Nesse momento quando o time do Internacional alcança finalmente a liderança isolada do Campeonato Brasileiro Série B 2017, que era a expectativa de toda a torcida Colorada desde o seu início, apesar da alegria que nos toma, é preciso entender que só passamos do meio do caminho e que as dificuldades, do restante da competição, não podem ser ignoradas ou subestimadas.
Acredito que não restam dúvidas quanto a qualidade do trabalho da gestão atual, fazendo as contratações necessárias, principalmente as últimas, assim como sobre a metodologia/filosofia de trabalho do treinador Colorado, Guto Ferreira, que começam a apresentar resultados, originando uma mudança radical de rumo, postura e ambiente.
Sei que nenhuma gestão é perfeita, mas fiquei meio desconfiado do real abandono da “síndrome de mediocridade”, que tomou de assalto o Beira-Rio nos últimos anos, principalmente devido essa decisão de colocar em campo um time reserva no último jogo na 1ª Liga, no meu entendimento, um tremendo equívoco no atual momento. Graças ao trabalho que está sendo feito, o time Colorado hoje tem outra “fotografia”, o plantel está mais qualificado, o ambiente interno e externo está mais tranquilo, os jogadores estão mais confiante e o time já está sendo visto de outra maneira, com mais respeito, aliás, como sempre foi visto em sua história. Salvo engano, para essa competição da Série B estamos bem “equipados”, mas a gestão atual já tem que se preocupar e projetar 2018. Já existe uma base muito boa e, acredito que com algumas contratações pontuais, qualificando um pouco mais algumas posições, o plantel estará em condições de disputar, com protagonismo, competições mais qualificadas. Sem “esquecer” ou subestimar as dificuldades de 2017, mantendo atenção redobrada em 2017, já é hora de iniciar o Projeto 2018, principalmente lapidando a execução de um planejamento de um projeto moderno e qualificado. Nossa esperança é que as principais definições para o futebol Colorado para 2018, sejam planejadas e definidas, o quanto antes, não permitindo que novamente haja perda do tempo precioso da pré-temporada.
Quanto ao comando técnico, já percebemos maior organização, melhor distribuição dos jogadores em campo, evolução do desempenho coletivo, transparece uma mudança radical de ambiente interno nos vestiários, maior segurança dos jogadores em campo e, sem dúvida alguma, uma diferente postura do time Colorado. Essas são as maiores evidências do acerto na contratação do atual comando técnico, treinador e do trabalho que está sendo efetuado. O time Colorado está organizado, mais equilibrado, tem um padrão de jogo visível, as linhas se comportam com maior integração e parece que o “encaixe” foi encontrado. Olhando de fora, as substituições sempre atingem os objetivos a que se propõem e estão sendo efetuadas nas posições e nos momentos certos. Ainda existem algumas limitações/deficiências, ou de qualidade específica, ou de preparo físico, mas estão sendo minimizadas com o posicionamento dos outros jogadores. Com a manutenção do time titular e com uma sequência maior de jogos, o time Colorado deverá consolidar o padrão de jogo, evoluir bastante no conjunto e proporcionar grandes desempenhos.
Se observarmos a torcida Colorada, mesmo ainda um pouco desconfiada, a tranquilidade está retornando e a confiança no time vem aumentando, jogo após jogo. Difícil é que todas as ações efetuadas agradem a todos, pois sempre haverá quem discorde de uma ou outra definição, mas se focarmos o objetivo final, todos querem a mesma coisa, o bem do Internacional. Aparentemente o “tempo das vacas magras” parece ter sido ultrapassado e estamos iniciando uma jornada de retorno à nossa trajetória de clube grande e vencedor. Nesse momento, todo o cuidado é pouco, pois a atenção deve ser redobrada. O time Colorado ainda é a equipe a ser vencida e as dificuldades serão muitas. Para o restante de jogos da Série B (afinal passamos apenas do meio da competição), é importante que haja a humildade necessária e o respeito a todos os próximos adversários, pois nada ainda está ganho. Esse empenho, dedicação, união e “raça”, dos últimos jogos, devem ser uma constante daqui à frente.
No futebol brasileiro, é do conhecimento de todos, uma sequência de bons resultados é a receita para o reconhecimento do sucesso, muitas vezes até não duradouro, entretanto, em algumas vezes, pode dar uma falsa impressão da realidade, assim como também é verdade, que uma sequência de maus resultados pode encerrar injustamente bons trabalhos em andamento. Por essa e outras razões, nesse momento, justiça seja feita, muitos treinadores e jogadores se doaram ao máximo, tiveram a oportunidade e o tempo necessário para desenvolver seus trabalhos, mas seus esforços não obtiveram os resultados que pretendiam, entretanto, mesmo assim, merecem nosso respeito e reconhecimento, pois acredito que tentaram fazer o seu melhor.
Para a grande maioria da Torcida Colorada, com certeza, a demora foi maior que a expectativa criada e desejada, mas finalmente temos um time competitivo e chegamos à liderança. Agora, vem o mais difícil, mantê-la até o final da competição e, se possível, buscar um distanciamento maior e mais confortável dos demais adversários. Para que o sucesso seja alcançado, essa mobilização atual do plantel e o incentivo da torcida Colorada devem continuar presentes e atuantes no Beira-Rio, assim como a manutenção dessa exigência de melhores apresentações e crescentes desempenhos individuais e coletivos, nos jogos que ainda teremos em 2017.
Acredito que dá para acreditar em um futuro bem melhor e, ao menos, ter a certeza que sabemos qual é o caminho certo e o que devemos evitar que venha a se repetir.
Grande Paupério! Texto muito equilibrado, cuidadoso e também otimista, o que nos faz muito bem nestas alturas do campeonato. Afora a decisão equivocada de abrir mão da disputa do titulo da Primeira Liga, a Diretoria e a Comissão Técnica têm mostrado mais acertos do que erros. Com Damião incomodando os defensores adversários ficou mais fácil para a equipe retomar a bola e se manter com ela durante a maior parte do tempo em todos os últimos jogos. A partir dessa iniciativa, a meu ver, começou a funcionar o INTER que voltará à Série A.
Concordo plenamente com tua opinião. Agora temos alguém para preocupar e prender os zagueiros, criando espaços para os demais atacantes.
Concordo com o Vanderlei.
As diretorias vem apequenando o Inter de uns tempos para cá. Lembro que num ano anterior, acho que 2014, o Abel descaracterizou o time e perdeu a classificação para a copa Sul-americana, com a desculpa das viagens, etc..
Agora na quarta o Inter com medo dos reservas do Galo escalou segundo time. E perdeu. A desculpa era poupar titulares. Aí foi jogou amistoso no sábado, para dar ritmo ao time. Dale se lesionou.
A desculpá de quarta, após a derrota, é que o título da Primeira Liga não leva a nada. Como se perder levasse a lugar algum!
Seria mais uma taça no armário.
Diretoria amadora!
Abraços aos parças do blog!
Paupério , boa noite. Como sempre bem colocado as tuas idéias. Concordo contigo em tuas explanações e vou mais além, a caminhada do INTER é que nem o caminho do gol, temos que estar juntos e unidos com um objetivo, a série A. Pouca coisa vaza para fora do vestiário, o que se sabe, são especulações e aí que fico imaginando a atitude da Diretoria e CT de não arranhar uma imagem que está sendo formada de uns jogos pra cá. O time encaixou, sem dúvida, mas carece ainda de muita coisa. Vamos só pensar em subir, a realidade é que hoje estamos fora da elite do futebol Brasileiro, é duro de aceitar , mas é uma verdade. Não somos pequenos e não é por medo de perder que não jogamos com time principal contra o Galo, mas sim, pelo um compromisso que transcende qualquer desejo de torcedor de ver o time jogar outra competição, é o dever de voltar a serie A. Este é o objetivo de 2017. Abraço.
Godoy, concordo plenamente com tuas colocações, mas acredito que poderia ter sido colocado em campo um time com um mínimo de condições de vencer. A volta à Série A é sem dúvida alguma a prioridade principal, mas seguindo o ensinamento japonês, em paralelo, sem subestimar os jogos da Série B, é preciso iniciar uma planejamento criterioso para 2018. Salvo engano, existe tempo e gente para dar atenção a isso.
Paupério, na minha humilde opinião, temos nós torcedores pararmos com a síndrome de coitadísmo, aquela do ARGEL, PÉZINHOS NO CHÃO, de pezinho no chão em pézinhos acabamos na segunda divisão, até rimou né kkkkkSOMOS UM TIME GRANDE, TEMOS O MELHOR ELENCO DA SEGUNDA DIVISÃO, TEMOS A MELHOR ESTRUTURA DE TODOS OS CLUBES DESSA DIVISÃO, ENTÃO TEMOS QUE PARAR DE NOS APEQUENARMOS, VAMOS SUBIR SIM, COM CERTEZA E COM ALGUMAS RODADAS DE ANTECEDENCIA SIM. Chega disso, quarta passado já nos apequenamos diante do Atl/MG por medo, medo de perder com os titulares, masss o que é isso, um clube da grandeza do inter tem que olhar para diante, foi o apequenamento que nos derrubou ano passado.
Vanderlei, sinceramente concordo com tua opinião a não se apequenar, mas não acredito que seja por medo, se trata de um pensamento que dominou nosso Internacional nos últimos anos. Faltou competência, gestão, inspirar confiança e. depois de muitas decisões equivocadas, para não dizer erradas, o resultado só poderia ser a queda à Série B. Esse pensamento medíocre, sem ambição e sem vontade de crescer, deve ser varrido do Beira-Rio.