Por Antônio Carlos Pauperio
Uma vez encerradas as avaliações efetuadas pelos coordenadores do BAC – Blog Arquibancada Colorada, sobre as atuações no Campeonato Brasileiro de 2015, penso poder colocar algumas avaliações gerais, constatações e reparos.
Começo com avaliações, para mim contribuições, sobre o comando técnico. Gostaria de deixar muito claro que essa postagem não tem intenção de julgar ou atingir alguém, mas sim colocar observações sobre uma visão geral das avaliações e permitir que cada um possa pensar a respeito.
As avaliações tiveram uma colaboração crescente dos coordenadores, a quem o BAC agradece e espera continuar contando sempre com essa participação qualificada. No meu caso, obrigado pela forma que os coordenadores participaram, me oferecendo as melhores condições para fazer o tratamento dos dados. Em 2015 notou-se um cuidado maior na entendimento do desempenho de cada um e isso se refletiu de forma qualificada nas notas.
O resultado final demonstra claramente que o desempenho de nosso Internacional foi mediano, oscilando na média em cinco (5) e com picos para baixo e para cima, conforme resultados mais expressivos.
Tivemos a afirmação da qualidade de dois grandes jogadores Alisson (titular da Seleção Brasileira) e Rodrigo Dourado (se firmando como uma das expressões do time titular), os dois mantendo desempenhos médios de alta qualidade. Logo a seguir, vem Valdívia (jogador da Seleção Brasileira Olímpica), oscilando entre atuações espetaculares e abaixo do seu potencial. Tem tudo para ser um jogador diferenciado no cenário nacional, bastando procurar melhorar sua forma física (apanha muito) e se manter atento em todas as jogadas. William, Paulão (melhorou muito no final), Ernando (bom atuando na lateral, mas melhor ainda na sua posição) e Arthur, bem ou mal, deram conta do recado. No meio de campo a grande deficiência, pois nem Nilton, Wellington não conseguiram dar confiança à torcida. D´Alessandro (craque, mas ausente na maioria dos jogos e com atuações muito abaixo do seu normal) e Alex (útil, mas muito longe do jogador que conhecemos). No ataque, a falta que fez Sasha afastado por lesão, as saídas danosas e estranhas de Nilmar e Aranguiz, demonstrando que esse tipo de negócio deve ser evitado. Uma constatação fácil de perceber foi o crescimento dos desempenhos do Anderson, à medida que recuperou sua melhor condição física e colocado no lugar certo. O mesmo ocorreu com Vitinho que cresceu muito na fase final do campeonato.
já foi e outros, pela lógica, deverão tomar rumo, pois em nenhum momento demonstraram sua utilidade no Internacional, com exceção de Rafael Moura, que queira ou não, teve sua utilidade em determinados momentos. Acredito que o Internacional antes de contratar, sejam avaliados criteriosamente os jogadores emprestados que estão retornando e, caso as necessidades não sejam atendidas, partir imediatamente para contratações qualificadas, principalmente para a zaga, um bom jogador de contenção e reforços no ataque.
Um ponto negativo foi a sequência interminável de lesões musculares e que merece uma análise técnica das áreas médicas e responsáveis pela preparação física.
Um reparo importante. O comando técnico de Argel, questionado por muitos, demonstrou claramente que domina os conceitos básicos e fundamentais do futebol, evidenciando que tem suas formas de jogar e que sabe aproveitar o melhor do potencial de cada jogador. Sinceramente, vejo nele coragem de colocar um jogador experiente como titular e outro também experiente na reserva. Parece não levar em consideração nomes, famas ou pressões. Conhece e domina o vestiário. Podemos discordar de algumas substituições, mas não sabemos se não foram por desgaste físico. A permanência dele em 2016 demonstra que a direção vai continuar apostando em um treinador, acredito com salário inferior aos de medalhões, e que sabe o que fazer com a mescla de jogadores experientes e jovens promissores. Fico com a impressão de ser a continuidade da execução de um planejamento da direção do clube. Argel foi uma grata surpresa. Penso que em 2016 o grande desafio dele é ter à disposição os melhores jogadores, fazer um bom trabalho na fase de preparação e eliminar a lentidão irritável do time.
Para encerrar, um muito obrigado de coração a todos os colaboradores e Colorados que nos encheram de alegria contribuindo com as avaliações, lendo e colocando suas opiniões nas postagens efetuadas. Em especial, um agradecimento à retaguarda qualificada, os “três mosqueteiros”, Melo, Evandro e Marco.