PRENÚNCIO DA DESPEDIDA: SANTA CRUZ 1 x 0 INTER

 

INTRODUÇÃO: Feita antes do jogo

A pressão sobre o Argel é grande. Com um grupo apenas razoável venceu o Campeonato Gaúcho e deu uma arrancada bastante promissora no Brasileiro, fazendo com que a mídia e muitos torcedores até falassem em título.

Porém, nos últimos jogos caímos frente à realidade, mas nem os mais pessimistas imaginavam que fosse tanto. Fazer 1 ponto em 15 disputados é um rendimento medíocre e inaceitável para a grandeza do S. C. INTERNACIONAL.

            Agora, está tudo desabando sobre o Argel, embora não seja o único culpado. O prejuízo deve ser dividido com a própria Direção que liberou o D’Alessandro e colocou à disposição do treinador um grupo de jogadores com deficiências técnicas bastante visíveis. Ao mesmo grupo deve-se também atribuir responsabilidade, e muita, haja vista a anêmica disposição e empenho dos últimos jogos. E agora, pelas palavras de Fabinho, falam em jogar pelo INTER e pelo Argel, na tentativa de salvarem a pele do treinador.

            Eu pergunto: Por que não pensaram nisso antes? Esperaram o insucesso de 5 jogos para o esforço derradeiro. E será que hoje vai dar? Tenho minhas dúvidas.

            Bem, vamos ao jogo.

Sasha apagado como todo o time (imagem: CP)
Sasha apagado como todo o time colorado, ainda carimbou a trave (imagem: CP)

1º TEMPO:

Início truncado. Time mais preocupado em se defender.

A expectativa de que se doaria por completo e até suaria sangue para salvar a pele do Argel não aconteceu e as palavras de Fabinho não se confirmaram. Meio de campo sem nenhuma criatividade. Pudera, com Sasha e Ferrareis na armação, o que se poderia esperar. Deles muito esforço e correria sem uma única jogada acabada com qualidade. Na frente Vitinho tentando algo, com algum chute, sem êxito.

A defesa pernambucana retinha, até com certa facilidade, o time colorado.

Convenhamos, o time do Santa Cruz é fraco e mesmo assim o INTER não levou maior perigo na 1ª etapa, salvo numa cabeçada do Fabinho configurando a única chance de gol. O colorado não apresentava quase nada, exceto lances de bola parada, desperdiçados. A bola alta, agora com Ariel, continuava como nos outros jogos, sem encontrar cabeceador. O lateral Raphinha substituiu Artur lesionado aos 24’.

E para consumir o castigo merecido, quase no final da 1ª etapa o gol de Keno em bola parada alçada na área com falha da defesa. Paulão não conseguiu a cabeçada e a bola sobrou para o atacante sozinho que de voleio, sem chances para Muriel, mandou para as redes Por sinal, o goleiro confirmou a máxima: “Com Muriel em campo, não há placar em branco”. Não me lembro de jogo, ultimamente, em que não tenha tomado gol, embora a falha tenha sido da defesa. Não dá para esquecer, porém, que pouco antes teve uma falha sua e quase entregou um gol.

2º TEMPO

Provérbio português: “Tudo como dantes no quartel de Abrantes”, ou seja, nada mudou.

Aliás o INTER voltou pior no 2º tempo. Não conseguimos entender o porquê Argel não procedeu a nenhuma substituição no intervalo, uma vez que perdia o jogo e esteve tão mal no 1º tempo. O time voltou exercendo alguma pressão, mas de forma desorganizada. Neste início, Ernando num escanteio de cabeça quase empatou.

O time estava mal, perdido, sem meio de campo e ataque sumido. Errando passes a torto e direito e só fazendo ligação direta com balões e alçadas na área adversária, tentando encontrar Ariel. Tudo em vão. Jogadores pecam demasiadamente em fundamentos do futebol, tanto em passes como chutes a gol.

Eis que aí Argel num raro momento de lucidez, fez entrar Anderson aos 24’ no lugar do atrapalhado Ferrareis. O quadro não se alterou e o Sta. Cruz continuava dono absoluto do jogo. E não se pode negar alguns méritos no time nordestino. Jogou com vontade e velocidade, explorando a bola parada, embora com bastante escassez de qualidade. Sem falar que não contava com o seu melhor atacante Grafite.

No transcorrer da partida, numa confusão na área adversária, Sasha em sua única jogada positiva chutou rasteiro, tendo o goleiro já batido, por infelicidade a bola encontrou a trave.

Não se pode deixar de lembrar que pelo lado adversário também houve uma bola na trave em belo chute de Artur.

Já aos 32’ entrou Valdívia no lugar de Ariel. O garoto tentou mudar o panorama, mas o pouco tempo e a falta de entrosamento pouco ou quase nada acrescentaram.

Em suma, um INTER muito mal, desorganizado e perdido, não poderia ter melhor sorte no jogo. Seu treinador muito gesticula, mas não consegue mais orientar o time.

Acho que depois dessa, Argel se despede.

Formação do INTER:

Muriel; William, Paulão, Ernando e Arthur (Rafinha); Rodrigo Dourado, Fabinho, Vitinho e Gustavo Ferrareis (Anderson); Ariel (Valdívia) e Eduardo Sasha.

Técnico: Argel Fucks

NOTA:NO INÍCIO DA NOITE O SITE OFICIAL DO INTER ANUNCIOU QUE ARGEL NÃO ERA MAIS O TREINADOR COLORADO

Saudações coloradas

Heleno Costi

 

11 thoughts on “PRENÚNCIO DA DESPEDIDA: SANTA CRUZ 1 x 0 INTER

  1. A Diretoria é mto falha,desde o início da sua gestão,começando por Abel Braga,e daí por diante foram só erros em cima de erros,por último a liberação do D’Ade e a venda do Allyson,estava assumindo a liderança do grupo e ídolo da torcida colorada,vamos aguardar com mta esperança a contratação de um técnico a altura do tamanho do clube.

  2. A Diretoria perdeu um tempo enorme com Argel. O INTER foi transformado por ele em um time sem jogadas ensaiadas, sem saída de bola qualificada, sem triangulações, sem aproximações no meio-campo. Os jogos que o INTER venceu não entusiasmavam a nós, torcedores. Apenas uma exceção, no jogo contra o Galo, a equipe fez boa apresentação. Mas voltou a jogar mal na rodada seguinte, mostrando que aquilo foi um acaso. Um cara que se põe a gritar na beira do gramado, não pode ser Técnico do Sport Club Internacional. Que venha um TÉCNICO DE VERDADE, que treine muito durante a semana, para que os jogadores saibam o que fazer na hora do jogo, com garra, técnica, esmero, pontaria. Como diz o filósofo Melo, “oremos”!

  3. Pois é Melo, não quis ser mais ácido em meu comentário. Como disseste, o apresentado pelo INTER foi de chorar. Com toda a sinceridade, foi um dos piores jogos que assisti. Também concordo que o VP pode ser um bom Relações Públicas, mas de futebol ao que tudo indica não entende mesmo. Falaste em excesso de volantes e o mesmo VP contribuiu em volantizar (o termo é meu) o time, trazendo-os de Santa Catarina, como se lá estivesse a solução. Por sinal, terrinha muito gostosa especialmente no litoral, mas no futebol, meu amigo, parece que só o Argel se dá bem por lá.
    Aguardemos as mudanças da Comissão Técnica.

  4. Pois é Melo, não quis ser mais ácido em meu comentário. Como disseste, o apresentado pelo INTER foi de chorar. Com toda a sinceridade, foi um dos piores jogos que assisti. Também concordo que o VP pode ser um bom Relações Públicas, mas de futebol ao que tudo indica não entende mesmo. Falaste em excesso de volantes e o mesmo VP contribuiu em volantizar (o termo é meu) o time, trazendo-os de Santa Catarina, como se lá estivesse a solução. Por sinal, terrinha muito gostosa especialmente no litoral, mas no futebol, meu amigo, parece que só o Argel se dá bem por lá.
    Aguardemos as mudanças da Comissão Técnica.

  5. “Nada está tão ruim que não possa piorar”, foi isso que vimos diante do estupendo Santa Cruz. Era uma tragédia prevista pois o Inter gosta de ressuscitar mortos, vide derrota da semana passada e nesta. Time reflexo de uma direção prepotente, de técnico incompatível com a grandeza do Inter e de jogadores sem sangue, técnica e comprometimento. Jogadores que não podem “passar” na frente do Beira Rio. Jogadores que são contratados com 30 anos (será que ninguém os viu anteriormente?) e são titulares do time. Jogadores que vem como solução para reserva e nem no banco ficam. Enfim erro após erro com a conivência desta Direção. Pensam pequeno !!! E dizem “temos convicção!!!”. Oremos pois nosso campeonato é chegar aos 45 pontos !!! Mas no fim do ano espero que o sócio responda à esta prepotência nas urnas !!! Além disso é necessário muitas mudanças estruturais e administrativas no Clube.

  6. “Nada está tão ruim que não possa piorar”, foi isso que vimos diante do estupendo Santa Cruz. Era uma tragédia prevista pois o Inter gosta de ressuscitar mortos, vide derrota da semana passada e nesta. Time reflexo de uma direção prepotente, de técnico incompatível com a grandeza do Inter e de jogadores sem sangue, técnica e comprometimento. Jogadores que não podem “passar” na frente do Beira Rio. Jogadores que são contratados com 30 anos (será que ninguém os viu anteriormente?) e são titulares do time. Jogadores que vem como solução para reserva e nem no banco ficam. Enfim erro após erro com a conivência desta Direção. Pensam pequeno !!! E dizem “temos convicção!!!”. Oremos pois nosso campeonato é chegar aos 45 pontos !!! Mas no fim do ano espero que o sócio responda à esta prepotência nas urnas !!! Além disso é necessário muitas mudanças estruturais e administrativas no Clube.

  7. Heleno, realmente um espelho do jogo de ontem e da situação reinante no Beira Rio. Gostaria de salientar alguns pontos focados por você. A queda de Argel já era esperada, não pelo resultado de ontem, mas pelo “conjunto da obra”. Posso estar enganado, mas esse tipo de direção espera por um tropeço e age da maneira que com um pouco de coragem já deveria ter feito. Deixaram chegar longe demais, mas o importante, nesses momentos, é lembrar que esse tipo de comportamento vem se arrasando nos últimos anos. Muitas vezes me coloco na posição do treinador que sai, não se contratou, foi contratado, portanto deveria haver uma justa divisão de responsabilidades nas falhas que houveram. É mais um que sai, acredito que bastante “machucado”. Vamos ver quantos mais ainda sairão (ou serão sacrificados) enquanto não houver uma gestão mais profissional e a implantação de um projeto para o futebol de curto, médio e longo prazo..

    1. Pauperio, O que se tem visto nos últimos anos é de causar perplexidade. Contrata-se treinadores por contratar. Não se examina o perfil o tipo de resposta que o mesmo possa dar, basta ver a tão diferenciada característica de um e do substituto contratado. A Direção não sabe o que quer, e o que é mais grave, não se vê um planejamento no futebol. O Diretor escolhido normalmente não entende do assunto. Tudo fica difícil. E assim correm os anos….
      Abraço

  8. Alô você Heleno! Que tristeza! Ver o Inter jogando (jogando?) daquela maneira é de chorar, mas continuo afirmando antes do Argel o presidente teria que demitir o VP de futebol que pode ser um cara bacana de boa índole mas de futebol ele não entende. Onze volantes depois ele agora empilha centroavantes chegando ao cúmulo de “apresentar” um centro avante depois de ter sido contratado há três meses atras. Não dá né? Coloradamente, Melo

    1. Olha não entendo muito de futebol. Mas no meu tosco entendimento o plantel do inter além de desfalque tá faltando empenho de muitos jogadores, que demostra os resultados,dá vontade de ir no meio de campo e perguntar o que estão pensando e fazendo na frente dia torcedores que pagam seus salários,até parece que estão fazendo parte do time de Brasília. Me poupem o treinador é um só, já os jogadores são onde em campo e ninguém acerta o pé em direção ao centro de gol…

      1. Vera, A anemia e falta de motivação vista nos últimos jogos é realmente assustadora. Talvez muitos não saibam, mas o INTER é um dos poucos times que pagam os salários em dia. Ontem num bate papo sugeri que a Direção começasse a atrasar os salários. Aí viriam reclamações e deveriam receber como resposta: Esta é a nossa contraprestação dos serviços executados.
        Muita indignação com tamanha indolência e incompetência.

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