Líderes, tivemos, e hoje temos ? E o Planejamento?

 

Conversando tempos atrás com renomado ex-jogador colorado ele me falava do comportamento de lideranças no ”chamado” vestiário. Dizia ele: “um time não se faz com um só líder nem com um só grupo, naturalmente vão se formando os grupos, as vezes dois, três ,quatro até e em cada um desses há um líder. As vezes por imposição da palavra, outras vezes por imposição do talento, outras até por habilidade em contornar ou conduzir situações de modo a chegar a uma exitosa decisão sem quebrar os cristais. Presentemente, não temos no nosso INTER essa tal liderança de maneira clara em nenhum desses aspectos e um grupo assim pode ter enormes dificuldades”.

Bem, após isso passei a observar o seguinte:

A direção parece não ter pensado nisso também (lideranças), ou pensou errado, só pra variar, se não vejamos:

D’Alessandro, a maior expressão do plantel nesse sentido, foi embora após renovar um contrato e isso demonstra que ele  não pretendia ir embora, mas acabou indo e os motivos nunca foram muito claros.

Paulão ensaiou ser uma voz forte dentro e fora do campo e lhe foi tirada a braçadeira, e segundo a imprensa “o comandante”, não gostava muito da ideia de que uma “perigosa” liderança ameaçasse seu mandato.

Seijas, o lider abafado? (imagem: Yahoo)
Seijas, o lider abafado? (imagem: Yahoo)

Seijas ensaiou ser esse líder, deu a pinta e quando tentou tocar nos brios de seus companheiros afirmando que tudo estava uma solene M…, de certa forma colocou o comandante no meio da solene e isso desagradou a tal ponto que ficou vendo o time afundar com a visível falta de talento sem que uma voz se levantasse para impor sua entrada.

Ceará também ocupou vez por outra a braçadeira, num afã de dar um carteiraço de campeão do mundo imposto não por ele é claro mas pelo comendante.

-O último da fila foi Ernando que , por favor, não tinha  e provavelmente nunca terá o perfil de líder a ponto de representar a equipe quando necessário. Bom moço, esboça desagrado, mas ante a firmesa do adversário ou até do árbitro (visto o pênalti inventado contra o Corinthians), não mostra a indignação de um verdadeiro capitão.

E quando se precisávamos de uma voz forte dentro do campo para tentar mudar algo na base da motivação, no brio ou até mesmo na briga, na discussão, não víamos isso em nenhum momento.

Para quem teve lideres em um mesmo time do quilate de Claudio, Figueroa, Marinho Peres, Falcão,

Cláudio um dos grandes líderes de uma geração vitoriosa (imagem: Google)
Cláudio um dos grandes líderes de uma geração vitoriosa (imagem: Google)

Paulo Cesar e, em outro grande momento expressões de lideranças como Fernandão, Tinga, Iarley, Clemer, Bolívar e até Indio, deveria ter aprendido que lideranças são fundamentais para o sucesso de uma jornada e que isso precisa ser planejado.

Bem esse é só mais um aspecto do PLANEJAMENTO executado pelo pessoal do futebol de nosso Inter, mas quando lembro que  entrevistado,  o supremo mandatário Colorado ao ser inquerido sobre planejamento saiu com essa pérola: “Planejamento é ganhar os jogos e os campeonatos”, bem, aí não se pode esperar grande coisa, não?

TENHO DITO!

19 thoughts on “Líderes, tivemos, e hoje temos ? E o Planejamento?

  1. Ano passado escrevi em outro endereço dedicado aos colorados que, infelizmente, agora virou um antro de gente mal educada, acerca de coisas que o clube precisa fazer para modernizar sua gestão e oxigenar os corredores do BR. Primeiro de tudo o clube precisa definir uma ideia ou conceito de futebol que esteja sintonizado com a evolução científica metodológica que assegure alto desempenho (desempenho = resultado x comportamento) e com um modelo de governança com todos seus pilares – dá transparência à prestação de contas. Uma vez definido o conceito de futebol e o modelo de gestão, a escolha dos profissionais passa por perfis profissiográficos alinhados com estas exigências – da base aos profissionais.
    Desta maneira, não se correria riscos de sair de uma Abel para Argel ou de um Argel para um Falcão…isto ocorre porque não existe conceito ou ideia definido, ou mesmo convicção dos dirigentes sobre que futebol querem ver o clube. Daí, saem os absurdos das contratações, da manutenção de gente ruim nas bases, etc. Nas bases, uma coisa que exigir-se-ia era o aproveitamento escolar dos meninos como fundamento básico para continuarem nas fileiras do clube – desempenho escolar seria mais uma variável a ser considerado, porque, ao final, o clube deveria se preocupar com o cidadão, e assim por diante….

    1. Wolfgang, faço coro ao que dizes: tem gente avisando há horas que a desgraça se avizinhava. Tu mesmo esteve entre aqueles que viram quando cravei lá no Blog que se não fizesse, pelo menos 7 pontos, naqueles 4 confrontos entre Santos, Atlético PR, Vitória e América, podia chamar o taxidermista. Fizemos 3. Tá aí a conta.

      Depois, eu também disse, os gênios iriam querer vencer todas em casa. Vaticinei: não vencem. E não vencemos.

      E ainda falei “em algumas rodadas jogaremos pela dignidade”. Já ouvi dirigente usando essa palavra. O Inter é previsível, absolutamente previsível. Eu sou tosco, nada mais que isso, mas prever o Inter é tão óbvio que até eu pareço saber alguma coisa quando falo sobre nosso Clube do coração. Vou colar aqui o que escrevi no outro post e que vai de encontro ao que tu diz:

      To dizendo isso há 200 anos: o futebol brasileiro passa por uma modificação de suas estruturas gerenciais e, portanto, por um período que será sucedido por uma espécie de consolidação de 5, talvez 6 grandes Clubes contra o resto.

      Já tivemos, no início dos 2000′, uma estrutura administrativa que funcionava e que chegou a ser modelo. Entretanto, ela parou no tempo, enferrujou e agora não existe mais. Foram anos de desconstrução.

      Se o Inter tivesse mantido o caminho que foi iniciado por AOD CUNHA, hoje seríamos uma potência na América toda, capaz de fazer frente a qualquer time do mundo, já que o planejamento dele previa o funcionamento do Clube como uma empresa, sem privilégios, sem corrupção, sem falhas na gestão, com primazia pela eficiência e outras coisas mais.

      O que fizeram quando ele apresentou uma lista de coisas que deveriam, naquele momento, ser sumariamente “limadas” do Beira-Rio? Correram ele de lá, pois acabariam os privilégios de muitos.

      Este ato singelo, senhores, nos encarreirou rumo à treva da Segundona e do apequenamento do Clube.

      Preparem-se, pois o Inter está se tornando um Figueireinse para sempre.

      Medeiros? Afattato? Tudo farinha do mesmo saco. Não sabem diferenciar um ovo de uma laranja em termos de futebol e de organização do Clube para que ele não seja mais uma Portuguesa da vida.

      Que lamentável o que fizeram com o Grande Inter. Que lamentável.

  2. Melo
    Líder … isso que o Inter precisa para o ano que vem !!
    Um jogador que tenha vontade de ser campeão com o manto Colorado !!
    Na ausência do D’alessandro …. Seijas tentou o ser … mas não sei o motivo que foi parar no banco de reservas !!
    O nosso presidente, totalmente omisso, como vai querer cobrar resultado ??
    Que venha 2017 e com ele um presidente ativo .. um planejamento do tamanho do Inter … e não um líder .. mas vários líderes dentro e fora do campo.
    Saudaçoes

    1. Alô você Charles!
      Não sabemos se o Seijas é esse lider, mas só o saberemos se for colocado a prova e pelas declarações e atitudes valeria a pena testar, ou não?
      Coloradamente,
      Melo

  3. Realmente Paulo,esta faltando liderança no nosso time,o que se Vê é um bando de jogadores,desconpromissados,sem o minimo de sangue nos olhos,sem brio,parecendo jà conformados com o rebaixamento . O Danilo falou que parecem juvenis,eu discordo,pois os juvenis ainda jogam pra vencer. A sucessao de erros por parte desta presidencia,foi grande,mas espero que 2017 tudo mude.

    1. Alô você Junara!
      Danilo era outro com características, qualidades que indicam que ali tem um lider, porque não explorar, porque não valorizar?
      Coloradamente,
      Melo

  4. Melo e amigos(as), nós todos viemos de alguns anos atrapalhados e agora à beira do desastre. Essa falta de lideranças no sentido amplo justifica a desorganização do time e do clube. Não sei mesmo se os Colorados(as) que almejam a direção para o próximo biênio possuem essa capacidade de remontagem e de aglutinação que vamos precisar. Mesmo na hipótese cada vez mais distante de permanecermos na elite do futebol brasileiro, que é o nosso lugar, vamos precisar mudar radicalmente os rumos. Olhando para esta temporada em particular, onde fizemos um time de segunda linha para disputar o Brasileirão, temo sinceramente que a mentalidade de fazer um time para disputar uma série B não nos coloque numa situação ainda mais difícil de não disputar as vagas do ascenso para 2018. Sem falar nos prejuízos da marca e dos associados. A direção nova vai precisar reavaliar a situação do Beira-Rio, pois a imensa maioria dos associados que mantiveram o Clube durante as obras ficaram com os lugares menos privilegiados do estádio.

    1. Alô você Luciano!
      Se dentro do campo nos faltou um lider,fora dele também. Nos faltou um lider para cobrar frontalmente do primeiro mandatário as soluções ou encaminhamentos equivocados que ele tentou dar ao Inter. A voz forte da própria direção ou mesmo fora dela mas parece que todos estavam entorpecidos. Faltou fora de campo também, com certeza.
      Coloradamente,
      Melo

  5. UM LÍDER, TEM QUE GOSTAR DO QUE FAZ E POR QUEM FAZ, e isso é dificil de acontecer nos dias atuais, jogador só pensa em MORDOMIAS E UM BOM CONTRATO SALARIAL, estão dando uma banana pro clube e pra torcida, já saem da base com a cabeça feita pelos seus empresários. Antigamente era diferente, jogadores não tinham muitas mordomias tanto que a concetração era nos estádios, hj não, são em hoteis 7 estrelas, se colocarem em qualquer um eles não aceitam. Antigamente os salarios não eram astronomicos como são hoje, quem num contrato de dois anos o jogador fica milionário, também se jogava valorizando a camisa, hoje o jogador joga valorizando….. o bolso. To loco então.

    1. Alô você Vanderlei!
      Perfeito, um líder tem que gostar do ofício. Não é por outra razão que o VP de futebol tem que ser um homem meticuloso que saiba contratar e para isso, saiba avaliar homens com pendores de desempenhar papeis fundamentais em um grupo, mais uma falha do “supremo” que falhou aí também.
      Coloradamente,
      Melo

  6. Melo, essa questão de liderança começa no topo da pirâmide e, sinceramente, o maior erro de nosso clube foi ter dado o comando a algumas pessoas que não possuem as características de liderança e, muito menos, competência para formar um grupo qualificado que pudesse suportar suas deficiências. Existe uma diferença muito grande entre o capitão e o líder. O capitão, na maioria das vezes, não precisa ser o líder, mas aquele que possui as melhores qualidades para dialogar, se impor perante as arbitragens e nas informações à imprensa. Lógico, para isso, deve possuir um mínimo de cultura e educação. O líder de campo, para mim, líderes de campo e de vestiário, são aqueles que se impõem por qualidades não só pelo futebol que jogam, mas pela experiência que carregam, pela entrega em campo ou fora dele na luta pelo objetivo, mas principalmente em seus comportamentos nos bons e maus resultados. Não são os denominados “pais”, mas aqueles que são coerentes, justos na cobrança e solidários, por menor cultura que tenham. Carregam e vivem valores que fazem que outros os respeitem. A voz de vestiário, aquela que realmente “toca” grupo é influenciada por vários comportamentos, construtivos e destrutivos. A própria formação de vários grupos evidencia a desunião reinante no convívio. O importante é que as “laranjas podres” sejam identificadas e afastadas. Me parece fácil a identificação, basta ver as suas reações quando um companheiro não faz o que ele quer ou erra uma jogada, permanecendo fazendo caras e bocas e sem tentar recuperar a bola. Hoje se percebe isso claramente em jogos do nosso Internacional e no comportamento de alguns jogadores elogiados insistentemente pela crítica. Será que no vestiário o sentimento é o mesmo? Acredite, ninguém gosta de ser “queimado” com a torcida, pois se trata de reação de maus profissionais e péssimos companheiros. Esse tipo de comportamento só desagrega e cria um ambiente de animosidade e de má vontade. Na minha ótica, a principal liderança que falta é no topo e, por tudo que leio e estudo, essa carência desestrutura todo o conjunto e compromete qualquer análise mais profunda do comportamento dos demais. Sobre a existência de um planejamento, quando colocas a resposta ouvida, desculpe, só planeja quem tem visão e sabe onde quer chegar e, nesse caso atual de gestão, lamentavelmente essas condições básicas não existem e os resultados não poderiam ser outros.

    1. Alô você Pauperio!
      Bem sabemos diferenciar chefia e Liderança. A tarja de capitão apenas atribui poderes oficiais para todos os efeitos. Claudio Duarte foi um grande líder sem ser capitão e o mesmo se pode dizer do Tinga e do Iarley por exemplo.
      Coloradamente,
      Melo

  7. Bom dia AMIGO Melo e demais COLORADOS DO BAC !!!

    NA LINGUAGEM DO NÃO ACREDITO !!!

    Continuo não acreditando que o Internacional deixou escapar a oportunidade de ser TETRA Campeão Brasileiro de 2016, mesmo com o suporte técnico de QUATRO treinadores Argel, Falcão, Roth e agora o Lisca.

    Continuando nesta levada do não, também não foi possível ser BI Campeão da Copa do Brasil, mesmo com todas as barbadas que teve pela frente, e mais uma vez o cavalo passou encilhado e fugiu.

    Acredite Colorados, o mundo NÃO vai acabar por que não conseguimos conquistar estes títulos, mas ainda não podemos jogar a tolha pensando que tudo terminou ontem.

    Ainda nos restam duas partidas para jogar e não perder, por que está será a salvação já que ninguém pode garantir que o Vitória e Sport Recife empatarão ou vencerão os seus jogos.

    Não posso esquecer-me de registrar que NÃO acredito que o time do Grêmio conseguirá conquistar a Copa do Brasil contra o Atlético-MG, o título deste ano será somente de Público na Arena.

    Finalizando para não ficar muito chato este assunto, não consigo ver nenhum clube Gaúcho na LBA 2017.

    De um fato concreto nós todos não podemos negar, o título do Brasileirão é do Palmeiras por merecimento.

    Abs. Dorian Bueno – Google+, POA, 23.11.2016

    1. Alô você Dorian!
      Também não joguei a toalha ainda e reconheço que se o Palmeiras não foi brilhante deve ter sido o time, o grupo, a equipe que menos errou e tão somente por isso já é merecedora do título.
      Coloradamente,
      Melo

  8. Muito triste tudo isso, Melo. E , além da falta de liderança, por mera arrogância, escutando a entrevista do Danilo, a gente entende o que está acontecendo . Uma sucessão gigante de erros, que somados, estão nos levando a queda, como o grande avião alemão, onde o piloto decidiu se suicidar, se trancou na cabine e jogou o gigante contra as pedras, matando a todos.

    1. Alô você Tatiana!
      Pois é amiga, se nós que estamos acompanhando e não temos acesso ao “vestiário” somos quase unânimes em detectar essa aludida sucessão de erros gigantescos, porque aquele pessoal que está mais próximo da “decisão” não se manifesta em tempo, afinal estão lá para isso também ou não? Parece que não, né?
      Coloradamente,
      Melo

  9. Olá Melo, realmente esse apanhado que fizestes esta coberto de razão, mas além disso infelizmente o Internacional, tal qual o Brasil, assemelha-se a um novelo de lã emaranhado, é tanta coisa errada que fica impossível achar a ponta para começar a correção, vai ter que ser zerado para começar tudo de novo.
    Ai olhando os pretendentes à Presidência, esse monte de grupos em pleno velório brigando pelo espólio é aterrador, oremos.

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