apoiando o time motiva e empenha os nossos jogadores! O que foi a final de nossa primeira Libertadores? Um caldeirão vermelho que soltava fumaça e gritos de guerra embalando um jogo sufocado e nervoso! Não é todo o jogo que provoca essa emoção, mas todos poderiam ter alguns momentos parecidos.
Para isso, basta fazer a mágica do final de semana: baixar o preço dos ingressos. Sabemos que um Beira-Rio remodelado requer manutenção e ninguém está falando em ir de graça. O retorno para o clube de mais pessoas indo ao estádio é enorme, e precisamos pensar que o INTER é um “produto” sentimental, precisa estar próximo e apegado a sua torcida. Uma vez ao mês poderia haver o jogo do ingresso popular, possibilitando que todos os colorados, sócios ou não, pudessem se divertir assistindo seu time jogar.
Não somos apenas apaixonados torcedores do INTER. Somos clientes. Parece que o romantismo do passado se perdeu com as mudanças milionárias do futebol. São tantos patrocínios, investimentos, contratos, entre outros, que fica impossível um clube trabalhar apenas com a emoção. O clube precisa de dinheiro. Sempre. Mesmo vendendo jogadores e produtos o tempo todo.
E aí está o desafio do INTER: saber tratar com carinho aquele que o ama.
Saudações Coloradas
Simone Kuiava
Concordo contigo, Simone. A torcida realmente tem um papel fundamental na trajetória do time. Não por acaso, é conhecida como o “12º jogador”. E concordo também que nestes dois últimos jogos a torcida colorada presente ao Beira-Rio foi sensacional. Por isso mesmo, não consigo entender aqueles colorados que, levados pela pilha da imprensa, especialmente os veículos da RBS, só tem pedras para atirar no time, inclusive quando este vence e mesmo quando a vitória é sofrida, bela e emocionante, como foram, na minha modesta opinião, as duas últimas vitórias contra Goiás e Atlético Mineiro. Por favor, não me entenda(m) mal: não estou falando de uma torcida de avestruzes que enterram a cabeça no chão diante dos problemas. Eu, inclusive, estou sempre criticando e reclamando da diretoria do clube no blog do Inter e em outras redes sociais. Mas é preciso desvincular as pessoas que comandam o Inter atualmente da instituição centenária Sport Club Internacional. Uma coisa são as pessoas que estão no clube. Outra coisa é o clube. A mim parece que alguns torcedores não conseguem fazer esta diferenciação e acabam destinando ao clube o azedume que deveria ser destinado exclusivamente às pessoas envolvidas com o futebol. Já li neste blog, por exemplo, o lamento de uma torcedora, em outro post, porque contra o Goiás o gol da vitória foi marcado por um zagueiro, um jogador “improvável”. Ora, jogador improvável é o jogador que não está em campo, ou não está no banco de reservas colorado! Vestiu o manto e entrou em campo, tá valendo gol até de goleiro. Aliás, no São Paulo, um dos maiores times do mundo (assim como o Inter), quantas vitórias mesmo o Rogério Ceni deu ao time fazendo gols? Parece estar havendo uma perda de identidade e de personalidade de uma parcela da torcida colorada, que confunde, ou não vê, que criticar por criticar, até mesmo pelo fato de nossa vitória ter sido construída por um zagueiro, não agrega nenhuma força ao time. Não são capazes de enxergar que cometem um erro ao se colocarem contra o time em momentos de dificuldade e que o correto seria exatamente o contrário, ou seja, apoiar o time nos momentos de dificuldade, não apenas no estádio, na hora do jogo, mas também depois dele, demonstrando satisfação e esperança de uma próxima vitória sem se deixar contagiar pela opinião parcial dos “invictos”, mesmo que hajam rumos a serem corrigidos, pessoas da direção que tenham que sair do clube, jogadores que devem ir embora, outros que precisam jogar mais, etc. Parece que se deixaram envenenar pelos torcedores gremistas travestidos de jornalistas e “formadores de opiniões” que existem aos montes na crônica esportiva gaúcha, sempre descendo o pau no Inter e desrespeitando a torcida colorada. Alguns torcedores que costumam escrever em blogs, inclusive, escrevem um post inteiro descendo o cacete no time e, na última frase escrevem: “VAMOS LÁ INTER! VAMOS CLASSIFICAR PRA LIBERTADORES!”. Seria engraçado se não fosse preocupante pela falta de personalidade que isso encerra, sem pretender, obviamente, censurar ou tolher o natural direito de todos expressarem a sua opinião. Só acho que há causas e momentos melhores para expressá-la. Vale lembrar que o nosso hino tem uma passagem que diz: “…correm os anos, surge o amanhã…”. Além do hino, um dos cânticos mais populares da nossa torcida diz: “…não importa o que digam, sempre estarei contigo…”. Portanto, não nos esqueçamos destas palavras e que nós, a torcida colorada, tenhamos os olhos sempre voltados para o amanhã; estejamos sempre com o Inter e não nos deixemos influenciar pelo que os anti-colorados dizem
e fazem. Nosso maior protesto pelas coisas erradas poderá e deverá ser feito dia 13/12 próximo, no pátio do Beira-Rio. Até lá, apoiemos o time incondicionalmente, como é próprio da nossa paixão colorada. Esta é a minha opinião.
Alô você Simone!
Esse chavão “Agora é a hora do torcedor” está manjado e cansativo. Sempre é hora do torcedor, o dirigente precisa ter isso como um Mantra.
Coloradamente,
Melo