VOLTA OLÍMPICA NO CAMPO ADVERSÁRIO – PARTE 2

Na Parte 1 havíamos realizado uma pesquisa tira-teima, a pedido da colega Adriana, a fim de verificar quem obteve maior número de vezes a conquista do título com festa e volta olímpica na casa do adversário, envolvendo, especificamente, os Estádios Beira-Rio e Olímpico. Conforme visto na oportunidade, vencemos de goleada: 10 x 3. Patenteamos o Olímpico como “NOSSO SALÃO DE FESTAS”.

Um amigo de décadas, Leonardo, que torce para o time rival, viu o levantamento e não se conformou, lançando o desafio para que eu fizesse o mesmo comparativo, desta feita entre os estádios EUCALÍPTOS e OLÍMPICO. Afirmava o desafiante: “- Agora eu quero ver quem realmente deu mais voltas olímpicas no campo adversário”. Seu otimismo estava calcado na vigência simultânea das duas praças esportivas, no período de 1954 a 1968, quando ocorreu a fase áurea deles, naqueles 12 títulos regionais conquistados em 13 disputados. É claro que nessa época, enquanto perdíamos construíamos o Gigante da Beira-Rio, que deu um novo e fantástico direcionamento de vitórias  para o INTER.

Confesso, embora a contragosto, que aceitei o desafio sem apresentar  otimismo, porquanto previa que eles seriam vencedores no confronto.

E para agradável surpresa, nem naquela fase áurea deles conseguiram fazer dos Eucaliptos um palco de conquistas.

Neste particular, cumpre esclarecer que, durante os 15 (quinze) anos de vigência simultânea dos dois estádios, as disputas limitavam-se no âmbito regional. Em que pese também haver a competição da Taça Brasil na época, não era possível o enfrentamento da dupla, tendo em vista que só o campeão estadual participava da competição. Somente nos anos de 1967 e 1968, a dupla começou a participar do Torneio Roberto Gomes Pedrosa, com times de outros estados (Rio, São Paulo, Minas, Bahia e Paraná), que depois deu origem ao Campeonato Brasileiro, com outros estados participantes.

Ainda a esclarecer que, até o ano de 1960, só era possível haver o confronto e decisão de título, no Campeonato Metropolitano ou Citadino (nunca Estadual), porque o vencedor do mesmo iria posterioremente disputar o título com o campeão do interior, para determinar o campeão gaúcho. E foi somente a partir de 1961, com o a extinção do Campeonato Metropolitano, que passou a existir unicamente o Campeonato Gaúcho.

Como poderá ser visto no demonstrativo abaixo, os resultados alcançados não foram nada animadores para eles, diante das expectativas geradas pelo amigo torcedor do rival. Afinal, foram 12 títulos regionais, mais a Taça da Legalidade, em 15 anos. O fato poderá ser explicado pela coincidência da grande maioria das vezes ter sido a conquista tricolor se concretizado na própria casa ou com equipes do interior. Portanto, quase nunca no estádio colorado.

Os fatos poderão ser visualizados no demonstrativo apresentado a seguir:

Historia_Heleno

Portanto, mesmo em nossa fase de vacas magras, naqueles 15 anos de vigência concomitante entre EUCALÍPTOS e OLÍMPICO, somente conseguiram dar uma voltinha em nosso antigo estádio e nós ainda conseguimos fazê-la duas vezes no Olímpico. O mais importante é que o Olímpico ficou consagrado como o nosso “Salão de Festas” na era Beira-Rio, conforme visto na parte 1.

 

Saudações Coloradas

        Heleno Costi  

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