Fim de feira, o que levamos para casa? Como enfrentar 2016?

Caros amigos, mais um ano esportivo que se encerrou e vale fazer uma análise profunda sobre tudo que passou na vida do nosso querido Internacional, para se possível não exagerar na amargura e corrigir rumos que poderiam ter sido melhor definidos e nos conduzido a um final de ano mais alegre, ao menos na área esportiva.

Não devemos perder de vista que estamos num esporte onde nos deparamos com adversários altamente competitivos. Por falta de união dos grandes clubes, permitiu-se que se estabelecesse uma desigualdade financeira absurda. Dois clubes, que sabidamente possuem as maiores torcidas e até merecem uma cota maior dos valores arrecadados com a venda de transmissão de TV, mas não valor tão superior em relação aos demais, pois Flamengo e Corinthians não podem ter seus jogos transmitidos sem a participação dos seus adversários, então como os outros dezoito sucumbiram tão facilmente a essa divisão do bolo de maneira tão desigual? Quando e como consertar essa situação absurda que hoje impera?

É diante a essa situação, entre outras adversas, que nosso clube em 2015 conquistou um campeonato Regional e colocou-se em terceiro lugar na disputa da Taça Libertadores da América. Fomos às quartas de final da Copa do Brasil e um quinto lugar no nosso Campeonato Brasileiro de Clubes.

Logicamente que os sonhos de todos nós são bem maiores e creio que ficam dentro da grandeza que o colorado conseguiu atingir e nos tornam cada vez mais exigentes. No entanto, passadas as refregas de campo, quando se torna possível olhar com distanciamento maior, eu não vou entrar nessa de que nosso desempenho foi vexatório e sim abaixo de nossas expectativas e possibilidades que deveriam ser mais bem gerenciadas.

Como pode um terceiro lugar no campeonato Nacional ser tão mais importante que um terceiro lugar no campeonato do continente sul americano? Diriam que leva a disputar uma Libertadores, ok, mas e a exposição da marca conseguida com o terceiro da Libertadores creio que já nos colocou na disputa de um torneio internacional que se bem administrada pode trazer bons dividendo, o convívio com os grandes dá visibilidade à nossa grandeza. Enfim, não foi como eu gostaria, mas também não foi um fundo do poço, pois até os torcedores que estavam no último jogo, frente ao Cruzeiro, de forma compreensiva aplaudiram ao fim do jogo, não vaiaram.

Como enfrentar 2016?

Primeiramente, fazendo uma reflexão profunda sobre tudo que foi feito em 2015, e tendo consciência do que não deu certo, começando por não contratar, por nenhum motivo, jogadores que paire alguma dúvida sobre suas condições atléticas, de saúde e comportamental. Temos jogador contratado há seis meses que não conseguiu jogar até hoje.

Dar uma real importância à preparação física do elenco, dizem os doutos que 70% do jogador de futebol dos dias de hoje é preparação física. Não podemos fazer experiência nessa área, hoje o jogador de futebol cedeu lugar ao atleta do futebol.

Eu sei que uma área extremamente técnica, mas eu fico impressionado como nessa parte médica, fisiátrica e de fisioterápica, nós, leigos torcedores, somos constantemente surpreendidos, quando um atleta sofre uma lesão alguém do departamento inquirido pela imprensa pergunta pelo diagnóstico e vem a resposta sofreu, tal lesão, volta em tantos dias raramente é o tempo do diagnóstico. Como jogadores são liberados e na primeira partida volta a lesão, outro é operado e mal coloca os pés no chão e tem uma inflamação na cirurgia. Será falta de aparelhagem moderna? Falta capacitação? Não sei, mas creio que necessita uma revisão em todo o processo dentro desse departamento.

Continuando, espero muita prudência e contenção verbal em todos que tem o direito de se manifestar em nome do clube, começando por não fazer análise da capacidade de possíveis treinadores. Sobre metas esportivas, aí acho que já cometemos o primeiro erro, não devemos confessar nossas prioridades em relação ao Gauchão de 2016, que a ambição seja ganhar sempre o próximo jogo, a próxima competição, quem muito escolhe acaba por não ganhar nada.

Finalizo desejando um feliz Natal a todos, especialmente aos companheiros integrantes do Blog Arquibancada Colorada, aos torcedores e simpatizantes que comparecem, leem nossas matérias e prestigiam nossos eventos e aos desportistas em Geral.

Um abraço colorado,

Arioldo Roldan