13 thoughts on “Avaliação de Desempenho Colorado no Brasileirão Série B 2017”
Uma Opinião
Desde o ano passado, quando as coisas atingiram o ápice dos desmandos no comando do Inter, que tenho escrito o que penso acerca do ponto de partida da tragédia.
Antes de mais nada quero deixar claro que D’Alessandro, nosso ídolo há anos, é solução sempre e não problema. Escrevi que D’Alessandro jogou 3 anos em alto nível, caiu em 2011 e 2012, e em 2013 nos salvou do rebaixamento. Aliás, em 2013 foi um ano excepcional, porque foi o ano que mais gols fez pelo Inter, gols salvadores, na era Dunga no comando do Inter. A importância do D’Alessandro para o Inter ficou mais saliente ainda no ano passado. Uma gestão desastrada apostou em uma renovação mal planejada e em um ex-jogador (Anderson) que ninguém mais queria na Europa, em que pese a baixa idade, devido ao seu descompromisso com a vida de um atleta. D’Alessandro é muito inteligente. Enxergou que “a barca” afundaria com ele ou sem ele e pediu para sair. Não há como condená-lo. Qualquer um de nós faria isso, se estivéssemos em uma empresa prestes a falir, mal administrada, com gestores de baixa qualificação (Piffero, Pellegrini e Argel) e onde você não pode opinar, sob o risco de tomar um pito em público (D’Alessandro criticou a Primeira Liga e Pellegrini chamou-lhe a atenção via Rádio).
Entretanto, uso o D’Alessandro como ponto de partida para falar das coisas erradas que vem acontecendo no Inter. A verdade é que o Inter vive de lampejos desde 2011 ou desde o desastre chamado Mazembe. Ali houve o primeiro absurdo da administração ao renovar com Celso Roth, um dos principais protagonistas daquela vergonha. O Inter vem, ano a ano, cada vez mais, dependendo do que o D’Alessandro pode entregar. D’Alessandro, além de ótimo jogador, tem imagem irreparável dentro (tenho algumas restrições) e fora do campo, sempre defendendo com unhas e dentes o clube, sendo um profissional exemplar, entre tantas qualidades. E a direção ficou lá, comendo mosca e não enxergando que era preciso pensar em sua sucessão como centro técnico do time. Nem entro nesta discussão de perder Lucas Lima, Oscar e outros que poderiam ser a referência técnica. O problema é de mentalidade. Sentaram em cima do sucesso e acharam que soluções que funcionaram no passado funcionariam no futuro. 2011 era o ano da reformulação, principalmente do modo de pensar, era preciso repensar para onde o futebol estava indo e era necessário reciclar o clube para mantê-lo vencedor além do Mampituba.
Todas as tentativas, de lá para cá, foram megalomaníacas. Contratações sem critérios técnicos e físicos adequados, gastança sem previsão de retorno, entre outras bobagens. O Inter teve um lampejo de recuperação quando trouxe Aranguiz e repatriou Nilmar. Aliás, uma palavra a respeito do Nilmar. Muita gente não gosta dele por conta das idas-vindas. Eu sou fã incondicional do Nilmar, porque sempre entregou o que dele se esperava, inclusive basta lembrarmos da Libertadores de 2015, quando fez jogos extraordinários que levaram o Inter até o 3º. Lugar, e sempre deixou o cofre do Inter abarrotado. Nilmar jogou muito bem os grenais também, causando terror no nosso adversário. O Inter errou feio ao não se esforçar para manter o Sóbis depois daquele retorno dele para ser bi da Libertadores. Sóbis foi para o Fluminense ser campeão do Brasil com destaque.
Por outro lado, o Inter trouxe Forlan, pagando uma fortuna, ou melhor, ainda vai pagar. Forlan estava em franca decadência na Europa. Era banco na Internazionale. Trouxe Dagoberto, pagando um salário alto. Sempre fui fã de Dagoberto, mas era claro que ele tinha algum problema. Fracassou no Inter, no Cruzeiro, no Vasco e no Vitória e hoje está parado, porque não se adapta mais ao ambiente do futebol. Tem algum problema psicológico com ele. O Inter deu azar na contratação do Scocco, porque todo mundo queria aquele jogador e o Inter conseguiu, mas o bunda mole era bunda mole, ficava na sombra do perna de pau do Damião e até hoje ninguém mais ouve falar. Alex, foi liberado para jogar no mundo árabe pelo Tite, quando treinava o Corinthians, porque se arrastava em campo e para o Tite isso não funciona. Dois anos depois o Inter repatriou Alex que, a rigor, não jogou nada durante todo o tempo que se manteve no Inter nesta volta, tendo alguns lampejos do jogador do passado, mas nada relevante. O Inter foi empilhando erro após erro, trazendo jogadores em fim de carreira – Juan, Jorge Henrique, pagou uma fortuna para trazer Rafael Moura, um jogador médio, bem médio. Enquanto todos estes erros iam se acumulando, no campo, D’Alessandro dava conta do recado, de uma maneira ou de outra, segurando as pontas e cada vez mais se perpetuando como essencial.
Enquanto isso, as categorias de base ganhavam muitos campeonatos, mas eu assistia e não me empolgava. Em 2013, quando D’Alessandro nos salvou do rebaixamento, apareceu Fred, mas logo foi vendido e o time ficou à mercê do gringo de novo. O único que me empolgava um pouquinho era o Alisson Farias, que fracassou quando subiu. Tirando o William, quebra galho, e o Dourado que me surpreendeu, todos foram aos poucos mostrando que eram muito fracos. E onde está o trabalho de qualidade da base?? Para mim há anos é uma falácia achar que o Inter faz um bom trabalho na base.
Hoje em dia as pessoas e as empresas de sucesso precisam se reinventar praticamente todos os anos para se manter no auge. Empresas de produtos precisam lançar novidades todos os anos para não perder espaço para a concorrência. Se for de Serviços, precisa inovar em tecnologia, novas metodologias na busca de soluções de problemas e aumento de eficiência. As pessoas precisam se reciclar constantemente, do contrário viram obsoletas. Os clubes do Brasil custaram a entender como funciona campeonatos de pontos corridos, por isso, vários clubes grandes caíram desde 2003, porque acreditavam que velhas fórmulas continuariam a funcionar. Não entenderam que, para disputar um campeonato de 38 rodadas é preciso mais do que um time bom, é necessário ter um elenco bom, que não dá mais para jogar pelo empate fora de casa, como funciona bem no mata-mata…e assim por diante. O Inter, em 2016, 13 anos depois do início dos pontos corridos e tendo as amostragens de 2006 e 2009, quando teve bons times, ainda não tinha entendido isso.
Aí para completarmos, cometemos o erro máximo da repetição. Trazer Piffero, sabendo que ele só funcionava enquanto Fernando Carvalho tinha boas ideias. Apenas para lembrar, Piffero engoliu Tite, quando era Presidente, porque Fernando era o vice e tomou a decisão de contratar o Tite, passando por cima da opinião do Piffero. Piffero errou tudo desde antes das eleições. A culminação do desastre veio com a convocação da tal SWAT. Com raras exceções, nós colorados acreditávamos que Fernando Carvalho era o cara certo para nos tirar daquela situação, mas, o que não contávamos era que FC estava completamente obsoleto em suas ideias de futebol, tanto que sua primeira providência foi trazer com ele Roth e Ibsen Pinheiro. Não há nada mais atrasado em futebol. Foi o apogeu da tragédia. Fazer as coisas do mesmo jeito e esperar resultado diferente.
Até os maiores clubes do mundo sofrem quando não se renovam no tempo certo, mesmo com todo o dinheiro à disposição. O Bayern, por exemplo, acabou de ser campeão da Champions e entregou o time para o Guardiola, o melhor treinador do mundo. Só que o time iria automaticamente passar por uma transformação dura, senão vejamos: Toni Kroos foi para o Real Madrid; Franck Ribéry ficou lesionado por muito tempo e já é veterano; Arjen Robben, igual ao Ribéry, vivia às voltas com suas lesões; Bastian Schweinsteiger também estava em franca decadência e mais preocupado em namorar a Ana Ivanovic; e Philip Lahm já estava veterano, sem contar que Thomas Muller não é mais o mesmo. Ora, nenhum time do mundo aguenta todos estes eventos ao mesmo tempo, tanto que Guardiola não conseguiu ganhar a Champions, apesar de ter ganho todos os campeonatos nacionais. O Barcelona, por conta de seus rolos nos negócios, foi punido e ficou 2 anos sem poder contratar. O problema é que isso coincidiu com o período de aposentadoria de Xavi, principalmente. Iniesta também precisava ser substituído ou pelo menos ter um reserva para poupá-lo (muito similar ao caso D’Alessandro). Estes dois anos atrasaram a reformulação no Barcelona e agora o resultado aparece no campo, criando uma Messi dependência enorme. Porque não adianta achar que Neymar e Suarez, que são ótimos, vão resolver tudo. Quem resolve no Barcelona é o Sr. Leonel Messi. Quando ele era ajudado pelo Xavi Hernandéz, Andrés Iniesta e o Cesc Fàbregas, era mais fácil para ele. Hoje ele tem que resolver tudo e tirando 10 minutos de lampejos do Neymar contra o PSG, quando Messi não está bem, o Barcelona não está bem. O resto é ufanismo da imprensa brasileira que achou que aqueles 10 minutos do Neymar contra o PSG já lhe dariam o prêmio de melhor do mundo.
Voltando ao que INTERessa, em conclusão, o Inter perdeu o fio de meada em 2011. Aquele ano era o ano para, parar, pensar, decidir e reformular o clube, mesmo vindo de um título da Libertadores no ano anterior. Nesta hora é que aparecem os dirigentes visionários. Naquele ponto era para repensar o clube como um todo e colocá-lo em outro patamar de gestão, de conceito, de metodologia, visando a manutenção da imagem do clube, até então vista como inovador, principalmente pelo plano Sócio Torcedor e pelos resultados em campo. O primeiro erro de um clube é não investir com inteligência nas categorias de base. A base precisa ser genuína, isto é, não pode sofrer influência de interessados externos. Esta influência externa somente pode ser evitada se o clube mantiver bons olheiros espalhados pelo Brasil, evitando que empresários cheguem antes nos melhores talentos. O clube que senta em cima da comodidade e espera que os empresários lhes tragam as soluções estão fadados ao fracasso. O Inter errou e continua errando, utilizando a tentativa-erro como método de gestão do futebol, quase sempre errando nas escolhas. Hoje, 7 anos depois, continuamos na dependência do D’Alessandro para dar alguma qualidade técnica ao time dentro do campo. Tirando D’Alessandro, o Inter tem 2 jogadores que são considerados titulares incontestes – Danilo Fernandes e Dourado. É muito pouco. Um desastre de gestão. De novo, com este elenco atual eu não tenho dúvidas que teríamos enormes dificuldades para nos manter na Série A, se lá estivéssemos, e se em 2018 voltarmos e não acordarmos para a necessidade de melhorar e MUITO o time, o elenco, vamos sofrer muito. Não caio mais na armadilha de acreditar nos lampejos do time, como foi contra o Palmeiras, por exemplo. O time não tem desempenho satisfatório, de maneira regular, há muitos anos.
Perfeito comentário, nota 10.
E para mim ainda acrescento que Dourado é um bisão , um molengão, um jogador ultrapassado sem iniciativa e sem intensidade.
Diria que 2010 foi o ápice da mediocridade, mas 2007 ano seguinte ao titulo mundial foi o ano que eu pude perceber que o clube tinha chegado ao TOPO mas não tinha entendido porque e como, pois neste ano já foi um amostra de como não souberam gerir a ascensão do momento.
O ATAQUE COLORADO ÀS VEZES FUNCIONA, MAS A DEFESA SEMPRE VAZA !!!
Será que o time do Internacional está sendo montado da frente para trás?
Passei a pensar nisto por que toda vez que conseguimos fazer um GOL, o time logo começa a voltar para o nosso campo, e ajuda o adversário a fazer o seu.
Acredito que a nossa maior força no momento esteja no ataque, mesmo errando muito as oportunidades que surgem.
Por isto precisamos aumentar muito mais este aproveitamento lá frente, já que sempre levamos GOLS EM TODOS OS JOGOS.
No momento não estou conseguindo pensar qual seria o melhor esquema para arrumar a casa do nosso Internacional, quem sabe um tipo a LJ, Lava Jato.
Este esquema LJ poderia arrumar a forma de pensar, organizar e jogar futebol, desde os gabinetes até dentro do campo de forma mais limpa, clara e vitoriosa.
Abs. Dorian Bueno – Google + Plus, POA, 16.06.2017
QUANDO VAMOS TER UM TIME DE FUTEBOL NO INTERNACIONAL !!!
Goleiro não é problema por que o Danilo passa confiança.
O jovem Ortiz e velho Danilo Silva não passam segurança nem por baixo e nem por cima.
O Fabinho já estava forçando demais a sua escalação, quem sabe quem entrar agora para lhe substituir, possa jogar melhor.
O Dourado precisa fazer reluzir este brilho que tem no seu nome, com mais coragem para jogar a bola para frente e não para trás e para os lados.
O Edenilson, coitado está sendo queimado aos pouquinhos fora da sua posição de volante, onde funciona com mais vontade e velocidade.
O Uendel quando quer jogar, até tem uns lampejos que ajuda o time em algum setor do campo.
O D’Alessandro precisará cada vez mais de uma companhia confiável ao lado dele, isto quanto não estiver suspenso por falar demais.
Quanto ao nosso TRIO PNC, vou deixar para a direção e o treinador Gordiola quebrar as suas cacholas para formar um novo TRIO, já que agora vai ficar capenga como o nosso simpático Saci, sem o lesionado William Pottker.
Quem sabe quem entrar, possa tentar chamar a nossa atenção com muitos GOLS.
Pela amostragem muito bem exibida nos gráficos, tu nos deixa ao mesmo tempo preocupados e esperançosos, Pauperio.
Preocupados pelos desvios de conduta que tanto atrapalham o Inter, tais como, erros nas escolhas de jogadores a serem contratados ( dispensa de mais de 3 times completos), falta de conhecimento do riscado ( erros de avaliação, de mensuração, de logística, de saber exatamente o que é preciso para sair do buraco, entre outros).
E esperançosos, porque afundar mais do que já afundamos é muito difícil, até porque de todos os que estiveram à frente da casamata colorada desde o meio do ano passado para cá, na minha opinião, Guto é o melhor, por ser colorado e ter experiência em levantar clubes de média expressão e fazê-los tornarem-se algo mais no cenário futebolístico nacional, tal como voltar à série A. Ainda mais com a revelação do Melo, do Guto ter em sua equipe de trabalho alguém também identificado com o Inter, André Luiz, jogador vitorioso no escrete dos anos 80.
Vamos dar tempo ao tempo para eles imporem a sua forma de trabalhar, confiando que esta será a forma de trazer o Inter de volta para a elite. A melhora destes índices poderá começar já amanhã, no Arruda, com algumas mexidas que o Guto já se manifestou que fará. Bom trabalho Guto. Rumo à mais 3 pontos.
Grande abraço.
Alô você Pauperio!
Se existe algo alentador é o fato de que no quesito individualidades, Nico Lopes mesmo tendo ficado de fora e só entrando pela lesão do Potker mantém uma regularidade aceitável. Quanto ao coletivo, segue tudo como dantes, com uma novidade, a meu juízo, o time começa jogando bem que é sinal evidente de que está orientado. Por enquanto eles tem que DECORAR a matéria do professor GF, entender, é pra depois.
Coloradamente,
Melo
Sobre o perfeito comentário ai de cima do Jairo, onde ele elencou a serie de Desculpas, se ele me permitir
vou acrescentar mais uma que comecei a ouvir na terça, que é esta perola,
ESTAMOS AINDA NO INICIO DO CAMPEONATO, esta perola saiu do Boca do glorioso R,Mello, esta desculpa
eu já ouvi no ano passado vindo de outra boca, e quando ela começa a aparecer de novo é mau sinal.
É Pauperio, esses números mostram o quanto ainda vamos sofrer se não fizerem algo URGENTE.
Concordo com o comentário do Vanderlei do post anterior, pelo jeito jamais saberemos o que se passa no Beira Rio.
Desde a famosa ZONA DE CONFORTO, que aquilo virou uma ZONA.
Entra treinador, sai treinador, troca presidente, troca grupo de jogadores, e é tudo muito comodo.
Jogadores recebem uma fortuna, fazem fiascos e nada. Ninguém cobra coisa alguma.
No final somos obrigados a engolir desculpas ridículas:
Não temos tempo para treinar.
Quando tem tempo para treinar é porque não temos ritmo de jogo.
Hora é o gramado
Hora é o vento
Hora é porque tem jogador chegando
Hora é porque teve jogador saindo no meio do campeonato devido a janela
Hora é porque esta iniciando um trabalho
Hora é o calor
Hora é a chuva
Hora é o preparo físico
Uma competição atrapalha a outra
vamos poupar, pois o outro campeonato é mais importante
Hora é porque o time adversário joga retrancado
Hora é porque o time adversário joga pra cima
Só esta faltando dar a desculpa, QUE A BOLA É REDONDA.
No final das contas, isso se resume a TOTAL INCOMPETÊNCIA.
Somos um clube que tivemos a maior oportunidade de nos tornamos o maior clube da America:
Maior quadro social
Mais conquistas
Maior visibilidade nacional e Internacional
Mas que em 2.010, desde que perdemos para o Mazembe e renovamos com o Burrot, resolvemos tratar o futebol de forma AMADORA e totalmente irresponsável.
Não caímos apenas o ano passado, fomos construindo desde aquele fatídico dezembro de 2.010 o nosso fundo do poço.
PRECISAMOS URGENTE TRATAR O FUTEBOL DE FORMA PROFISSIONAL, deve haver cobrança por resultados
Completamente indignado com essa situação, desculpem o desabafo.
Jairo, você levanta e cita pontos importantes. Ninguém mais aguenta essas desculpas que já não convencem ninguém, só não acho justo querer cobrar algo de imediato do atual treinador, pois “pegou o bonde andando” e está tentando arrumar o time. Acredito que o mais prudente agora é esperar um pouco mais.
Mas é que qualquer timeco tem padrão de jogo e os jogadores gostam de jogar futebol.
No nosso time parece que é um sacrifício ter que jogar.
Fazem um gol e simplesmente acham que acabou o jogo.
Sempre assisto os jogos, mas confesso que ultimamente para aguentar ver um jogo inteiro do Inter é necessário paciência, coragem e principalmente não estar com sono, pois tá f..
Uma Opinião
Desde o ano passado, quando as coisas atingiram o ápice dos desmandos no comando do Inter, que tenho escrito o que penso acerca do ponto de partida da tragédia.
Antes de mais nada quero deixar claro que D’Alessandro, nosso ídolo há anos, é solução sempre e não problema. Escrevi que D’Alessandro jogou 3 anos em alto nível, caiu em 2011 e 2012, e em 2013 nos salvou do rebaixamento. Aliás, em 2013 foi um ano excepcional, porque foi o ano que mais gols fez pelo Inter, gols salvadores, na era Dunga no comando do Inter. A importância do D’Alessandro para o Inter ficou mais saliente ainda no ano passado. Uma gestão desastrada apostou em uma renovação mal planejada e em um ex-jogador (Anderson) que ninguém mais queria na Europa, em que pese a baixa idade, devido ao seu descompromisso com a vida de um atleta. D’Alessandro é muito inteligente. Enxergou que “a barca” afundaria com ele ou sem ele e pediu para sair. Não há como condená-lo. Qualquer um de nós faria isso, se estivéssemos em uma empresa prestes a falir, mal administrada, com gestores de baixa qualificação (Piffero, Pellegrini e Argel) e onde você não pode opinar, sob o risco de tomar um pito em público (D’Alessandro criticou a Primeira Liga e Pellegrini chamou-lhe a atenção via Rádio).
Entretanto, uso o D’Alessandro como ponto de partida para falar das coisas erradas que vem acontecendo no Inter. A verdade é que o Inter vive de lampejos desde 2011 ou desde o desastre chamado Mazembe. Ali houve o primeiro absurdo da administração ao renovar com Celso Roth, um dos principais protagonistas daquela vergonha. O Inter vem, ano a ano, cada vez mais, dependendo do que o D’Alessandro pode entregar. D’Alessandro, além de ótimo jogador, tem imagem irreparável dentro (tenho algumas restrições) e fora do campo, sempre defendendo com unhas e dentes o clube, sendo um profissional exemplar, entre tantas qualidades. E a direção ficou lá, comendo mosca e não enxergando que era preciso pensar em sua sucessão como centro técnico do time. Nem entro nesta discussão de perder Lucas Lima, Oscar e outros que poderiam ser a referência técnica. O problema é de mentalidade. Sentaram em cima do sucesso e acharam que soluções que funcionaram no passado funcionariam no futuro. 2011 era o ano da reformulação, principalmente do modo de pensar, era preciso repensar para onde o futebol estava indo e era necessário reciclar o clube para mantê-lo vencedor além do Mampituba.
Todas as tentativas, de lá para cá, foram megalomaníacas. Contratações sem critérios técnicos e físicos adequados, gastança sem previsão de retorno, entre outras bobagens. O Inter teve um lampejo de recuperação quando trouxe Aranguiz e repatriou Nilmar. Aliás, uma palavra a respeito do Nilmar. Muita gente não gosta dele por conta das idas-vindas. Eu sou fã incondicional do Nilmar, porque sempre entregou o que dele se esperava, inclusive basta lembrarmos da Libertadores de 2015, quando fez jogos extraordinários que levaram o Inter até o 3º. Lugar, e sempre deixou o cofre do Inter abarrotado. Nilmar jogou muito bem os grenais também, causando terror no nosso adversário. O Inter errou feio ao não se esforçar para manter o Sóbis depois daquele retorno dele para ser bi da Libertadores. Sóbis foi para o Fluminense ser campeão do Brasil com destaque.
Por outro lado, o Inter trouxe Forlan, pagando uma fortuna, ou melhor, ainda vai pagar. Forlan estava em franca decadência na Europa. Era banco na Internazionale. Trouxe Dagoberto, pagando um salário alto. Sempre fui fã de Dagoberto, mas era claro que ele tinha algum problema. Fracassou no Inter, no Cruzeiro, no Vasco e no Vitória e hoje está parado, porque não se adapta mais ao ambiente do futebol. Tem algum problema psicológico com ele. O Inter deu azar na contratação do Scocco, porque todo mundo queria aquele jogador e o Inter conseguiu, mas o bunda mole era bunda mole, ficava na sombra do perna de pau do Damião e até hoje ninguém mais ouve falar. Alex, foi liberado para jogar no mundo árabe pelo Tite, quando treinava o Corinthians, porque se arrastava em campo e para o Tite isso não funciona. Dois anos depois o Inter repatriou Alex que, a rigor, não jogou nada durante todo o tempo que se manteve no Inter nesta volta, tendo alguns lampejos do jogador do passado, mas nada relevante. O Inter foi empilhando erro após erro, trazendo jogadores em fim de carreira – Juan, Jorge Henrique, pagou uma fortuna para trazer Rafael Moura, um jogador médio, bem médio. Enquanto todos estes erros iam se acumulando, no campo, D’Alessandro dava conta do recado, de uma maneira ou de outra, segurando as pontas e cada vez mais se perpetuando como essencial.
Enquanto isso, as categorias de base ganhavam muitos campeonatos, mas eu assistia e não me empolgava. Em 2013, quando D’Alessandro nos salvou do rebaixamento, apareceu Fred, mas logo foi vendido e o time ficou à mercê do gringo de novo. O único que me empolgava um pouquinho era o Alisson Farias, que fracassou quando subiu. Tirando o William, quebra galho, e o Dourado que me surpreendeu, todos foram aos poucos mostrando que eram muito fracos. E onde está o trabalho de qualidade da base?? Para mim há anos é uma falácia achar que o Inter faz um bom trabalho na base.
Hoje em dia as pessoas e as empresas de sucesso precisam se reinventar praticamente todos os anos para se manter no auge. Empresas de produtos precisam lançar novidades todos os anos para não perder espaço para a concorrência. Se for de Serviços, precisa inovar em tecnologia, novas metodologias na busca de soluções de problemas e aumento de eficiência. As pessoas precisam se reciclar constantemente, do contrário viram obsoletas. Os clubes do Brasil custaram a entender como funciona campeonatos de pontos corridos, por isso, vários clubes grandes caíram desde 2003, porque acreditavam que velhas fórmulas continuariam a funcionar. Não entenderam que, para disputar um campeonato de 38 rodadas é preciso mais do que um time bom, é necessário ter um elenco bom, que não dá mais para jogar pelo empate fora de casa, como funciona bem no mata-mata…e assim por diante. O Inter, em 2016, 13 anos depois do início dos pontos corridos e tendo as amostragens de 2006 e 2009, quando teve bons times, ainda não tinha entendido isso.
Aí para completarmos, cometemos o erro máximo da repetição. Trazer Piffero, sabendo que ele só funcionava enquanto Fernando Carvalho tinha boas ideias. Apenas para lembrar, Piffero engoliu Tite, quando era Presidente, porque Fernando era o vice e tomou a decisão de contratar o Tite, passando por cima da opinião do Piffero. Piffero errou tudo desde antes das eleições. A culminação do desastre veio com a convocação da tal SWAT. Com raras exceções, nós colorados acreditávamos que Fernando Carvalho era o cara certo para nos tirar daquela situação, mas, o que não contávamos era que FC estava completamente obsoleto em suas ideias de futebol, tanto que sua primeira providência foi trazer com ele Roth e Ibsen Pinheiro. Não há nada mais atrasado em futebol. Foi o apogeu da tragédia. Fazer as coisas do mesmo jeito e esperar resultado diferente.
Até os maiores clubes do mundo sofrem quando não se renovam no tempo certo, mesmo com todo o dinheiro à disposição. O Bayern, por exemplo, acabou de ser campeão da Champions e entregou o time para o Guardiola, o melhor treinador do mundo. Só que o time iria automaticamente passar por uma transformação dura, senão vejamos: Toni Kroos foi para o Real Madrid; Franck Ribéry ficou lesionado por muito tempo e já é veterano; Arjen Robben, igual ao Ribéry, vivia às voltas com suas lesões; Bastian Schweinsteiger também estava em franca decadência e mais preocupado em namorar a Ana Ivanovic; e Philip Lahm já estava veterano, sem contar que Thomas Muller não é mais o mesmo. Ora, nenhum time do mundo aguenta todos estes eventos ao mesmo tempo, tanto que Guardiola não conseguiu ganhar a Champions, apesar de ter ganho todos os campeonatos nacionais. O Barcelona, por conta de seus rolos nos negócios, foi punido e ficou 2 anos sem poder contratar. O problema é que isso coincidiu com o período de aposentadoria de Xavi, principalmente. Iniesta também precisava ser substituído ou pelo menos ter um reserva para poupá-lo (muito similar ao caso D’Alessandro). Estes dois anos atrasaram a reformulação no Barcelona e agora o resultado aparece no campo, criando uma Messi dependência enorme. Porque não adianta achar que Neymar e Suarez, que são ótimos, vão resolver tudo. Quem resolve no Barcelona é o Sr. Leonel Messi. Quando ele era ajudado pelo Xavi Hernandéz, Andrés Iniesta e o Cesc Fàbregas, era mais fácil para ele. Hoje ele tem que resolver tudo e tirando 10 minutos de lampejos do Neymar contra o PSG, quando Messi não está bem, o Barcelona não está bem. O resto é ufanismo da imprensa brasileira que achou que aqueles 10 minutos do Neymar contra o PSG já lhe dariam o prêmio de melhor do mundo.
Voltando ao que INTERessa, em conclusão, o Inter perdeu o fio de meada em 2011. Aquele ano era o ano para, parar, pensar, decidir e reformular o clube, mesmo vindo de um título da Libertadores no ano anterior. Nesta hora é que aparecem os dirigentes visionários. Naquele ponto era para repensar o clube como um todo e colocá-lo em outro patamar de gestão, de conceito, de metodologia, visando a manutenção da imagem do clube, até então vista como inovador, principalmente pelo plano Sócio Torcedor e pelos resultados em campo. O primeiro erro de um clube é não investir com inteligência nas categorias de base. A base precisa ser genuína, isto é, não pode sofrer influência de interessados externos. Esta influência externa somente pode ser evitada se o clube mantiver bons olheiros espalhados pelo Brasil, evitando que empresários cheguem antes nos melhores talentos. O clube que senta em cima da comodidade e espera que os empresários lhes tragam as soluções estão fadados ao fracasso. O Inter errou e continua errando, utilizando a tentativa-erro como método de gestão do futebol, quase sempre errando nas escolhas. Hoje, 7 anos depois, continuamos na dependência do D’Alessandro para dar alguma qualidade técnica ao time dentro do campo. Tirando D’Alessandro, o Inter tem 2 jogadores que são considerados titulares incontestes – Danilo Fernandes e Dourado. É muito pouco. Um desastre de gestão. De novo, com este elenco atual eu não tenho dúvidas que teríamos enormes dificuldades para nos manter na Série A, se lá estivéssemos, e se em 2018 voltarmos e não acordarmos para a necessidade de melhorar e MUITO o time, o elenco, vamos sofrer muito. Não caio mais na armadilha de acreditar nos lampejos do time, como foi contra o Palmeiras, por exemplo. O time não tem desempenho satisfatório, de maneira regular, há muitos anos.
Perfeito comentário, nota 10.
E para mim ainda acrescento que Dourado é um bisão , um molengão, um jogador ultrapassado sem iniciativa e sem intensidade.
Diria que 2010 foi o ápice da mediocridade, mas 2007 ano seguinte ao titulo mundial foi o ano que eu pude perceber que o clube tinha chegado ao TOPO mas não tinha entendido porque e como, pois neste ano já foi um amostra de como não souberam gerir a ascensão do momento.
Santos, sem reparos ou comentários, pois é um relato da realidade.
O ATAQUE COLORADO ÀS VEZES FUNCIONA, MAS A DEFESA SEMPRE VAZA !!!
Será que o time do Internacional está sendo montado da frente para trás?
Passei a pensar nisto por que toda vez que conseguimos fazer um GOL, o time logo começa a voltar para o nosso campo, e ajuda o adversário a fazer o seu.
Acredito que a nossa maior força no momento esteja no ataque, mesmo errando muito as oportunidades que surgem.
Por isto precisamos aumentar muito mais este aproveitamento lá frente, já que sempre levamos GOLS EM TODOS OS JOGOS.
No momento não estou conseguindo pensar qual seria o melhor esquema para arrumar a casa do nosso Internacional, quem sabe um tipo a LJ, Lava Jato.
Este esquema LJ poderia arrumar a forma de pensar, organizar e jogar futebol, desde os gabinetes até dentro do campo de forma mais limpa, clara e vitoriosa.
Abs. Dorian Bueno – Google + Plus, POA, 16.06.2017
QUANDO VAMOS TER UM TIME DE FUTEBOL NO INTERNACIONAL !!!
Goleiro não é problema por que o Danilo passa confiança.
O jovem Ortiz e velho Danilo Silva não passam segurança nem por baixo e nem por cima.
O Fabinho já estava forçando demais a sua escalação, quem sabe quem entrar agora para lhe substituir, possa jogar melhor.
O Dourado precisa fazer reluzir este brilho que tem no seu nome, com mais coragem para jogar a bola para frente e não para trás e para os lados.
O Edenilson, coitado está sendo queimado aos pouquinhos fora da sua posição de volante, onde funciona com mais vontade e velocidade.
O Uendel quando quer jogar, até tem uns lampejos que ajuda o time em algum setor do campo.
O D’Alessandro precisará cada vez mais de uma companhia confiável ao lado dele, isto quanto não estiver suspenso por falar demais.
Quanto ao nosso TRIO PNC, vou deixar para a direção e o treinador Gordiola quebrar as suas cacholas para formar um novo TRIO, já que agora vai ficar capenga como o nosso simpático Saci, sem o lesionado William Pottker.
Quem sabe quem entrar, possa tentar chamar a nossa atenção com muitos GOLS.
Abs. Dorian Bueno, POA, 16.06.2017
Pela amostragem muito bem exibida nos gráficos, tu nos deixa ao mesmo tempo preocupados e esperançosos, Pauperio.
Preocupados pelos desvios de conduta que tanto atrapalham o Inter, tais como, erros nas escolhas de jogadores a serem contratados ( dispensa de mais de 3 times completos), falta de conhecimento do riscado ( erros de avaliação, de mensuração, de logística, de saber exatamente o que é preciso para sair do buraco, entre outros).
E esperançosos, porque afundar mais do que já afundamos é muito difícil, até porque de todos os que estiveram à frente da casamata colorada desde o meio do ano passado para cá, na minha opinião, Guto é o melhor, por ser colorado e ter experiência em levantar clubes de média expressão e fazê-los tornarem-se algo mais no cenário futebolístico nacional, tal como voltar à série A. Ainda mais com a revelação do Melo, do Guto ter em sua equipe de trabalho alguém também identificado com o Inter, André Luiz, jogador vitorioso no escrete dos anos 80.
Vamos dar tempo ao tempo para eles imporem a sua forma de trabalhar, confiando que esta será a forma de trazer o Inter de volta para a elite. A melhora destes índices poderá começar já amanhã, no Arruda, com algumas mexidas que o Guto já se manifestou que fará. Bom trabalho Guto. Rumo à mais 3 pontos.
Grande abraço.
Alô você Pauperio!
Se existe algo alentador é o fato de que no quesito individualidades, Nico Lopes mesmo tendo ficado de fora e só entrando pela lesão do Potker mantém uma regularidade aceitável. Quanto ao coletivo, segue tudo como dantes, com uma novidade, a meu juízo, o time começa jogando bem que é sinal evidente de que está orientado. Por enquanto eles tem que DECORAR a matéria do professor GF, entender, é pra depois.
Coloradamente,
Melo
Bom dia a todos. . . .
Sobre o perfeito comentário ai de cima do Jairo, onde ele elencou a serie de Desculpas, se ele me permitir
vou acrescentar mais uma que comecei a ouvir na terça, que é esta perola,
ESTAMOS AINDA NO INICIO DO CAMPEONATO, esta perola saiu do Boca do glorioso R,Mello, esta desculpa
eu já ouvi no ano passado vindo de outra boca, e quando ela começa a aparecer de novo é mau sinal.
corrigindo em vez de ai de cima, é ai de baixo, o baixo não é menosprezo e sim pela posição do comentário,
Boa,
Essa também.
He he
Boa noite.
É Pauperio, esses números mostram o quanto ainda vamos sofrer se não fizerem algo URGENTE.
Concordo com o comentário do Vanderlei do post anterior, pelo jeito jamais saberemos o que se passa no Beira Rio.
Desde a famosa ZONA DE CONFORTO, que aquilo virou uma ZONA.
Entra treinador, sai treinador, troca presidente, troca grupo de jogadores, e é tudo muito comodo.
Jogadores recebem uma fortuna, fazem fiascos e nada. Ninguém cobra coisa alguma.
No final somos obrigados a engolir desculpas ridículas:
Não temos tempo para treinar.
Quando tem tempo para treinar é porque não temos ritmo de jogo.
Hora é o gramado
Hora é o vento
Hora é porque tem jogador chegando
Hora é porque teve jogador saindo no meio do campeonato devido a janela
Hora é porque esta iniciando um trabalho
Hora é o calor
Hora é a chuva
Hora é o preparo físico
Uma competição atrapalha a outra
vamos poupar, pois o outro campeonato é mais importante
Hora é porque o time adversário joga retrancado
Hora é porque o time adversário joga pra cima
Só esta faltando dar a desculpa, QUE A BOLA É REDONDA.
No final das contas, isso se resume a TOTAL INCOMPETÊNCIA.
Somos um clube que tivemos a maior oportunidade de nos tornamos o maior clube da America:
Maior quadro social
Mais conquistas
Maior visibilidade nacional e Internacional
Mas que em 2.010, desde que perdemos para o Mazembe e renovamos com o Burrot, resolvemos tratar o futebol de forma AMADORA e totalmente irresponsável.
Não caímos apenas o ano passado, fomos construindo desde aquele fatídico dezembro de 2.010 o nosso fundo do poço.
PRECISAMOS URGENTE TRATAR O FUTEBOL DE FORMA PROFISSIONAL, deve haver cobrança por resultados
Completamente indignado com essa situação, desculpem o desabafo.
VAMO VAMO INTER
Jairo, você levanta e cita pontos importantes. Ninguém mais aguenta essas desculpas que já não convencem ninguém, só não acho justo querer cobrar algo de imediato do atual treinador, pois “pegou o bonde andando” e está tentando arrumar o time. Acredito que o mais prudente agora é esperar um pouco mais.
Pauperio, concordo, ele precisa de tempo.
Mas é que qualquer timeco tem padrão de jogo e os jogadores gostam de jogar futebol.
No nosso time parece que é um sacrifício ter que jogar.
Fazem um gol e simplesmente acham que acabou o jogo.
Sempre assisto os jogos, mas confesso que ultimamente para aguentar ver um jogo inteiro do Inter é necessário paciência, coragem e principalmente não estar com sono, pois tá f..
Abraço