Amanhã, inicia-se o ano de 2016 em termos de futebol profissional, sendo que os torneios nas categorias de base nessa época estão a pleno vapor e até um Grenal já ganhamos para manter o hábito. Até o momento nada de muito relevante aconteceu, contratações de nível médio, nada mais que isso. Creio ser indispensável contratar um zagueiro que saia jogando com qualidade para evitar os constantes chutões, repetidos à exaustão no ano passado; ao menos um lateral de qualidade superior aos existentes e um atacante finalizador de qualidade indiscutível, para sonharmos com um desempenho que nos permita títulos além do Gauchão.
Os quatros contratados até agora são jogadores que não empolgam, como se diz na gíria, não enchem aeroporto, mas fica a esperança que repitam Weligton Monteiro e Índio, que quando foram contratados não entusiasmaram, mas marcaram seus nomes na história no Internacional, principalmente o Índio, que mesmo não tendo o brilho do Figueroa ou Gamarra, certamente é o zagueiro mais importante da nossa história.
Confesso que não chamaram minha atenção Fabinho vindo do Figueirense e Fernando Bob, da Ponte Preta, apesar de até temos boas informações dados pela imprensa nos primeiros treinos.
Sobre Paulo Cesar, lateral esquerdo, a única informação é que sua carreira transcorreu no Chile e que teve um 2015 marcado por lesões. É esperar para ver e torcer para se surpreender positivamente. Já Marquinhos, para mim é o mais conhecido, parece-me um jogador que num esquema adequado pode dar bons resultados, tem boa velocidade, bom drible, mas para atacante não é um goleador, aguardemos e oremos.
De positivo creio que foi o descarte de alguns jogadores de boa qualidade, muita idade, altos salários e baixíssima produtividade, por exemplo, Dida, Juan, Lisandro Lopes etc. Desonera a folha de pagamento, abre espaço para atletas de categorias de base e força a criatividade da direção na procura no mercado de novos jogadores, com um custo benefício mais favorável à instituição.
Também achei interessante uma notícia que li na mídia sobre estudos para alterações no Estatuto do Clube, o que permitiria um avanço no sistema gerencial. Certamente é algo mais importante que a contratação de um grande jogador, muito embora na forma que se apresenta já chegaria defasada, pois para substituir as Vice Presidências por profissionais remunerados, certamente esses deveriam se reportar ao comitê Gestor e não a um Vice Político, isso seria uma duplicidade de função e não resultariam em avanços, mas certamente começar a discussão já é um passo importante.
Certamente alguns dirão somos o que hoje somos geridos por amadores, aí fica a pergunta, onde teríamos chegado com melhores processos gerenciais?
Hoje assisti ao Internacional enfrentar e vencer por 2X0 o Rio Claro, em uma partida pela Copa São Paulo, mesmo em um campo sem as condições mínimas para a prática do jogo de bola. Fiquei a pensar, será que é muito difícil contratar técnicos com uma capacidade indiscutível para realmente ensinar os jovens promissores? Creio que com bons salários atrairiam profissionais de qualidade reconhecida e numa fase tão importante que é a de formação, não ficariam protótipos de jogadores com aprendizes de técnicos.
Posto isso, vamos começar mais uma caminhada e que a temporada que ora se inicia seja de reformulações, melhores gestões e conquistas relevantes.
Um abraço colorado,
Arioldo Roldan
Repetir Ìndio é muito boa pedida Roldan.
Alô você Roldan!
Também achei providencial aliviar a folha, entretanto na sequencia o Inter que precisava exatamente de valores para as posições por ti citadas nos apresenta dois volantes, é mais do mesmo outra vez. Fosse o Iniesta eu não contestaria mas é o Bob e o Fabinho que por mais que joguem deverão ser do mesmo nivel dos que ja temos em casa ou até um pouquinho superior. Tivéssemos mudado o rumo, alterado a conduta viria uma ordem de algum lugar: “- “a primeira contratação tem que ser um centroavante, depois um articulador, depois um zagueiro e se tiver sobrando algum um lateral esquerdo, mas ao invés disso DOIS VOLANTES. Segue o baile!
Coloradamente,
Melo
Roldan, excelentes colocações. Quanto a gestão, sem dúvida, tenho insistido que paixão e profissionalismo podem existir juntos, mas se espera de cada um o que pode resultar. Não sei diagnosticar, mas penso que os maiores problemas em nosso Internacional são a inexistência de uma mentalidade de grande clube, de visão gerencial objetiva e de metas mais ambiciosas. A vontade de executar um bom planejamento estratégico e um pouco de humildade das pessoas que hoje dirigem o nosso Clube, para aceitar e implementar as mudanças necessárias, seriam fundamentais.
Penso que nosso time de atletas profissionais está envelhecido e preso as carências físicas de jogadores excelentes que muito já ajudaram o nosso Internacional, mas hoje não reúnem mais as condições necessárias para continuar atuando como titulares e como peças fundamentais.
Quando você fala em profissionais experientes desde as categorias de base, estás certíssimo, mas todo o trabalho deve ser planejado e capitaneado por um profissional experiente e com projeto definido na categoria principal. O time principal deveria ser a continuidade das categorias de base e supridas somente as carências não possíveis de substituição interna.
Como último comentário, desde meus tempos de guri, nos campos da várzea, sempre soube que existe um meio de campo para receber as bolas da defesa, trabalhar e lançar os atacantes melhores colocados na frente. Nunca deveriam ser chutões dos centrais ou laterais, mas sim passes a distância. Hoje parece que certos jogadores querem se livrar da bola o mais rápido possível, para onde estiverem virados, como se a bola deva ser maltratada, pois é uma inimiga. O melhor caminho sempre foi passar para a condução dos jogadores de meio de campo. Tabelas, deslocamentos rápidos para o meio e para as pontas e lançamentos precisos sempre derrubaram grandes defesas.
Gostaria muito de ver qual o futuro traçado por essa direção, pois não consigo enxergar nada de melhor para 2016.