Mentalidade e Humildade: Fatores Fundamentais

Antônio Carlos Pauperio

A cada notícia que leio ou vejo sobre nosso Internacional, não vejo nada de concreto para encerrar a recente rotina de fracassos. Sinceramente não consigo entender o que pretendem essas pessoas que dirigem o nosso Clube.

Muitas vezes sou criticado por querer mais do nosso Internacional, mas a história e a grandeza do clube trazem expectativas. Nós torcedores queremos mais, no mínimo o que já tivemos. Isso é normal. A responsabilidade que cada diretoria assume, é de preservar o que foi feito e sempre seguir fazendo o melhor. Ganhar ou perder é normal, mas o desempenho nas competições não pode comprometer o que já foi feito.

Não consigo continuar aceitando as “desculpas esfarrapadas”, vazias e sem fundamento algum, de todos esses últimos anos. Recentemente, assim foi durante todo o Brasileirão, Copa do Brasil e Libertadores em 2015, como também no caso ainda inexplicável do exame em todos os jogadores Colorados. A mentalidade tem de mudar, para o bem do clube. Essas pessoas tem que deixar a soberba de lado, a zona de conforto, o sentimento de estarem sempre certos e acordar para a realidade atual e a necessidade de uma mudança drástica voltada para o futuro do nosso Internacional.

É triste perceber a manutenção de custos exorbitantes para manter profissionais ultrapassados e já “sem pernas” no time titular ou no plantel Colorado. Também não consigo visualizar na atual direção a capacidade de contratar com sabedoria, de forma que o nosso Internacional tenha algum retorno com as contratações. Esse entra e sai já está ficando repetitivo no clube e não consigo enxergar quem lucra com isso.

Uma mudança que leve em conta o respeito à história do clube, respeito aos adversários, respeito aos torcedores em todos os cantos desse Brasil e valorize cada competição que nosso Internacional participar. Em uma competição levada a sério, vencer é detalhe importante, mas se a derrota acontecer, coisa normal, não seja por falta de qualidade nas escolhas, de empenho, de treinamento ou de vontade de vencer. Fica muito difícil entender a aceitação do placar adverso, sem mostrar indignação (um bom exemplo a ser seguido foi o espírito de luta e dedicação apresentado pelo time sub 20 na Taça São Paulo), sem o mínimo poder de reação e as sucessivas falhas nos passes, na marcação e no posicionamento. Sinceramente, não consigo entender esses chutões horríveis dos goleiros (por sinal, sem direção) e dos zagueiros (para qualquer lado e, o pior, muitas vezes pensam que estão lançando), essa “voltinha” que o jogador faz quando recebe a bola, esse aperto que fazem na troca de passes com os laterais, tirando todo o espaço para evolução, esses dois do meio de campo que não lançam, não marcam ninguém e, nas poucas vezes que marcam, fazem falta e a falta de alguém na frente para colocar a bola para dentro da meta adversária. Sei que alguns não irão gostar, mas nosso time carece de jogadores de qualidade, no gol (com a saída do Muriel, que inclusive já não parece o mesmo), nas laterais, na zaga, no meio de campo e no ataque (para jogar com ou sem centro avante) ou seja, ainda não temos um esqueleto confiável e acredito que estamos perdendo tempo. Quem sabe se o comando técnico definir e treinar adequadamente um time titular, o panorama mude, mas até agora, não consigo enxergar nenhuma mudança que crie esperança. Nosso destino em 2016, se não houver mudanças, infelizmente, será novamente de coadjuvante.

Por outro lado, continua em atividade a “clínica de recuperação” de jogadores. Chegam sem possibilidades de atuar, são tratados, logo que ficam curados e quando em condições físicas e atléticas para jogar, seguem para outro destino. Não consigo entender essa lógica e onde o nosso Internacional tem algum retorno. Não tenho conhecimento que outros clubes façam algo semelhante. O que vejo são notícias de recuperação e aproveitamento desses atletas nesses clubes ou o ressarcimento dos custos envolvidos. Não sou contra a recuperação de atletas, seria desumano de minha parte, mas não concordo com o desfecho conhecido da história em nosso clube.

3 thoughts on “Mentalidade e Humildade: Fatores Fundamentais

  1. Alô você Pauperio!

    Concordo com algumas de suas considerações, mas muito espeialmente quando trata da “inércia de projetos ou propósitos”. Não se vê nada de novo na estratégia, na condução ou nas soluções. Só enxergo um sem número de conjuntos vazios. O futuro lamentávelmentenos reserva mais do mesmo. Tomara que eu esteja errado.
    Coloradamente,
    Melo

    1. Domingo e Melo, apesar de tudo, nós Colorados, iniciamos todos os anos cheios de esperança e depositando confiança naqueles que traçam o destino de nosso Internacional. Sinceramente, quem sabe se houvesse um pouco mais de humildade e transparência a torcida entenderia melhor o que está sendo feito ou que desejam fazer. Sempre torcemos que tudo acabe bem, mas a visão atual, é a manutenção da mesmice de anos anteriores e que não está alcançando objetivos.

  2. concordo !
    soberba !
    atletas superados !
    expectativa de 100% e no primeiro resfriado … derrocada geral …

    pensam que porque o clube vai muito bem obrigado e porque temos história e camisa e só entrar em campo e ganhar … do outro lado os times tbém querem ganhar …

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