Encaminhado

Não sei se é por ausência do principal clássico do país na final do campeonato, se é porque o título do estadual é o único que temos ganhado nos últimos anos ou se é porque o treinador do Inter ainda é o Argel – não consigo mais dar importância ao Gauchão. Inclusive, o estadual aparece como a coisa menos importante, afinal, só serve para confirmar uma hegemonia que todos sabem que nós temos. Mas título é título, como diz a maioria.

O jogo

O Juventude, mandante da partida, se impôs em campo propondo seu jogo, mas esbarrou na atuação movimentada de Andrigo. O camisa 20 atuou bem pela lateral direita, mas esteve presente em todo o campo, sendo muito participativo. O Inter começou lento e sem jogadas efetivas, deixando Sasha isolado no esquema 4-2-3-1, o que prejudicou o desempenho do jogador.

Aos 21′ do 1º tempo, Andrigo recebeu passe de Vitinho e soltou a bomba para balançar a rede. Após levar o gol, o Juventude passou a se movimentar mais e pressionar a saída de bola do Inter. No 2º tempo, o dono da casa modificou seu esquema de jogo e passou a atacar o colorado. Com isso, o jogo ganhou mais velocidade. Anderson auxiliava os volantes, mas teve uma atuação sem brilho.

Vitinho, entre firulas e tentativas fracassadas de jogar bonito, errava e perdia a bola. Foi expulso após cometer falta infantil e fica fora da decisão no Beira-Rio. Após expulsão do atacante, Argel compactou o time e fechou a defesa do Inter para evitar o empate.

Análise

O Inter conseguiu a vitória no Alfredo Jaconi diante de uma pressão artificial do Juventude. Artificial porque o adversário chegava, mas nada que não pudesse e devesse ser controlado pela defesa. O Inter jogou bem, mas jogou bem para estadual, até então porque está longe de animar o torcedor com jogadas envolventes e velocidade na troca de passes.

Vencer o estadual é bom para estampar páginas de revistas e marcar variadas vezes a história como maior do Sul. O bom é que nossa Hegemonia permanece, mas fora do Sul não perdura – infelizmente. Para mim, o título pode vir coroar a atuação dos garotos da base, que merecem essa conquista pelo esforço em levar o Inter até a final.

Não me iludo – com esse futebol não vamos a lugar algum. Mas celebro a conquista e a vinda de mais uma taça. Nunca é demais.

5 thoughts on “Encaminhado

  1. Valdívia está fazendo uma falta ao INTER! A lentidão em campo tem que acabar, sob pena de enfrentarmos enormes dificuldades nas competições nacionais deste ano. Em três erros de passe no jogo de ontem, o INTER permitiu que o Juventude chegasse na cara do gol! Dois chutes não entraram e na terceira chance o atacante sofreu falta, que também não deu em nada. Argel, em vez de gritar, deveria treinar jogadas ensaiadas (não vi nenhuma até agora). SC

  2. Creio que o Argel não mudará (não mudou até agora), mantendo a cautela, serenidade e fomentando a vontade em campo. Se mantivermos assim, é mais uma taça com certeza. Que bom! Mas a missão Brasil a fora, com certeza, é muito mais complexa e até perigosa se analisarmos o elenco atual. Precisamos urgente de reforços pontuais.

  3. Jéssica, concordo plenamente com teu raciocínio. Valeu a vitória, só isso. Ficou muito evidente que não temos um comando técnico que convence, nem time para ser protagonista na Copa do Brasil e no Brasileiro. Não desmerecendo o trabalho de ninguém, mas reconhecendo o mérito dos outros. Qualquer time organizado (veja São José, Juventude e outros) faz frente ao nosso Internacional e, sinceramente, desse jeito a preocupação é muito grande. Caso o Juventude tivesse mais qualidade no ataque ou o Alisson não fizesse milagre, não sei não… Acredito que falta alguma visão de objetivos nas escalações e substituições. Não gosto e não vou entrar em nome de jogadores, mas tem alguns que não tem as mínimas qualidades para jogar no nosso Internacional. Sinceramente, o time do Internacional hoje é confuso, desorganizado e, em determinados momentos, totalmente bisonho e com alguns jogadores perdidos em campo. A expulsão foi infantil demais e de uma falta de responsabilidade com os companheiros e com o Clube injustificável, pois poderia ter comprometido o resultado final. Não gostaria de escrever, mas penso que estamos atualmente sem direção (ou não enxerga ou faz que não enxerga os problemas), sem comando técnico (até hoje sem um padrão de jogo definido) e sem time (faltando qualidade em algumas posições e/ou jogadores sacrificados fazendo outras funções), mesmo sendo hexacampeão no próximo domingo. Se não houver uma mudança radical, não sei não, o futuro me assusta.

  4. Alô você Jéssica!
    Pois é, até a Bia, fihinha da Simone Bonfante acha que “Gauchão” é uma competição em homenagem ao INTER. Isso se justifica , pois ela ao longo de seus cinco anos vê todos os anos vê todos os anos o INTER ser festejado.
    Coloradamente,
    Melo

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