Confesso que meu segundo lazer sempre foi o cinema, desde minha infância, mesmo com muitas restrições econômica, na querida Jaguarão-RS, eu sempre fazia alguma tarefa que ia de vender pastéis, engraxar sapatos ou capinar uma horta para obter fundos e no domingo estar no saudoso e hoje tristemente semi tapera cine Regente, como cinéfilo gostava até do gênero terror.
Com o passar do tempo, melhorando um pouquinho o nível e acesso as informações, fui perdendo o interesse pelo gênero, hoje prefiro mais os filmes baseados em fatos reais ou de conteúdo histórico.
Pois não é que, para meu espanto, a minha forma de lazer número um, o futebol, e especialmente o Clube do meu coração, uma vez mais está me forçando a vivenciar mais uma vez um gênero que eu acreditava haver abandonado definitivamente. O terror de ver um risco real de abandonar a verdadeira elite do futebol brasileiro, que para mim constitui-se dos cinco clubes que nunca foram desqualificados, ou seja, rebaixados e com enorme felicidade um deles é o meu Internacional.
Esse interminável longa-metragem de arrepiar não começou agora, pois num ano de remodelação do Beira Rio, também foi de amargar; ano passado os mais atentos, diante de uma seqüência enorme de erros gerencias primários no meio do ano, já sabiam que não podíamos almejar muitas coisas.
Para meu abismo, aqui estou em 2016, hoje numa sala de espetáculo em 3D, muito mais qualificada e belamente ornamentada, pois não existe nada similar ao Beira Rio no Brasil; não vou entrar em discussão boba se é melhor ou pior que os demais grandes estádios e sim que é único em suas peculiaridades, continuidade e histórias.
Se somado ao descrito até agora agregarmos uma receita fantástica dita de duzentos e noventa e sete milhões arrecadados aos cofres do Clube, declaração de seu Presidente que poderia aplicar até quinze milhões por mês para custear o Futebol e que deve ter no mínimo uns dez competidores que não tem a metade dessa receita, alguns pouco um terço e muito menos as instalações que dispomos, não tem como não ficar horrorizado com o desempenho até o presente momento.
Constatado que o navio quase à deriva, já está com água na casa das máquinas, surgem as medidas salvadoras, não sem antes trucidarmos uma das pessoas mais relevantes e mais cara de nossa história, Paulo Roberto Falcão. Pois é praxe, no Clube só se chama essas eminências, inclua-se Carpegiane, Falcão, Dunga, Clemer, quando a situação é desesperadora, nossos dirigentes são verdadeiros destruidores de passados gloriosos, parece que existe um prazer mórbido em ver ídolos frente ao túnel, tentando fazer alguns medíocres jogarem com nossa camiseta até então sem manchas.
Para enfrentar a empreitada macabra, algumas das figuras vitoriosas convocadas são realmente históricas, outras nem tanto, do Fernando Carvalho espero, primeiramente, que sua declaração seja brincadeira e que aproveite o escasso tempo que resta para contratar um meia armador, craque, médio ou até ruim, mas um jogador quê de uma organização ao meio campo do time, bem como faça os outros jogarem, embora ainda falte um zagueiro e um lateral que seria muito bom incluir ao elenco.
Do Ibesen Pinheiro, que das suas propaladas experiências em diversos ramos de atividade humana, faça surgir um pouco de bom senso e lucidez, que infelizmente creio que abandonou o Clube faz algum tempo. Exemplo disso são os cinco jogos para um técnico, repatriar na marra jogador emprestado, contratar e nem testar jogadores Brenner, Ceará lesionado, e por aí vai.
Ao inesquecível Celso Roth, cabe dar um mínimo de organização à equipe, que não se transforme em contra-ataque do adversário cada escanteio ou falta a favor do nosso time. Enfim, que não transforme um filme de terror em candidato ao Oscar, basta fazer um Bang Bang, que no fim sejam os adversários a caírem e mesmo com orgulho ferido terminemos a salvos e de pé.
Um abraço colorado,
Arioldo Roldan
TREINOS TÁTICOS E TÉCNICOS, NUNCA SERÃO DEMAIS !!!
Não desanimem repetentes alunos, acreditem o professor Celso Roth tem paciência e nunca será tarde para termos novamente no COLORADO, um grupo de jogadores vencedores por vossos talentos e esforços dentro do campo.
Desejo que os atletas do INTERNACIONAL a partir do goleiro, zagueiros, laterais, possam melhorar bastante os seus fundamentos de defesa, desarmes, e passes para cruzamentos até a área adversária com mais êxito.
Tomara que os volantes, meio campistas, atacantes, possam no início do deslocamento da querida BOLA, ter a percepção do que será possível fazer quando ela chegar à sua frente, cabeça, pés, e conseqüentemente fazer a jogada mortal para os nossos GOLSSSSSSSSSSSSSS.
Às vezes os passes e cruzamentos passam tão longe dos companheiros de time, que logo vem uma nostálgica lembrança dos anos de 1975, 76 e 79 quando o INTERNACIONAL jogava ao natural e a vitória era certa.
Este filme de terror de 2016, logo logo vai acabar, mas não sei em que divisão
Abs. Dorian Bueno – Google +, POA, 12.08.2016
Alô você Arioldo Roldan! Bem apanhado, o quadro é esse mesmo e diante disso surgem os nossos Super heróis com plena procuração para cravar a estaca no coração do drácula ou mesmo exterminar o abominável…OREMOS!!!
Roldan, realmente, concordo contigo, um filme de terror que esperamos que ao final o “mocinho” vença. Texto inteligente, de fazer pensar e com focos muito bem explorados. Estamos junto nesse desafios, como todos os verdadeiros Colorados e também esperamos que as duas primeiras pessoas citadas realmente procurem fazer o que sabem fazer e que deu certo, em um passado recente. Fico na torcida que não sejam apenas massa de manobra ou nuvem de fumaça colaborando para a continuação dessa situação desastrosa no comando do clube. Quanto ao comando técnico, tenho minhas dúvidas, não nutro grande simpatia pelos seus conceitos de futebol, mas tem ainda as posições dessa diretoria que não assume os equívocos nas suas escolhas e “torra” qualquer profissional, pois nunca assumem as consequências de seus equívocos (para não dizer erros). Quanto às tuas colocações referente aos ídolos, sinceramente, pela falta de consideração e desrespeito às suas histórias em nosso Internacional, minha revolta é tão grande que prefiro não escrever o que realmente sinto. De qualquer forma, o nosso Internacional está acima das pessoas e esse amor ao clube é que nos leva a continuar torcendo pelo sucesso, mesmo que na sua condução, não estejam aquelas pessoas que gostaríamos de ter.
Olá Paupério, obrigado pelas considerações, se houver ordenamento e reorganização a tarefa não é tão difícil, ao menos para sairmos com dignidade dessa situação caótica que nos meteram, grande abraço.