Atitude, empenho e inimigos na trincheira

Num jogo típico de duas grandes equipes do futebol brasileiro, o Internacional tentou, brigou, fez por merecer a classificação, mas ela não veio.
O Inter novamente fez uma grande partida contra o galo, pressionando o adversário desde o início do jogo e ao mesmo tempo mostrando qualidade nos contra-ataques. Com grande atuação de Anderson, que além de auxiliar muito bem na marcação, também foi o principal articular colorado com arranques e ótimas assistência, o Inter abriu o placar aos 26 do primeiro tempo, Valdívia num belíssimo passe lançou Anderson, que carregou a bola até a entrada da área chamando a marcação, para em seguida passar para Aylon, outro destaque colorado fazer o 1 x 0.

Aylon, Anderson e William, desequilibraram para o Inter.
Aylon, Anderson e William, desequilibraram para o Inter.

Esse resultado não era suficiente, mas o segundo do gol que daria a classificação para o colorado, não era só uma esperança e sim questão de tempo, visto a grande atuação da equipe colorada. Mesmo bem em campo, mais uma vez a defesa do Inter voltou a falhar assim como no primeiro jogo do Beira-rio, erro que culminou o gol de empate de Robinho aos 45 da primeira etapa.
A aflição e tensão da torcida colorada, preocupada com o empate do galo, durou pouco, pois, ainda no primeiro tempo, o Inter chegou ao segundo gol. Numa recuada forçada no pé direito do canhoto goleiro Vitor, Anderson acreditou no lance, roubou a bola do arqueiro atleticano e empurrou para as redes. Esse gol pôs o Inter de volta a Copa do Brasil, esse resultado levaria o jogo para os pênaltis.

2º gol colorado levaria a partida para os pênaltis.
2º gol colorado levaria a partida para os pênaltis.

O Inter voltou muito bem para a segunda etapa, já o Atlético se atirava ao ataque em busca do resultado. O Inter marcando bem e impondo contra-ataques, parecia cada vez mais próximo do terceiro, o gol da classificação, porém, mais uma vez a defesa falhou na marcação e o galo empatou novamente o jogo, dessa vez com Lucas Pratto. Eram 15 minutos do segundo tempo. O gol aumentou a moral do galo que passou a equilibrar a partida, auxiliados pelas péssimas substituições do equivocado treinador colorado. Roth tirou o trio que fazia a diferença no ataque, para colocara em campo Sacha e os apagados Ariel e Andrigo. Após as substituições, o Inter lutou, tentou, mas não era nem sombra do Inter “pré substituições”.

 
E assim foi a Copa do Brasil 2016 para nós colorados, marcada por duas grandes partidas nas semifinais, com show da torcida apoiando em casa e fora, mas também marcada pelos erros contínuos em campo e principalmente pela péssima gestão do futebol. Tivemos um grande adversário, mas o pior adversário são os inimigos na trincheira. Enquanto continuarmos assim perderemos para nós mesmos.

12 thoughts on “Atitude, empenho e inimigos na trincheira

  1. O Inter fez dois jogos muito bons contra o Atlético-MG … Não nos classificamos porque no Beira Rio a bola não quis entrar e no final fomos castigados com uma derrota (injusta) !!
    Ao meu ver .. o Inter jogando sem a “obrigação” de vencer na Copa do Brasil conseguiu ser um time, mesmo reserva/misto, um time leve, marcador, com saída de bola e que encarou o Atlético de igual para igual …… Muito ao contrário do que apresenta no Brasileirão .. onde o fantasma do Z-4 faz com que o time seja pesado, nervoso e os “guri” estão sentindo a pressão por não cair !!
    O Inter felizmente só depende dele para não cair … agora é a hora de nós torcedores ficarmos do lado do time …. e após o Brasileirão, dai sim, será a hora de protestarmos e apontarmos os erros que foram cometidos durante este ano !!

  2. E agora, José? A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora, José? e agora, você? você que é sem nome, que zomba dos outros, você que faz versos, que ama, protesta? e agora, José? Está sem mulher, está sem discurso, está sem carinho, já não pode beber, já não pode fumar,
    cuspir já não pode, a noite esfriou, o dia não veio, o bonde não veio, o riso não veio não veio a utopia
    e tudo acabou
    e tudo fugiu
    e tudo mofou,
    e agora, José?

    E agora, José?
    Sua doce palavra,
    seu instante de febre,
    sua gula e jejum,
    sua biblioteca,
    sua lavra de ouro,
    seu terno de vidro,
    sua incoerência,
    seu ódio – e agora?

    Com a chave na mão
    quer abrir a porta,
    não existe porta;
    quer morrer no mar,
    mas o mar secou;
    quer ir para Minas,
    Minas não há mais.
    José, e agora?

    Se você gritasse,
    se você gemesse,
    se você tocasse
    a valsa vienense,
    se você dormisse,
    se você cansasse,
    se você morresse…
    Mas você não morre,
    você é duro, José!

    Sozinho no escuro
    qual bicho-do-mato,
    sem teogonia,
    sem parede nua
    para se encostar,
    sem cavalo preto
    que fuja a galope,
    você marcha, José!
    José, para onde? (Carlos Drumond de Andrade)
    E nós, para onde vamos? Tá doendo sim!

  3. Fabiano, excelente postagem, pois retrata o que realmente aconteceu ontem a noite. Essas trocas mal feitas ou em momentos errados, tem prejudicado nosso Internacional há vários jogos. Não é possível acreditar que alguém faça substituições para perder um jogo, principalmente quando o jogo estava “fervendo”, mas é impossível encontrar razões coerentes que expliquem colocar em campo jogadores frios que vem desempenhando muito abaixo do que podem (Sasha), um jogador que estava sem jogar com os titulares há muitos jogos e que não consegue mostrar o seu bom futebol (Andrigo) e um jogador que volta de afastamento e sem ritmo de jogo (Ariel), deixando jogadores que estavam disponíveis no banco e em melhores condições (Seijas, Ferrarei e…). A arbitragem a meu ver, de características caseiras, bem conhecido aqui na Bahia, foi parcial em critérios de faltas e cartões para o time local. A bola no braço do Robinho foi clara e se fosse jogador do Inter, teria dado pênalti. Uma pena, pois apesar de tanto esforço em campo ter resultado na desclassificação Ontem, Anderson, ao meu modo de ver, jogou muito bem pela primeira vez. Valdívia e Aylon não podem ser reservas, pois mesmo ainda não recuperados fisicamente são melhores que outros. Ceará, um verdadeiro capitão, se impondo e jogando muita bole, apesar da descrença de muitos. Na minha avaliação, todo o time do Internacional teve um bom desempenho, entretanto foram prejudicados pela arbitragem e pelas ações de gente fora do campo. Só espero que esse “trapalhão” não coloque novamente no próximo domingo, jogo contra o Palmeiras, as “figurinhas carimbadas” de sua preferência em campo, pois tem gente só preocupada com a sua imagem e o novo clube.

    1. Pauperio obrigado! E não tem explicação para a bobagem que fez ontem o treinador. Se havia dúvida da incompetência do Juarez, essas foram tiradas ontem após as substituições. Ouvi dizer que ele argumentou que os jogadores estavam “acabados” (Valdívia, Anderson e Aylon), por favor, esse cachorro não vão me passar, caras mais velhos como Prato e Robinho ficaram até o final. E mesmo que estivessem cansados, as substituições foram de uma incompetência sem tamanho. Lamentável.

  4. ENTREVISTAS DOS COLORADOS PÓS DESCLASSIFICAÇÃO !!!

    Deveria começar por uns parabéns ao Atlético-MG que nos venceu em pleno Beira-Rio por 2×1 e empatou em 2×2 no Horto.

    É triste depois de uma partida que poderíamos sair com a VITÓRIA ver o nosso time derrotado e desclassificado da Copa do Brasil, mas ouvir entrevistas de críticas a arbitragem e lamentações são choro de perdedor.

    Muitos resultados negativos do INTERNACIONAL este ano não passaram pelo juiz, até mesmo, por que este trabalhador ganha bem menos e também erra muito menos do que os jogadores que treinam todos os dias para acertar muito mais.

    Depois do jogo sempre haverá muitos culpados para ser crucificados pela torcida e imprensa, começando pelo presidente que contratou os jogadores errados, os técnicos que não conseguiram montar um time VENCEDOR.

    Em quanto houver tempo os jogadores COLORADOS precisam esquecer a arbitragem e jogar apenas FUTEBOL, por que desta forma terão muito mais chances de acertar no GOL adversário, e não ficar culpando o juiz pela derrota.

    Abs. Dorian Bueno – Google+, POA, 03.11.2016

    1. Dorian, e não de agora, faz tempo que os gestores do Internacional poem culpa em terceiros, ou seja, a culpa nunca é nossa. Aí fica fácil.

      1. Olá Fabiano !!!

        Ontem antes do jogo, eu escrevi para três amigos que o Anderson seria abençoado por Deus para fazer dois GOLS.
        Lógico que era um delírio meu por ser um cara otimista.
        Eu não estava tão louco por que um GOL ele passou para o Aylon e o outro ele fez.
        Quem sabe se tivesse ficado em campo, poderia ter feito o nosso GOL salvador, mas o Roth não quis dar este gostinho para ele se consagrar.
        Abs.

  5. Alô você FAbiano!
    Pois bem, o resumo é o seguinte: O Anderson de novo, era o melhor do Inter e como no jogo de Porto Alegre fi retirado e viu do banco o time cair visivelmente de produção. Mesmo não sendo brilhante especialmente na marcação, Valdívia era o que mais arrematava, por via de consequência era o mais próximo de um possivel gol, fi retirado. Na frente Aylon fazia coisas de centroavante moderno ou seja, tinha presença na área e apertava a saida de bola dos zagueiros na linha média possibilitando o contra-ataque rápido do qual participava pois tinha velocidade, pois todos foram retidos pois representavam um forte RISCO DE VITÓRIA, então CJR os retirou do jogo. PERFEITO!!!
    Coloradamente,
    Melo

    1. Pois é Melo, se o saudoso Claudio Quintana Cabral estivesse entre nós ele diria (como já disse outra vez sobre as invenções de Roth): “Ele acabou de mandar o futebol a m…”

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