Eu queria poder dizer que o conheci. Queria poder mostrar a todos a foto que tirei ao lado dele. Queria poder dizer que ele foi simpático e atencioso comigo. Queria poder dizer que conheci o grande capitão do mundo. Mas os rumos da vida não permitiram. Levo no peito a sensação eterna de um sonho que morreu assim que Fernandão nos deixou.
Essa estátua representa mais do que só o momento mais marcante da história do Internacional. Ela exala paixão e muita devoção. Representa o espírito e a força de um clube, de uma torcida e de um jogador. Ela conta história, desperta emoção e me faz refletir naquilo que sou, ou melhor, escolhi ser.
Torcer para o Inter é uma sina que me foi dada há alguns anos e, depois de passar por tantos momentos inexplicáveis, me apego a esse como um que não terá fim. Algo me diz que as arquibancadas do Beira-Rio choram, como o meu coração. Essa estátua só reforça que a dor de perdê-lo não encontrou medidas certas e parece sempre aumentar, principalmente por ter existido um sonho por trás daquela pessoa que tanto fez por algo que amo.
Já se passaram meses e permaneço sem palavras que possam de fato descrever o que sinto pelo que aconteceu. É como se a garganta se fechasse ao tentar pronunciar algo, como se tudo que eu pudesse dizer nunca estivesse à altura da pessoa e jogador que ele foi. Sinto que a cada tentativa eu fracasso ainda mais.
Mas, em simples palavras, tento explicar que machuca. Estou, nesse constante momento, emocionada, pelo que a torcida do Inter é capaz de fazer para homenageá-lo e pelo que o clube fez para representar a grandeza de Fernandão.
A estátua é bela como um entusiasmado grito de gol. Exala amor, como a camisa do Inter. Ela poderei conhecer e será o mais próximo que chegarei dele. Eternizá-lo em nossa casa, o Gigante da Beira-Rio, é deixar uma mensagem nobre a todos que por ali passar – “O Inter não é apenas um clube de futebol, o Inter é um grande e inexplicável sentimento”.
Alô você Jéssica!
Uma pena e uma inspiração conjunto e harmonia perfeitos. Nas tuas palavras é possível perceber algo que acompanha só os sensíveis. em nós do BAC ficou a frustração de não tê-lo homenageado como fazemos a tantos ídolos. Quando o procuramos estava magoado com o Inter e nos disse: “agora não mais na frente terei imenso prazer em estar com voces, mais na frente tá? Deixa eu assimilar isso tudo depois a gente faz1” O Destino não quiz. Mas com certeza recebeu mesmo que materialmente não esteja aqui uma homenagem que o eternizou e que foi fruto da expontâniedade do torcedor colorado. Parabéns Jéssica
Coloradamente,
Melo