Por que o Brasil não gosta do Brasil e por que nos falta um mínimo de autoestima? É a pergunta que me faço, sem lhe achar a resposta. Dirão vocês que exagero e que não é tanto assim, que diabo. Responderei que é tanto assim ou pior. Vocês se lembram da Passeata dos milhões, a famosíssima Passeata dos milhões? Quem quiser entender as nossas elites e o seu fracasso encontrará nos milhões um dado essencial. Não havia, ali, um único e escasso preto. E nem operário, nem favelado, e nem torcedor do colorado, e nem barnabé, e nem pé-rapado, nem cabeça de bagre. Eram os filhos da grande burguesia, os pais da grande burguesia, as mães da grande burguesia. Portanto, as elites. As elites passavam gritando: — Fora Dilma! Fora Dilma! ao Brasil, os milhões faziam um silêncio ensurdecedor. Tanto vociferaram o nome presidenta que minha vontade foi replicar-lhes: — hipocrisia! Hipocrisia!”Verificam-se momentos de revolta, protestos pelo país inteiro e esquecem que quem colocou esses políticos no pedestal fomos nos mesmos e ai onde fica o direito de ir e vir estabelecidos pela constituição, lá diz que o meu direito termina quando começa o dever do outro e vice versa. Como protestar por educação quando a população joga seu próprio lixo na rua, não esquecemos que o impeachemant do Collor saiu por que foi feito por denuncia no STF; encaminhado nas câmaras Senado e Deputados; não foi por um bando de caras pintadas que resolveu ir as ruas. Precisamos ser mais informados, ter o entendimento, ao invés de copiar tudo que vem de fora. É preciso entender que se há o político corrupto foi porque votamos neles, vejamos exemplos do Collor; ACM e outros tantos que a população colocou no poder, nenhum deles foram eleitos por conta própria. As ruas da minha cidade esta repleta de lixos, entulhos da própria população; e não adianta culpar a prefeitura porque mesmo com a demora do recolhimento quando ela o faz; o lixo volta assim que se vira as costas. As mesmas pessoas que protestam são as mesmas que deveriam cuidar e dar o exemplo. O maior protesto esta nas urnas e não nas ruas. Os reis dos manifestos de hoje serão os políticos do amanhã.Simplesmente, o Brasil não existe para as nossas elites. Foi essa a única verdade que trouxe, em seu ventre, a Passeata. Estou apresentando um exemplo e poderia citar muitos outros. Vamos ficar por aqui. Há um momento, todavia, em que todos se lembram do Brasil, em que cento e noventa milhões de brasileiros descobrem o Brasil.
Aí está o milagre do escrete. Fora as esquerdas, que acham o futebol o ópio do povo, fora as esquerdas, dizia eu, todos os outros se juntam em torno do escrete colorado. É, então, um pretexto, uma razão de autoestima. E cada vitória compensa o povo de velhas frustrações, jamais cicatrizadas. Não sei se contei o caso de certo amigo meu. É o que se chama um boas-vindas. Sua mesa tem vinhos raros e translúcidos. Um dia, ocorreu-lhe um capricho voluptuoso, e tomou um banho de leite de cabra.
Perguntei-lhe: — “Que tal?” e me Respondeu: — “Assim, assim.” Duas vezes por ano, dá uma volta pela Europa. Pois bem. É esse amigo que me confessa: — “Só me sinto colorado quando o escrete ganha.” Fora disso, passa anos sem se lembrar do vermelho e branco, ao qual lhe reporta o carnaval.
Domingo ele bateu o telefone para mim. No seu desvario, berrava:
— “Ganhamos, ganhamos que venham os azuizinhos, vamos passar o rolo !”E Chorava: — “Como é bom ser colorado!” E, durante todo o campeonato resmungava Aguirre não e treinador, será ele um colorado de esporas e penacho. Mais tarde, eu o vi, patético, enrolado na bandeira .
O meu assunto de hoje é, justamente, o escrete que está maravilhando o mundo. Mesmo que a cronica esportiva diga ao contrario, pois estamos acostumado com a mesmice de sempre. Ora como pode um uruguaio nos mostrar o contrario? Pois bem Diego o fez; e de forma lucida, sem se exaltar uma vírgula que seja. Sempre atencioso, educado e principalmente paciente – talvez esta a sua maior virtude. Tem sua história, tem a sua lenda. Antes de mais nada, não pensem que se improvisa um escrete da noite para o dia. Não. mas no entanto alguns ainda resmungam não acreditando que ele aos poucos formatou não só uma equipe mas sim duas. É claro que ele não é e nem será a ultima maravilha do mundo, porem calou a a boca de muitos. Agora iremos para dois grandes clássicos. Tudo gira em torno dos gre-nais, sem esquecer da Libertadores que chega as fases decisivas, esta a um empate da classificação para as oitavas. O que dizer da grande vitória no Chile; nem o mais otimista arriscaria aquele placar; o Saci fez historia. E agora o que diz os entendidos, nada verdadeiramente nada. O fato e só um o Aguirre fez o que ninguém vinha conseguindo deu vida. É todo um secreto, um misterioso, um profundo trabalho de gerações .Vou concluir: — o “entendido” só não se torna abominável porque o ridículo o salva.
Saudações Adriano Garcia Presidente da Regional
6 thoughts on “AGUIRRE MOSTRA A SUA CARA, JÁ ENTENDIDO SE ESCONDE!!”
Amigos não estou aqui p levantar polemicas politicas me perdoem se isto foi interpretado equivocadamente, usei somente uma metáfora politica para contextualizar um momento do nosso futebol e tecnico execrado por muitos, sei que ainda falta muito para sermos os maiorais, falta una competição como o brasileiro para tirarmos algumas conclusões, mas que bom que o texto fez refletirmos em algumas coisas respeito todas as opiniões mesmo as contrarias da minha,…
Alô você Adriano!
Discordância
Mesmo entendendo ou procurando entender a a analogia proposta manifesto que não sou branco, não sou da elite e estava lá lavrando meu protesto contra aquilo que entendo, exercendo minha cidadânia, estar errado em meu país.
Entendo não ser esse o espaço adequado para essas questões serem abordadas, pois dão margens a interpretações e manifestações diferentes de o nosso alvo.
Concordância
A exemplar conduta do D.Aguirre, mesmo quando alvo de posicionamentos ásperos, diante apenas de suas convicções de futebol, incomuns em nosso meio. Na repetição dos resultados a confirmação de seu acerto , e isso só o tempo dirá. Cabe a nós levantarmos nossas vozes contra a crueldade que microfones e impressos seguidamente praticam.
Coloradamente,
Melo
Evandro não falei de politica e sim de futebol, pena que entendste o contrario, se acompanhas os meus textos vira que uso algumas metáforas para cntextuar os fatos do futebol, respeito todas as opiniões, mas precisa de um arquétipo polemico para simbolizar aquilo que Aguirre passou, pois tantas vezes fora de metido pelos meus colegas de imprensa. Estamos acostumado com o obivio e quando algo de diferente surge repudiamos de cara, no entanto agradece pela paciência e atenção que deste ai texto e continues nos acompanhado um abraço amigável e colorado.
Adriano Garcia
Olá Luciano. Li teu texto por duas vezes. A segunda com mais atenção e sem controlar, fazendo aquilo que meu professor de português condenava, que é voltar ao paragrafo anterior e ler novamente. E fiz assim porque queria refletir sobre ele. Quanto a passeata dos milhões (milhares), o que mais me assusta não é o que se grita, ou o que se pensa saber.Mas o que não se sabe. Talvez se soubéssemos de tudo seriamos 100 por cento de brasileiros lá, ou ainda bem menos, não sei.Sei que não confio em informação nenhuma, muito menos das redes sociais,.Não confio em revistas e nem em televisão ou jornal.Ouço rádio pra saber do que duvidar. Sei do que estou falando porque por aí já estive, trabalhando.Não quero aqui falar mal dos colegas.Mas com certeza questionar um sistema. Quando a gente puder dizer, publicar, mostrar que sonegar é tão crime quanto os demais de corrupção, então vou achar que algo começa a fazer sentido. Uma coisa não diminui a outra, mas também não exclui.E estas últimas frases é o que podemos comparar ao Inter de Diego Aguirre. Também não consigo confiar no esquema dele totalmente. Precisamos de adversários e situações mais difíceis para termos certeza. Só que desta vez espero que não venham tão cedo e nossos milhões (milhares) de torcedores possam gritar, completamente manipulados por algum resultado, ´somos os melhores, somos os campeões! Abraço!
Oi Adriano, este não é lugar para falarmos de política, mas desculpe, não posso deixar passar que não concordo com você. A passeata não se deu por Elite, eu estava lá e foi na sua abissal maioria, classe média esmagada. E quem elegou o Collor, o ACM e outros, foi o Nordeste e não nós.
VIVA O INTER.
Beleza, Garcia. Teu comentário está incompleto porque abordastes apenas dois temas polêmicos, olvidando ou desprezando outros dois: mulher e religião. Mas, Fostes soberbo na análise de nosso Comandante, muito preciso em relação aos críticos de plantão que muitas vezes o demitiram sem mesmo ainda ter pisado meia dúzia de gramados. Vamos de Diego até o fim, contra esses sargentos Garcia, que a cada rodada tentam prender o Zorro. Abraço.
Amigos não estou aqui p levantar polemicas politicas me perdoem se isto foi interpretado equivocadamente, usei somente uma metáfora politica para contextualizar um momento do nosso futebol e tecnico execrado por muitos, sei que ainda falta muito para sermos os maiorais, falta una competição como o brasileiro para tirarmos algumas conclusões, mas que bom que o texto fez refletirmos em algumas coisas respeito todas as opiniões mesmo as contrarias da minha,…
Alô você Adriano!
Discordância
Mesmo entendendo ou procurando entender a a analogia proposta manifesto que não sou branco, não sou da elite e estava lá lavrando meu protesto contra aquilo que entendo, exercendo minha cidadânia, estar errado em meu país.
Entendo não ser esse o espaço adequado para essas questões serem abordadas, pois dão margens a interpretações e manifestações diferentes de o nosso alvo.
Concordância
A exemplar conduta do D.Aguirre, mesmo quando alvo de posicionamentos ásperos, diante apenas de suas convicções de futebol, incomuns em nosso meio. Na repetição dos resultados a confirmação de seu acerto , e isso só o tempo dirá. Cabe a nós levantarmos nossas vozes contra a crueldade que microfones e impressos seguidamente praticam.
Coloradamente,
Melo
Evandro não falei de politica e sim de futebol, pena que entendste o contrario, se acompanhas os meus textos vira que uso algumas metáforas para cntextuar os fatos do futebol, respeito todas as opiniões, mas precisa de um arquétipo polemico para simbolizar aquilo que Aguirre passou, pois tantas vezes fora de metido pelos meus colegas de imprensa. Estamos acostumado com o obivio e quando algo de diferente surge repudiamos de cara, no entanto agradece pela paciência e atenção que deste ai texto e continues nos acompanhado um abraço amigável e colorado.
Adriano Garcia
Olá Luciano. Li teu texto por duas vezes. A segunda com mais atenção e sem controlar, fazendo aquilo que meu professor de português condenava, que é voltar ao paragrafo anterior e ler novamente. E fiz assim porque queria refletir sobre ele. Quanto a passeata dos milhões (milhares), o que mais me assusta não é o que se grita, ou o que se pensa saber.Mas o que não se sabe. Talvez se soubéssemos de tudo seriamos 100 por cento de brasileiros lá, ou ainda bem menos, não sei.Sei que não confio em informação nenhuma, muito menos das redes sociais,.Não confio em revistas e nem em televisão ou jornal.Ouço rádio pra saber do que duvidar. Sei do que estou falando porque por aí já estive, trabalhando.Não quero aqui falar mal dos colegas.Mas com certeza questionar um sistema. Quando a gente puder dizer, publicar, mostrar que sonegar é tão crime quanto os demais de corrupção, então vou achar que algo começa a fazer sentido. Uma coisa não diminui a outra, mas também não exclui.E estas últimas frases é o que podemos comparar ao Inter de Diego Aguirre. Também não consigo confiar no esquema dele totalmente. Precisamos de adversários e situações mais difíceis para termos certeza. Só que desta vez espero que não venham tão cedo e nossos milhões (milhares) de torcedores possam gritar, completamente manipulados por algum resultado, ´somos os melhores, somos os campeões! Abraço!
Oi Adriano, este não é lugar para falarmos de política, mas desculpe, não posso deixar passar que não concordo com você. A passeata não se deu por Elite, eu estava lá e foi na sua abissal maioria, classe média esmagada. E quem elegou o Collor, o ACM e outros, foi o Nordeste e não nós.
VIVA O INTER.
Beleza, Garcia. Teu comentário está incompleto porque abordastes apenas dois temas polêmicos, olvidando ou desprezando outros dois: mulher e religião. Mas, Fostes soberbo na análise de nosso Comandante, muito preciso em relação aos críticos de plantão que muitas vezes o demitiram sem mesmo ainda ter pisado meia dúzia de gramados. Vamos de Diego até o fim, contra esses sargentos Garcia, que a cada rodada tentam prender o Zorro. Abraço.