Perdemos para o Vitória, perdemos a liderança.
É uma pena, mas não é o fim do mundo. Perder para o Vitória no Barradão é uma derrota plausível, o que não podemos admitir e sermos derrotados da maneira como aconteceu. O Inter não jogou bonito, mas quanto a isso estamos acostumados a ver, o problema foi que, além de não jogarmos bonito, nós não jogamos absolutamente nada.
O Inter vinha sendo um time extremamente pragmático mas que conseguia suas vitórias magrinhas e ia assim galgando posições na tabela de classificação. O que aconteceu em Salvador foi diferente, vimos um time apático, sem disposição, sem vontade, e o principal, jogamos sem nenhuma criatividade. O inter perdeu, no mínimo, duas chances claríssimas de gol, uma delas sem goleiro, inclusive, e isso é algo que não podemos admitir.
Precisamos urgentemente de um centroavante, alguém que se tiver duas chances de gol, fará pelo menos uma. Não creio que Ariel seja esse cara, afinal quando esteve no Coritiba não mostrou muito a que veio. Nico López talvez seja esse cara, não é nenhum craque – até porque se fosse estaria sendo disputado por times europeus –, mas assisti a alguns jogos dele pelo Nacional do Uruguai na Libertadores desse ano e puder notar que é um jogador técnico e possui faro de gol, algo que estamos precisando.
Com relação ao meio de campo e à criatividade, acredito que com a volta de Valdívia e a chegada de Seijas, o Inter com certeza dará uma melhorada e criaremos mais chances de gol, afinal de nada adianta termos um bom centroavante e não criarmos oportunidades para que ele faça gols.
A derrota de ontem não faz do time atual “terra arrasada”, longe disso, temos é que analisar os pontos negativos e melhorá-los e também os pontos positivos e mantê-los. Argel não é o meu técnico preferido, mas é o que temos, e sendo assim precisamos apoiá-lo e a direção precisa dar respaldo e material humano a ele a fim de que faça o Inter jogar, como vinha fazendo anteriormente. O material humano se dará pela chegada de novos jogadores (Seijas, Ariel e talvez Nico López) e a volta de outros muito importantes (Valdívia e Dourado), algo que acontecerá em breve. Mas com relação ao respaldo, esse é um pouco mais complicado, afinal não sabemos o que se passa na cabeça dos nossos dirigentes. Só espero que eles pensem bem e façam o melhor para o nosso Inter, se assim for, com total certeza podemos ser campeões, algo que me agradaria muito.
Rafael, excelentes as tuas colocações principalmente nos dois primeiros parágrafos. Espelha exatamente o que foi o desempenho de nosso Internacional aqui em Salvador, desempenhos semelhantes a tantos outros para os soteropolitanos. Dois pontos eu gostaria de somar às tuas considerações. A primeira, se a gestão de nosso clube continuar pensando pequeno, sem ambições maiores e sem um mínimo de audácia, não chegaremos a lugar nenhum. A segunda, o plantel de nosso clube é bom, pode não ser excepcional, mas é de boa qualidade e será acrescido de mais qualidade ainda (volta do Dourado e do Valdívia, chegada do Seijas e do Ariel e possivelmente também da chegada do Nico Lopez). Desculpe, mas tempo e apoio o Argel desde o início, mas penso que não soube aproveitar a oportunidade. Hoje ou o que treina não é colocado em prática, não aprece em campo, não se traduz em bons resultados. As razões somente ele e quem vive o dia-a-dia do nosso Internacional pode explicar. Não sou expert em futebol, mas penso que um bom treinador, analisa o material humano disponível e nas condições que lhe são oferecidas procura a melhor maneira de jogar e de explorar o melhor de cada um. Não vejo isso hoje em campo. Hoje vemos um time fraco, desorganizado e apresentando um futebol de baixa qualidade, muito aquém das possibilidades reais de cada um dos jogadores. Os desempenhos atuais da equipe não são coerentes com o material humano disponível e já se passaram vários meses. O que está errado?
Alô você Rafael!
O problema não são os ingredientes, o problema é na cozinha entendes? Cozinheiro, metre, é isso. Tem ingredientes para fazer uma comida muito boa, está faltando gente o “babado”, que seja do pedaço e não estou falando do Argel.
Coloradamente,
Melo