Ansiedade
Eu duvido que qualquer colorado não esteja ansioso e com os nervos a flor da pele. A final, estamos a menos de 30 horas da primeira partida da semifinal da Libertadores 2015.
O Colorado é o único representante Brasileiro ainda vivo na competição.
Por mais que nos últimos anos já estejamos acostumados a este tipo de competição, sempre bate um friozinho na barriga. É como se fosse a primeira vez, tamanha a importância da competição e a exposição dos finalistas no mundo do futebol.
A final é a competição mais importante das Américas!
Negócios
Esta competição, quer queira ou não queira, proporciona no meio do ano um “refresco” aos cofres dos clubes finalistas, não apenas pelo prêmio pago, mas pelo que proporciona em transações como compra e venda de atletas e projeção da imagem do clube, se mostrando como uma oportunidade para novos produtos e reforço as campanhas já lançadas durante o primeiro semestre.
O Especialista
O Internacional, nos últimos anos, se tornou especialista nesse tipo de competição e joga com o “Manual da Libertadores” embaixo do braço.
É claro que algumas coisas não saíram como o planejado: ninguém contava com tantas lesões de atletas, e com a suspensão do Técnico Diego Aguirre.
Todos nós sabemos que será uma das mais duras batalhas que já enfrentamos nos últimos anos. Mas tenho certeza, se quisermos ser campões novamente, o resultado terá que ser construído na próxima quarta-feira.
Ao meu ver, o Internacional passando pelo Tigres amanhã, com qualquer resultado que seja, torna-se campeão da Libertadores.
Não quero menosprezar nenhum dos outros semifinalistas, mas pelo que foi apresentado de futebol pelos quatros times até o momento, Internacional e Tigres deveriam ser os dois grandes finalistas deste ano desta competição.
Quando o arbitro der o início a partida, amanhã às 22:00, será uma outra competição e sem dúvida será um outro Internacional que veremos atuando, aquele que batalhou muito e chegou até a esta semifinal com muito mérito e com um futebol digno do tamanho e grandeza deste clube.
O Torcedor
Amanhã, todo e qualquer torcedor do Internacional, tem um único compromisso a partir das 22:00 horário de Brasília.
Esteja o torcedor onde estiver; se estiver em Porto Alegre e já confirmou presença, a obrigação é de estar no Estádio Beira Rio. Fora disto, resta a todos emitir vibrações positivas para Porto Alegre, Estádio Beira-Rio, indo para qualquer bar ou ponto de encontro de colorados, consulados e etc… Assistir o jogo, vibrar, torcer e comemorar, não tem desculpa!
É nossa obrigação: se o Colorado está onde está hoje é por que nós torcedores, sempre acreditamos no clube.
Por último, quero compartilhar com todo o Torcedor colorado, uma mensagem que recebi muito me emocionou e desconheço o autor.
TE ESPERO NA QUARTA
Tenho 46 anos. Aliás, bem vividos. Já passei por muitas emoções, frustrações, conquistas.
Nasci onde ninguém esperava,mas fui muito desejado. Muito!
Sou um colorado de alma. Minha vida é este clube. Vivo por ele.
Vi surgir um menino franzino de cabelos loiros encaracolados que desfilava futebol.
Uma geração sensacional. Um zagueiro chileno que dava imposição àquele time tão técnico.
Um goleiro de dedos tortos, quebrados. Fui tricampeão brasileiro.
Comemorei in loco todas essas conquistas.
Fui companhia daquelas milhares de pessoas que se aglomeravam para ver um Inter combativo, vencedor, muitas vezes a sua única alegria num período tão inconstante do nosso país.
Aquele grito de gol do Claudiomiro, do Dadá, para alguns, era o único rompante de alegria naquela semana.
O tempo foi passando, vi surgir um goleiro sensacional. Infelizmente, pelo período irregular, pouco pode conquistar para o nosso Inter, mas foi um soldado da nação.
O maior goleiro da história da Seleção.
Fui, também, testemunha da história de uma década melancólica, onde Comemorávamos Gauchão, um mísero Gre-Nal, uma classificação nas Oitavas da Copa do Brasil.
Nunca vou esquecer do olhar do Dunga para o Celso, apontando o dedo para o centro da área.
Aquele cabeçada que nos manteve na Primeira como sempre estivemos.
Aquele povo vermelho sofrido explodindo de alívio. Não, aquilo ali não era alegria. Eu sei muito bem quando pulamos de alegria, quando gritamos de alívio. Ali era alívio.
Era a nossa dignidade que estava em jogo. O único argumento plausível que ainda nos restava. E eu estava lá, pulsando, tremendo, acreditando no Inter. Eu sempre acredito.
Eu ainda posso lembrar da coréia. Das pessoas humildes que ali frequentavam. O sorriso falho, o olhar acuado, a camisa surrada, o coração combalido. Torcedores que hoje devem ter orgulho do que nos tornamos. De terem contribuído por estar ali acreditando quando ninguém mais acreditava. E eu posso dizer isso com toda certeza. Acreditar quando nada mais parece fazer sentido é o que nos difere dos demais.
Mais à frente vi chegar um goiano de passagem claudicante pela França. Nunca havia sido, propriamente, um jogador brilhante. Esteve entre nós por exatos dez anos para mudar as nossas vidas. Para nos fazer acreditar que era possível derrotar, no mesmo ano, o campeão do mundo na Libertadores, e o melhor time do mundo no Mundial.
Vi chegar um baixinho de Quixeramobim que parecia colorado de berço.
Um garoto de Erechim que carregava uma bandeira maior que o seu peso.
Um argentino invocado que parecia desde o River colorado.
Mas é com você que eu quero falar agora. Por que eles vêm, escrevem uma página da história, e se vão. Muitos, eternamente.
E quem fica são vocês. Quem gritava em 1979, em 1992, em 2006, 2010, quem sofria em 1989, em 1999, em 2002 são vocês.
Quem acreditou ser possível um clube se consolidar em meio ao racismo, aceitando os pequenos meninos negros marginalizados pelos clubes e sociedade da época, sempre foram os colorados.
Os torcedores colorados. Quem acreditou que aquele pedaço de rio pudesse virar um estádio não foi nenhum jogador, ídolo, centroavante, goleiro. Foi a torcida,novamente.
E hoje estou aqui para contar isso a vocês. Me sinto novo, reconstruído e precisando de todos, novamente.
Preciso que acreditem, que empurrem, que gritem, que pulem, que joguem, senão por eles, que vão passar, mas por mim, que sempre estive aqui.
Por aqueles que moram longe e não têm condições de me conhecer, por aqueles desempregados que não puderam ter
ingresso, por aqueles sócios que não conseguiram entrada, por aqueles que já não estão mais aqui, mas, essencialmente, por mim, porto seguro, casa de todos, testemunha ocular do teu choro, teu riso, tua conquista, do teu abraço, ao lado, no desconhecido, no teu pai, teu filho.
Hoje quero pedir que acreditem novamente na força que eu sempre tive, por que ela vem de cada um de vocês.
Te espero na quarta. Aqui, de casa, do interior, do Exterior, do teu quarto, do bar, do céu. Mas te espero.
Do sempre majestoso Beira-Rio.
#FechadoComOInter”
Luciano- Consulado -RJ
Vamo, vamo INTER rumo ao TRI da AMÉRICA.
Colorados, todos ao Beira-Rio. RUGIR, RUGIR, RUGIR!
Alô você Luciano!
Sobretudo é dia do torcedor, mas quando não é? É dia de torcer, e quando não é? Entendi a mensagem convocando o POVO COLORADO. SIM, é chegada a hora mas não é as 22 horas de amanhã, é agora, a partir de agora, já, vamos lá pensamentos, vibrações, VAMOS INTER!
COLORADAMENTE,
MELO