SEM FANATISMO, DENTRO DA REALIDADE

Durante esse período de Carnaval, procurando pensar sobre a realidade desse início de jogos de nosso Internacional, não me deixando levar só pela emoção, mas focado somente nos fatos, vou procurar colocar minha visão atual, ciente que não sou o “dono da verdade” e respeitando a opinião de todos.

Vejo a atuação da direção atual com uma atuação mais discreta e medindo as palavras em todos os pronunciamentos. Sem grandes alardes e promessas milagrosas, as contratações e saídas de jogadores estão acontecendo. Em princípio, contratações e dispensas onde realmente são necessárias e de aceitação unânime.

Jogo a jogo se percebe a atuação também discreta do treinador e seu assessor, desde o acompanhamento contínuo dos jogos, na procura de uma melhor forma de jogar e à melhor formação titular, mas continua caindo muito de produção no segundo tempo. Fica uma dúvida se a opção é recuar para manter o resultado ou a falta de um melhor condicionamento físico. As substituições estão ocorrendo, com pequenas exceções, de acordo com o que está acontecendo e campo.

A equipe já apresenta visível união, buscando entrosamento, com incentivo, reclamações discretas e apoio, para quem erra, entra ou é substituído. Já existe desconformidade com resultados negativos, se nota um comando dentro de campo, nesse aspecto com destaque para D´Alessandro e do Dourado, mas ainda se perturbando muito quando sofre gol.

Um ponto a pensar é se ainda continuam válidas as vaias ou “marcação” sobre jogadores ou se o mais importante não é a união em torno do Internacional em busca de melhores resultados. Sinceramente, para mim, me interessa uma grande equipe, não a escalação de jogadores da minha preferência. Aprendi isso quando jogador, pois nem sempre os melhores jogadores formam o melhor time. Sou mais pelo resultado do trabalho, pelo resultado do grupo, pois não levo muito em consideração minhas preferências, mas, sim, os méritos de quem o executa em conjunto.

Teremos mais uma grande oportunidade no próximo sábado, no clássico GRENAL, para termos uma melhor avaliação sobre o momento atual e o estágio de preparação para continuar à busca do hepta, enfrentar as dificuldades da Copa do Brasil e da Série B, caso o resultado na Corte Arbitral, na Suíça, não nos seja favorável.

Para encerrar, não tenho a pretensão de ser defensor de nada, a não ser de meu próprio pensamento e, na minha visão, o nosso Internacional está no caminho certo. O nosso Internacional ainda não empolga, não consolida confiança, mas dá bons sinais.

14 thoughts on “SEM FANATISMO, DENTRO DA REALIDADE

  1. Prezados(as), comentários e avaliações de elevado gabarito como de costume. Quanto aos progressos do time, nós torcedores e os profissionais e dirigentes vamos sofrer com a pressa, a cobrança, a reversão de expectativas. Até maio quando começa o campeonato nacional e quando a Copa do Brasil começa a ter enfrentamentos de maior envergadura, vamos conviver com essas incertezas e algumas possíveis afirmações. Temos que ver deixado de lado de forma definitiva essa questão psicológica que volta e meia é levantada e disputar os jogos como um time que se não está grande como o Clube, que tenha grandes ambições. Mas é preciso ainda um ou dois zagueiros afirmados, meia de ligação com qualidade até para ser o titular, sem demérito para o Dalessandro é claro. E o ataque com Potker e mais um atacante de velocidade que ainda não temos (pode ser o Cirino? quem sabe).

  2. Olá Amigo Antônio Pauperio e demais Colorados !!!

    Empresários oportunistas e jogadores ruins, sempre estragam os times de futebol.

    Em 2015 sempre escrevi vendo os dois lados da moeda.

    Em 2016 passei a ser muito mais otimista como torcedor, e mesmo assim o Internacional caiu.

    Agora em 2017, vou deixar fluir…

    Eta raça triste !!!

    Abs. Dorian Bueno

  3. Precisamos urgente um meia-armador, não dá Roberson no meio né?? A direção colorada junto com o treinador parecem que não veem isso!!! QUE TIME NO MUNDO JOGA SEM UM MEIA, QUE ARME, DISTRIBUA E LANCE. Temos sim meia atacantes que é no caso do seijas, os nanicos Ferrareis e o Andrigo que são meia boca. Ganhamos quatro jogos seguidos sim, MAS SEREVEM DE PARÂMETRO PRA QUE??? O INTER É MUITO GRANDE PRA ACHAR QUE GANHAR DESTES QUATROS DOIS PRATICAMENTE AMADORES É UMA EVOLUÇÃO. Temos sim é que melhorar e muito pra voos mais altos, CONTINUO ACHANDO NOSSO ELENCO INSUFICIENTE TECNICAMENTE PRA SUBIR; Respeito as opiniões em contrário.

    1. Respeito tua opinião, assim como a de todos, entretanto existe uma diferença muito grande em afirmar que estamos no caminho certo e afirmar que está bom. O nosso Internacional está buscando soluções e as ações atuais diferem em muito de anos anteriores e isso deve ser reconhecido, pois serve de incentivo até termos novamente um grande time. Até churrasco os apressados comem cru.

  4. Caro Pauperio, escrevi desde as primeiras postagens neste 2017 que o nosso Inter é um time em reconstrução. Aqui evidentemente não vamos confundir um dos maiores clubes do Brasil, vencedor em tudo que disputou com àquela equipe fragilizada em todos os aspectos, mental, técnico, psicológico, anímico, etc. que disputou o lamentável 2º turno do brasileirão 2016. O grande clube Inter esteve muito mal representado em campo e só podia dar no que deu, infelizmente para o sofrimento da grande nação colorada.

    Mas bola prá frente que atrás vem gente.

    MM assumiu a presidência com muitos problemas, um deles bem grave que é a falta de $ (cofres raspados).

    Como você mencionou, discretamente vai mostrando trabalho, sem alarde, com empréstimos de vários atletas que mostraram-se insuficientes para atuar no colorado (Alan Costa, Géferson, Artur, Fernando Bob, Aylon, E. Henrique deve ir para o CAP, Ariel deve sair em abril, Vitinho voltou para a Ucrânia, tem o Anderson – , esses que lembrei de cabeça, símbolo do pífio Píffero – está indo para o Coritiba). Esses que lembrei de cabeça, deve ter mais gente saindo.

    Algumas contratações pontuais e acertadas, acho. Um LD que foi bem no Botafogo (Alemão). Dois LE de bom nível (Uendel e Carlinhos), o atacante Carlos, algumas contratações a pedido do ACZ, Klaus e Roberson, apostas em Neris e Diego.
    Outra boa contratação que chega no final do paulistão é o Potker. Goleador com velocidade e força. Tem o Cirino chegando, que seja aquele do CAP de 2013.
    E que este Victor Cuesta seja o zagueiraço que há tanto tempo almejamos.

    Entrementes vindos da base temos com boa amostragem com boas apresentações do Junio, do Charles e mais recentemente do Léo Ortiz.

    Vamos torcer para que o nosso treinador consiga encaixar as peças e formar um conjunto sólido e unido.

    Sobre as vaias e marcação cerrada ao Paulão e Ernando por parte de alguns torcedores, cada um pensa por sua cabeça, mas foi a 7ª melhor defesa do brasileirão. Seguramente não foi o desempenho defensivo que nos rebaixou. Aí fica a questão, adianta ficar vaiando os caras?
    Se o Victor Cuesta chegar bem e o Ortiz continuar crescendo serão naturalmente os titulares.

    Sobre as vaias ao William, aí é um caso bem diferente. Um dos poucos que se salvou em 2016, quis forçar uma saída do Inter em hora totalmente imprópria e com quatorze meses de contrato pela frente. Não chegou a tal proposta que satisfizesse ao Inter, o Junio entrou bem, o torcedor pegou no pé, vai ter que reconquistar o torcedor em campo e manter a boquinha fechada.

    1. Bike boy Colorado, sem reparos os teus comentários, só ilustram ainda mais o que escrevi. Quanto ao William penso exatamente como você e inclusive acredito que esteja muito mal assessorado. É bom jogador e deve reconquistar a posição.

  5. Teu texto me fez regletir. Tenho um pouco de medo de achar que estamos no caminho certo. Sucessivas decepções acabam com nossas forças… mas algumas jogadas ensaiadas, a liderança visivel que esta de volta, boas contratações e a vontade de vencer são sinais positivos. Sim.

    1. Adriana, é sempre uma temeridade quando a gente posta algo. A gente nunca sabe que tipo de opiniões contrárias vai receber, principalmente da forma de discordar, ponto importante da boa educação. Teu comentário me deixa tranquilo, pois sua visão não é diferente da minha. Se o caminho certo ainda não é uma certeza, os indícios são muitos bons.

  6. Pauperio, vc auscultou com bastante propriedade o organismo colorado e traz aqui no post de hoje, um resumo do sentimento reinante na maioria dos colorados, bem aproximado do que, de fato, acontece.
    Penso da mesma forma, amigo e tenho ainda uma dupla esperança que poderá colocar este trabalho, o Inter descrito por ti no post, focado, com muitas contratações, com postura diferente, num piscar de olhos, numa situação de maior responsabilidade clubística. Explico.

    Vamos supor que, ao contrário do que muita gente espera, a Corte Arbitral Suíça nos dê ganho de causa na estapafúrdia e malandra manobra da CBF contra nós, resultando no rebaixamento, pelo regulamento vigente. Estaremos automaticamente, após a batida do martelo, habilitados a jogar a Série A, disputar mais vagas para a LA2018, o título brasileiro e a marca S.C. Internacional voltará a ter o valor em milhões de dólares que tinha antes do rebaixamento, ou até um valor maior, conforme o seu desempenho este ano.

    A valorização deste trabalho formiguinha que a nova direção está fazendo, desmanchando um tremendo obstáculo, quase um muro mesmo, de dificuldades para ter-se o que sabemos que o Inter sempre teve, gana para vencer, sangue nos olhos, raça, time copeiro, esquadrão que faz pernas tremerem ao iniciar o jogo e não o que se viu até o final do ano passado, uma direção inerte, muda e pior, sem saber o que e como fazer para tirar o paciente da UTI.

    Levo em conta que MM é do mesmo grupo da direção anterior e sua antecessora, que contriburam para o nível baixíssimo onde chegamos no que se refere ao futebol profissional mas, vejo inteligência ao modificar o status quo sem alarde e devagarinho vai transformando o cenário e os resultados começam a aparecer ( temos 4 vitórias seguidas e convincentes, sendo duas com um intervalo de 24 horas, mesmo tendo sido equipes diferentes). Adversários menores? Creio que não, são sim, clubes de menor expressão, mas nem por isso não jogam nada ou são muito piores do que nós.
    ( caso este raciocínio não aconteça, serão eles os nosso adversários este ano).

    Estamos terminando o mes de Fevereiro e é agora que o ano inicia no Brasil. E ao que parece, estamos chegando numa formação de time titular, com boas reposições, que não se tinha ano passado, nem um time titular decente e reservas também confiáveis. Isso, por si só, já é um diferencial importante e marca a atual gestão como sendo diferente do que nos causou tanto prejuízo. A energia é outra. Até o William voltou atrás e enxergou o fato novo, o nascimento da proposta de mudança e novos tempos chegando, independente de onde o Inter estiver, série A ou B.

    A chegada de Cuesta, um xerifão argentino é a maior prova disto. Deixar o Independiente e outras propostas de jogar em clubes em melhor posição noutros países e vir para o Inter, com todo o seu patrimônio, time em modificação, início de temporada, novo trabalho sendo implantado, é um desafio ímpar. E ele escolheu o Inter.
    Na minha opinião, falta apenas um meia armador goleador e que seja bom na armação. Acredito que a direção não está dormindo em berço esplêndido, achado que com Ferrareis, Andrigo, Gol-contra EHenrique, Seijas irão resolver…
    O restante do elenco , depois da chegada do Potker e o meia goleador, estará pronto para este ano. Não vejo grandes times nem na A, nem na B. Tá tudo parelho. Assim, ganha quem tem sangue nos olhos, quem vai na bola perdida, quem não deixa o adversário respirar e bola pro mato porque o jogo é de campeonato.
    Ah, e livrem-se das nabas, por favor. Se estão à disposição, acabam jogando e comprometendo.
    Grande abraço e bem-vindo 2017, agora pra valer!

    1. Gaude, ainda bem que estou percebendo outros Colorados percebendo que há um avanço no nosso Internacional em 2017. Não podemos “adivinhar” mas estamos atentos e valorizando o que de bom está sendo feito e criticando aquilo que percebemos, de fora, que não é o melhor. Concordo completamente com teu comentário. Estava vendo as notícias na Internet e está colocada a informação que o nosso Internacional, na surdina, já “despachou” dois times de futebol.

  7. Paupério e colorados, bom dia! Concordo com quase 100%.

    Contratações – ainda acho que precisamos mais um zagueiro e um reserva qualificado para o D’Alessandro. Já sabemos que ele não vai aguentar a maratona de jogos da Série B, que exige viagens muito mais longas do que a Série A. Acho que houve vacilo na contratação de zagueiros – este Neris me pareceu bem fraco, além da trajetória dele não dar nenhuma segurança e Klaus ainda precisa se firmar. Vamos ver se Cuesta dá resposta esperada e se Leo Ortiz continua progredindo.

    Time – comparado com a organização tática que tínhamos desde a chegada do Argel (balonismo futebol clube) há progressos importantes. Mas o time oscila muito ainda por várias razões – falta de boas opções de banco em todos os setores (hoje não temos opções para o meio de campo); tem um aspecto psicológico que ainda impacta muito o time em termos de manutenção da pegada…há jogadores que ainda não conseguem se resignar com a perda de uma jogada (Valdivia) e parecem que ainda estão jogando em 2016 para não cair e ainda há jogadores medianos no time que não conseguem segurar uma bola na frente. Vai melhorar muito quando tivermos Pottker e talvez o Cirino.

    Carlinhos e Uendel – Carlinhos já não é mais uma criança. Tem se destacado nestes jogos porque tecnicamente é bem dotado, mas tenho muitas dúvidas quando for jogos em que o Inter será atacado pelo seu lado. Uendel é mais novo e está em plena forma. Por que estou escrevendo isso? está dando certo a utilização destes dois jogadores no time titular, com o deslocamento do Uendel para o meio, mas, eu não gosto desta solução – tenho muitas dúvidas se isso vai funcionar contra times mais fortes. O Grenal poderá ser um teste para isso e eu espero que o Zago esteja certo. Acho que vão colocar alguém nas costas do Carlinhos e vão fechar o corredor – daí vai faltar força para chegada na frente porque a dupla funciona bem jogando próximos…acho que não deve ser mudado isso, mas será um teste.

    Direção – concordo que o Roberto Melo me parece um cara bem centrado e preparado para a função. Claro que nossa referência era o Pellegrini que, convenhamos, era muito abaixo da mediocridade. As atitudes do MM também me parecem bem equilibradas – imaginem se fosse o VP naquele episódio de Veranopolis…nada iria acontecer, pelo contrário, seria capaz de vociferar nos microfones em defesa daqueles marginais, enquanto MM foi prá cima para descobrir quem foram para puni-los.

    1. Santos, excelentes colocações. Não tenho nada a dizer sobre teu comentário, a não ser reafirmar que concordo contigo e você foi mais específico apontando as deficiências que dei a entender. No geral, concordamos, estamos com um comportamento melhor e no bom caminho, a não ser que se resolva retroceder nos conceitos e as contratações não aconteçam ou não aprovem. Quanto ao GRENAL, acredito que o Anselmo seja escalado. Precisamos de uma jogada pela direita, ou com a volta do William (ou sua substituição definitiva, cansei dessa história de mistérios), ou com a contratação de do Cirino.

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