Pós jogo Inter x Atlético/MG

Quando passamos um sufoco fenomenal contra Goiás (sendo salvo por uma bicicleta de um jogador improvável) e vencer os reservas do Atlético/MG na bacia das almas é sinal que nada vai bem. Novas vitórias ao acaso nos colocam novamente na briga. É um final de ano melancólico. Este Inter de fim de temporada só vence com muito sofrimento.

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Uma simples questão de ironia

Apesar do fraco futebol, alcançamos 63 pontos e 19 vitórias, e com chances cada vez mais vivas de jogar a Copa Libertadores da América. No próximo sábado, no Beira Rio, o Inter recebe o Palmeiras, uma presa fácil. Como se comportará o time de Abel? Diante de um time arisco, mas reserva, o Inter demorou a entrar no jogo. Os primeiros minutos foram de bons avanços dos mineiros e de apreensão na torcida. O Atlético trocava passes e avançar com naturalidade e sem pressão e a torcida se enervava.

Com dificuldades, o Inter achou um gol aos 20 minutos. Alex encontrou Jorge Henrique na ponta da área, que cruzou para Rafael Moura entrar em velocidade e fazer o 1 a 0. Três minutos depois, porém, Fabrício voltava a seus altos e baixos. Cometeu um pênalti bobo ao agarrar Eduardo na área. O Atlético-MG bateu e empatou a partida e o Inter voltava a se atrapalhar em campo.

O gol mineiro deixou o Inter ansioso e precipitado. D’Alessandro, que deveria acalmar a equipe e voltar a comandar as ações ofensivas, resolveu bater boca com os adversários e com o árbitro. Conseguiu levar um cartão amarelo. O Inter foi para o intervalo jogando cada vez menos.

No segundo tempo, os mineiros passaram jogar ainda mais soltos e mais à vontade no Beira-Rio. O Inter se esforçava para chegar à área de Victor. Aos 13 minutos, Rafael Moura, que ficou cara a cara com o goleiro e bateu fraco, para fácil defesa. Seguia a senda de gols perdidos de um centroavante que não cativa a torcida. Aos 19, Willians cruzou na área e o centroavante cabeceou a gol, mas viu Victor realizar uma grande defesa, no ângulo. O desespero começava a tomar conta das arquibancadas.

Abel Braga colocou Valdívia no lugar de Gilberto e Taiberson na vaga de Jorge Henrique. O Inter passou a ter maior volume de jogo, mas mesmo passando a dominar as ações ofensivas, a situação do jogo não mudava. O Inter atacava mas sem conseguir chances claras de gol.  Aos 48 minutos, Valdívia trombou com Donato, a bola sobrou para Fabrício, que chutou forte e rasteiro. A bola ainda bateu no poste direito de Victor e foi parar no fundo das redes. Gol que garantiu os três pontos e o retorno para o G-4.  Uma vitória que dá ao Inter grande chance de disputar a Libertadores. Ao final, os 38.000 torcedores se estenderam na comemoração de um sofrido 2 a 1 e demoraram a deixar o estádio.

36ª Rodada

Inter: Alisson; Gilberto (Valdívia), Ernando, Alan Costa e Fabrício; Willians, Charles Aránguiz, Jorge Henrique (Taiberson), Alex (Wellington Paulista) e D’Alessandro; Rafael Moura. Técnico: Abel Braga.

Simone Bonfante – Criciúma/SANTA CATARINA
Inter: no campeonato das paixões és líder invicto e isolado!

 

9 thoughts on “Pós jogo Inter x Atlético/MG

  1. Simone, a desilusão não deve ser o termômetro dos jovens colorados. O imediatismo geralmente não soluciona, apenas ameniza… o Luciano tem razão: Paulão foi genial e bailarino! Poderá futuramente não ter outra oportunidade semelhante; mas queiramos ou não, é o segundo gol que eu lembre dele ter se registrado na nossa História. Não será merecedor hoje de um Monumento, mas merece em algum trecho próximo ao Colosso da Beira Rio e o Shopping destinado a circulação de bicicletas uma placa com o nome Ciclovia Paulão! Abraço.

  2. Concordo com a SIMONE, quando admite que a vitória valeu mais que o futebol. A vinda da Libertadores será mui comemorada por todos nós – não pelo futebol, mas pela visibilidade e rentabilidade. Temo apenas por um vexame.
    Abel traz consigo um ícone nostálgico que engana a muitos. Não aprecio sua forma atual de trabalho e sua permanência será um equívoco mesmo com uma vaga à Libertadores.
    Não sei qual o futuro colorado diante as perspectivas atuais de presidência/diretoria. Mas, ao se consagrar a vaga, teremos um pouco de dinheiro para gastar com jogadores inúteis.

  3. Divirjo respeitosamente de ti, Simone. Não acho que uma vitória com gol de um jogador “improvável” seja motivo de desilusão e tampouco acho que o Palmeiras seja uma presa fácil. Em primeiro plano, não nos esqueçamos que estamos a tratar da primeira divisão do futebol brasileiro. Portanto, quem aqui está não é bobo, por pior que seja a fase que se encontre. Isso não significa que o time do Inter não precise melhorar! Precisa melhorar, mas se ficarmos lamentando as vitórias que ocorreram com gols de jogadores “improváveis”, então obrigatoriamente tu terias que lamentar a vitória contra o Barcelona em 2006, cujo gol foi feito por um jogador execrado pela torcida que, depois, foi obrigada a estender faixas pedindo “PERDÃO GABIRU!”
    Vitória é vitória! Que arrogância é esta de achar que uma vitória com um golaço de bicicleta do nosso zagueiro Paulão, só porque construída por um zagueiro, é uma vitória menor? Não dá pra entender…E os gols que o Índio marcou ao longo de sua trajetória no Inter, desmereceram as vitórias que o Inter alcançou com eles, inclusive em Gre-Nal?
    Nada de desmerecer nossas vitórias! Se isso se tornar corriqueiro na torcida colorada, significará apenas uma coisa: A RBS VENCEU! Como torcedores colorados, tenhamos orgulho e personalidade suficiente para dar valor, e muito, às vitórias conquistadas com gols de jogadores “improváveis” ou não, e humildade suficiente para encarar nossos adversários, quem quer que seja, com respeito e seriedade. O Palmeiras é time grande, brioso e pode complicar muito a nossa vida se vier aqui fechadinho e jogar no contragolpe, tipo de jogo que o Inter tem tido muitas dificuldades de enfrentar nesta temporada.
    Torcedor que não quer ficar nervoso durante o jogo, que vá fazer outra coisa, menos torcer pelo Inter. Acho que a crítica pela crítica não constrói nada. A crítica dos torcedores colorados tem que ser construtiva. Deixa a crítica destrutiva para a RBS, Simone.

  4. A possibilidade está viva. Primeiro, se classificar. Depois, reformular parte da equipe. Tarefa para o novo Presidente e nova Comissão Técnica. SC

    1. Desculpa, mas o quê esta tua exclamação tem a ver com o INTER? Por favor, analise suas colocações neste blog. E, mais atenção ao moderador.

  5. Bom dia, Simone. Que jogo, que espetáculo. Onze jovens descompromissados, contra outros onze em perseguição implacável a um único objetivo: a vitória. Uma disputa desleal, incomparável de obrigação. A Direção olhou para a Bilheteria e fez a sua parte, baixando os preços dos ingressos; a torcida, atenta e acreditando, fez a sua parte, 38.000 invadiu o Colosso da Beira Rio e lá permanecendo mesmo após o último silvo; Abel fez a sua parte, colocando em campo até mesmo pedidos da torcida; e nossos atletas, na pessoa de Fabricio, também fizeram a sua parte. Ah, se foi sofrido, mas não há glória sem luta. E desta vez o esforço e dedicação foram coroados com esta magnífica vitória. Ou seja, estamos na luta direta pela vaga, dependemos tão somente de nós mesmos, e independente de outros tantos perdidos, três pontos mais nos garantirão a tão aspirada colocação no G-4. Não ostentaremos nenhum título, mas estamos plantando um futuro melhor. Porque aspiramos dias melhores, queremos dias melhores, e teremos dias melhores. O nosso Inter é muito grande. Grande o suficiente para sarar suas feridas com o suor de seu esforço. Acena uma nova Direção. Caberá a essa nova Direção o compromisso de impedir a diminuição do prestigio até hoje alcançado. Deverá assumir conscientemente da sede que precisamos saciar, e nada melhor que planejar a conquista da Libertadores com o carinho e atenção que esta mulher merece! Saudações.

  6. O futebol é mesmo esquisito. Como um time com várias deficiências e erros como o Inter está lá no topo? Os outros são piores e erram tanto quanto? Só pode….

  7. Alo você Symoní!
    Que grande resultado!
    Eu em uma cerimonia fe casamento aqui em Natal e de repente me falta bateria no Cel. Foi duríssimo. Conseguimos um segundo cel e mais uma vez a bateria se foi
    Aí já eram 44 do segundo tempo. Da pra imaginar o sufoco? Entendia que o jogo houvesse terminado 1 x1. Quando conseguimos o terceiro e soubemos da vitoria aos 93min foi im delírio
    Da pra imaginar? Tem que festejar muito. INTER ESTAREMOS CONTIGO…
    Colorada mente,
    Melo

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