A VIDA COMO ELA É, PARA ESPORTISTAS OU NÃO

 

Antônio Carlos Pauperio

Lendo as notícias que D´Alessandro, no site do Terra de hoje, 17/12/15, e desconheço se os contratos de outros também obedecem isso, e recebem seus salários em moeda estrangeira, não sei se verdadeira ou não, pensei, não vou perder a oportunidade de externar algumas posições para discussão.

D'Ale, segue (Imagem: Yahoo)
D’Ale, segue (Imagem: Yahoo)

Fico na dúvida se um clube ou trabalhador no Brasil pode fazer um contrato em moeda estrangeira, para serviços desempenhados no País. Sinceramente não sei. Não vou me surpreender que possa ser feito em relação a estrangeiros, mas o justo, ao meu modo de ver, esse mesmo raciocínio deveria imperar em relação ao salário mínimo, aposentadorias e contratos de qualquer empresa ou trabalhador brasileiro. Será verdadeiro que nosso Internacional e outros clubes brasileiros trabalhem com contratos em euros, dólares ou outra moeda estrangeira?

Não coloco em dúvida a qualidade dos serviços dos envolvidos. Se verdadeiro, apenas não acredito que seja justo, mas como minha intenção é gerar discussão a respeito, gostaria de colocar que um alto salário, na moeda que for, deve trazer a análise custo x benefício. Tomando de exemplo, o referido atleta, fico pensando, quantas partidas jogou no nosso Internacional em 2015? Qual o retorno que trouxe ao clube? A mesma análise deve ser feita com todos os demais, sem distinção, pois nosso clube não tem como finalidade fim filantropia.

Muitas pessoas confundem a valorização da qualidade e tempo dos serviços prestados, com amarras definitivas. Cada um tem sua validade, seu tempo e sabedoria de aceitar que sua melhor contribuição passou e que é chegada a hora de com dignidade dar passagem.

Não pensem que estou me referindo somente ao atleta citado, pois reconheço muito sua contribuição qualificada para nosso Internacional e para a alegria de nossa torcida. Estou me referindo a todos os profissionais e contratos existentes. O que temos que analisar é se determinados contratos não obrigam nosso clube a vender grandes revelações, como Alisson e outros.

Logo, estaremos em 2016, e penso que é hora de parar, analisar tudo que foi feito, seus resultados e ter coragem de mudar o que deve ser mudado.

Não sei, sempre fui considerado um idealista, muitas vezes até sonhador e otimista demais, mas penso que o único mérito que busco é valorizar a realidade da vida. O tempo passa, aprendemos muito, ficamos mais experientes, a nossa mente fica cada vez mais útil, mas, infelizmente, a vida nos cobra em nosso corpo. Admiro muito os jogadores que admitem isso e dignamente se afastam da prática do esporte, mas não se afastam do esporte, tornando-se treinadores ou dirigentes. Temos vários casos de sucesso como exemplo no Brasil.

Para encerrar, para a definição de qual Internacional queremos, quando e como chegaremos a ele, sem defender se tornar pedra, respeitando quem prestou ou ainda presta serviços ao clube, acredito que essa análise profissional deve ser feita. Em determinados momentos, como profissionais, temos o dever de cumprir com nossas responsabilidades, simpáticas ou não, agradáveis ou não, mas com a coragem e determinação que os momentos exigem.

4 thoughts on “A VIDA COMO ELA É, PARA ESPORTISTAS OU NÃO

  1. “muitas contriubições” do “D’Ale” = ter ganho uma sul-americana nas costas do Nilmar jogando só contra times reservas – exceção à final – e a Libertadores graças ao Giuliano.

    O resto é bobagem e idolatria barata.

    05 (cinco) anos que o carro não anda porque o “motorzinho” do time é esse cidadão, ultrapassado.

    Agora estamos aí. Por conta de ter ficado refém desse meia boca chinelinho, perderemos um bom goleiro.

    Também é verdade que esse goleiro tomou 9 gols em grenal. Já tiveram melhores. Nem Renan e cia foram tão vazados.

    Se fosse tão “colorado’, achava um jeito de permanecer. Todavia, como profissional, está na dele. Tem de ir para onde lhe pagam mais. Mas que não venham com papo de amor. O que importa é dindi, cascalho. No maximo eles tem simpatia pelo clube.

    Que seja bem sucedido na Roma, pois outros goleiros melhores aparecerão.

  2. Alô você Pauperio! Lamentávelmente temos que nos acostumar com a ideia da saída do Alisson. As coisas não são faladas claramente, não entendo o porquê, mas acredito ser a realidade. Quanto ao D’Ale, ouvindo uma entrevista dele fiquei convicto de que ele tem consciência de que já não é um menino, mas entendo estar longe de não ter o que dar ao Inter. ´e aí que entra algo que não enxergamos em nosso Clube, quando o assunto é futebol: PLANEJAMENTO. Até para aproveitar o que ainda tem pra dar, veja o exemplo do São Paulo, manteve Rogério Ceni até quando esse já não tinhas visivelmente condições plenas, mas o utilizou em seu marketing e deu uma gloriosa despedida a ele. Isso Chamamos de ORGANIZAÇÃO, PLANEJAMENTO! Coloradamente, Melo

  3. Alô Paupério, não tenho duvidas que teu questionamento é mais que pertinente, nosso Pais jamais teve uma estabilidade na nossa moeda, chegando até mesmo trocar de nome por varias vezes. Fazer qualquer contrato em dolar, seja com quem for, é um verdadeiro absurdo e o pior que quem comete essas barbaridades nos clubes jamais são chamados a responder por esses desvarios. Abraço.

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