Por motivos familiares, convivo com os vizinhos mais próximos do extremo sul, falo dos uruguaios, pois meu saudoso avô materno, Felipe Roldan, é natural de Montevidéu e quis o destino e as coisas do amor que eu me casasse com uma Uruguai, Maria Eva Muñoz Rocha, de Rivera cidade irmã de Sant´Ana do Livramento, onde fiz minha residência de 1981 a 1984. Esses laços fizeram com que eu tivesse sempre um convívio e um interesse especial sobre o futebol do País vizinho, sendo notório que a Libertadores para eles tem quase a mesma importância de uma disputa de copa do Mundo. Peñarol e Nacional, como eles mesmo dizem, deixam tudo em “la cancha, van a morir nos enfrentamientos”, principalmente contra brasileiros e argentinos, trata-se da honra.
Sem contar um time, por um período pertencente a outro planeta chamado Santos, no meu entender as primeiras participações de clubes brasileiros na competição foram até com um algum desleixo, pois me lembro do Internacional tratando Campeonato Gaúcho como prioridade em algum momento.
O então Marcio Braga, presidente do Flamengo, escalando reservas, pois dizia ele que não iria escalar o elenco principal em uma competição que nem o antidoping era realizado, e também as condições de segurança dentro e fora de campo eram precárias. Eram comuns as pancadarias contra equipes visitantes, até ônibus sendo incendiado, com as vistas grossas dos policiamentos e autoridades tanto do País anfitrião, quanto a total omissão da entidade futebolística organizadora do certame.
No entanto, em 1981, o Flamengo que desprezava, ganhou; em 1983, nosso rival gaúcho também; e sucessivamente São Paulo, Palmeiras, Vasco e nós que impacientemente esperamos para surgir um recente Campeão Mundial do Mundo de 2005 para ganharmos nossa primeira em 2006 e logo em 2010 a segunda.
Resumo da ópera, hoje em dia ficar em terceiro na competição é tratado como vexame e até com algum desprezo, principalmente nos pagos e especialmente se for o Internacional, mesmo que tenha ganho a única competição encerrada até o momento, no caso o Regional, e tenha sido o último brasileiro a ser desclassificado da Libertadores.
Para conseguirmos atingir essa obsessão de fazer parte da Taça Libertadores 2016, é que voltamos ao campo nesta quarta-feira, para um enfrentamento muito difícil, pois o Atlético Mineiro está fazendo um Campeonato Brasileiro com muita competência e jogando um futebol dos mais bonito e eficiente praticado neste ano.
Quanto ao Internacional, espero ser um recomeço em vários aspectos, pois no começo do ano depositei muita esperança em três jogadores que entendia que seriam decisivos para fazermos uma grande campanha: Aranguiz, para uma saída de bola qualificada; D’Alessandro, para dar a cadência de jogo e o toque de qualidade; e Nilmar, para as jogadas de ataque em velocidade e uma finalização que só nos teríamos.
Graças a situações bem peculiares do futebol brasileiro, restou apenas o D’Ale, descontado por problemas médico, físico ou ambos. Os outros pela desordem financeira reinante, foram-se em função dos primeiros níqueis, indiferente se muitos ou poucos, mas torna impossível apostar numa equipe que nunca se sabe quem termina o ano na associação que começou.
Do Argel, que reconheço houve uma melhora considerável pelo menos na entrega da equipe, espero que consiga dar um sentido de organização mais equilibrado, pois continuo comparando o time a uma gaita de foles, que não abre e fecha coordenadamente, quando vai atacar diversas vezes chegam somente um ou dois atacantes, quando atacado algumas vezes não estão devidamente posicionados zagueiros e muito menos os volantes que deveriam ser marcadores.
Da preparação física, no meu entender o ponto crítico, sei que o tempo foi curto, mas também espero acréscimo, pois por mais limitada que for uma equipe precisa no mínimo correr em igualdade de condições com seus adversários e nos entrechoques na maioria das vezes permanecer em pé.
Ainda é possível? Creio que sim! Mesmo que bastante difícil, a situação não difere muito do ano anterior, mas certamente mais do que nunca será necessário uma conjugação de esforços muito grande, uma dedicação total dos jogadores em campo, uma parceria incondicional dos torcedores no estádio. Quem tiver sem tolerância o ideal é nem ir, nada abate mais um time que a vaia da própria torcida.
Já que assim está, vamos lutar obsessivamente por uma vaga para participar de mais uma Copa Libertadores.
Um abraço colorado,
Arioldo Roldan Rocha.
Hoje não, hoje não, hoje não…hoje simmmmmm!
Olá Melo, parece que os deuses do Futebol estão enviando um sinal e no Internacional, as pessoas se negam a entender, basta um pouco de lógica e boa vontade, pois após o encerramento da rodada novamente é simmm novamente, a chama se reacendeu. Mas outra vez eu pergunto quem decide a estratégia? Amigo existem estudo que afirmam que 84 % do confronto entre os grandes clubes o mandante acaba vencendo, pois então vamos enfrentar o 2º colocado da competição, que diga-se mais uma vez, é o melhor futebol praticado entre os competidores, e ai alguém dentro do glorioso, decide que o time tem que ficar FECHADINHO, quando eu leio ou escuto esse termo já sei vamos perder com honra, porque não tentar um enfrentamento digno tentando vencer,e não aceitar a derrota sem ao menos tirar a cabeça para for da trincheira. Quem decidiu, foi o Argel? a Comissão Técnica?, Piffero? Seja quem for é mais entre tantas outras decisão Infeliz. Mas como colorado que não se resigna ainda espero que continuem na luta. Na minha casa minha esposa, minhas filhas e até os netos maiorzinho me dão uns minutos de trégua após uma derrota, não é possível que não tenha alguém dentro do clube que diga aos jogadores, meus camaradas ao menos após uma derrota não fiquem confraternizando com o adversário dentro do que deveria ser o campo de batalha, vão trocar de camiseta nos corredores ou vestiários, se alguns cabeças de bagre não sabem, alguns torcedores abominam, se irritam em escancararem que para eles não significa nada perderem ou ganharem, mas cabe quem contrata, quem com dinheiro dos torcedores e sócios pagam polpudos salários para alguns não tem a menor condição de vestir a camisa do colorado. E nosso goleiro uma partida de tamanha importância, não jogar alegando desgaste e oportunizar o maninho cometer um erro grosseiro espalmando a bola para frente sinceramente doi. Quem decide?
Aqui do calorão de Primavera do Leste-MT, preocupado com as tormentas no Sul, Um abraço Melo.
SIM, é possivel, porque não?
Roldan, muito oportunas as tuas colocações, mas como sempre acreditamos “um boi para não entrar na briga, mas uma boiada para não sair”. Nós, Colorados, não deixamos de acreditar nunca, mas essas situações se repetem de maneira assustadora, ano após ano, causando grande desilusão à Massa Colorada. Penso que está na hora de fazer um planejamento estratégico no nosso Internacional e conseguir uma liderança que garanta a execução e as correções de rumo de todas as etapas, a curto, a médio e longo prazo. Não consigo identificar objetivos claros, atingíveis, com maior ou menor esforço, ações com um mínimo de ambição ou de manutenção de um passado de glórias, ao menos enxergar um horizonte aceitável para que os resultados apareçam. Essa estratégia atual do nosso clube, que não tem obtido resultados satisfatórios nos últimos anos, pode ser reanalisada e modificada onde se fizer necessário, com a participação de todos os Colorados bem intencionados que querem a volta do nosso verdadeiro Internacional. Não há intenção em colocar qualquer tipo de julgamento, mas são repetidas situações semelhantes e que não estão dando certo. Você citou três jogadores da “espinha dorsal” que dois já não fazem mais parte do plantel e o outro, indisponível na maioria das vezes, pelos motivos citados e outros. Será que o nosso Internacional virou só “vitrine”? Onde fica os interesses nosso clube? Será tão grande assim o retorno financeiro do clube com um possível “aluguel de espaço”? Onde ficam os sonhos da Massa Colorada?
Olá Paupério, concordamos em quase tudo também espero muito por mudanças de rumo em quase tudo que se refere ao nosso clube, essa parada sinceramente eu achava que não seria possível voltar pior, mas foi terrível, estratégia tolamente infeliz, pois praticamente não jogamos, ficamos recuados assistindo o Atlético atacar. Mas por incrível que pareça, a rodada parece não ter acontecido, com exceção da Ponte e do Sport que aproximaram, os demais também perderam, enfim caso a equipe melhore um pouco ainda é possível salvar os dedos, já que os anéis se foram há bastante tempo. abraço.
Alô Roldan!
Apanhastes muito bem e concordo com tua observação. A desqualificação do plantel na ótica de quem contabilizava Nilmar e Aranguiz como imprescindíveis foi decisiva para o abalo que a equipe sentiu, evidentemente somadas ao momento não muito feliz do “Cabezon”. A possibilidade existe, então vamos pra nossa corrente.
Coloradamente,
Melo
Olá Melo, ainda é possível, concentração total no objetivo, abraço.