Miscelânea – Olhando à Frente

 

Primeira Liga – Lembrar que o D’Alessandro tomou um pito do ridículo do Pellegrini por ter criticado a Primeira Liga chega a dar asco. Infelizmente, para mim, esta Primeira Liga é uma vergonha, porque deveria ter sido o primeiro passo para a libertação dos clubes das amarras da CBF e o que aconteceu? Um fiasco. Os próprios clubes criadores trataram de inviabilizá-la pensando em seus umbigos ao invés de enxergar a floresta. Foi uma ideia natimorta. A decisão do Inter de jogar com reservas contra o Galo foi muito errada, levando em conta o intervalo para os jogos da Série B e a chance de embolsar R$ 3.0 milhões de prêmio. Além disso, na sequência, fizeram um amistoso para manter os jogadores com ritmo com uma lesão confirmada em D’Alessandro. Incrível estas decisões.

2018 – Os dirigentes do Inter precisam e têm que pensar que 2018 já começou. Se deixarem para agir apenas depois de confirmarem a volta para a Série A vão se repetir na arte de perder tempo e de não ter planejamento algum. A volta para a Série A só não acontece se uma tragédia ocorrer. Há muita coisa para se pensar. Para início de conversa é necessário definir claramente quais serão os objetivos para 2018. Alguns objetivos podem ser: (a) disputar o título do CG, (b) da Copa do Brasil; (c) manter-se na Série A do Campeonato Brasileiro; e, (d) conseguir vaga para a Libertadores de 2019.

Elenco – Necessário que uma avaliação criteriosa seja feita nos próximos 90 dias, aproveitando o momento de recuperação da confiança, para assegurar quem pode continuar no elenco em 2018, levando em conta que os desafios serão muito maiores. Algumas questões são importantes – renovação do D’Alessandro, quem vai sair na próxima janela e que posições vamos precisar reforçar. Minha avaliação para possíveis reforços:

Zaga – Primeiro de tudo evitar a repatriação de jogadores que não deram certo por aqui (Alan Costa e Paulão). Segundo, confirmar a contratação de Klaus, que está emprestado pelo Juventude. Por último, contratar o zagueiro Eduardo Brock, do Paraná, que me agradou muito nos jogos que assisti e não deve ser caro.

Lateral Direita – Infelizmente não temos ninguém confiável e para a Série A será preciso trazer alguém para ser titular inconteste. Não há muitos candidatos. Acho que o mais viável é o Fabiano, foi da Chapecoense, estava no Cruzeiro e que está no Palmeiras. Não sei se é a solução. Foi o que me veio á mente.

Lateral Esquerda – Acho perda de tempo manter Carlinhos. Carlinhos é ex-jogador há anos. Tecnicamente é bom jogador, mas, a condição física é precária e às vezes parece que falta vontade. Uendel não é mau jogador, mas talvez não é o lateral que o Inter precisa pela sua fragilidade física na marcação. Iago ainda é uma promessa e deveria receber mais chances agora que o time está mais confiante para ter uma avaliação mais consistente. Trazer um novo lateral me parece necessário.

 Volantes – se Dourado ficar, não precisamos nos preocupar – na primeira função Dourado e Charles. Na segunda função Edenilson (definir contratação) e Fabinho. Fabinho não passa de um reserva para ser utilizado em última circunstância. Na verdade, o melhor é não manter um jogador assim no elenco porque acaba jogando e o resultado a gente já sabe. Então, necessário avaliar com mais consistência Alex Santana, Mossoró e Valdemir para garantir que podem substituir Edenilson.

Armação – Aqui residem as minhas maiores preocupações. Não acredito que D’Alessandro e Camilo darão conta do recado, muito menos Sasha, Juan, etc. Aparentemente Guto está apostando em Gutierrez para substituir D’Ale. Até acho ele bom tecnicamente, mas muito aquém das nossas necessidades e, além disso, está emprestado e deve ser caro. Eu tentaria trazer Arrascaeta do Cruzeiro, porque eles têm o Thiago Neves na mesma posição. Teria que fazer um investimento alto. Tentaria enfiar o Anderson no negócio, uma vez que foi Mano que o lançou no nosso arquirrival. Outra tentativa seria na repatriação do Oscar. Oscar está na China e já declarou que quando voltar ao Brasil gostaria de jogar no Inter. Contra o Oscar o fato dele estar milionário e a timidez para ser um líder que precisamos. A favor, a identificação com o Inter, a idade e o bom futebol. Juan deve receber mais chances até o final da Série B para termos uma melhor avaliação sobre as chances dele ser uma boa opção.

Ataque – Acho que estamos razoavelmente bem equipados com Potker, Nico e Damião. Acho que o empréstimo do Damião vai até meados de 2018. É preciso avaliar. Sasha e Valdivia (se voltar, acho que só em meados de 2018) não passam de bons reservas. Carlos tem que ser devolvido e Diego não me parece ter nível para fazer parte do elenco em Série A.

Emprestados – Não trazer ninguém de volta, nem para a pré-temporada, porque isso redunda em enganos ano após ano. Utilizar Anderson e Seijas, que têm algum nome, para escambo com o Cruzeiro, por exemplo, como supracitado.

14 thoughts on “Miscelânea – Olhando à Frente

  1. Olha Naladar, estou entre os que acham o grupo insuficiente para a exigência de 2018. Claro que considerando o acesso a ser confirmado. Minha preocupação aumenta (e muito) quando o tamanho das ambições encolhe. Não consigo admitir um cenário de mera participação na Copa do Brasil, sem elenco para brigar pelo título, e fazer uma campanha no Brasileirão melhor que a de 2016, ou seja, suficiente para não ser rebaixado. Tomara que o Clube como um todo entenda o seu porte e as suas obrigações de protagonista em todas as competições. SC.

    1. Luciano, você foi muito feliz no seu comentário, sobretudo acerca das ambições. Tenho me digladiado com alguns amigos colorados sobre isso nos últimos anos. Vez ou outra a gente lê sugestões de jogadores para compor nosso elenco que reflete muito que estamos começando a nos acostumar com a mediocridade. Não é preciso ficar bancando o megalomaníaco e ir atrás dos Forlans da vida, mas podemos ir atrás dos Fernandões, dos Tingas, dos Alexes (aquele que veio do Guarani e não este último que estava aposentado lá nas Arábias) e, nada de abandonar Copas do Brasil, Sulamericanas e Primeiras Ligas em profusão, como temos feito ano após ano. O Campeonato Gaúcho virou paranoia para o Inter.

  2. Grande Wolf, eis que esbarramos na já batida tecla do fisiologismo político antes de pensar em qualquer futuro para o Inter, além de voltar à série A.
    O escândalo aguardado por todos nós, aflorou na superfície. A escandalosa destruição que VPíffero e sua turma promoveram no organismo vivencial do Inter é gigantesca. Acredito que apenas a ponta do Iceberg deu as caras. Quando a montanha de irregularidades mostrar o seu tamanho, poderemos entender a sua real extensão e o macabro registro que ficará na história recente do clube do Povo, inclusive o descenso vergonhoso e a série de escorregadas e decisões tomadas à moda miguelão, que num clube de 3ª divisão, são rotina, mas num clube de expressão mundial, o único neste torrão sulino deste afamado país do jeitinho, chamado Brasil, como é o Inter, como sendo apenas um terrível capítulo da crônica: “aquele que um dia quis ser rei, mas esqueceu da ética e do respeito”.

    No momento em que esta bomba explodir, é claro que estaremos no futebol, às voltas com a série A novamente. E isso terá, se tudo correr bem, uma consequência bastante positiva, no ressurgimento do clube do Povo, no cenário futebolístico nacional. Aliado ao fato de estar de novo na elite, haverá necessidade de investimentos e tomada de decisões que serão pontuais na nova forma de atuar, tanto na vida administrativa, como futebolística. A gestão forçosamente terá que ser profissional e não mais amadora e fisiologista, onde os amigos dos dirigentes maiores são a bola da vez, sempre, em detrimento do progresso, da qualidade e do acerto. Abandona-se o discurso vazio e o amadorismo que vimos acontecer ainda na atual gestão, para tomar rumo do inevitável crescimento sustentável e com eficiência naquilo que se dedica a fazer: jogar futebol no Brasil, na América do Sul e no Mundo afora e VENCER os torneiuos, campeonatos e disputas e trazer títulos e patrocínios e prestígio, muito prestígio para a Padre Cacique, sem desviar um único centavo dos cofres.
    Sabem quando irão nos alcançar????
    Grande abraço.

    1. Gaude, pois é, repetindo o que comentei na resposta ao Dorian, assunto por demais espinhoso e, enquanto não for peremptoriamente esclarecido se ou não houve fraude, prefiro aguardar, até porque é matéria muita delicada. Nossa “querida” Lava Jato chegou às Olimpíadas de 2016, mas, convenhamos, aonde quer que mexa, tem bandalheira. Sobre este assunto que levantas, eu, como adepto de São Tomé, não acredito que isto vai evoluir para alguma coisa que resultaria em maior transparência na gestão, infelizmente, porque os meandros do futebol esconde coisas que são similares em número, gênero e grau àquilo que estamos no noticiário do dia a dia. Enquanto isso, prefiro ficar naquilo que ocorre nas 4 linhas.

  3. NOME DE ESCRITÓRIOS DE ADVOGADOS E AUDITORES !!!

    Pegando o gancho deste tema levantado sobre as prestações de contas da gestão do rebaixado ex-presidente Vitório Piffero, algo interessante paralelamente chamou-me muita atenção no meio deste imbróglio financeiro e jurídico.

    É tão Chic, bonito e quem sabe sempre poderá gerar muita credibilidade, ver na fachada de um escritório de advocacia, escrito em letras destacadas algo como: – Fulano e Tal, Beltrano, Sicrano & Advogados Associados…

    O Fulano e Tal, com certeza foi o mentor da ideia para criar este escritório comunitário, e serem mais fortes, para atender muito melhor os seus clientes de forma diversificada e rápida.

    – O Beltrano pelo fato de ser de uma família com um grande Know-how de causas vencidas em vários tribunais, não poderia ficar de fora até mesmo para poder captar muitos clientes maiores e com retorno garantido.
    – O Sicrano pelo fato de a recém ter se formado em advocacia, por estar cheinho de vontade de trabalhar, por ter adquirido muito conhecimento jurídico em vários estágios, conseguiu trazer um pouco de tudo para esta parceria.
    – E associados, são todos eles juntos e misturados para justificar com muito trabalho, os vossos talentos ou não em diversos tipos de tribunais, e tentar honrar o nome de todos, mesmo que seja através de uma minuciosa auditoria nas contas do ex-presidente Vitório Piffero, que parece jogo vencido e de goleada.

    Abs. Dorian Bueno – Google + Plus, POA 06.09.2017

    1. Dorian, assunto espinhoso, tal qual aquele do Victor Ramos. Espero que tudo seja esclarecido com transparência e o clube ressarcido pelos eventuais prejuízos. Se as fraudes forem comprovadas, que sigam a Lei ipsis letteris.

  4. Os Clubes perderam uma chance de arrumar a casa. O primeiro movimento, Clube dos 13 ainda teve uma vida relativa e foi abafado, esse foi exterminado no nascedouro. Enquanto não se unirem de fato vai ser assim, serão subjugados pelo poder do dinheiro IMEDIATO.

  5. Naladar, também entendo que a 1ª Liga poderia ser uma saída para se libertar dos grilhões da parcialidade da CBF, principalmente do favorecimento dos times de Rio e São Paulo. Infelizmente, o protecionismo e a falta de inteligência falou mais alto. penso que lesões em jogos treino são fatalidades que poderiam acontecer também em treinamentos e continuo acreditando que abdicar da disputa do título da 1ª Liga foi um equívoco. Concordo com você que o planejamento de 2018 já deveria estar em curso, sem se descuidar ou subestimar os desafios que ainda virão nesse 2º turno da Série B.

  6. Alô você Naladar!
    Criou-se essa ideia de que tal competição não leva a nada é por isso não serve, mas aí eu pergunto e o Juan Gamper leva a algo. Claro que não ele se esgotar tão somente na vitória. Nesse segmento não vamos dar bola para o mundial pois não leva a nada. Bem acho tudo isso uma loucura. Vitoria é vitória, titulos são títulos, com pesos diferentes é claro, mas são títulos.
    Quanto aos setores do plantel só não concordo com a lateral direita. Entendo que o CW tem relativos problemas defensivos, mas tem muita técnica. Com uma cobertura bem feita pode ser muito útil na parte ofensiva. Nota-se isso observando como o D’Ale procura ele para jogar. Sinal que sente que pode dar jogo por ali. Eu acho que vai crescer muito ainda.
    Coloradamente,
    Melo

    1. Melo, obrigado pelo comentário. Sou torcedor ferrenho do CW. Concordo que ele tem boa técnica e uma ótima chegada na frente, coisas que me agradam muito. Mas, suas deficiências na marcação são muito grandes, o que adiciona riscos enormes de perdermos jogos por conta disso. Ele está se esforçando, mas, confundindo marcação com falta. No último jogo ele cometeu 7 faltas em 7 lances consecutivos. Precisa ser treinador e orientado para não desperdiçar todo o potencial que tem. Ainda acredito que um treinador bom conseguiria transformar ele em ótimo meia.

    1. Rogério, acho que o momento da crítica do D’Alessandro, Janeiro de 2016, foi apropriado, porque enfiaram mais uma competição em um calendário ridículo. Ele criticou a forma e não a substância. Tanto tinha razão que os mesmos clubes que criaram trataram de implodi-la. Este ano por exemplo, Coritiba e Atlético caíram fora. Isso só funcionaria se houver tratamento equânime por fases – e em cada fase vai se aumentando a grana para clube, como é na Copa do Brasil e na Libertadores. O que aconteceu? Flamengo quer ganhar mais que todos; aí vem Cruzeiro, Fluminense, etc…na mesma linha….eles tinham que fazer o produto ser um sucesso para depois cuidarem dos diferenciais – Michael Porter ensinou isso….mas….

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