POR ADRIANO GARCIA – EL MAGO
O sonho é uma experiência que possui significados distintos se for ampliado um debate que envolva religião, ciência e cultura. Para a ciência, é uma experiência de imaginação do inconsciente durante nosso período de sono. Para Freud, os sonhos noturnos são gerados, na busca pela realização de um desejo reprimido.Para a psicanálise o sonho é o “espaço para realizar desejos inconscientes reprimidos”. O pesquisador James Allan Hobson considerou “os sonhos como um mero subproduto da atividade cerebral noturna”. Existem duas fases do sono. A primeira é o sono de ondas lentas, em que a atividade do cérebro é baixo e, por isso, não se formam filmes em nossa mente, apenas pensamentos mais ou menos normais que passam em uma espécie de tela escura, em imagens. Já a segunda fase, é considerada de alta atividade, é chamada REM – sigla em inglês, para movimento rápido dos olhos. E é durante a fase do REM que os sonhos ocorrem, pelo menos nos adultos.
Em filosofia, o desejo é uma tensão em direção a um fim considerado pela pessoa que deseja como uma fonte de satisfação. É uma tendência algumas vezes consciente, outras vezes inconsciente ou reprimida. Quando consciente, o desejo é uma atitude mental que acompanha a representação do fim esperado, o qual é o conteúdo mental relativo à mesma. Enquanto elemento apetitivo, o desejo se distingue da necessidade fisiológica ou psicológica que o acompanha por ser o elemento afetivo do respectivo estado fisiológico ou psicológico. Tradicionalmente, o desejo pressupõe carência, indigência. Um ser que não carecesse de nada não desejaria nada, seria um ser perfeito, um deus. Por isso Platão e os filósofos cristãos tomam o desejo como uma característica de seres finitos e imperfeitos. Tradicionalmente, os filósofos viram o Bem como o objeto do desejo. Atualmente isso é questionado.
O medo pode se transformar em uma doença (a fobia) quando passa a comprometer as relações sociais e a causar sofrimento psíquico. A técnica mais utilizada pelos psicólogos para tratar o medo se chama Dessensibilização Sistemática. Com ela se constrói uma escala de medo, da leve ansiedade até o pavor, e, progressivamente, o paciente vai sendo encorajado a enfrentar o medo. Ao fazer isso o paciente passa, gradativamente, por um processo de reestruturação cognitiva em que ocorre uma re-aprendizagem, ou ressignificação, da reação que anteriormente gerava a resposta de alerta no organismo para uma reação mais equilibrada. O resultado do medo em nossas vidas será a perda do nosso poder de pensar e agir com espontaneidade. Ao lanrçamos mão de uma lanterna em uma noite escura e focalizamos determinado lugar, vamos torná-lo evidente. Quando destacamos algo, convergimos todas as nossas percepções mais íntimas para o motivo de nossa atenção e, ao examiná-lo, estaremos estabelecendo profundas ligações mentais através de nosso olhar ligado a esse lugar específico. Focalizar com a lanterna de nossas atenções os lugares, as pessoas, os fatos, os eventos e as coisas em geral significa que estaremos enfatizando, para nós mesmos, o que queremos que a vida nos mostre e nos forneça.

Pero Vaz de Caminha diria que, nesta terra, até os paralelepípedos dão flor, até as zebras estão florindo. E outra coisa: — outrora, o que matava o brasileiro era o subdesenvolvimento pessoal. Sim, cada um de nós era, individualmente, um falido do sentimento, um falido da paixão, um falido da esperança. Alguém dirá que o Paulo Francis continuaria amargo. Explica-se: — o conhecido crítico era um analfabeto obsessivo, que precisa ver analfabe tos por toda a parte. Mas o próprio Paulo Francis, que não passou de O conde de Monte Cristo, não escrevia, não tinha uma coluna? É outro milagre do Brasil. Hoje em dia, qualquer jumento nosso tem um charme de puro-sangue. Mas estejam certos. O pagador de promessas é o profeta dos campeonatos.
Saudações.